27 abril, 2009

Professores, para que vos quero ?

Os Professores devem ser todos "tótós".

Ao fim destes anos todos ainda não sabem o que querem?

Ou será que os sindicalistas estão a ver o "tacho" dos anos e anos passado nos sindicatos a expensas dos contribuintes está a acabar-se.

A grande maioria vão manifestar-se na censura aos professores, não no apoio. Ou será que os sindicatos e os próprios não perceberem que a defesa intransigente dos seus interesses corporativos só tem a ver com o seu próprio umbigo e não tem nada a ver com a educação, com a escola, com o ensino e muito menos com os alunos?

Professores apelam ao apoio da opinião pública para a sua luta 

Informar os professores, discutir ideias, ouvir sugestões. Desde segunda-feira que Albertina Pena, sindicalista da Federação Nacional dos Professores, vai a três escolas, diariamente, para falar com educadores de infância e docentes. A semana de Consulta Geral dos Professores, promovida pela Plataforma Sindical dos Professores, termina hoje. Ao longo da semana todos os sindicatos andaram pelas escolas para esclarecer os professores.

Apesar de Albertina Pena pedir aos docentes da Escola Básica de 2.º e 3.º ciclo dos Olivais, em Lisboa, para assinarem uma moção já impressa, os professores podem apresentar as suas opiniões, diz. Na moção podem ler-se as causas de descontentamento da classe: a divisão da carreira em duas, as quotas de acesso à progressão na carreira, o modelo de avaliação do desempenho, a prova de ingresso na profissão, a "escravizante regulamentação" do horário de trabalho, o desemprego e o modelo de gestão.

9 comentários:

Anónimo disse...

Não sou professora, por isso estou à-vontade para falar.
E começo por ter de dizer que "TÓTÓ" é quem colocou aqui o texto «Professores para que vos quero?»
O título diz muito sobre a opinião de quem escreve, provando que não sabe do que fala, confundindo sindicatos com profissionais da docência.
Aproveito para sugerir que volte à escola, mesmo que a odeie, e peça aos professores algumas lições de português para ficar a saber que não deve escrever, por exemplo, «... tem a ver...», mas sim «... tem que ver...», de modo a poder vir a ser mais coerente com o que defende.
Quanto ao apelo dos professores para que a opinião pública os apoie, acho muito bem, pois já vi que ninguém pode contar com quem governa. Ninguém, nem mesmo quem aqui colocou este "post", a não ser que tenha sido um governante..., mas também se foi... que governante será esse que nem escrever correctamente sabe?!
De resto, é mais que sabido que a opinião de quem governa, com a qual ninguém pode contar, é uma opinião de «fazer de conta...» em relação às suas obrigações para com Portugal. O que lhes interessa são as suas contas bancárias cá e fora do país.
Dessa corja já nada o Povo pode esperar. O Povo, de que os professores fazem parte e eu e você (se não é governante) também.
Abra os olhos. Acarinhe os professores em vez de os combater.
Só eles, através do seu generoso e bem intencionado trabalho poderão algum dia salvar esta pobre Nação.

Anónimo disse...

Ao que se sabe, nem o professores são intocáveis, nem todos os que os criticam são estúpidos e ignorantes.
Podem saber escrever mal potugues, mas muitos portugueses são ou foram nas suas profissões, muito mais dedicados, responsáveis e profissionais, ganhando incomparavelmente menos que os professores.
Pois que se fixe com as suas lições de gramática. Nada disso invalida as criticas que são feitas à maioria dessa clique que dá pelo nome de professores.

Anónimo disse...

"Só eles, através do seu generoso e bem intencionado trabalho poderão algum dia salvar esta pobre Nação."
Então, são os professores os salvadores da Pátria?
Só se derem uma ajuda a este país, trabalhando mais, em especial no exagero de férias que disfrutam em relação à grande maioria de todos os outros trabalhadores com as mesmas habilitações ou até mais.
Não se exagere, cada qual com a sua missão.

Anónimo disse...

