"Só tenho pena que Moita Flores não tenha sido convidado para ser candidato à Câmara de Oeiras há sete anos. Talvez tivesse aceitado e Santarém teria certamente ganho muito com isso". O comentário foi feito por José Marcelino, dirigente da CDU de Santarém, durante uma conferência de imprensa realizada esta segunda-feira onde, a pretexto das contas de 2011, considerou a gestão de Moita Flores e do PSD à frente do município escalabitano "quase criminosa".
José Marcelino, que já foi vereador no município, diz que a grave situação financeira da autarquia vai impedi-la de fazer um bom aproveitamento dos fundos comunitários disponíveis para investimentos até final de 2013, referindo que sintoma disso mesmo é o arrastar de obras ou projectos como o da requalificação do antigo matadouro ou de remodelação do mercado municipal.
Moita Flores anunciou há poucas semanas que pode estar a caminho uma solução para a dívida da câmara, que passará por uma espécie de resgate financeiro tutelado pelo Governo, mas a CDU tem dúvidas que a autarquia, "com esta gestão" seja merecedora dessa oportunidade. E recordou que apesar dos 23 milhões de euros do Programa de Regularização Especial das Dívidas do Estado (PREDE) que a câmara recebeu em 2009 para pagar dívidas de curto prazo a fornecedores, o montante dessa rubrica aumentou nos anos seguintes, cifrando-se actualmente em cerca de 40 milhões de euros.
A solução inevitável, diz a CDU, é recorrer a um programa de saneamento financeiro, como essa força política já vem defendendo há alguns anos. A coligação liderada pelo PCP considera também essencial a extinção de todas as empresas municipais "