30 março, 2013

Sócrates - O homem está em grande forma.

"Notoriamente, os dois jornalistas destacados para entrevistar José Sócrates estavam impreparados, ou não tomaram em consideração a aptidão dialéctica do ex-primeiro-ministro, ou, pior, não estavam ali para esclarecer, sim, acaso, para baralhar e entrar em chicana, colocando-se como protagonistas, quando deviam ser mediadores. Chegou a ser pungente a evidência com que o entrevistado repôs a natureza dos factos, perante a turva propriedade das enunciações. O esclarecimento das manobras e das conspiratas com origem em Belém, e as inclinações ideológicas do dr. Cavaco, que põem em causa a sua tão apregoada "independência", foram pontos fulcrais da entrevista. Ficou-se a saber o que se suspeitava: o manobrismo unilateral de quem começa a ser cúmplice consciente do desastre para que nos encaminham. Um a um, ponto a ponto, Sócrates rebateu as alegações de "desincorporação" que ambos os jornalistas se aplicavam em expor, recorrendo às instâncias que estabeleciam as relações marcantes na época. Aí, a sua intervenção foi arrasadora. Claro que Sócrates e o seu governo não podem ser responsáveis de todas as malfeitorias, apesar das estruturas de contra-informação utilizadas, da negligência propositada de alguma comunicação social, e que ele denunciou com denodo. A entrevista foi extremamente interessante porque o reconhecido talento de José Sócrates voltou a impor-se em grande estilo. Ficámos esclarecidos? Não; porque os entrevistadores, além das deficiências apontadas, foram intimidados pelo "animal feroz". O homem está em grande forma."  Batista Bastos

Fernanda Cancio - a verdade desta "gente"

Se os políticos são todos iguais, entre os iguais, há alguns que são mesmo diferentes
 
"Houve um tempo em que um Governo enviar pareceres de juristas ao Tribunal Constitucional era, para o PSD, "uma violenta e desproporcionada pressão". Houve um tempo em que deputados sociais-democratas viam, mesmo em opiniões encomendadas a juristas como Lobo Xavier e Saldanha Sanches, inaceitáveis manobras para condicionar o TC - dizia-o, imagine-se quem?, Miguel Relvas, em dezembro de 2006, a propósito do pedido de fiscalização da constitucionali- dade da Lei das Finanças Locais e de cinco pareceres enviados pelo Governo socialista ao palácio Ratton.
Ah, mudam-se os tempos. E mudam-se de tal modo que seis anos depois tivemos um Orçamento do Estado inconstitucional "de papel passado" e um Governo a achar normal mantê-lo e a seguir reforçar a dose, como quem vê que é mole e portanto carrega. Ou seja: o TC deu - por via da bizarra suspensão do efeito da declaração de inconstitucionalidade quanto ao corte dos subsídios a funcionários públicos e pensionistas, na prática uma suspensão da Constituição - aquilo que se chama "uma abébia" a Passos e Gaspar, e eles, em vez de agradecer e pedir desculpa pelo erro, agiram como se fosse uma licença para infringir a lei fundamental, para a ignorar, para dela escarnecer - e do TC.
O escárnio chegou a tal ponto que uma deputada do PSD afirma que o TC "está vinculado ao memorando" enquanto Passos exige "responsabilidade" aos juízes, soprando aos jornais que se o TC chumbar o Orçamento se demite (que desgraça, deus, como sobreviveremos?). Um PM que tomou medidas que toda a gente - a começar pelo Presidente da República, que aliás o disse mesmo antes da apresentação do OE 2012, para a seguir nada fazer - sabia que eram inconstitucionais, e portanto violou com toda a consciência a lei fundamental, esbulhando dois mil milhões de euros a centenas de milhares de cidadãos em nome do desígnio sagrado do controlo do défice (que ficou SÓ dois pontos percentuais acima do fixado), acha-se em condições de dar lições de responsabilidade. E logo aos juízes da mais alta instância da nação.
Fá-lo, claro, porque não parece haver margem para que o TC não declare inconstitucionais normas do OE 2013. Mas pode o TC de novo suspender a Constituição, permitindo ao Governo, mais uma vez, safar-se, à gargalhada, com o roubo? Ou, perante a ameaça da "crise política", declarar inconstitucionais apenas uma ou outra das normas menos "dispendiosas", permitindo que outras igualmente abusivas passem?
É certo que os juízes devem ser superiores a tudo, mesmo à justa fúria que as afirmações do PM lhes causarão. Mas só há uma instituição por cujo regular funcionamento lhes cabe zelar - a sua própria - , como garante último do respeito pela lei fundamental (e pelo regime democrático, portanto). Serem responsáveis é cumprirem o seu mandato - sobretudo quando os outros irresponsável e vergonhosamente desrespeitam os deles. Façam o que têm a fazer. Ou demitam-se."
 

