A nova ministra da Educação, Isabel Alçada, declarou que «está certa» de que irá encontrar uma solução para a polémica da avaliação dos professores. A ministra falava aos jornalistas pela primeira vez como titular da pasta, à saída do debate parlamentar sobre o novo programa do Governo, discutido esta quinta-feira, na Assembleia da República.
«Suspender a avaliação era irresponsável»
«Estou certa que vamos chegar a uma solução em breve», declarou Isabel Alçada. Um objectivo que espera conseguir através da forma «muito concreta como vai dialogar com os professores», considerando que a suspensão da avaliação iria criar uma «agitação ainda maior».
A ministra disse ainda que olha para os «professores e para a escola com confiança» e que é necessário que a avaliação deve ter uma «componente formativa», para que os professores possam ser apoiados quando necessitarem. «A avaliação deve ser um factor para que a escola melhore», disse "IOL"
10 comentários:
ESta conversa não passa de "mais do mesmo". Sócrates e Lurdes Rodrigues mentiram aos portugueses, ao afirmarem que os professores não eram avaliados antes das suas políticas.
Isabel Alçada começa a sua actividade como ministra falando pela mesma "cartilha" ao dizer que a «suensão da avaliação iria criar uma agitação ainda maior». Eu pergunto: porquê?
A nova ministra parece não ter entendido nada do que se passara anteriormente. Não se trata de suspender ou acabar com a avaliação, mas sim pôr fim ao modelo imposto anteriormente, modelo que de AVALIAÇÃO nada tinha.
Modelo que visava simplesmente colocar os professores uns contra os outros, ao mesmo tempo que, por subtilezas de que a opinião pública não se apercebeu, tinha também o objectivo de roubar os professores, mantendo-os em vergonhosos patamares salariais, integrando-os progressivamente numa faixa social de cada vez mais ppobreza.
Alguns comentadores, inteligentes, conhecedores dos problemas, têm deixado neste blogue os seus pontos de vista sobre as questões ligadas à problemática dos profdessores. Depreendo que é gente que sabe do que escreve. Aqui expresso um bem-haja a quem procura imprimir seriedade aos comentários que apresentam.
Hoje, sou eu a deixar nesta página um pouco da verdade a que os professores - muitos antes da desgraça que o governo de José Sócrates tentlou implantar na pol
ítica de Educação - estavam sujeitos para progredirem nas suas carreiras. Verdade que mais não era do que a AVALIAÇÃO a que se submetiam. E apresento, como exemplo, o meu caso pessoal, como professora do Segundo Ciclo que fui. Hoje estou legitimamente aposentada, depois de uma vida de trabalhos que ultrapassou, em alguns anos, o limite do tempo exigido.
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E contrariando os argumentos de mentira de Suas Excelências o Primeiro Ministro e as Ministras da Educação pergunto:
1 - As dezenas ou (juntando anexos) centenas de páginas dactilografadas (ou escritas a computador, como nos últimos anos cheguei a fazer) que tinha de apresentar de 4 em 4 anos, descrevendo as actividades desenvolvidas ao longo de cada um desses períodos que significariam?
2 - Descrever o trabalho de diagnóstico das dezenas de alunos no início de cada ano; apontar os objectivos a atingir, objectivos diferenciados em função das turmas e não raro atendendo às diferentes situações dos alunos; definir as estratégias de integração, motivação e de remediação, sempre necessárias em todas as situações, e por fim os também diversos resultados alcançados no final de cada ano, tudo isso para que serviria?
3 - Apresentar relatórios das actividades extracurriculares levadas a cabo com os meus e outros alunos em cada ano lectivo, para que interessaria?
4 - Enumerar os cargos desempenhados (para além do de dar aulas), como o de Director de Turma,de membro dos Conselhos Pedagógicos,de Delegado de Disciplina, de Director deste ou daquele Departamento, e resenhar criticamente os resultados da minha actuação em cada uma dessas ocupações, para que interessava?
Colaborar ou mesmo assumir responsabilidades como as da organização de Feiras do Livro, Jornais de Escola, Biblioteca, apoio a alunos nas "salas de estudo" em várias disciplinas, etc., que significado teria?