Os professores não querem, melhor, querem meter a foice em seara alheia - misturam sindicalismo com gestão, ingresso na profissão com habilitação académica, modelos de avaliação com a balda que tem sido a progressão na carreira.
Tudo isso acabou.
Este país precisa de quem trabalhe.
" assinarem uma moção já impressa", os professores podem apresentar as suas opiniões, diz. Na moção podem ler-se as causas de descontentamento da classe: a divisão da carreira em duas, as quotas de acesso à progressão na carreira, o modelo de avaliação do desempenho, a prova de ingresso na profissão, a "escravizante regulamentação" do horário de trabalho, o desemprego e o modelo de gestão.

Anónimo disse...

Pelo que me apercebo ninhum dos comentadores é professor. Eu sou, e como tal entendo dever deixar aqui alguns esclarecimentos.
Em relação ao 1º anónimo, uma senhora, creio, compreendo a sua animosidade e até concordo com o que diz. Mas acho que se excedeu num ponto. É que os professores, apesar do«generoso e bem intencionado trabalho» não poderão «só eles», como diz, salvar o país. De nada servirão a nossa generosidade nem os nossos bem intencionados esforços se quem governa (seja quem for) governar mal e se a população não estiver interessada em andar para diante.
O 2º anónimo parece não deixar de ter razão, mas perde-a ao fazer as comparações que apresenta.
Fique a saber, Caro comentador, que mesmo os meus colegas menos competentes, que os há por este país fora, trabalham que se fartam para cumprirem as suas obrigações. Quem não está por dentro das questões do ensino deve manter alguma contensão quando fala dos professores.
Em relação ao anónimo nº 3, vê-se bem que não sabe do que fala. Mas atreve-se a sugerir aos professores que trabalhem mais e a referir-se «ao exagero das férias». Se não sabe do que fala não diga nada. Eu só tenho TRINTA dias de férias contando com os sábados e domingos. E só os posso gozar sempre num dado período do ano: de 15 de Julho a 15 de Agosto ou de 1 a 30 de Agosto, enquanto a maioria dos outros trabalhadores tem o ano inteiro para escolher o período em que pretende gozá-las e até pode fazê-lo interpoladamente.
Ao 4º anónimo... francamente! Tanta confusão na sua cabeça. Não acertou num só ponto para onde fez pontaria. Mas uma vez que fala da divisão da carreira em duas, penso que está a referir-se a professores TITULARES e NÃO TITULARES. Se é isso, aproveito para lhe dizer que esse foi o maior pecado deste governo relativamente aos professores. Sabe porquê? Não, não sabe. Mas eu explico-lhe.
Eu sou professor titular. Considero-me e consideram-me um profissional competente. Mas tenho muitos colegas tão competentes como eu e mais velhos do que eu na carreira que não são titulares. Porquê? Porque os critérios que o Ministério da Educação estabeleceu para o efeito estão erradíssimos. Não explico porquê para não me alongar.
Sobre as cotas de acesso à progressão, trata-se de outra aberração do Ministério. É que em qualquer outra profissão cada trabalhador, colaborador ou funcionário, como se lhe queira chamar, exerce as suas funções de acordo com o patamar em que se situa.
No ensino, seja qual for o patamar em que os professores se situem (no ciclo em que se integram), todos desempenham as mesmas funções no que concerne ao trabalho lectivo.
No que toca à avaliação, provas de ingresso ou horário de trabalho, V.Exª. é bem claro ao provar que não sabe do que fala.
Eu sou dos que avaliarei, mas contra a minha vontade porque quem deveria fazê-lo era a Ministra ou os inspectores por ela nomeados, e não os colegas, como o Ministério quer impor para deixar toda a classe docente de mal consigo própria.
Provas de ingresso sempre as houve. O caro comentador é que não sabe do que se trata.
E quanto a horários de trabalho, quase que posso afirmar que trabalho bem mais que V.Exª. Até acrescento: Há cerca de dez anos dei-me à maçada de contabilizar as horas que trabalhei a mais, isto é, de graça, durante um ano lectivo. Resultado: seis semanas a 35 horas por semana.
Termino, acrescentando que não sou só eu que trabalho muito. Mesmo os menos competentes às vezes chegam a meio do ano já esgotados, a terem de ser amparados com medicamentos para se aguentarem.
Não falem do que não sabem!

