08 agosto, 2010

Freeport


Será que alguém entende tudo isto?
Mas ninguém fala no que de mais importante se apurou ao fim deste tempo?
Apenas 2 arguidos, por tentativa de extorção'?
Tentativa… o que vai dar?
Absolvição certamente.
Quem pode acreditar nestes profissionais da Justiça?
O que se passou com o Apito Dourado – Pinto da Costa, Valentim Loureiro, Pinto de Sousa, árbitros e dirigentes, alguém se lembra de algum deste peresonagem ser punido com alguma severidade?
Morgado tomou conta dos processos e foi o que se viu. Nada.
Ainda queriam mais tempo? Para voltarem ao inicio?
Que vergonha.
"Em Fevereiro de 2009, a tensão entre os dois responsáveis pelo processo Freeport e Cândida Almeida era já visível.
Em Fevereiro de 2009, Vítor Magalhães e Paes Faria, os magistrados titulares do processo Freeport, não queriam que Cândida Almeida participasse no encontro de Haia com as autoridades inglesas, que foi central para relançar a investigação com a colaboração do Serious Fraud Office (SFO), apurou o DN junto daquela instituição.
A informação foi confirmada por uma fonte do colégio do Eurojust, o organismo Europeu que organizou o encontro entre portugueses e ingleses. Confrontado com esta informação pelo DN, o procurador Vítor Magalhães responde que "é verdade que eu sempre defendi, e continuo a afirmá-lo, que quem deveria ter participado na reunião de Haia eram Maria Alice Fernandes e Carla Gomes e não a Directora Cândida Almeida". O magistrado sublinha ainda que "ninguém conhecia melheor o caso do que a equipa de investigação de Setúbal".
Na reunião em Haia, e contrariamente ao que é regra nas mediações do Eurojust - onde estão presentes dois representantes por país - Portugal enviou a directora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), Cândida Almeida, acompanhada pelos magistrados Vítor Magalhães e Paes Faria, enquanto a PJ enviou
Pedro do Carmo e Moreira da Silva, directores adjuntos. Os ingleses fizeram-se representar pelo magistrado titular do processo e por um responsável do Serious Fraud Office (SFO).
Segundo apurou o DN, magistrados e polícias terão viajado separados, alojando-se em hotéis diferentes, sem nunca se reunirem previamente: enquanto os primeiros organizaram a viagem através do Eurojust e foram recebidos e acompanhados em Haia por Lopes da Mota, os segundos pediram apoio à delegação holandesa da Europol e só apareceram no encontro com os ingleses.
Quanto à reunião na sala do Eurojust, é descrita assim por Lopes da Mota: "Os ingleses tinham tudo preparado e conheciam o processo e o caso, quer na vertente inglesa quer no que dizia respeito às investigações em Portugal. Os nossos não tinham preparado nada e apenas se limitaram a dizer que estavam ali para ouvir", acusa, agora, em declarações ao DN, o então presidente do Eurojust.
O magistrado, alvo de uma sanção disciplinar por alegadas pressões para travar as investigações (ver texto ao lado), está em Portugal mas continua a recusar outras explicações acerca do processo.
Este foi, ao caso, o primeiro sinal público
de desentendimento entre os dois procuradores e a sua superior, Cândida Almeida - que tinha pouco antes chamado a si a responsabilidade máxima pela condução das investigações. Esta semana, com o despacho de arquivamento do processo (de parte, já que duas pessoas saíram dele acusadas), surgiram notícias de novos - e mais contundentes - desentendimentos. Ao caso, sobre o facto de José Sócrates, agora primeiro-ministro, e Pedro Silva Pereira, ministro da Presidência, serem ou não chamados a depor.
Ontem, citando os autos da investigação, o jornal Público dizia que os dois procuradores tinham mesmo pedido a Cândida Almeida para chamar os governantes, incluindo nesse requerimento as perguntas a serem feitas. Alegadamente, o pedido não teve resposta - a não ser quando o despacho de arquivamento foi conhecido.
Nessa altura, lia-se já a discordância como pública: os procuradores escrevendo que tiveram esse desejo, só não concretizado por falta de tempo; a directora do DCIAP respondendo que as eventuais respostas nada acrescentariam, face à ausência de matéria probatória contra Sócrates ou Silva Pereira.
Ontem, contactada pelo DN, Cândida Almeida nada quis acrescentar sobre essa notícia. Já o procurador Vítor Magalhães, questionado ainda antes da notícia do Público sobre a mesma matéria (a hipótese de ter prosseguido o inquérito, apesar dos prazos fixados pela Procuradoria-Geral da República), apenas acrescentou que "dado o momento e as circunstâncias" lhe foi impossível ir mais longe.
Mesmo assim, há quem defenda que, não obstante o prazo dado pela Procuradoria-Geral da República para a conclusão do inquérito ao caso Freeport, os magistrados Vítor Magalhães e Paes Faria podiam ter prosseguido a investigação.
Se os dois titulares do caso Freeport julgassem "que era necessário" ouvir o primeiro-ministro, poderiam ter solicitado a prorrogação do prazo a Pinto Monteiro - contornando a ausência de resposta ao pedido anterior.
A hipótese não é, porém, consensual. E em declarações TVI, esta semana, Vítor Magalhães disse até desconhecer a figura de prorrogação do inquérito." (DN)

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