30 dezembro, 2009

Professores

No tempo de Maria de Lurdes Rodrigues, não chegaram a ser quantificados. Razão? Eles não queriam nada, só queriam ficar na mesma.

Agora, são 30 pontos.

A mesma situação. Não querem nada. Querem que fique tudo na mesma. Dúvidas. Se alguêm as tivesse, hoje ficaram a saber que os professores pela voz dos Sindicatos, querem que tudo fique igual.

"A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) divulgou hoje uma lista com 30 pontos que considera necessários para chegar a um acordo com o Ministério da Educação sobre a revisão da carreira e da avaliação docente."

Publico

Jose Niza – Natal dos Banqueiros

Por:
José Niza
– O Ribatejo

1. Depois do que aqui escrevi na semana passada sobre "o dinheiro", não esperava tão depressa voltar ao assunto: preferia que, em tempo de Natal, a caneta me conduzisse para outras paragens, e me levasse por caminhos que fossem de procura, ou de descoberta, de uma réstia de esperança, de uma festa numa praça de amor, de paz e de canções.

Mas não. O homem põe. E a banca dispõe.

2. Um relatório há poucos dias divulgado pela CMVM – a Bolsa – deu-me um murro no estômago. Não é que eu tenha andado distraído da ganância e dos festins da nossa alta finança. Mas tudo tem que ter limites: os números revelados nesse relatório sobre os salários dos administradores dos bancos e das empresas mais importantes do País, para além de aterradores, são um insulto ao povo português e, em especial, aos mais de 500 mil trabalhadores que estão no desemprego.

3. O salário mínimo em Portugal é de 450 euros por mês. 90 contos por mês. 3 contos por dia. Muito pouco para pagar a renda da casa, a comida, as roupas, os sapatos, a água, a luz, os transportes, talvez o telemóvel…

Há um ano, o governo, as confederações patronais e os sindicatos, assinaram um acordo para, em 2010, aumentar o salário mínimo de 450 para 475 euros. Menos de 1 euro por dia! Mas agora, as tais confederações patronais – que assistem mudas e quedas ao escândalo dos vencimentos dos gestores – vêm ameaçar que se o salário mínimo subir para 475 euros será um desastre nacional. E, em contrapartida, propõem 460 euros! Isto é, uma subida de 33 cêntimos por dia!

4. O relatório da CMVM revela que o salário anual médio dos administradores da banca e empresas cotadas na bolsa foi, em 2008, de 777 mil euros, isto é, de 64.750 euros por mês (cerca de 13 mil contos mensais ou 426 contos/dia).

64.750 euros por mês equivalem a 136 salários mínimos. Isto é, para atingir o valor do ordenado mensal de um desses gestores, um trabalhador que receba o ordenado mínimo terá de trabalhar mais de 11 anos!!!

5. Mas ainda não é tudo. Há mais, bastante mais.

2008 – como todos nós sabemos – foi um ano de crise, de falências, de desemprego galopante, de apertar o cinto. Mas, enquanto a esmagadora maioria dos Portugueses fazia contas à vida, cortava nos gastos, fazia sacrifícios ou – nos casos mais dramáticos – passava fome, os senhores do dinheiro tiveram, em média, aumentos de 13 %.

13% sobre 777 mil euros são cerca de 100 mil euros, qualquer  coisa como 20 mil contos por ano e para cada um. Só de aumentos!

2009 – um ano que agora se vai embora sem deixar saudades – foi também um ano de enorme crise na indústria automóvel. Mas nem tudo foram desgraças: no Vale do Ave, território dos têxteis e do mais alto desemprego do País, nunca se venderam tantos Porches. Quanto mais desempregados na rua, mais Porches na estrada!

Como se tudo isto ainda não bastasse, os próprios ex-administradores da banca – como é o caso do BCP – têm regalias e mordomias que ultrapassam todos os limites do imaginável: jactos privados para viajarem, seguranças, automóveis de luxo, motoristas, etc. Foi-me contado um caso em que a excelsa esposa de um banqueiro se deslocava regularmente a Nova Iorque – em Falcon privado pago pelo BCP – para ir ao dentista e fazer compras! E que o seu excelso marido (ex-presidente do BCP e membro da Opus Dei) dispunha de um batalhão de seguranças 24 horas por dia, também pagos pelo banco.

Será que uma pessoa com a consciência tranquila precisa da protecção de 40 seguranças? Nem Sadam Hussein tinha tantos…

6. Mas, afinal de contas, quem paga tudo isto?

Para além dos pequenos accionistas, é óbvio que são os clientes dos bancos, essa espécie sub-humana que a banca submete à escravatura e trata a chicote, essa legião de explorados que ainda olha para os bancos – e sobretudo para os banqueiros – com o temor reverencial de quem vê um santo como Jardim Gonçalves em cima de uma azinheira.

