08 setembro, 2011

Processo Casa Pia

Assim se detroem vidas.

Que paga, onde estão os responsáveis que aceitaram como bons estes depoimentos.
Esta gente não tem que ser chamada à "Justiça?

Novas do Estado de direito: «Casa Pia. Ricardo Oliveira, que acusou Paulo Pedroso, Ferro Rodrigues e Jaime Gama, diz que foi "fácil mentir à polícia"»

Estranhamente, o artigo de Carlos Rodrigues Lima e Luís Fontes no DN, intitulado "A PJ apanhou nomes atirados ao ar", não está disponível na Internet. Eis um extracto:
    'São mais dois desdizeres no processo da Casa Pia: Ricardo Oliveira (durante anos, referido como "João A.") e Paulo Lemos, duas testemunhas da acusação, voltaram atrás nos seus depoimentos, dizendo, em entrevista ao jornalista Carlos Tomás, que mentiram à Polícia Judiciária e, posteriormente, em tribunal. "A gente mandava uns nomes para o ar e a Judiciária apanhava. Eu mandava uns nomes para o ar e eles apanhavam o que queriam", descreveu Ricardo Oliveira na entrevista. As declarações de ambos - que não foram consideradas vítimas do processo, apenas testemunhas da acusação - constam de um DVD que o jornalista enviou para várias entidades públicas (PGR, Parlamento, Presidência da República, entre outras) e órgãos de comunicação social. Ricardo Oliveira contou que apenas acusou o ex-deputado socialista Paulo Pedroso no dia em que este foi detido, a 4 de Fevereiro de 2003. "Era fácil. Vi a cara dele a ser preso de manhã e à noite falei dele. Eu só colei", declarou Ricardo Oliveira. Recorde-se que este jovem foi entrevistado pela TVI no dia em que o juiz Rui Teixeira entregou no Parlamento o mandado de detenção contra Paulo Pedroso. "A Polícia Judiciária acreditou em mim, apesar de eu nunca ter falado no Paulo Pedroso antes de ele ter sido preso. Nunca o tinha visto, não o conhecia", acrescentou o jovem na entrevista. Além de Paulo Pedroso, esta testemunha também implicou em actos de abuso sexual os socialistas Jaime Gama e Ferro Rodrigues. Estes últimos avançaram com processos de difamação, mas perderam as respectivas causas. Ao que o DN apurou, pelo menos Paulo Pedroso não vai tomar nenhuma iniciativa no foro judicial, porque os prazos para recurso no processo de difamação já foram ultrapassados. As novas declarações de Ricardo Oliveira passaram ainda pela casa de Elvas, propriedade da arguida Gertrudes Nunes (a única absolvida no final do julgamento), local onde, segundo o processo, decorreram abusos sexuais. "Nunca fui à casa de Elvas", referiu Ricardo Oliveira, apesar de outro jovem ter declarado que o viu na habitação de Gertrudes Nunes. Uma das revelações mais surpreendentes diz respeito à suposta "facilidade" com que se mentiu no processo da Casa Pia: "Faz mal estragar a vida às pessoas. Mas, naquela altura, eu punha o que tivesse que ser (...) A gente não mentiu, mentimos, mas só fizemos o que nos mandaram fazer. Era tão fácil mentir neste processo. Podíamos dizer tudo, porque éramos os reis."'

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