09 maio, 2010

BENFICA


Poema Escarlate



Quem fala de futebol e não sente,
não sabe o que faz sonhar a pobre gente,
perdedora da vida sempre,
vencedora quando o Benfica vence.

E então somos todos contentes,
neste recanto do mundo impaciente,
capazes de, juntos, sermos maiores que o mundo,
maiores no golo, num uníssono profundo.


(O que traz a poesia ao futebol,
senão nós, pequenos gigantes,
que acendemos um sol
quando joga o Benfica,
 esquecemos os lúgubres prantos?)
Sejamos grandes como dantes!,
que esta página urge ser escrita!
Sabemos ser pobres mas infantes
da Descoberta mais bonita:
A de que somos capazes
de fazer a própria História
contra os maiores ventos e tempestades,
sobrevivendo aos escolhos,
atrevendo-nos em glória.

Já fomos jovens rapazes
mais ou menos loquazes
em palavras ou actos,
de nós todos memória.
Tivemos o mundo colado aos pés;
somos o Brasil da Europa.
Driblamos dois, driblamos três,
fazemos do "conejo" anjo-cometa
que pode chutar uma estrela,
fintar sem aviso todo o planeta.
Dá na anca, dá no peito,
joga a bola no joelho,
dá de cabeça com jeito,
O Benfica, faz chorar de alegria o País,
o mundo inteiro!
Seja presságio o Poema Escarlate
da fé depositada no menino Saviola,
que, de um chuto na bola,
fará ao Rio Ave xeque-mate.

Minutos finais do embate.
grande  confusão
O Glorioso é  Campeão
 
(adaptado do poema de Davi Reis)

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