Quando um banco remunera um depósito a prazo com 1% de juros e cobra 33% nos cartões de crédito, é-lhe fácil conseguir dinheiro para cobrir todos os excessos e bacanais financeiros do sistema bancário. Quando um banco paga metade dos impostos de qualquer empresa em situação difícil, o dinheiro jorra, enche os cofres dos bancos e os bolsos dos banqueiros.

É nisto que estamos. Até quando?

Será que a um sistema que assim existe e que assim funciona – encostado ao Poder e protegido pela Lei – se pode chamar Democracia?

 PS – E que ninguém, de má consciência, tenha a desvergonha de me vir dizer que isto é demagogia!   

PSD – Gente medíocre

Será que esta gente medíocre pode vir a condicionar o futuro deste país na Ass da República.

Constança é que diz que são os próprios que dizem ser gente mediocr.:

O PSD é, segundo os seus notáveis, uma agremiação medíocre, constituída por gente medíocre. Correio da Manhã

Professores

Alguem de Bom Senso, acreditava que todas as mordomias, ordenados chorudos, férias e mais férias, acessos ao topo da carreira para Bons e para Péssimos, avaliações feitas pelos próprios, administração das escolas à balda, etc, etc, poderiam ser retiradas sem lutas.

Os milhares de professores que passaram pelos Sindicatos durante duas dezenas de anos, sem porem os pés nas escolas para darem uma aula, e pagos pelos contribuintes, deixavam de usar as suas influências junto dos seus "colegas" para que os acordos não sejam assinados?

Por cada reunião no Ministério da Educação, podemos reparar quantos Professores Sindicalistas estão presentes, representando as Federações. Agora vejamos quantos estão nos próprios sindicatos, trabalhando para que os seus benefícios não sejam deitados borda fora.

Não. Os Sindicatos nunca quizeram nem querem qualquer alteração aos seus estatutos profissionais.

O Governo não pode ceder.

Volta Milu.

"Será hoje que o "período de graça" da ministra Isabel Alçada chega ao fim?

O dia decisivo para o futuro profissional dos professores começa sem que as organizações sindicais do sector tenham podido dar um sinal ao Ministério da Educação do que vão fazer" Publico

Protecção Civil

Uma associação corporativa representativa dos funcionários da Protecção Civil veio a terreiro criticar a REN por não ter disponíveis os meios necessários para resolver rápidamente os estragos cauados pela intempérie que assolou a zona Oeste de Portugal.

Como se fosse possível ter em permanência, por todo o país o pessoal e os meios necessários a tais trabalhos.

Foi um modo muito pouco inteligente daquela agremiação de funcionários se dar ao conhecimento público, dando opinião e crítica sobre algo que em nada lhes diz respeito.

Curioso que não criticaram os serviços da Protecção Civil, quando dias antes, nem sequer tinham previsto o temporal que causou graves problemas nos Açores e na Madeira.

Ou será que colocar as diversas zonas do país em regime de proteção "colorida" dará apenas para que estiver de "piquete" receber mais uns €uros que certamente não serão poucos.

Baviera - Inverno


Estoril


29 dezembro, 2009

Professores – o preço das mordomias e do dinheiro, tem custos

Eles sabem que é assim, mas... mandas às urtigas o Ensino e os Alunos

Escreve, no Lóbi do Chá, José Costa e Silva: «Os professores até podem conseguir a melhor revisão do estatuto da carreira docente e o modelo de avaliação mais favorável, mas duvido que depois deste regateio consigam ter a simpatia do país. Já se sabe que das mais variadas lutas dos sindicatos, não consta o prestígio.» Concordo. A tranquilidade dos professores e os altos salários – todos chegarem ao topo da carreira - para obter uma boa reforma não vão dar para pagar todos os prejuízos. hojehaconquilhas

Gripe H1N1 – lá como cá

Espanha é assim:

  • Se adquirieron 37 millones, luego se calculó que se gastarían 10 millones y, cuando acabe el plazo, apenas se habrán usado 3 millones.
  • Ahora se estudia qué hacer con las demás. 20minutoses

Inverno ciclista


EDP – Falha na energia

Continua a tratar-se a lectricidade, uma forma de nergia por "luz".

Não fica nada bem, ouvir estas bacoradas nas Televisões e ler semelhante coisa nos jornais.

"Só no fim do primeiro período de férias do Natal a EDP veio dar explicações aos utentes que ficaram sem luz durante cinco dias" Eduardo Damaso – Dir Adjunto - CM

Face Oculta

Até que enfim, encontraram algo.