5 - Apresentar certificados das acções de formação a que assistia (às vezes a expensas próprias) e respectivos relatórios, justificando ou não a frequência dessas acções; referir o número e os títulos dos livros de pedagogia, criatividade, etc. que em cada ano me obrigava a ler, para que contaria?
6 - Proceder a investigação nas áreas da expressão, do desenvolvimento infantil, do interesse na aprendizagem, da deficiência física e mental (invisuais e do foro psiquiátrico, por exemplo), e procurar actuar em função dessas realidades, inerentes ao Ensino Especial, para que serviria?
7 - Ter a porta da sala de aula sempre franqueada a colegas e aos órgão directivos das escolas, também interessaria?
8 - Ser assídua, a pontos de ser contemplada pelo Ministério da Educação com dias a mais no final de ano para efeito de aposentação, quereria dizer alguma coisa?
9 - Publicar artigos sobre a problemática educativa contaria para alguma coisa?
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Claro que tudo isto e o mais que não valerá a pena acrescentar, para não alongar o meu comentário, contava. Contava para alguma coisa, tinha interesse e significava muito para mim, para os alunos, para a Escola, para a comunidade, para o país. E tudo isto era averiguado e confirmado ou não pelos respectivos órgãos directivos, que exaravam parecer sobre o conteúdo de cada montão de páginas que lhes apresentava. (Dezenas e dezenas delas, e não uma folha A4 como alguém, ignorante nestas questões e de má fé, há dias aqui sugeriu de forma sub-reptícia, servindo-se do termo "empresa" para tentar dizer o que lhe apeteceu).
Do parecer dos responsáveis escolares fazia parte habitualmente a menção "SATISFAZ". Não havia "MUITO BOM" nem "EXCELENTE", como agora apregoam os nossos governantes. Mas havia AVALIAÇÃO, pois sem a apresentação de um tal dossier e, sobretudo sem a menção de "SATISFAZ" não subiria para o escalão imediato.
Hoje acenam-nos com o "MUITO BOM" e com o "EXCELENTE", bitolas que de nada servem porque o acesso aos degraus superiores está vedado a quase toda a gente que um dia sonhou abraçar o sacerdócio de ensinar, de educar.
No meu tempo havia AVALIAÇÃO, mas quem me avaliava era o Conselho Pedagógico e os Órgãos Directivos. Não era um qualquer colega. Colega que poderia eventualmente até possuir menos competências do que eu, como agora é susceptivel de acontecer.
Portanto, Sr. Primeiro Ministro, Srª ex-Ministra da Educação, Srª actual Ministra do mesmo Ministério e opinião pública, a avaliação que o governo de Sócrates quer impor aos profewssores não é avaliação. É um embuste que tem por objectivos desestabilizar a Escola Pública, enganar o povo português, impedir que os professores queiram andar para diante, conduzir uma boa parte da classe docente à pobreza em que muitos docentes já vivem e impedir que aqueles que amanhã serão o futuro de Portugal cresçam em mentalidade, conhecimento e competência.
Com uma sociedade em tal decadência, os governantes,que de governar nada entendem, pensam que, como alguém já dissera aí para trás, mesmo cegos dos dois olhos podem ser reis. Esquecem-se que a monarquia já lá vai e não voltará. VIVA A REPÚBLICA!
Professora aposentada
O comentário desta Srª Professora corresponde ao que eu já sabia e aqui comentei. Parabens Sr. Professora pela maçada que teve de elucidar quem não está por dentro da vossa vida de docente. Pode é não ter valido a pena porque, pelos vistos, a nova Ministra da Educação já mostrou que é mais fácil mentir e acompanhar a ignorância do zé-povo do que fazer uso do necessário discernimento para, pelo menos, fazer de conta que o seu trabalho dá seriedade ao trabalho do governo.
Governo para o qual os problemas da AVALIAÇÃO não existem, porque não é da avaliação que Sócrates se interessa, questão essa de que não entende nada.
O que Sócrates e seus acompanhantes pretendem é empobrecer a classe docente, a todos os níveis, mas sobretudo no âmbito salarial, para oferecer os euros que aos docentes pertencem por direito próprio, pois os professores trabalham bem mais do que o que se pensa (disso sei e não sou professor) aos seus comparsas, amigos a tachistas que, de mãos dadas vão dando cabo deste pais.
TENHO DITO
Podem inventar o que quizerem - n$ao querem ser avalaidos e todas as desculpas servem.
