14 junho, 2008

Da cassete ao SMS

Manifestantes receberam Sócrates em Coimbra com apupos
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O primeiro-ministro, José Sócrates, foi recebido hoje, em Coimbra, com palavras de ordem e apupos de alguns manifestantes que o esperavam junto ao Instituto Pedro Nunes.
«É preciso, é urgente uma política diferente!», gritaram dirigentes e activistas sindicais, quando o chefe do Governo saiu do automóvel, às 11h10, para dar início ao programa de uma visita ao distrito de Coimbra que deveria começar às 10:30.
Meia centena de pessoas, entre sindicalistas e dirigentes da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), estavam concentrados à chegada da comitiva de José Sócrates, mas foram mantidos à distância por membros das equipas de Intervenção Rápida da PSP.
Uma delegação da CNA e associadas conseguiu, no entanto, entregar um «caderno de reclamações» a um assessor do primeiro-ministro.
Destacam-se no documento as queixas dos agricultores sobre o «alto preço dos combustíveis» e «reclamações específicas» para o sector.
Entre os manifestantes, estavam ex-trabalhadores de duas fábricas de cerâmica, Estaco e Ceres, que encerraram nos últimos anos em Coimbra.
Enquanto esperava pela chegada de José Sócrates, o grupo entoou outras palavras de ordem: «O custo de vida aumenta, o povo não aguenta» e «Quem trabalha tem razão, o Governo é que não».
Fizeram-se representar na concentração a CNA e várias associadas, a União dos Sindicatos de Coimbra, o Sindicato dos Professores da Região Centro, o Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública e o Sindicato da Hotelaria do Centro.
José Sócrates, acompanhado do ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago, iniciou de imediato uma visita às instalações do Instituto Pedro Nunes, onde inaugura uma incubadora de empresas, a primeira de várias acções em que participa, de manhã, na Universidade de Coimbra.
No âmbito do programa Governo Presente, hoje e sábado no distrito de Coimbra, José Sócrates desloca-se ainda aos concelhos de Condeixa-a-Nova, Figueira da Foz, Penela e Tábua. "
Deve existir para cada dia que o Primeiro Ministro se desloca a algum local, por melhor que seja a causa da sua deslocação, uma "excursão", organizada em geral, sempre pela mesma "agencia de viagêns", que tem apenas a finalidade de verter as palavras de ordem que como nos tempos de antanho vinham por meio de cassete e agora serão remetidas por SMS.
Será que os argumentos da CNA: "alto preço dos combustiveis" e "em reclamações específicas", só agora é que lhe deram para chamar nomes em público ao chefe do governo ?
o Sr Presidente da CNA, não quererá referir os milhões e milhões de Euros que foram distribuidos e mal baratados por essa grande maioria de "engravatados" que se dizem agricultores ? Onde está o resultado, a reprodução desses investimentos que deveriam ter sido feitos ?
O Sr Presidente da CNA, por acaso já fez viagem de carro, entre Ayamonte e Huelva, neste ultimos anos e já comparou o que por aquelas paragens existia há 20 anos e existe agora ?
O Sr Presidente da CNA, não sabe que em qualquer mercearia de rua às grandes superficies, em Portugal, se vendem - alhos da China, cebolas da Australia, Pimentos da Holanda, Espanha, etc, figos secos da Turquia e da Grécia, Laranjas de Espanha e Israel, Maças de França, Espanha, morangos que se produzem a 30 quilómetros da nossa fronteira, cerejas a 50 quilomestros , castanhas espanholas.
Experimente fazer o mesmo em Espanha.
A culpa é do Governo ? Então e os agricultores ?
Será que tudo isto, que já é assim, há mais de uma dezena de anos, só tem a ver com esta subida dos combustíveis de agora ? Ou terá a ver com "reclamações específicas" ? Essas reclamações especificas, devem ser feitas pela grande maioria dos portuguesas que contribuem com os seus impostos para que grande parte destes produtores agricolas, nem capacidade tenham para vender a batata que produzem e nos obriguem a consumir a espanhola ou a francesa.
Ao fim destes anos, os trabalhadores despedidos da CERES e da ESTACO, é que se lembraram de atacar Socrates ? As fábricas fecharam porquê ? Por culpa do Governo, deste Governo, de Socrates ? Porque não se manifestam frente ás Confederações patronais, industriais, etc ?
Não serão essas entidades, os empresários, os maiores responsáveis pela falta de modernização, de acompanhamento tecnológico das mesmas, de desvio de dinheiros, que originam o seu encerramento ?
Acabem com a cassete, digo com o SMS
Agora pergunto - se está tudo tão mal, porque se esgotou o combustivel tão rápidamente ? O cvombustivel não está pela hora da morte ?
O dinheiro para a aquisição do combustivel foi deviado de algum lado. Será ?

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