Anónimo disse...

Cansados com meis duzia de horas de "trabalho" por dia?
Com o salário garantido pelo Estado?
Com férias e mais férias garantidas?
Que querem mais.
Não devem continuar com "a canção da desgraçadinha", tentando fazer passar a ideia que são todos uns sacrificados.
Que dirão a outra grande parte de trabalhadores deste país que vive na incerteza de emprego certo, de vencimento ao fim do mês?
Com a desgraça dos outros podem bem.
Pelos seus alunos, podem saber com facilidade as dificuldades que a maioria de gente que trabalha neste país passou e está a passar.
Não façam de parvos os seus semelhantes...

Anónimo disse...

Não é a primeira vez que visito este blogue. Às vezes sinto vontade de rir, outras vezes entristeço-me e noutras ocasiões até fico zangada com tanta parvoíce.
Fazendo um apanhado dos vários comentários ao "post" «Professores para que vos quero?» não resisto à tentação de me aventurar dar o meu contributo, elucidando quem tão mal informado anda.
O 1º comtário, de uma senhora que diz não ser professora, sugere que se confunde «sindicatos com profissionais da docência». Não chego a entender (falha minha, talvez) o que pretenderá dizer, mas, embora não sendo eu sindicalizada, tenho de defender os sindicatos, os sindicatos de todas as classes profissionais, aproveitando para perguntar àqueles que atacam os sindicatos dos professores se por acaso não são sindicalizados.
No 2º comentário, o seu autor confunde dedicação, responsabilidade e profissionalismo com algo que só ele saberá o que possa ser, e fala de "ganhar" (salário, talvez), querendo comparar o que não pode ser comparável. Mas não se lembrou dos deputados, por exemplo, que ganham bem mais do que os professores e fazem muito menos do que eles.
No 3º comentário surge a má fé de perguntar se os professores são "os salvadores da Pátria". Tenho de lhe dizer que podem não o ser e provavelmente não o serão. Mas este velho e decadente Portugal jamais se salvará sem o trabalho dos professores.
O 4º comentador atreveu-se a dizer que os professores «querem meter a foice em seara alheia». Homessa!Que ignorância! Que falta de sensatez! Não é você, sr. comentador, que está com a foice na mão?
Quanto ao 5º comentário, pelos vistos de um colega, já que eu também sou professora, sou obrigada a concordar com o conteúdo do seu texto. Teve paciência para tanta explicação. Teve paciência! Vê-se que é professor.
No entanto parece que de nada adiantou tanto esclarecimento, pois a seguir alguém mais, de má fé ou por inocência, veio repetir o palavreado do costume.
Esse 6º comentador que nada mais fez do que deixar escapar a inveja, não quero pensar que é ódio, mas parece dar sinais de certos recalcamentos que implicam tratamento.
É para este 6º comentador que me viro agora, perguntando-lhe:
Deseja que os profesores não tenham o salário garantido? Porquê?
Meia dúzia de horas de trabalho por dia? Veja o comentário do meu colega, pense nas horas que trabalhamos a mais sem nada receber em troca para além da satisfação do dever cumprido.
Pensa que o trabalho de um pedagogo é o quê, chegar ao fim do dia e poder esquecer-se, durante 12 ou 15 horas, do que fez e vai fazer no dia seguinte, como se calhar faz você?
Férias garantidas? Concerteza, como desejo que o caro comentador as tenha também. Mas como disse o meu colega anteriormente, são 30 DIAS APENAS com os fins-de-semana incluídos e somente em Agosto.
Quanto a sermos sacrificados, não, não somos. Temos apenas um trabalho de risco, por várias razões a que não podemos escapar, mas é também apixonante para quem ama a profissão que escolheu. Pensa que dar aulas a 80, 100 ou 120 alunos é assentar tijolos, vender telemóveis ou ser deputado? Não, não é! É lutar, cada vez mais ingloriamente, por um povo culto, instruído e educado.
Cada vez mais ingloriamente, repito. Ainda há 20 ou 30 anos, por força da exigência pedagógica, reprovava, em consciência, alunos que estavam mais habilitados do que muitos que hoje sou obrigada a aprovar para responder às exigências de um ministério de analfabetos. Coisa demasiado frustrante que contraria os mais elementares objectivos do ensino, mas que se calhar vai de encontro aos interesses de quem está contra os professores, como este 6º comentador a quem também pergunto se acha que os professores estão contentes pela desgraça dos outros? Não julgue os outros a partir de si!
Por último, a todos os que estão contra os professores eu pergunto:
Se acham que os professores fazem parte de uma classe privilegiada, porque não optaram por essa profissão?
Porque não tinham condições económicas ou porque a preguiça mental não deixou?
Repondam, mas não se enganem. Não se enganem a vocês próprios, porque a mim, pelo menos, não me enganarão. É que eu nasci pobre, cresci pobre, passei fome, fui trabalhar cedo para conseguir o que um dia sonhara. E já na universidade, nunca beneficiei de bolsas de estudo, porque trabalhava. Mas consegui vencer. Consegui vencer, como tenho conseguido que muitos dos meus discípulos tenham vencido, alguns deles a ocuparem cargos da mais alta responsabilidade em Portugal e lá fora. Esses eram filhos de pais que respeitavam os professores, que confiavam neles, que exigiam que eles exigissem de seus filhos o que era exigível.
Pais desses, hoje, são muito poucos.
Termino partindo da última frase do último comentador que se atreve a dizer que não façamos de parvos os nossos semelhantes...
É só mais uma frase infeliz, porque os professores não fazem de parvos os seus concidadãos.
Certos comentários que aqui aparecem é que provam quem são e o que são quem os produz.
Apesar de me encontrar em fim de carreira, também não assino, por receio de represálias.