Trabalem utilizem os recursos que os contribuintes lhes ofereceram e ainda hoje oferecem para o uso da profiss$ao.
Não seja idiota. Pense antes de escrever ou dizer o que quer que seja.
Vá para a escola outra vez. Aprenda a ler e respeite quem o possa ensinar.
Vê-se que não entendeu nada da lição da Srª Professora nem do comentário assinado por mim.
TENHO DITO.
Para esse idiota (que deve ser sempre o mesmo, pois se não é o país está muito pior do que o que penso), idiota que aqui comenta contra os professores, os impostos dos contribuintes tornou-se numa das suas paranóias.
Mostra-se tão preocupado com o que o Estado paga aos professores, mas não fala dos avantajados vencimentos e outras mordomias atribuídos aos deputados, aos ministros, aos vereadores municipoais e outros senhores que tais, nem fala das aposentações de que passam a beneficiar ao fim de 1/4 do tempo de trabalho imposto a qualquer trabalhador para ter direito à miséria das reformas no final das suas vidas.
Disso não fala ele (será um dos tais...?). No entanto atreve-se a falar dos professores, como que eles sejam os verdadeiros gastadores dos nossos impostos, mas sem saber que quase metade deles vive às portas da pobreza.
Vá-se curar, idiota! Quem o aconselha sou
EU
Nas portas das igrejas, os ultimos pedintes são os professores, por cada esquina deste país, não há pedinte que não seja professor.
Miseráveis são as mentalidades de muitos professores, isso sim.
A sua conversa revela uma vez mais que não sabe dizer nada. Já lhe disse, idiota; vá-se curar enquanto é tempo!
Não lhe agradou a conversa?
Se calhar é um desses que, sem nada ter feito de válido, está aposentado com idade de quem poderia ser meu filho. Mas eu ainda trabalho, para que os meus impostos sobrem para si.
Leia de novo o texto da Senhora professora. Aprenda alguma coisa!
Conheço analfabetos, dos antigos, que sabem muito mais do que você.
Sou EU
À Srª Professora aposentada, ao Sr. "TENHO DITO" e ao Sr. "EU".
Não vale a pena esforçarem-se para explicarem o que quer que seja a quem não tem capacidade para entender. Para esses é perder tempo. A não ser que esperem que alguém mais passe por este blogue e se interesse pelas vossas informnações.
Pela minha parte subscrevo o que alguém já aqui anotou: O governo "está-se nas tintas" para a avaliação dos professores. O que lhe interessa é poupar dinheiro onde não deve.
Como pode um 1º ministro interessar-se por algo tão importante se ele próprio não faz ideia do que seja isso?
Basta ver os "formatos" da sua licenciatura, do doutoramento de Lurdes Rodrigues e do mestrado de Isabel Alçada, para já não falar na palhaçada das "Novas Oportunidades".
Retórica não lhes falta, mas isso de nada serve, a não ser para apresentar como "novidade" o que já foi posto em prática em anos idos.
Nem a simpática postura da nova ministra servirá para alguma coisa. O que se espera dela não passa, como disse a Srª Profª aposentada, "de mais do mesmo", atrevendo-se a dizer que a pseuda-avaliação que foi feita não pode ser posta em causa para não prejudicar quem foi avaliado.
Ela não sabe que o que foi feito não interessa a ninguém? Que importa ser avaliado,sobretudo de maneira indecente, como se viu, se tudo fica na mesma para a maioria dos docentes?
NÓS QUEREMOS SER AVALIADOS, MAS EXIGIMOS UMA AVALIAÇÃO DECENTE que não desprestigie avaliadores nem avaliandos. E SOBRETUDO QUE SIRVA PARA ALGUMA COISA.
Que importa ser-se avaliado e ter-se "muito bom" ou "excelente", se se tem de estar 4 anos distante (às vezes centenas de km) da sua residência e ter 10, 12 ou 15 anos de carreira com vencimentos de miséria?
SEJAMOS HONESTOS SRS. GOVERNANTES!
NÃO BRINQUEMOS COM COISAS QUE SÃO SÉRIAS DEMAIS PARA SEREM TRATADAS COMO VV.EXªS PRETENDEM.
Fico por aqui.
Preofessor em fim de carreira.
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