Hoje ninguém tem dúvida que há agentes das polícias e da Justiça que se não usam a mesma cama, pelo menos vivem no mesmo apartamento com jornalistas.
12 julho, 2015
Justiça?
Sócrates varado
No princípio o enredo era mais simples. O Sócrates primeiro-ministro vigarizou um PROTAL para viabilizar o projecto do Vale de Lobo, e arrecadou as luvas respectivas. Só que era tudo mentira, quer dizer, era ficção duns investigadores e o barro não pegou.
Afinal foi o traste do Vara que facilitou, na Caixa, o empréstimo ao Batalha, para investir no Vale de Lobo. Por isso lhe cobrou uma comissão de doze milhões, que logo fez chegar à mão do Barroca (o tal do grupo Lena, e da Venezuela, e da Parque Escolar, e do TGV, e do novo aeroporto, e coisa e tal). O qual Barroca os despachou para a Suíça, os milhões, para uma conta em nome do Santos Silva, que era afinal desse traste do Sócrates, o culpado do pecado original.
De formas que o melhor, a bem da senhora Justiça, era agasalhar rapidamente o Vara (que já andara a receber umas caixas de robalos), e pôr-lhe uma pulseira ao tornozelo. Por que razões ninguém sabe muito bem, mas isso agora não interessa nada. É que se a coisa não colou ao Sócrates, naquele caso do sucateiro da operação Face Oculta, algum dia há-se pegar. Nem que seja na mais pura das ficções. E água mole em pedra dura, desde que a imprensa não falhe, tanto dá até que fura! De modos que vai tudo pelo melhor até às eleições, e depois disso haveremos de falar
09 julho, 2015
Passos Coelho - já vale tudo
Vale tudo – na Camara Corporativa
Ao olhar para esta primeira página do Correio da Manha, vieram-me à memória as sábias palavras deEduardo Ferro Rodrigues no último congresso do PS:
«O confronto político não se confunde com políticas do vale tudo. Os portugueses sabem que aqueles para quem vale tudo na política na verdade não valem nada politicamente.»
ADENDA — É bom recordar que Passos Coelho emitiu, em Janeiro, um comunicado, no qual fazia um apelo: «Dado que se trata de um assunto privado, que apenas diz respeito à minha família, peço também que essa reserva de privacidade continue a ser respeitada». O assunto deixou de ser um assunto privado na «biografia» recentemente publicada e agora é o que se v
Passos Coelho mente e é apoiado nas mentiras
Ele,
o Pedro Passos Coelho,
mente a todo o momento
e não percebe que a ofensa não está no epíteto mentiroso que lhe aplicam,
mas nas mentiras que desavergonhadamente continua a pregar.
08 julho, 2015
Passos Coelho respeita o Povo
“Eu respeito profundamente o Povo Português!”
Alguem bem formado pode acreditar neste demagogo mentiroso?
Socrates sempre nos media
Ah, já não era Primeiro Ministro quando o inquérito começou!!!
Mas errou quando não fundamentou a prisão preventiva a 24 de Fevereiro – foi a pressa de o colocar na cadeia que levou ao esquecimento da fundamentação?
“José Sócrates viu o Tribunal da Relação de Lisboa indeferir mais um recurso interposto contra a sua prisão preventiva.
Segundo a TVI, a decisão foi tomada por unanimidade e não admite recurso no Supremo Tribunal de Justiça.
A defesa de Sócrates entendia que o Supremo era o tribunal competente para praticar atos no inquérito contra o ex-primeiro-ministro. Mas os juízes da Relação não concordaram e consideraram que o caso deve ser tratado no Tribunal Central de Investigação Criminal pelo juiz Carlos Alexandre.
Na sua justificação, os juízes alegaram que Sócrates já não era primeiro-ministro quando o inquérito começou, pelo que não tem direito a foro especial.
A Relação rejeitou uma outra alegação feita pela defesa ao arguido da Operação Marquês. Ainda que o juiz Carlos Alexandre não tenha fundamentado a prisão preventiva no despacho emitido a 24 de fevereiro, a irregularidade foi sarada quando se fundamentou a prisão preventiva, a 9 de março.”
Notícias... notícias sim
Hoje foi notícia.
· Um quinto dos trabalhadores em Portugal é precário
· Grécia pede 50 mil milhões de euros em troca do corte imediato nas pensões e subida do IVA
· Nível de vida dos portugueses em 2013 regrediu para níveis de 1990
· Morte de Maria Barroso é "perda irreparável para o país"
Será que um país pode progredir com tantos precários?
E... não prometas o que sabes que não podes cumprir, pois passas por mentiroso
Ainda há por aí uns malefeitores que dizem o contrário. Que nomes lhes devemos chamar?
A morte é o epílogo da vida... não há imortais.
07 julho, 2015
Socrates contra a troika
O mantra falacioso dos aldrabões, dos mentirosos compulsivos, dos sofistas
Se houve alguém em Portugal que lutou contra a vinda da troika em 2011 foi o 1º ministro José Sócrates. Está registado na história. E só o vergonhoso abraço duma certa dita esquerda à canalha oligárquica de direita derrubou o governo no parlamento, com o chumbo do PEC 4.