Anónimo disse...

Não é a primeira vez que visito este blogue. Às vezes sinto vontade de rir, ( Quem conhece a vida dos professores é que fica com vontade de chorar- tanta demagogia que é dita) outras vezes entristeço-me e noutras ocasiões até fico zangada com tanta parvoíce.
Fazendo um apanhado dos vários comentários ao "post" «Professores para que vos quero?» não resisto à tentação de me aventurar dar o meu contributo, elucidando quem tão mal informado anda.
O 1º comtário, de uma senhora que diz não ser professora, sugere que se confunde «sindicatos com profissionais da docência» ( Bom, parte ou a totalidade dos sindicalistas, e já foram milhares, digo milhares na area dos professores, têm os seus vencimentos pagos pelos contribuintes. Muitos deles, desde á muitos anos que não passam, como professores por uma sala de aulas) . Não chego a entender (falha minha, talvez) o que pretenderá dizer, mas, embora não sendo eu sindicalizada, tenho de defender os sindicatos, os sindicatos de todas as classes profissionais, aproveitando para perguntar àqueles que atacam os sindicatos dos professores se por acaso não são sindicalizados. ( Os sindicatos dos professores fizerem uma campanha de falta à verdade com os professores, disseram, prometeram, mentiram, não foram honestos nas negociações com o Governo, etc, etc. Não será essa a razão porque neste momento estão calados? Já ninguem se recorda das providências cautelares, das ameaças de greves?)
No 2º comentário, o seu autor confunde dedicação, responsabilidade e profissionalismo com algo que só ele saberá o que possa ser, e fala de "ganhar" (salário, talvez), querendo comparar o que não pode ser comparável. ( estamos a falar de professores. Os deputados, são uma elite, como toda a gente sabe. Não se pode comparar com o que não é comparável) Mas não se lembrou dos deputados, por exemplo, que ganham bem mais do que os professores e fazem muito menos do que eles.
No 3º comentário surge a má fé de perguntar se os professores são "os salvadores da Pátria".(Quem falou de “salvadores da Pátria, foi um professor) Tenho de lhe dizer que podem não o ser e provavelmente não o serão. Mas este velho e decadente Portugal jamais se salvará sem o trabalho dos professores. ( Este velho e decadente País, está assim, por culpa de muitos, isso é verdade. O ensino está no estado em que está, por culpa da rebaldaria que desde há muitos anos tem andado o ensino – aí os professores que só têm olhado para os seus próprios interesses, são, muito culpados)
O 4º comentador atreveu-se a dizer que os professores «querem meter a foice em seara alheia». Homessa!Que ignorância! Que falta de sensatez! Não é você, sr. comentador, que está com a foice na mão?
Quanto ao 5º comentário, pelos vistos de um colega, já que eu também sou professora, sou obrigada a concordar com o conteúdo do seu texto. Teve paciência para tanta explicação. Teve paciência! Vê-se que é professor.
No entanto parece que de nada adiantou tanto esclarecimento, pois a seguir alguém mais, de má fé ou por inocência, veio repetir o palavreado do costume. (Não adiantou tanto quanto se julga. A razão é simples, puxa a brasa à sua sardinha. Por omissão não diz do muito que deveria ter dito.)
Esse 6º comentador que nada mais fez do que deixar escapar a inveja, não quero pensar que é ódio, mas parece dar sinais de certos recalcamentos que implicam tratamento.( A teoria da inveja que é por norma uma das bandeiras levantadas pelos professores, vem dar razão a todos os que pensam e constatam que a classe dos professores não merece ter o usufruto de tanta benesse adquirida ao longo de anos e anos de contestação sindical.)
É para este 6º comentador que me viro agora, perguntando-lhe:
Deseja que os profesores não tenham o salário garantido? Porquê? ( Não é isso que quererá ter dito. Deveria ter percebido que é uma grande vantagem em relação à garnde maioria de outros trabalhadores. E, trabalhadores, são todos, professores, trolhas ou varredores de rua, percebe?)
