22 junho, 2009

A crise dos economistas

E são muitos os que indelizmente hoje ditam para as notícias algo que meses mais tarde deixam de acreditar e passam a defender uma tese absolutamente contrária.

De economistas muitos estão fartos.

Dificilmente acertam uma. Jogam mais nos bitaites que no certinho. E assim temos andado, ao saber destas mentes que navrgam ao sabor das ondas que é como quem diz, ao sabor dos seus interesses, sejam eles quais forem.

Na sua grande maioria são credores de altissimos salários em organismos do estado, doutos mestres de cátedra e muitos deles, empregados dos contribuintes – auferem até chorudas reformas dos bancos por onde passaram.

De quando em vez, juntam-se, ao saber de não se sabe bem de quê e vai daí, dessas sapientes mentes nascem, como água cristalina, umas lenga lengas que espremidas, lhes servam acima de tudo para auto-satisfação.

Muitos, surgem amiudadas vezes e até em ciclos bem definidos pelas televisões, deixando as suas vestutas opiniões, utilizando um palavreado de vocabulário complicado, como para que, quem não compreenda o que dizem, tenha que aceitar por vergonha de perguntar as ideias.

Na verdade, sobre a crise, não houve economistas, comentarista ou não, que não desse o seu palpite. Acontece que da crise, quando ela ainda se encontrava escondida foram poucos ou nenhuns que a previram.

Mais tarde, quando esta apareceu, então sim, foi o momento para as divagações. Como sempre, sobre o que ia acontecer, o desfezo e o final, sempre se continuavam a escudar nos "ses", nos "mas", para não dizerem mais do que hipóteses e que, dada a crueza da situação, qualquer principiante de economia não teria dificuldade em opinar de semelhante modo.

Hoje, sobre as grandes opcções estratégicas das grandes obras públicas, aí estamos na mesma.

Utilizam os meios de comunicação social para a "intimidação psicológica" sobre esses temas.

Devem ser grandes defensores da estratégia de Salazar – não pedir emprestado, não arriscar, não investir e deixar o ouro debaixo do colchão.

Sobre o ouro, infelizmente não será o caso, porque não abunda, mas sobre o investimento, faz-nos lembrar quando nos anos 60 chegávamos a Espanha e notávamos a diferença, por exemplo nas estradas.

Com a mentalidade destes cavalheiros, teremos que viajar até Badajoz, nem que seja de carroça, para aí apanharmos o AVE com acesso a toda a Europa.

No aeroporto da Portela, vamos juntar o Figo Maduro e talvez assim tenhamos a situação do congestionamento da pista que serve Lisboa resolvido.

Mais difícil, não será dizer onde se pode cortar no endividamento?

Onde se podem reduzir os custos desse sorvedouro enorme que é máquina burocrática do Estado.

Nos milhões que se gastam no dia a dia das Camaras Municipais, onde o Estado não tem qualquer controlo?

Nos submarinos e no equipamento bélico para as forças armadas?

Estes temas, parecem de gestão de mulher a dias.

Os economistas, só tratam temas a que correspondem as donas de casa.

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