Mas não há dia em que um ou vários canalhas não insistam no mantra falacioso, desta vez pela voz do Montenegro: «O anterior 1º ministro demitiu-se, manifestou-se incapaz de continuar a governar, ele e o seu partido. Eu diria mais: ele e todos aqueles que lá estão hoje, menos ele, que não pode estar.»
Os media fazem o resto. E a canalha sem memória vai ruminando o feno que lhe põem na manjedoura.
06 julho, 2015
04 julho, 2015
Durão Barroso mestre na falácia...
Nicolau Santos explica o que Durão Barroso pretende.
“Durão Barroso regressou ontem à política portuguesa, aproveitando o lançamento do livro de Miguel Relvas e Paulo Júlio. Aproveitou para branquear a imagem da troika e a visão contabilística dos problemas europeus que predominam na Eurolândia e no FMI. Elogiou os homens dos aparelhos partidários, dando como exemplo Miguel Relvas. E finalmente pôs nos píncaros o primeiro-ministro: sem Passos Coelho, Portugal teria sido outra Grécia.
Não se pode dizer que Durão Barroso seja um mestre do disfarce. O que de repente descobriu é que esta crise grega não só pode levar a coligação PSD/CDS a ganhar as próximas eleições legislativas, como sobretudo ele próprio passou a ter de novo possibilidades de ser o candidato da maioria à Presidência da República. Para isso, precisa em primeiro lugar que Passos Coelho leve o PSD a apoiá-lo na corrida a Belém. E, se tal acontecer, precisa de alguém que domine o aparelho do PSD. E essa pessoa é Miguel Relvas. Daí a sua presença no lançamento do livro do ex-ministro, daí o rasgado elogio a Relvas.
O que isto prova é, em primeiro lugar, que Durão Barroso pensa que os portugueses não têm memória. E em segundo que, tendo alguma, conseguem ver o que se passou nos últimos quatro anos segundo a sua ótica.
Barroso ou vai para Belém ou ficará por aí a dar aulas e conferências, por cá e lá fora, não ascendendo a mais nenhum cargo político de relevo. O mundo é muito injusto
Será bom que Barroso seja o eleito de Passos para Belém. Isso permitirá fazer um balanço dos longos anos que Barroso esteve à frente da Comissão Europeia. Permitirá, por exemplo, constatar que foi com Durão Barroso que a Comissão Europeia perdeu o seu papel de fiel da balança na construção da União Europeia e entrou num claro declínio no quadro das suas instituições. Foi com ele que Bruxelas deixou de ser quem dava a mão aos países mais pequenos. Foi com ele que a Comissão Europeia passou a ser totalmente subserviente das teses alemãs. Foi com ele que Bruxelas assistiu impávida ao eclodir da crise grega, demorando muitíssimo tempo a reagir – e só o fazendo depois de Berlim ter decidido atuar. Foi com ele que se anunciou que a crise de 2008 não contaminaria a Europa. Quando isso aconteceu, foi com ele que se decidiu que os Estados deveriam meter dinheiro em força na economia, em Parcerias Público-Privadas e em investimentos de proximidade (recuperação de escolas, aposta nas energias renováveis). Foi com ele que, dois anos depois, as orientações de Bruxelas mudaram radicalmente, passando a redução do défice a ser o alfa e omega da cartilha de Bruxelas. E quando vários países disseram que tinham feito o que o presidente tinha dito e escrito, Durão Barroso veio candidamente dizer que meter dinheiro na economia era só para quem podia – o que é extraordinário, porque quem podia era quem menos precisava ou não precisava de todo… Foi Durão Barroso que não apoiou a criação de uma agência europeia de rating, para combater a ditadura das quatro grandes, que agravaram em muito a crise europeia, embora durante longos meses tivesse estado em cima da mesa um projeto da Roland Berger. Foi Durão Barroso (por decisão de Angela Merkel, claro) que deu o seu aval ao famoso PEC IV de José Sócrates – e ficou irritado quando Passos Coelho chumbou o documento na Assembleia da República e lançou o país em eleições, de onde saiu um novo ciclo político.
Muito mais factos haverá seguramente para recordar se Barroso vier a candidatar-se a Belém – o que se prepara para fazer, aliás, porque apesar de ter brilhado tanto à frente da Comissão Europeia, ninguém o convidou para mais nenhum cargo internacional.
Por isso, Barroso ou vai para Belém ou ficará por aí a dar aulas e conferências, por cá e lá fora, não ascendendo a mais nenhum cargo político de relevo. O mundo é muito injusto. Por isso, Barroso reentra na corrida a Belém a cavalo da Grécia. Mas sem a subtileza, o engenho e a arte do cavalo de Tróia.”
Krugman explica os 6% mais pobre de Portugal
Vamos falar de algo completamente diferente da Grécia? Krugman escolhe Finlândia e... Portugal
E diz: “Será o "sucesso ao estilo europeu", sugere Krugman para referir, logo de seguida, o caso de Portugal. "O país implementou obedientemente a dura austeridade e está 6% mais pobre do que era antes".