"MP encontrou empresa controlada por offshore onde sucateiro escondia fortuna, em casas e carros." CM

Professores


Estes nunca faltam.
Os Betinhos são sempre do contra. Volta Maria de Lurdes Rodrigues
"Proposta "é pior" que a da ex-ministra, diz Bloco de Esquerda" DN

Professores

A Ministra da Educação deverá ser penalizada por "obrigar" tosoa estes "professores" a "trabalharem" nas férias do Natal.

Será que querem mesmo o acordo ?

A Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE) considerou hoje que a proposta final do Governo sobre o estatuto da carreira docente e avaliação de desempenho necessita de "alterações significativas", que espera ver introduzidas na próxima ronda negocial.

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) só assina o acordo de princípios proposto pelo Governo sobre o estatuto da carreira docente e a avaliação de desempenho se o documento for ainda sujeito "a muitas alterações". Publico

Crise por onde andas?

"O valor de pagamentos e levantamentos aumentou face a 2008, com destaque para o dia 23 de Dezembro." Publico

28 dezembro, 2009

Professores

Pergunte-se quantos professores andam por estes números.

"13,8 por cento

foi o valor médio da penalização das reformas dos 10.493 funcionários públicos que este ano pediram reformas antecipadas, mais 69 por cento do que em 2008. Foi o nível mais alto de reformas antecipadas em oito anos, segundo dados do Ministério das Finanças". Publico

Desemprego

Sócrates o culpado

"As trinta maiores empresas alemãs cotadas em bolsa suprimiram mais de 116 mil postos de trabalho em 2009, 71 mil no estrangeiro e 45 mil na Alemanha, revelou hoje a edição electrónica da revista Der Spiegel." Publico

Professores

Comentário

Vai ser bonito, quando o Nogueira sair da reunião a vociferar. Não estamos de acordo, nem pensar, ou vai tudo de TGV ( alta velocidade ) até ao topo da carreira ou não assinamos. Não queremos quotas, não queremos avaliação, não queremos redução de disciplinas. Vamos voltar á contestação. ..........Que voltem e de preferência em greve pelo menos até ao fim do ano lectivo. Pelo que fazem aprender aos alunos não se perde muito e pelo menos sempre poupam algum ao erário público.E já agora que enquanto estiverem de greve que os sindicalistas tambêm percam o ordenado. Não se percebe porque é que os sindicalistas do sector privado são pagos pelos trabalhadores ( era o que faltava as empresas pagarem-lhe os salários ) e os da função Pública são pagos pelo Estado ( todos nós, contribuintes ) Publico

26 dezembro, 2009

Clara Ferreira Alves no Expresso

CLARA FERREIRA ALVES 


Não admira que num país assim emerjam cavalgaduras, que chegam ao topo, dizendo ter formação, que nunca adquiriram, que usem dinheiros públicos (fortunas escandalosas) para se promoverem pessoalmente face a um público acrítico, burro e embrutecido.

Este é um país em que a Câmara Municipal de Lisboa, desde o 25 de Abril distribui casas de RENDA ECONÓMICA - mas não de construção económica - aos seus altos funcionários e jornalistas, em que estes últimos, em atitude de gratidão, passaram a esconder as verdadeiras notícias e passaram a "prostituir-se" na sua dignidade profissional, a troco de participar nos roubos de dinheiros públicos, destinados a gente carenciada, mas mais honesta que estes bandalhos.

Em dado momento a actividade do jornalismo constituiu-se como O VERDADEIRO PODER. Só pela sua acção se sabia a verdade sobre os podres forjados pelos políticos e pelo poder judicial. Agora contínua a ser o VERDADEIRO PODER mas senta-se à mesa dos corruptos e com eles partilha os despojos, rapando os ossos ao esqueleto deste povo burro e embrutecido. Para garantir que vai continuar burro o grande cavallia (que em português significa cavalgadura) desferiu o golpe de morte ao ensino público e coroou a acção com a criação das Novas Oportunidades.

Gente assim mal formada vai aceitar tudo e o país será o pátio de recreio dos mafiosos.

A justiça portuguesa não é apenas cega. É surda, muda, coxa e marreca.

Portugal tem um défice de responsabilidade civil, criminal e moral muito maior do que o seu défice financeiro, e nenhum português se preocupa com isso, apesar de pagar os custos da morosidade, do secretismo, do encobrimento, do compadrio e da corrupção. Os portugueses, na sua infinita e pacata desordem existencial, acham tudo "normal" e encolhem os ombros. Por uma vez gostava que em Portugal alguma coisa tivesse um fim, ponto  final, assunto arrumado. Não se fala mais nisso. Vivemos no país mais inconclusivo do mundo, em permanente agitação sobre tudo e sem concluir nada.

Desde os Templários e as obras de Santa Engrácia, que se sabe que, nada acaba em Portugal, nada é levado às últimas Consequências, nada é definitivo e tudo é improvisado, temporário, desenrascado.