Socrates - o que disse

Socrates - o que disse: No Expresso, por Nicolau Santos
 
O que disse José Sócrates de novo?
 
 1) Fez o mais violento ataque em democracia a um Presidente da República, culpando-o diretamente pela crise política que levou à queda do anterior Governo e à atual solução governativa. Ninguém o tinha dito com tanta brutalidade. Ninguém tinha dito que foi ele a mão por trás do arbusto. Ninguém tinha dito que foi ele o patrono da crise política e desta solução governativa, com a qual está completamente comprometido.
2) Sublinhou que o PEC IV tinha o apoio do BCE, do Conselho Europeu e da Comissão Europeia. Não era claro para toda a gente embora a irritação de Angela Merkel com o chumbo do PEC IV constitua uma possível confirmação. Isso não quer dizer, como é evidente, que o PEC IV seria o buraco da agulha por onde escaparíamos sem ter de pedir um resgate ao FMI. Mas que havia apoio da União ao PEC IV, lá isso havia.
3) Nas parcerias público-privadas, uma das principais acusações que lhe faziam, Sócrates lembrou que das 22 PPP existentes só 8 lhe podem ser atribuídas. E que recebeu encargos de 23 mil milhões com as PPP, que reduziu para 19 mil milhões quando deixou o Governo. Os números são oficiais, estão nos Orçamentos do Estado - e contrariam o discurso que tem sido feito sobre esta matéria.
4) No que toca ao memorando, recusou que o que está em prática tenha sido o documento que assinou. Disse que já houve sete mudanças e que muitas medidas - subida do IVA para a restauração e para a energia, corte de meio subsídio de Natal logo em 2011 e confisco dos dois subsídios à função pública em 2012 - não estavam no documento original, o que é verdade. Se se podia fugir a elas ou seguir outro caminho, é outra discussão que o ex-primeiro-ministro defende, ao dizer ao Governo para parar de escavar o buraco da austeridade.



Cicero e Catalina e o rancor a Sócrates

Henrique Monteiro, ao que lembre, sempre atacou José Sócrates, sabemos lá porque razão.
Hoje trás à colação uma boa tirada filosófica onde e como muito bem se pode aplicar aos políticos, aos comentadores, mas esencialmente aos jornalistas, a muitos jornalistas.
No seu escrito no Expresso mistifica e contraria o que Sócrates diz de Cavaco Silva, dando a palavra ao Presidente e chamando de mentiroso a Sócrates.
Há pessoas assim, sendo ou não jornalistas ou políticos, uns mesmo, desprovidos do minimo pudor.
Paciência, lá virá o tempo em que serão desmascarados.
A parte da prosa que se segue, foi escrita no Expresso, e serve perfeitamente para se aplicar na integra aos tais jornalistas, mas especialmente a este, pelo seu rancor doentio a José Sócrates.

"A demagogia, que é o terreno fértil dos tele-evangelistas, dos vendedores de facilidades, abundou. E apetece fazer as perguntas que o grande Cícero fez a Catilina, um demagogo da sua época: "Até quando Catilina abusarás da nossa paciência? Por quando tempo ainda esse teu rancor nos enganará? Até que ponto a tua audácia abusará de nós? Sem esquecer que Catilina foi considerado um herói popular e Cícero enviado para o exílio, de onde voltou para se retirar da política ao entrar em choque com Júlio César. A República Romana, que Cícero defendera acima de tudo, tinha chegado ao fim. Abria-se o ciclo dos imperadores.
A moral da história não é quase nunca uma história moral!"


29 março, 2013

Câmara Corporativa: "O Presidente é, de facto, menor e mesquinho"

Câmara Corporativa: "O Presidente é, de facto, menor e mesquinho"

Clara Ferreira Alves, ALGUÉM PARA ODIAR [hoje no Expresso]:
    ‘(…) No ano em que soubemos que uma quadrilha de amigos do Presidente não paga o que deve ao BPN e temos nós de pagar por eles, milhares de milhões, as pessoas escolhem odiar Sócrates. No mês em que a nossa saída do euro está por um triz, as pessoas escolhem odiar Sócrates. Que lhes faça bom proveito.

