24 novembro, 2009

                                                               Louça no seu melhor

Seria bom que o BE explicasse de onde iria retirar as verbas para os seus ataques de “loucura política”

Já agora, não se esqueça de que uma grande parte das reformas que ainda hoje são pagas a muiytos reformados deste país que nunca descontaram sairam das contribuições de alguns que ainda hoje não estão reformados. Esquece-se que quem comeºçou a trabalhar com essa idade só começou a descontar muitos anos mais tarde.

 

«Um trabalhador que tenha começado a trabalhar aos 11 ou 12 anos e que se reforme depois de 50 anos de trabalho vai perder 20 por cento da pensão. Trabalhou mais do que os outros, começou mais cedo e descontou mais tempo, mas vai ser punido em um quinto da pensão, o que é uma situação inadmissível», disse Francisco Louçã.

O dirigente do Bloco de Esquerda falava aos jornalistas durante uma sessão de esclarecimento, junto dos trabalhadores da Autoeuropa, sobre a proposta do BE, que se propõe fazer justiça a milhares de trabalhadores que se iniciaram muito cedo na vida activa.

«Queremos ajudar o pais a pedir desculpa à geração de trabalhadores que foi sacrificada pelo trabalho infantil e a compensar essas pessoas com aquele mínimo de respeito que é a aceitação de que, tendo pago durante 40 anos de descontos para a reforma, têm direito a poder obtê-la sem penalização», disse Louça.

Jorge Gonçalves, trabalhador da área de prensas da Autoeuropa, poderia ser um dos beneficiários da nova lei, caso fosse aprovada a proposta do BE, uma vez que aos 54 anos de idade já tem 39 de descontos.

«Tomando como princípio aquilo que o PS fez aprovar há uns tempos atrás, vou trabalhar até aos 65 anos, completando 50 anos de descontos», disse Jorge Gonçalves, congratulando-se com a proposta do BE que lhe poderia dar direito à direito à reforma dentro de um ano.

A proposta de lei do BE para a reforma completa aos 40 anos de descontos, já foi submetida a votação por duas vezes, na anterior legislatura de maioria absoluta do PS, mas foi chumbada pelo PS e pelo PSD.

Francisco Louçã acredita, no entanto, que o sentido de voto dos dois partidos poderá agora ser diferente, porque considera haver uma nova sensibilidade para o problema e já não existe uma maioria absoluta do PS.

 

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