25 janeiro, 2009

Professores

Um ensino com professores destes, não pode passar da cepa torta.

Será que se esqueceram que foi Cavaco que promulgou toda a legislação?

"Professores criticam "silêncio conivente" de Cavaco

Os movimentos independentes de professores criticaram o "silêncio conivente" do Presidente da República, Cavaco Silva, com as políticas educativas e prometeram continuar "determinados e firmes" a combater as medidas do Ministério da Educação.

"Queremos estar perto de um local onde tem morado muito silêncio. O Presidente de República não pode esquecer os professores como fez na mensagem de Ano Novo", afirmou Ilídio Trindade, do Movimento Mobilização e Unidade dos Professores (MUP).

Durante o seu discurso na manifestação de docentes a decorrer frente ao Palácio de Belém, o responsável defendeu que o Presidente da República não pode continuar com um "silêncio conivente com as políticas educativas" e que tem de perceber que o "problema é grave, arrasta-se há muito tempo e não pode continuar".

"Estamos num momento de tudo ou nada. A luta tem sido longa e desgastante, mas não podemos ceder nesta hora. Resistiremos até ao fim", acrescentou.

Já Ricardo Silva, da Associação dos Professores em Defesa do Ensino (APEDE), começou por citar frases que "espelham as ofensas, os insultos e a forma vergonhosa como os professores têm sido tratados pelo Governo e pelo Ministério da Educação".

 "Admito que perdi os professores, mas ganhei a opinião pública", "quando se dá uma bolacha a um rato, ele a seguir quer um copo de leite" e "os professores não são avaliados há 30 anos", citou, atribuindo as declarações a Maria de Lurdes Rodrigues, Jorge Pedreira e José Sócrates, respectivamente.

Por isso, defendeu "os professores portugueses merecem uma palavra do Presidente da República, merecem o seu apoio".

"Continuamos determinados e firmes em combater as políticas educativas do Ministério da Educação. Devemos radicalizar a luta, pois só assim podemos obter a vitória pela qual temos lutado", afirmou José Farinha, igualmente do MUP, apelando à realização de novas greves.

Pelo Movimento Promova, Octávio Gonçalves sublinhou que "já não é possível Cavaco Silva ignorar a contestação dos professores", apelando à greve por tempo indeterminado e ao voto em outros partidos que não o PS nas próximas eleições legislativas.

 Presente na manifestação, a professora e deputada do Bloco de Esquerda, Cecília Honório, desvalorizou o apelo dos docentes à intervenção do Presidente da República.

"Compreendo o apelo, mas é uma questão entre os professores e o Governo e por isso não valorizo particularmente este apelo e esta acusação. A solução tem outras instâncias", disse.

A convite dos movimentos, o advogado Garcia Pereira também marcou presença no protesto, adiantando estar a elaborar pareceres sobre legislação do Governo relativa ao Estatuto da Carreira Docente e ao modelo de avaliação de desempenho, entre outras matérias.

"Julgo que há matéria para abrir combate na frente jurídica", afirmou, acrescentando que dentro de duas semanas já terá concluído o trabalho que lhe foi solicitado.

Segundo Mário Machaqueiro, da APEDE, estão presentes na manifestação deste sábado entre dois a três mil professores, enquanto o sub-comissário da PSP Paulo Sousa recusou avançar uma estimativa.

"Não estamos autorizados a dar esse número", explicou à Lusa.

Os coordenadores dirigem-se agora para o Palácio de Belém, onde serão recebidos por assessores da Presidência."

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