    O que extraí da entrevista? Algumas verdades. O Presidente é, de facto, menor e mesquinho. (…) Vi, ainda, que quem não deve não teme. Se Sócrates fosse o bandido que fugiu para Paris e para uma vida de luxo com o dinheiro que roubou no Freeport (campanha mais infame do que a da homossexualidade) não tinha regressado. Vi um homem de consciência tranquila. A pergunta que me interessava ninguém a fez. E a Europa? Desde que Sócrates se foi embora a Europa mudou, para pior. Portugal também, para pior. (…)’

Miguel Relvas e o tiro pela culatra

Relvas e o Governo no seu todo, bem se podem cuidar

"Daqui para a frente, o Governo não vai poder dormir descansado com os comentários semanais de Sócrates. Hoje já deu a entender o que aí vem, querendo falar dos erros de governação que estão a ser cometidos. Foi pena que os dois entrevistadores - uma vez mais, com uma prestação fraca - não o tenham deixado desenvolver esse tema. Dificilmente regressará à política activa, mas será muito importante na definição do debate público. Se a sua contratação foi uma jogada do Dr. Relvas, o tiro terá saído pela culatra. Mais um, de resto. A continuar assim, o Governo não durará muito. E não cairá; sairá com benzina, porque é uma nódoa."

Cavaco Silva - o sonso

Todos sabemos o que ele sempre foi e continua a ser, mas convem relembrar.

"Todos sabíamos que Cavaco Silva é o sonso mais bem sucedido da vida política portuguesa. O político profissional há mais tempo no activo, sem nunca deixar de se fazer passar por não político; o intriguista que tece na sombra as sombras do seu poder; e o egocêntrico inseguro que tenta pairar acima da sujeira da política. José Sócrates fez muito bem em atacá-lo directamente, afirmando num palco bem visível o que já se vinha sendo dito em surdina há muito tempo. Cavaco conspirou para fazer cair o Governo de Sócrates. E não foi apenas em 2011. Antes das eleições de 2009, já o tinha tentado. Nunca deixou de fazer letra morta do dever de isenção a que a sua função obriga, tentando derrubar os dois governos de Sócrates, mas também continuando a manter este Governo em funções, apesar do descalabro do país. Cavaco não só não está acima da política, como não está, de modo algum, acima dos partidos. E demonstrar esta evidência terá sido o maior contributo desta entrevista"

PSD - pressiona o Tribunal

PSD quer que Tribunal decida, passando por cima do texto e do espírito da Lei fundamental - a Constituição
 
"Esta posição foi assumida na Assembleia da República pela deputada e vice-presidente do PSD Teresa Leal Coelho, que discordou que o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, tenha exercido pressão sobre o Tribunal Constitucional quando considerou que esta instituição "tem também de ter responsabilidade nas decisões que vier a tomar e no impacto que elas possam ter no País".
"Nós entendemos que o Tribunal Constitucional deve avaliar este Orçamento tal como nós o elaborámos e aprovámos nesta câmara: tendo em consideração o contexto económico, o contexto financeiro, o memorando de entendimento, o direito europeu, o direito nacional", afirmou a deputada e dirigente social-democrata.
A este propósito, Teresa Leal Coelho acusou a oposição de desvalorizar a situação do País: "Parece que se esquecem que um dia podemos não ter dinheiro para pagar salários e pensões, parece que se esquecem que nós hoje não temos condições financeiras de sustentabilidade de um Estado que tem cerca de dois cidadãos activos por cada pensionista ou reformado".
"Assim sendo, nós temos de trabalhar em contexto, e temos de trabalhar em contexto seja o Partido Comunista, sejamos nós ou seja o Tribunal Constitucional", argumentou.
Antes, o líder parlamentar do Bloco de Esquerda, Pedro Filipe Soares, tinha desafiado Teresa Leal Coelho a demarcar-se das declarações que o primeiro-ministro fez na quarta-feira, no Porto, sobre a responsabilidade do Tribunal Constitucional, que apontou como uma pressão sobre esta instituição,   

"Eu quero clarificar com toda a transparência aquela que é nossa posição relativamente à responsabilidade que cada instituição, seja ela uma instituição pública ou privada, deve assumir na reconstrução de um País: a responsabilidade que está no âmbito das suas funções. E é por isso mesmo que nós não temos qualquer tipo de problema e não consideramos uma forma de pressão dizer que o Tribunal Constitucional deve, no exercício das suas funções, assumir a sua quota-parte de responsabilidade", respondeu Teresa Leal Coelho.
Em discordância com esta posição, Pedro Filipe Soares tinha pedido à deputada social-democrata que afirmasse que "não alinha nas pressões sobre o Tribunal Constitucional".
Por sua vez, João Oliveira acusou o primeiro-ministro de procurar "chantagear e pressionar o Tribunal Constitucional" como "nunca tinha acontecido em Portugal depois do 25 de Abril", acrescentando: "Senhora deputada Teresa Leal Coelho, se o Tribunal Constitucional reconhecer inconstitucionalidades no Orçamento do Estado, a responsabilidade é do Governo que propôs o Orçamento e é vossa, do PSD e do CDS, que o aprovaram"."

