21 outubro, 2009

Função Pública - aumentos

Função pública - talvez uns aumentos um pouco mais substanciais, não?
Mas afinal onde está a crise?
E a inflação negativa?

"As principais confederações sindicais da Administração Pública ponderam exigir ao governo aumentos entre 3% e 4,5% em 2010 para os salários pagos no Estado, que tradicionalmente servem de referência para o sector privado. A Frente Comum, a FESAP e o STE esperam uma posição negocial dura por parte do governo - pressionado pela deterioração das contas públicas (ver pág. 22) e pelos empresários do sector privado -, mas avisam que irão rejeitar qualquer cenário de perda de poder de compra no próximo ano". [ionline]


Oeiras - 250 anos


Oeiras - comemoração dos 250 anos da Vila de Oeiras

As televisões e a crise

Nas nossas esrações de tv e de rádio, não há programa de notícias, foruns, mesas redondas ou outras em que não se fale, discuta e opine sobre quem entra para o novo governo, quem saí, quem são as caras novas, como se há-de resolver a situação do déficit, da Segurança Social, do desemprego, etc, etc.
Surgem opinadores, especialistas nas diversas matérias, palradores e outros profissionais do falatório por todo o canto desses programas, a toda a hora e a todo o momento.
A repetição desses "enlatados" no próprio dia e dias seguintes já começa mesmo a enjoar.
Não se crê que a situação económica esteja  ou seja fácil de resolver, mas será mesmo que por tanto se falar dela a situação se resolve?

GNR - a revolta?

GNR - tantos oficiais?
As revoltas nas forças militares ou militarizadas dão direito a Conselho de Guerra.
Mas se a Lei foi publicada, só agora há reclamações?
Estavam à espera de mudança nas políticas do Governo após as eleições?
11 Generais, para tão pouca tropa e um território tão pequeno ( não esquecer que uma grande parte das arteas urbanas estão com a PSP). não será oficial general a mais?

"Os oficiais da GNR, formados na Academia Militar, têm habilitações para poderem um dia chegarem a comandante-geral desta força de segurança. É isso que está previsto na lei orgânica e, em condições normais, para atingir esse posto, podiam concorrer a oficiais generais dentro de cerca de 10 anos.

O problema é que para lá chegar têm que passar primeiro pelo nível de tenente-coronel e coronel, o qual está neste momento totalmente ocupado por quadros do Curso de Formação de Oficiais da própria GNR e esse é o posto máximo que podem alcançar. A consequência directa destes não poderem chegar a oficiais generais, é esse quadro - que abrange toda a cúpula da GNR - terá sempre de ser preenchido por quadros do Exército.
O novo estatuto apenas veio permitir o acesso ao posto de tenente-coronel por antiguidade, o que significa que os oficiais da Academia têm de esperar anos intermináveis pela abertura de vagas, nomeadamente quando os coronéis se reformarem.
Entretanto podem ver ultrapassá-los oficiais mais novos do Exército e virem mesmo a ser comandados por eles. As soluções que indicaram - e que não foram acatadas pelo Governo no novo estatuto - passavam, por exemplo, por o acesso a este posto superior também poder ser por escolha, o que lhes permitia chegar ao generalato, reunidas as condições académicas para tal.
Neste momento, existem 28 oficiais do Exército na estrutura de comando da GNR. Há 11 generais, quatro coronéis, quatro tenentes-coronéis, seis majores e dois capitães. Além dos generais, dirigentes máximos, existem oficiais em posições chave, como é o caso da Direcção de Informação, da Direcção de Comunicações e da Logística, todos nas mãos do Exército.
O porta-voz do comando-geral lembra que o estatuto foi aprovado no Parlamento e promulgado pelo Presidente da República. " (DN)

20 outubro, 2009

Isaltino e a Justiça


Isaltino Morais - Inocente ?
Passado todo este tempo, depois de ter sido proferida a sentença em primeira instãncia, mesmo sabendo-se que a Justiça, é lenta, complexa e que até erra, alguem de bom senso pode acreditar que Isaltino Morais está inocente?
Se tal acontecer, que poderemos nós dizer da Justiça, dos Tribunais e dos Juizes?

Liberdade de expressão e pensamento - só para alguns

Liberdade de expressão e pensamento




Este senhor, ilustre deputado, não deve ter no seu vocabulário termos como – liberdade de expressão e de pensamento.

“O eurodeputado do PSD, Mário David exortou José Saramago a renunciar à cidadania portuguesa, esta terça-feira, por se sentir «envergonhado» com as recentes declarações do Nobel da Literatura.” “IOL”




Padel

Padel, sabe o que é?  Não não sabíamos.

