Alegre e Cavaco fora?
"Passos Coelho propôs uma urgente revisão constitucional, para antes das presidenciais. Uma revisão constitucional exige dois terços de deputados, só possível com os votos dos dois maiores partidos. Mas a urgência pediria uma dinâmica entre PS e PSD que vejo mal como surgiria. Pelo contrário, vejo é impotência em chegarem a acordos: ambos têm um problema comum, para o qual poderiam encontrar uma solução sem apoio de mais ninguém - e não o resolvem. Mais, as causas desse problema (digo causas porque ela é diferente em cada um dos dois partidos) tratam com acinte as direcções dos respectivos partidos, obrigando-as a ir para onde não querem. Falo, como é evidente, das candidaturas presidenciais de Cavaco Silva e de Manuel Alegre - que não parecem interessar à direcção do PSD nem à do PS. A de Cavaco, porque Passos Coelho tem razões (e, até, razões pessoais) para perceber que os desígnios do actual Presidente não são os do partido. A de Alegre, porque a sua causa vai contra a trajectória do PS desde os anos 80. Por isso, Passos Coelho só balbucia o apoio a Cavaco e José Sócrates, por enquanto, nem isso faz em relação a Alegre. Mas dá-se de barato que um e outro irão apoiar o que não querem. O mistério é: por que não põem os dois, juntos, a hipótese de uma urgente revisão de candidato presidencial?" DN
Sem comentários:
Enviar um comentário