25 janeiro, 2012

Isaltino Morais

Quem pode acreditar nesta Justiça, nestes Juizes, nestas Leis?
 
"Segundo o acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) a que a Agência Lusa teve hoje acesso, "a decisão de condenação do arguido a dois anos de prisão efetiva não transitará enquanto estiverem pendentes recursos ordinários que possam contender com a subsistência dessa decisão condenatória".
 
O acórdão proferido, que chegou na segunda-feira ao Tribunal de Oeiras, surge em resposta aos recursos interpostos pela defesa de Isaltino Morais sobre a detenção do autarca a 29 de setembro de 2011 que durou menos de 24 horas. 
 
Assim, cabe agora à juíza Carla Cardador, do Tribunal de Oeiras, apreciar a questão da prescrição de dois crimes de fraude fiscal e decidir sobre a prisão do autarca. 
 
A defesa de Isaltino Morais refere que os recursos pendentes estão relacionados com a prescrição de dois dos três crimes de fraude fiscal a que o autarca foi condenado, um deles a 4 de novembro passado, o que o obriga a uma "audiência de cúmulo para refazer a sentença com base nos crimes prescritos". 
 
Contudo, o Ministério Público afirma que a sentença condenatória de Isaltino Morais transitou em julgado a 31 de outubro de 2011, antes da prescrição.
 
Em resposta, a defesa do autarca sustenta que, ainda assim, a notificação feita com base no acórdão de 31 de outubro é datada a 2 de novembro com efeito a partir de três dias úteis depois, ou seja, a 7 de novembro, tendo já sido ultrapassado o dia da alegada prescrição. 
 
É com base na prescrição de crimes que a defesa de Isaltino Morais considera que nova decisão de prender o autarca será "novo erro grave" da juíza.
 
Isaltino Morais foi condenado em 2009 a sete anos de prisão e à perda  de mandato autárquico por fraude fiscal, abuso de poder e corrupção passiva  para ato ilícito e branqueamento de capitais.  
 
Posteriormente, no que diz respeito ao crime de branqueamento de capitais,  a Relação de Lisboa decidiu baixar a pena aplicada para um ano e cinco meses  de prisão. 
 
Em cúmulo jurídico, pelos três crimes de fraude fiscal e um de branqueamento  de capitais, a Relação decidiu condenar Isaltino Morais a uma pena de dois  anos de prisão."  ( sicnoticias.sapo.pt )

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