Socrates - causa medo


Correio da Manhã - continua


28 março, 2013

O PCP e o BE para que servem?

Ouvi o que disse Ana Drago sobre o entrevista de José Sócrates.
Aqueles que tantos apelam à memória dos tempos passados, agora escamoteiam o que o antigo Primeiro Ministro dizendo que apenas o que interessa é o futuro
Sócrates teve o cuidado de não ter dado, nem uma única alfinetada ao PCP e o BE pela ajuda que deram a Cavaco Silva e ao PSD e CDS a chegarem ao Governo.
Estes dois  partidos, sabiam bem quem iria ganhar as próximas eleições, mas, tão defensores do "Povo" como são, apenas se preocuparam com eles próprios e foram companheiros dos partidos da direita para lhes darem o maior empurrão até à cadeira de S Bento.
Sócrates, apenas falou nas votações da Assembleia da República, omitiu os nomes do PCP e BE.
A isto se chama, hipocrisia política

Cavaco Silva - o início da queda dum mito

Sócrates na entrevista de ontem, levou Cavaco Silva ao cálvario. Desmistificou apenas uma parte da sua actuação nas tramas que preparou para o então primeiro Ministro José Sócrates.
Tentou sempre, agir como o terá feito Pilatos, lavou as mãos. Escondeu-se com uma subtileza pacóvia e provinciana, aliás própria de toda a sua actuação política.
Nunca terá pensado que lhe aconteceria o mesmo que à velha bilha, que tantas vezes foi à fonte que acabou partida.
A partir de agora, quer Cavaco, quer Sócrates, não voltarão a ser olhados da mesma forma p+elo comum dos portugueses.
Aquilo que foi dito por Sócrates e visto e ouvido por muitos milhões de portugueses, vai ficar bem fundo na memória de todos. Não mais haverá aurea que possa perdurar sobre a cabeça do algarvio da Fonte de Boliqueime.
Que se cuide, pois o mal duma pequena brecha numa muralha, só termina quando a muralha for derrubada ou cair por ela própria.

Passos Coelho - perdeu a cabeça

Sócrates - a força dum mito

Que se cuidem os papagaios da política



Este jornaleco, que pouco mais faz que sujar as maosa e o espirito de quem o lê, tão pródigo em encher a primeira página em tudo o que seja título contra Sócrates, utilizou a cobardia própria dos fracos, para colocar a notícia da entrevista de Sócrates num quadradinho quase escondido.
Uma vergonha

Cavaco, deve ter tomado uma boa dose de calmantes para conseguir dormir

Desde há muito que Cavaco merecia algo como o que Sócrates o brindou

Há verdades que andaram durante muito tempo escondidas, por detrás de interesses inconfessáveis

Uma voz do contraditório

Coitados dos "jornalistas" que o entrevistaram - levaram um baile de política

Cavaco, bem poderia continuar calado. cada vez que abre a boca, só sai asneira


AS contas são para ajustar em qualquer altura

27 março, 2013

Sócrates - causa panico em Portugal

Vou já afinar a televisão para ver a primeira entrevista do ex-Primeiro Ministro José Sócrates depois de se ter auto exilado. Consta que a Agua das Pedras e chá de Camomila, estão esgotados na maioria das grandes superfícies, depois de  terem faltado nas pequenas mercearias de bairro, pois uma parte dos portugueses temem ficar enfastiados ao ouvirem e verem esta reaparição de Sócrates nas televisões. Televisões que alteraram as suas programações, criando grupos de comentadores que logo após a entrevista irão fazer uma análise às suas declarações.  As principais cadeiras de televisão estrangeiras mandaram enviados especiais a Lisboa para fazer a cobertura completa do evento. Maquinistas da CP, pilotos da TAP, médicos e enfermeiros dos diversos hospitais e clínicas estão a tentar trocar de serviço com colegas de profissão para não perderem em "directo", uma entrevista que ficará na história. As empresas de transportes de autocarros de aluguer em todo o país, tem todas as suas viaturas alugadas, para seguirem para Lisboa, para junto da sede da televisão estatal, promoverem ruidosas manifestações.  Umas a favor, outras contra.  A brigada de transito da GNR está já na estrada com a missão de aconselhar os condutores dos autocarros a não excederem a velocidade permitida pelo Código da Estrada e os possíveis acidentes.   As unidades de intervenção contra motins da PSP, estão a tomar posição desde as primeiras horas desta manhã, nas imediações do local onde está programado que a entrevista seja efectuada, contudo, a Direcção de Informação, já tem um plano de contingencia para alterar o local, em função dos milhares de pessoas que se estão a juntar e a manifestar junto da entrada dos estúdios.
Bom dia - vou já tomar lugar em frente ao meu televisor.
Nota: texto escrito ao correr da pena, por escassa falta de tempo. Tenho mesmo que ir afinar a televisão!!