Meia dúzia de horas de trabalho por dia? Veja o comentário do meu colega, pense nas horas que trabalhamos a mais sem nada receber em troca para além da satisfação do dever cumprido. (Pasme-se com tanta demagogia - Porquê lançar poeira para a vista dos incautos. Acha que um professor do 1º Ciclo tem que fazer muito trabalho de casa ao fim de 10, 15 ou 20 anos a ensinar sempre todos os anos a mesma coisa?)
Pensa que o trabalho de um pedagogo é o quê, chegar ao fim do dia e poder esquecer-se, durante 12 ou 15 horas, do que fez e vai fazer no dia seguinte, como se calhar faz você? ( Então e um trabalhador da construção civil, duma oficina de mecanica ou de metalurgia um duma qualquer outra actividade não tem os mesmos problemas inerentes à profissão? Só os professores é que levam para casa os problemas doa sua profissão?
Férias garantidas? Concerteza, como desejo que o caro comentador as tenha também. Mas como disse o meu colega anteriormente, são 30 DIAS APENAS com os fins-de-semana incluídos e somente em Agosto. ( mais uma tirada de demagogia. As férias são um direito de quem trabalha. Mias demagogia. Será que todas as outras profissões, talvez com excepcção dos juizes, são beneficiados com tanta féria – Natal, carnaval, Páscoa, etc. A partir de inicio de Julho, até a meados de Setembro, sente-se, como se fosse um formigueiro, os professores em carreirinha, a entrarem e a sairem a horas certas das escolas. Para fazerem o que? )
Quanto a sermos sacrificados, não, não somos. Temos apenas um trabalho de risco, por várias razões a que não podemos escapar, mas é também apixonante para quem ama a profissão que escolheu. Pensa que dar aulas a 80, 100 ou 120 alunos é assentar tijolos, vender telemóveis ou ser deputado? Não, não é! É lutar, cada vez mais ingloriamente, por um povo culto, instruído e educado.
Cada vez mais ingloriamente, repito. Ainda há 20 ou 30 anos, por força da exigência pedagógica, reprovava, em consciência, alunos que estavam mais habilitados do que muitos que hoje sou obrigada a aprovar para responder às exigências de um ministério de analfabetos. ( A falta de consciência. Para dizer mal. Se não reprova é porque não quer.) Coisa demasiado frustrante que contraria os mais elementares objectivos do ensino, mas que se calhar vai de encontro aos interesses de quem está contra os professores, como este 6º comentador a quem também pergunto se acha que os professores estão contentes pela desgraça dos outros? Não julgue os outros a partir de si!
Por último, a todos os que estão contra os professores eu pergunto:
Se acham que os professores fazem parte de uma classe privilegiada, porque não optaram por essa profissão?
Porque não tinham condições económicas ou porque a preguiça mental não deixou?
Repondam, mas não se enganem. Não se enganem a vocês próprios, porque a mim, pelo menos, não me enganarão. É que eu nasci pobre, cresci pobre, passei fome, fui trabalhar cedo para conseguir o que um dia sonhara. E já na universidade, nunca beneficiei de bolsas de estudo, porque trabalhava. Mas consegui vencer. Consegui vencer, como tenho conseguido que muitos dos meus discípulos tenham vencido, alguns deles a ocuparem cargos da mais alta responsabilidade em Portugal e lá fora. Esses eram filhos de pais que respeitavam os professores, que confiavam neles, que exigiam que eles exigissem de seus filhos o que era exigível.
Pais desses, hoje, são muito poucos.
Termino partindo da última frase do último comentador que se atreve a dizer que não façamos de parvos os nossos semelhantes...
É só mais uma frase infeliz, porque os professores não fazem de parvos os seus concidadãos.
Certos comentários que aqui aparecem é que provam quem são e o que são quem os produz.
Apesar de me encontrar em fim de carreira, também não assino, por receio de represálias.
(Fiquei sem paciência de comentar tanta barbaridade