Da morte de Francisco Sá Carneiro e do eterno mistério que a rodeia, foi crime, não foi crime, ao desaparecimento de Madeleine McCann ou ao caso Casa Pia, sabemos de antemão que nunca saberemos o fim destas histórias, nem o que verdadeiramente se passou, nem quem são os criminosos ou quantos crimes houve.

Tudo a que temos direito são informações caídas a conta-gotas, pedaços de enigma, peças do quebra-cabeças. E habituámo-nos a prescindir de apurar a verdade porque intimamente achamos que não saber o final da história é uma coisa normal em Portugal, e que este é um país onde as coisas importantes são "abafadas", como se vivêssemos ainda em ditadura.

E os novos códigos Penal e de Processo Penal em nada vão mudar este estado de coisas. Apesar dos jornais e das televisões, dos blogs, dos computadores e da Internet, apesar de termos acesso em tempo real ao maior número de notícias de sempre, continuamos sem saber nada, e esperando nunca vir a saber com toda a naturalidade.

Do caso Portucale à Operação Furacão, da compra dos submarinos às escutas ao primeiro-ministro, do caso da Universidade Independente ao caso da Universidade Moderna, do Futebol Clube do Porto ao Sport Lisboa Benfica, da corrupção dos árbitros à corrupção dos autarcas, de Fátima Felgueiras a Isaltino Morais, da Braga Parques ao grande empresário Bibi, das queixas tardias de Catalina Pestana às de João Cravinho, há por aí alguém quem acredite que algum destes secretos arquivos e seus possíveis e alegados, muitos alegados crimes, acabem por ser investigados, julgados e devidamente punidos?

Vale e Azevedo pagou por todos?

Quem se lembra dos doentes infectados por acidente e negligência de Leonor Beleza com o vírus da sida?

Quem se lembra do miúdo electrocutado no semáforo e do outro afogado num parque aquático?

Quem se lembra das crianças assassinadas na Madeira e do mistério dos crimes imputados ao padre Frederico?

Quem se lembra que um dos raros condenados em Portugal, o mesmo padre Frederico, acabou a passear no Calçadão de Copacabana?

Quem se lembra do autarca alentejano queimado no seu carro e cuja cabeça foi roubada do Instituto de Medicina Legal?

Em todos estes casos, e muitos outros, menos falados e tão sombrios e enrodilhados como estes, a verdade a que tivemos direito foi nenhuma.

No caso McCann, cujos desenvolvimentos vão do escabroso ao incrível, alguém acredita que se venha a descobrir o corpo da criança ou a condenar alguém?

As últimas notícias dizem que Gerry McCann não seria pai biológico da criança, contribuindo para a confusão desta investigação em que a Polícia espalha rumores e indícios que não têm substância.

E a miúda desaparecida em Figueira? O que lhe aconteceu? E todas as crianças desaparecida antes delas, quem as procurou?

E o processo do Parque, onde tantos clientes buscavam prostitutos, alguns menores, onde tanta gente "importante" estava envolvida, o que aconteceu?

Arranjou-se um bode expiatório, foi o que aconteceu.

E as famosas fotografias de Teresa Costa Macedo? Aquelas em que ela reconheceu imensa gente "importante", jogadores de futebol, milionários, políticos, onde estão? Foram destruídas? Quem as destruiu e porquê?

E os crimes de evasão fiscal de Artur Albarran mais os negócios escuros do grupo Carlyle do senhor Carlucci em Portugal, onde é que isso pára?

O mesmo grupo Carlyle onde labora o ex-ministro Martins da Cruz, apeado por causa de um pequeno crime sem importância, o da cunha para a sua filha.

E aquele médico do Hospital de Santa Maria, suspeito de ter assassinado doentes por negligência? Exerce medicina?

E os que sobram e todos os dias vão praticando os seus crimes de colarinho branco sabendo que a justiça portuguesa não é apenas cega, é surda, muda, coxa e marreca.

Passado o prazo da intriga e do sensacionalismo, todos estes casos são arquivados nas gavetas das nossas consciências e condenados ao esquecimento.

Ninguém quer saber a verdade. Ou, pelo menos, tentar saber a verdade.

Nunca saberemos a verdade sobre o caso Casa Pia, nem saberemos quem eram as redes e os "senhores importantes" que abusaram, abusam e abusarão de crianças  em Portugal, sejam rapazes ou raparigas, visto que os abusos sobre meninas ficaram sempre na sombra.

Existe em Portugal uma camada subterrânea de segredos e injustiças, de protecções e lavagens, de corporações e famílias, de eminências e reputações, de dinheiros e negociações que impede a escavação da verdade.


Este é o maior fracasso da democracia portuguesa 

Clara  Ferreira  Alves - "Expresso"