Sócrates - o regresso

Sócrates - o regresso do lobo mau

" Marques Mendes acha que o regresso de Sócrates pode ser "mortífero" para o Governo. É certo que o peso do antigo primeiro-ministro vai transformar, ainda mais, a oposição de Seguro numa brincadeira de meninos, mas Mendes tem razão quando afirma que será Passos o verdadeiro alvo de Sócrates.

O ex-líder socialista ferve em pouca água vezes de mais para evitar ajustar contas de tudo o que dele foi dito pelos membros do actual Governo.

Nesta revisão do passado recente, Sócrates não deverá igualmente deixar Cavaco Silva em sossego ." in O Jumento"

PSD - amor com amor se paga... e bem!


Os "boys" são mesmo para as ocasiões!

25 março, 2013

Bruxelas, CHIPRE e os bancos

Se dúvida houvesse sobre a responsabilidade dos "bancos" em todo este enredo da "crise", aqui fica mias uma demonstração dessa verdade que em cada dia que passa se torna insufismável.
Bruxelas, está repleta de banqueiros e economistas, ditos especialistas nestas andanças das finanças e economia, mas, por incrível que pareça, sem tempo para se debruçarem sobre o verdadeiro tema da desgraça que tem vindo, em cada dia que passa, a tornar mais pobres uma grande parte das populações da Europa.
Não haverá tempo para o verdadeiro estudo da situação, das suas causas, dos seus efeitos, de todas aqueles, e dos muitos mais, que infelizmente não pertencem a essa enorme e milionária equipa de borucratas que de Bruxelas e arredores, gerem os destinos de tantos milhões de "almas penadas".
Os discursos, os banquetes, as viagens e as palestras não lhes dão tempo de sobra para fazerem o verdadeiro trabalho que tem a obrigação de fazer.
Quem continua a acreditar nessa gente?

Paulo Portas - escondido com rabo de fora

Pires de Lima tem aproveitado estes últimos tempos para aparecer nas primeiras filas de tudo o que é notícia sobre o Governo.
As televisões, os jornais e rádio tem-lhe dado esse privilégio.
Paulo Portas, como sempre, nos momentos em que a "guerra" tende a aquecer,  como bom medroso que é, com uma frieza que tem cultivado e aumentado desde sempre, esconde-se, foge dos palcos da guerra e da guerrilha.
Aproveita estas ocasiões, para mandar um "adjunto" político exercer as funções que ele próprio deveria desempenhar.
Ele que pretende ser um herói, no momento mais quente da batalha, deserta, foge de assumir as suas responsabilidades.
Temos visto assim a cerveja bem relacionada com a política.
Há tempo para tudo!!!

24 março, 2013

Correio da Manhã - um complot completo

O regresso de Sócrates afiou as garras num tipo de jornalismo que desde há muito está presente nas redações dos media

"Até no jornalismo em alguns murais parecia o regresso às noites do Jornal Nacional de 6.ª, da TVI, e das manchetes do Correio da Manhã. Sobre este último jornal, veja-se este post do director de informação da RTP, Paulo Ferreira, impotente para conseguir o desmentido de uma notícia falsa."

Marques Mendes, Socrates e os incompetentes jornalistas

Estes jornalistas são umas nódoas
 
Marques Mendes, cuspiu para o ar, mas estes "jornalistas",  nem sabem questionar que diz tamanha bacorada.
 