Anónimo disse...

Senhor anónimo do OITAVO comentário, se não conhece as regras mínimas para usar ou transcrever os textos de outrem, peça ajuda a quem saiba.
Se conhece tais regras, então denuncia-se perfeitissimamente através do seu texto, o 8º, que mostra bem quem é e o que é.
Mesmo assim ainda acredito que não entendeu nada do que leu no 7º comentário, qué é meu. Mas se entendeu, ao contrário do que pensa, só conseguiu justificar e valorizar o que eu escrevera.
De uma forma ou de outra, vê-se que estive a escrever para ignorantes, como o OITAVO comentador, que não sabem nada sobre a actividade de ensinar. Declara isso ao pensar que ao fim de 10, 15 ou 20 anos um professor, seja qual for o ciclo em que leccione, sempre ensinou a mesma coisa.
Claro que as matérias podem ser as mesmas durante vários anos, mas os métodos, a forma, as estratégias diferem de ano para ano, de mês para mês, de samana para semana, de dia para dia, de aula para aula. Não há aulas iguais, como não há alunos iguais, obrigando o docente a um esforço constante, em termos de criatividade pedagógica. Produzir educação, instrução e cultura não é produzir sapatos em série, automóveis em série, galinácios em série, electrodomésticos em série ou retórica em série em São Bento.
É, sim, precisamente o contrário, formar criaturas com personalidade própria, preparar gente, conduzi-la à autonomia que lhe garanta o futuro. Assim desejem os alunos e os seus encarregados de educação.
Pensa que isso é fácil, caro OITAVO comentador?
E se trabalhadores todos somos, não confunda as profissões.
Também se atreveu a sugerir que se hoje não reprovo alunos é porque não quero. Outra prova de que não faz ideia do que escreveu. Então não sabe que se eu cumprir com o meu dever sou punido pelo Ministério? Se não sabe fica a saber. Se sabe, só mostra quem é.
Para terminar, não pense que com os truques que tentou engendrar, misturando as suas palavras com as minhas, confunde os leitores atentos e inteligentes. Esses sabem bem distinguir o trigo do joio.
Aconselho-o a ler, com atenção, o meu comentário, que é o SÉTIMO. Leia-o as vezes que for necessário, mas leia-o em liberdade, sem estar afecto a ideologias populistas. Leia-o para ver se o entende, criatura, para ver se deixa de escrever tanta «barbaridade»(o vocabulo é seu).
Meu pobre Partido Socialista, para onde irás com gente assim!?