27 setembro, 2011

Juizes, Padres e Professores

JUIZES
Quando é que retiram a estes cavalheiros, mesmo depois de reformados a faculdade de continuarem a receber os subsídios de  residência e livres de impostos?
Já perguntaram a este Juiz se por mero acaso fez as contas es colocou no seu livro,  quanto custam aos contribuintes estas mordomias?

«Carlos Moreno está reformado. Há quase um ano lançou o livro "Como o Estado gasta o nosso dinheiro." Defende que para haver uma democracia séria os cidadãos têm o direito e o dever de exigir que o dinheiro de todos seja gasto criteriosamente. Para ele, a crise que vivemos começou no desperdício dos recursos públicos.» [i]


PADRES
Um Padre diz que se pouparia imenso dinheiro se a tradição de lançar arroz sobre os noivos após a celebração do matrimónio acabasse.
Que maravilha de análise contra o despesismo.
Será que  este padre "forreta" sabe quanto a Igreja, por exemplo, gastou em Fátima a fazer aquele "monumento de pedra" bem em frente da velha Basílica?
Era mesmo necessário?
E se a Igreja fizesse a aplicação das dádivas em ouro e em especie em algo produtivo?

PROFESSORES
Muitos, são umas antênticas sanguessugas dos impostos dos contribuintes.
Quanto menos fazem, menos querem fazer.  MUitos não sabem sequer fazer.
Estes que assim agem, são uns autênticos "chulos" daqueles que trabalham honesta e honradamente.
Infelizmente, há honestos, mas...

"O Ministério Público está a investigar os 70031 atestados médicos passados a professores do ensino público em apenas quatro meses, entre Outubro de 2010 e Janeiro deste ano. "

1 comentário:

Sérgio O. Sá disse...

Três notas que tendem a perder a sua razão de ser por terem sido postas no mesmo saco. É que enqunto a respeitante aos juizes faz sentido, as que concernem aos padres e aos professores nem tanto.
O padre que falou do arroz não deixa de ter razão. Há milhões de seres humanos para quem um grão do branco cereal é maná. Por outro lado, o hábito de lançar arroz aos noivos não passa de mera "decoração" a contribuir para a mentira sacramental que o evento do casamento constitui.
Sobre a igreja de Fátima, embora não me considere religioso penso que aqueles que o são tem o direito de melhorar os espaços do culto que professam. Questionável é, sem dúvida, o local onde o novo templo se implanta, como o é, também, a escolha dos artistas que produziram a obras iconográficas por ele distribuídas. E quanto aos elevados custos de um tal empreendimento, se os nossos impostos não foram lá parar, tudo bem...
Por fim, os professores. Afirmar que «muitos são antênticas sanguessugas dos impostos dos contribuintes» não me parece correcto. Porquê? Porque não são muitos. Essas sanguessugas existem, mas são uma minoria. Dizer-se que «quanto menos fazem menos querem fazer» também pode dar a ideia de generalização e induzir em erro o leitor menos esclarecido. Há, de facto, quem não goste de trabalhar, mas esses são os que se desenrascam lindamente nos meandros do sistema, inclusive da política, e têm sempre o amparo de quem manda...
Sobre os atestados médicos, também me apercebi, pela informação na TV, mas o que me chamou a atenção foi o elevado nº de atestados passados por um mesmo clínico. Quanto aos restantes milhares, tal facto não me surpreende. Parece-me é que o M.E. esteve alheio, ao longo dos anos, a tal realidade, talvez por conveniência de quem o tem dirigido.
Tendo conhecimento da realidade, acrescento que, como docente, fui verdadeiramente assíduo. Cheguei mesmo a ser "brindado" pelo M.E. com alguns dias a mais para efeito de aposentação quando, ao longo do ano, não dava nehuma falta. Sorte a minha, por não precisar de as dar. (No final, não aceitei esse tempo a mais, por não necessitar dele).
Mas a idade foi vindo e a "evolução" da sociedade também, com os alunos a interessarem-se cada vez menos pela Escola. Entretanto, quando se aproximava Abril o cansaço aparecia sorrateiramente para me deixar fisica e até psicologicamente diminuído. Então, das duas uma: ou abstraía-me das minhas obrigações e deixava rolar, deixando os alunos um pouco ao "deus dará", com um final de ano em decadência, ou metia atestado por uma ou duas semanas, para me restabelecer e voltar ao serviço para ajudar os alunos na sua séria e profíqua arrancada final.
Fins de Abril e início de Maio era (e penso que continua a ser) o período dos atestados médicos. Não apenas para mim, mas para uma grande parte dos professores, sobretudo daqueles que se empenham verdadeiramente e cuja juventude vai ficando para trás. Dei por isso ao longo da minha carreira, nas várias escolas por onde passei.
Imaginemos agora esta situação a nível das escolas de todo o país, com os docentes a aumentarem ainda mais o stress por força da instabilidade gerada nos últimos tempos.
Ninguém se admire por tantos atestados médicos. De resto, se contabilizarmos os ditos atestados ou as baixas por doença, nas outras áreas profissionais, até seremos levados a pensar que, afinal, os professores nem faltam muito.