"Perante a afirmação de Mendes, de que Sócrates não vai “mudar de vida” nem pretende ser comentador político mas apenas usar a televisão como instrumento para realizar o seu objectivo que é limpar a sua imagem, “reabilitar-se para daqui a ano e meio, dois anos ser candidato a Presidente da República”, a jornalista que contracena com ele não fez a pergunta que se impunha, isto é, perguntar a Marques Mendes o que é que ele próprio pretende com a sua presença na televisão – primeiro na TVI24 e agora na SIC- se não estará também, como Marcelo, Santana e outros, a usar e a televisão como instrumento de influência para objectivos próprios, incluindo uma candidatura à Presidência da República." (Vaievem)

Escolas Militares - o descalabro

Estas escolas, nos moldes em que funcionam, não tem razão de ser.
Bolas para esta gente, que paguem o que devem pelo funcionamento das escolas ou que sejam fechadas.
 
"As três escolas militares custam 15 milhões de euros por ano ao Estado. Em 2011, o Colégio Militar (CM), o Instituto de Odivelas (IO) e o Instituto dos Pupilos do Exército (IPE) tiveram uma despesa na ordem dos 18 milhões de euros, tendo conseguido 3,6 milhões em receitas. O governo vai apresentar na segunda-feira o plano de reestruturação, mas as contas já estão feitas: os três estabelecimentos de ensino apresentaram um défice de cerca de 14,4 milhões de euros. “Um valor incomportável para o Estado”, segundo um estudo de uma comissão técnica coordenada pelo ex-ministro da Educação Marçal Grilo, concluído em Maio do ano passado, que recomenda mudanças profundas nas escolas militares.
A começar logo pela gestão financeira: o grupo de trabalho chegou à conclusão de que, enquanto um aluno do ensino público não militar custa cerca de 5700 euros ao Estado, cada aluno do Colégio Militar custou, no ano lectivo de 2010/2011, três vezes mais: um total de 15 959 euros. Já o valor médio por cada aluna no Instituto de Odivelas é de 10 371 euros. Nos Pupilos do Exército, o custo é ainda maior: 35 649 euros.
A par do problema da sustentabilidade financeira, o relatório, a que o i teve acesso, aponta outros problemas. As três escolas não têm “conseguido despertar vocações para a carreira militar”, a descida “preocupante” do número de alunos ao longo da última década e a diferenciação de sexos no CM e no IO, que se tornou um conceito “ultrapassado”.
Foi com base nestas conclusões que Marçal Grilo elaborou uma série de recomendações ao governo para diminuir o défice das escolas. A primeira passa por fundir o Instituto de Odivelas com o Colégio Militar (que passariam a ser escolas mistas), transformando-se o IPE - que entretanto teria de mudar de nome - numa escola profissional “de excelência”. Esta é, segundo o relatório, “a solução mais óbvia e imediata” para o ensino militar, passando as três escolas a ter uma gestão integrada - até porque, sublinha Marçal Grilo, “a oferta concorrencial” dos três estabelecimentos “não tem justificação”, servindo apenas para acentuar a diminuição do número de alunos que se verifica nos últimos anos. No ano lectivo de 2011/2012, o Colégio Militar teve 356 alunos. No ano anterior eram 369 e, em 2006/2007, foram 386. No Instituto de Odivelas havia, no último ano lectivo, 257 alunas - menos 70 que no ano anterior - e em 2006/2007 eram 273. O IPE, contudo, parece contrariar a tendência: em 2011/2012 havia 140, mais três que em 2010/2011, sendo 134 cinco anos antes.
O relatório sublinha, por outro lado, o facto de o rácio de professores/alunos ser “baixo”. Em média, nas três escolas havia, em 2011, um professor para cada quatro alunos. Já o rácio de funcionários/aluno é classificado, no documento, de “chocante”. No Colégio Militar há um funcionário para cada dois alunos e, no IPE, para cada estudante há um funcionário. O relatório recomenda, por isso, “uma redução drástica do pessoal não docente”.
Educação diferenciada A equipa coordenada pelo antigo ministro da Educação critica, por outro lado, a “discriminação de género” nas escolas do Exército. “Não há motivos institucionais, pedagógicos ou sociológicos para que o Estado, através da instituição militar, patrocine um projecto educativo assente na diferenciação por género”, lê-se no documento. Assim sendo, o Colégio Militar, segundo a proposta de Marçal Grilo, passaria a integrar todos os ciclos de ensino até ao 12.º ano em regime de externato misto. No 3.º ciclo manter-se-ia o regime de internato, feminino e masculino.
No IPE seriam ministrados cursos profissionais de ensino secundário, capazes de atrair alunos portugueses e do estrangeiro, nomeadamente de países lusófonos como Angola. A comissão admite que seria necessárias fazer obras no Colégio Militar e rentabilizar as instalações do Instituto de Odivelas, entretanto desocupadas - sem que seja apontada, no entanto, uma alternativa.
