18 agosto, 2008

Olimpiadas de Pequim – o homem não é uma máquina







Recordamos aquilo a que poderemos chamar de a febre das medalhas por alturas das grandes competições mundiais.



A glória e a frustação quantas vezes não andam de mãos dadas ?



Por uns milésimos de segundo ou por um passo mal dado ou por uma execução mal conseguida, se fica longe do pódio, da medalha e da glória.




O ser humano não é uma máquina por muito treinado e mentalizado que se encontre até ao momento de entrar em competição com os seus pares.



Anos de esforço, de treino, de trabalho se perdem, por uma "indisposição" fisica ou psicológica.



Nos jogos olimpicos que estão a decorrer, serão certamente muitas as situações em que um qualquer atleta teria condições para arrecadar uma óptima posição, mas, afinal, ficaram goradas as expectativas e o sonho dele próprio e de muitos dos seus amigos, simpatizantes, e até o seu próprio país, ficou em desiluzão.




Ninguem dúvida que a glória do Jogos é o premiar dos "deuses" para muitos milhares, mas o trono é só para uns tantos eleitos.




O génio da competição, alia o esforço fisico ao intelectual. Juntam-se mais uns atributos e aí teremos "um atleta digno dos deuses".




Só que, ao contrário de alguns outros "artistas", este tem que efectuar a obra no limite do tempo e do espaço que lhe foi reservado. Não pode ser noutra ocasião.




Assim, ficam pelo caminho, muitos, que não conseguem fazer a conciliação de todos estes e outros factores, naquele momento, naquela hora ou naquele minuto e sob o stress que é acumulado até ao final da sua "obra"




Recordemos um dos melhores atletas de Potugal, que até há bem pouco tempo ainda detinha na sua posse um record mundial – Fernando Mamede. Nos momentos mais importantes, mais decisivos, não conseguia ultrapassar a barreira psicológica que o seu próprio ego lhe colocava na mente.




Devemos entender que a "máquina do homem" em nada se parece com a vulgar mecanica de uma qualquer máquina que o homem pode dominar.




Alguns portuguses já nos deram nestas olimpiadas alguns "dissabores", devemos aceitar e compreender que algo não lhe terá corrido tão bem como em outras ocasiões.




O homem não é uma máquina, embora alguns andem por lá, bem perto.



Retomamos o que escrevemos no dia em que Vanessa Fernandes ganhou a Medalha de Prata

Muitos dos portugueses já ficaram para trás, alguns mesmo, fazendo pior do que já haviam feito.



Outros, fazendo muito melhor.

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