a Proposta do exército Do relatório consta uma segunda proposta ao governo que defende a manutenção das três escolas e apresenta um conjunto de medidas para atingir a sustentabilidade financeira. Da comissão liderada por Marçal Grilo fazia parte o director de Educação do Comando da Instrução e Doutrina do Exército, o major-general Rosas Leitão - que discordou das conclusões dos restantes membros da comissão, defendendo a manutenção dos três projectos educativos.
A proposta do Exército prevê que a gestão estratégica das escolas seja assumida, de forma integrada, pela Direcção de Educação do Exército. De maneira a garantir mais receitas, seria introduzido no CM e no IO uma novidade: o 1.º ciclo em regime de externato misto, mantendo-se a possibilidade de internato a partir do 2.º ciclo nas duas escolas. Os custos com pessoal seriam cortados, os professores passariam a ser comuns às três escolas - que iriam também partilhar serviços, como a lavandaria, transportes e actividades. A proposta alerta, por outro lado, para a necessidade de uma aposta em campanhas de divulgação das escolas e admite cortes no número de militares presentes nos estabelecimentos de ensino. Seriam ainda introduzidas turmas mistas no Colégio Militar e no Instituto de Odivelas, nas disciplinas do ensino secundário em que existem menos alunos.
“Estas escolas não podem ser encaradas como estabelecimentos com uma lógica comercial, como as escolas privadas ou corporativas”, adverte a proposta do Exército, que defende que o Estado deve assumir apenas “uma parte da despesa com o custo do aluno, semelhante ao valor do custo por aluno numa escola pública”. E deixa um aviso: “Uma mudança de elevado risco estratégico e na gestão organizacional, encerrando escolas ou contribuindo para a sua extinção a prazo, poderá destruir irremediavelmente as virtudes do modelo existente. Criar uma nova escola sem o apoio das comunidades educativas leva à instabilidade emocional nos estabelecimentos e o sucesso será uma incógnita.”
pais ameaçam retirar filhos Caso a proposta de fusão do CM e do IO avance, a maior parte dos pais vai tirar os filhos das duas escolas, o que só servirá para agravar a situação financeira, avisa Paulo Amaral, presidente da Associação de Pais do Colégio Militar. “A ideia é cortar nos custos, mas a fusão vai ter um efeito perverso, conduzindo à perda de alunos e ao fecho inevitável das escolas”, defende.
É que, se para a comissão de Marçal Grilo a separação por géneros é um conceito “ultrapassado”, para os pais é um “modelo diferenciador” face a outras escolas. “O que pode tornar estes estabelecimentos atractivos”, considera Paulo Pereira, da Associação de Pais do Instituto de Odivelas, que classifica o trabalho da comissão liderada por Marçal Grilo de “insuficiente e superficial”. As associações de pais criticam, desde logo, as contas apresentadas no relatório. “O custo por aluno não bate certo com os valores que constam do relatório elaborado em 2011 pelo Tribunal de Contas”, garante Paulo Pereira. Mais: o custo por aluno no IPE é três vezes superior ao do CM e do IO “porque foram incluídas nas contas os custos com os cursos de sargentos” que são ministrados nos Pupilos do Exército.
As três associações de pais também apresentaram uma proposta à tutela “porque concordamos que a gestão pode ser melhorada e há muito por onde cortar”, admite Paulo Amaral. “Por isso, é precipitado partir para a fusão e extinção de escolas, quando ainda há muitas alternativas que podem ser implementadas e podem tornar as escolas sustentáveis”, concorda Paulo Pereira. De maneira a aumentar as receitas, os pais dizem-se disponíveis para participar na gestão dos estabelecimentos e propõem o ensino do pré-escolar e do 1.º ciclo em Odivelas. O Colégio Militar serviria para introduzir apenas o 1.º ciclo.
Outra das alternativas passaria por abrir uma residência universitária nas instalações do IO. As associações admitem ainda racionalizar e partilhar serviços e professores. “Conseguiríamos cortar nos gastos em mais de 20% e subir o número de alunos para o dobro, sem que fosse preciso mais investimento”, garante Paulo Pereira, rematando: “Fechar não é saber gerir.” " ( in IOnline)

S Pedro do Estoril


       S Pedro do Estoril

Sócrates o Culpado

... A direita portuguesa que tanto tem usado Sócrates para bombo da festa parece não querer ter a oportunidade de o ter mais perto para melhor o culpar dos erros de previsão de Gaspar, aliás o ex-primeiro-ministro é culpado de tudo o que tem sucedido com este governo excepto a gravidez da Assunção Cristas.  In "O Jumento"

04 março, 2013

Teresa Caeiro

Não sei se é loira, mas tem genes!

Este senhora bem merecia algo diferente de apenas uma recriminação.
O que se transcreve é uma vergonha.

«Não vou e nunca iria a uma manifestação como a que se prepara para o dia 2 de Março de 2013. Citando Paulo Portas, “ninguém são de juízo dirá que tudo está bem”. É evidente que as coisas não estão bem: uma taxa de desemprego acima dos 17% é uma calamidade; a deterioração das condições económicas maior do que se previu; a consolidação orçamental está a ser mais lenta do que se pretendia; a crise é mais profunda do que esperado e a carga fiscal atingiu o limite do suportável pela classe média. Precisamos de mais tempo para diminuir o défice, de um período mais alargado para uma redução estrutural da despesa corrente e de maior tolerância para cumprir o programa que nos devolverá a soberania plena. Precisamos de aceleradores da economia sem entrar no despesismo que nos obrigou ao pedido de resgate. Temos de ter a lucidez de compreender que o Memorando de Entendimento deve ser ajustado às realidades com que nos vamos confrontando. E há que ter noção de que não é possível exigir o esforço tremendo pedido aos portugueses sem um mínimo de compreensão da população.
Dito isto, os “lixem-se” não representam a população portuguesa e não encontro no slogan simplista “que se lixe a troika” e no entoar do “Grândola” em todas as esquinas qualquer vislumbre de pensamento ou de propostas alternativas. Aposto que a maioria dos que se reúnem hoje não lutaram pela liberdade e pela democracia: receberam-na de bandeja e beneficiam - felizmente - dessas conquistas. Tomam-na como garantida, para sempre. Mas esquecem que a liberdade implica responsabilidade, nomeadamente o dever de contribuir de forma construtiva para que ela se perdure. E a democracia exerce-se nos actos eleitorais, de quatro em quatro anos. Seria interessante saber quantos dos que se “indignam” e mandam a troika lixar--se, exerceram este direito/dever nas últimas eleições.
A contestação faz parte da democracia, e ainda bem. Mas contestar por contestar não contribui para a solução dos problemas, nem dignifica a liberdade. As grandes concentrações de 15 de Setembro, transversais a toda a sociedade e faixas etárias, tinham uma mensagem precisa e concreta: não aceitamos uma redução dos nossos vencimentos para uma medida sem retorno perceptível. E tinham razão.
Já os que querem que “a troika se lixe” não apresentam uma única ideia. A não ser, claro… que se lixe tudo. E da pouca substância que se retira das forças políticas que os apoiam não há uma medida que não levasse o país à ruína, a uma desvalorização de mais de 80% do nosso PIB (leia-se das posses de cada um de nós) e a tornarmo-nos uns párias internacionais durante gerações e gerações.
Deixo umas perguntas, às senhoras e senhores que hoje estão num afã a pintar cartazes e a afinar as vozes: a um ano e meio do fim do programa de resgate é altura de romper tudo ou tentar cumprir a nossa parte para recuperar a nossa soberania? E preferem, hoje, estar em Portugal ou na Grécia? E preferem que se lixe a troika ou que se lixe Portugal?» [i]



2 de Março

Pouco importa o que se diga das muitas centenas de milhares que estiveram em Lisboa, Porto, Coimbra ou em todas as outras cidades que se associaram à manifestação de repúdio contra este Governo de incompetentes, mentirosos e medrosos.
Na verdade, que esteve lá sabe que  todos estavam contra o governo, empunhando cartazes, cantando a Grandola, indo de bicicleta, levando o seu cão consigo ou igualmente levando de passeio nos seus carrinhos os bébés.
Foram e viram muitos que estavam nas bermas dos passeios e que os aplaudiam pela actitude que decidiram tomar - estar presentes.
O Governo, pode até ironizar, disfarçar e olhar para o lado, mas, terá ficado consciente de que, a bem ou mal este Governo vai cair.  E quando cair, não vai ser fácil, mesmo fora do Governo, estes ministros andarem pelas ruas deste pais.
Vou continuar pela vida fora a ouvir das boas, deste povo que esqueceram a quem mentiram e a quem continuam a roubar o pão nosso e cada dia.
Espremos pelo Amen!!!

Justiça rápida

Há por aí alguem que diga que a justiça aqui no nosso burgo não  anda nos limites?
Aqui temos um bom exemplo da celeridade da "nossa" justiça:

"Supremo Tribunal de Justiça confirma reintegração de quatro trabalhadores da Novartis despedidos há sete anos"