Decorre até domingo, no Clube de Ténis do Estoril, o VIII Campeonato da Europa de Padel. “”Desportonalinha””

Pádel, Padel ou Paddle é um jogo disputado entre duas duplas.
O Pádel é disputado sempre em duplas. A bolinha e a quadra são iguais às do tênis. A quadra tem 20m de comprimento por 10m de largura, com paredes nos fundos e parte das laterais. Algumas, mais sofisticadas, utilizam vidro ou blindex no lugar das paredes, permitindo excelente visualização do jogo. O restante é cercado por telas ou alambrados de metal, sendo que o piso pode variar do cimento à grama oficial. O diferencial do Pádel para outros esportes de raquete é a interação das paredes, uma vez que elas recolocam a bola em jogo, o que dá mais emoção e dinamismo à disputa de um ponto. Ainda que comuns, as competições entre o Tênis e o Pádel são evitadas pelos praticantes de ambas modalidades. "São dois esportes diferentes, cada um com suas características. O que posso dizer é que gosto de jogar Pádel e que é um esporte muito divertido, pois a bola não para nunca", afirma o tenista Fernando Meligeni. Quando praticado por atletas profissionais, o Pádel proporciona espetáculos de destreza e habilidade em ambiente dinâmico e competitivo. Por outro lado, a modalidade cresce cada vez mais como opções de lazer para amadores. Isso se deve ao fato do Pádel ser um esporte de fácil aprendizado e que, inicialmente, não exige condicionamento físico ou técnico muito rigoroso.”


Economistas - Congresso

Economistas

Agora, depois de casa roubada ? Ou mais vale tarde que nunca?
Quando provarem que a Economia é uma ciência exacta, talvez possa acreditar nso economistas.
 “Congresso Nacional da Ordem dos Economistas debate nova ordem económica” - Expresso

Miguel Sousa Tavares

Miguel Sousa Tavares
 a receber represálias porqur terá dito alguma verdade que os “senhores Professores” não gostaram

“Com os professores ninguém brinca olé


Vou partihar um presentinho que recebi de uma Professora...Claro!!!!

A vingança...

Uma vez que há leitores assíduos de Miguel Sousa Tavares *(M S T)*... aqui vai o "Rio das Flores", " Não te deixarei morrer" e o "Equador" ... ou seja a ultima publicação do Senhor que disse: "Os professores são os inúteis mais bem pagos deste país"

Ora como "os inúteis mais bem pagos deste país" já lhe deram alguns milhares de euros a ganhar, resolveram agora e mais uma vez fazer uso da sua inutilidade e dar este *presentinho* a todos os que o queiram ler...

*Aqui o têm, não comprem...* e ofereçam-no aos vossos amigos e conhecidos, sejam magnânimos, ofereçam ao maior número possível de pessoas.

Os livros em questão estão sujeitos a direitos de autor, pelo que a sua distribuição livre é ilegal” (Expresso)






Banqueiros e Politicos

Fernando Ulrich

Só que Ulrich é Banqueiro, não é Político.
Porque não concorre a Primeiro Ministro?

"Se eu fosse estrangeiro e aterrasse na Portela, dizia: "Estes tipos são uns trapalhões""
"O primeiro dever que o novo Governo tem é pôr alguma ordem no debate das contas públicas", afirmou Fernando Ulrich, esta noite no programa "Prós e Contras".

Cavaco Silva - as ruas da amargura são em Belem

Cavaco Silva
Não será difícil entender porque razão ficou mais uma vez mal na "fotografia".  Afinal para ele, basta-lhe a foto oficial no Palácio de Belem, para se sentir realizado. Tudo o resto é fruto da sua vaidade pessoal.

"Pela primeira vez em muitos anos, a actuação de um Presidente da República é avaliada negativamente pelos portugueses. Talvez tivessémos que recuar ao período pós-revolucionário para eventualmente encontrarmos uma avaliação igual." ( JornaldeNegócios)

Socrates - o antigo e o novo governo

Socrates - antigo e novo Governo
O Governo que agora vai ser susbstituido, afinal não era tão mau como quizeram fazer crer.  Por alguma razão o PS voltou a ser vencedor nas legislativas.

Quanto ao novo Governo, é optimo que não tenha até agora "quebra no segredo de Justiça".
Palpites sobre os novos ministérios e novos ministros, não faltam.

«A sondagem, efectuada entre 12 e 16 de Outubro, no dia seguinte às Autárquicas, dá força a quem defende que Teixeira dos Santos é um nome incontornável para integrar o novo Governo minoritário do PS, e que deverá ser conhecido esta semana. A sondagem confirma ainda a popularidade do ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, que recebe dos portugueses um 11,7, da ministra da Saúde, Ana Jorge, com um 11,2, e do ministro do Trabalho, Vieira da Silva, a quem os eleitores atribuem nota 10,3. Os três responsáveis são nomes dados como certos no novo Executivo.

Sem surpresa, as piores avaliações vão para os ministros cuja governação gerou mais polémica, como é o caso do titular da Justiça, Alberto Costa, com um 9,7, das Obras Públicas, Mário Lino, que recebe 9,2, da Agricultura, Jaime Silva, a quem os eleitores atribuem 7,8, e da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, que recebeu a pior nota: 7,2. Estão em causa quatro ministros com baixos índices de popularidade e cujas medidas foram tantas vezes alvo de contestação que tudo aponta não deverão ser incluídos na lista de José Sócrates a entregar ao Presidente da República.» [Correio da Manhã]

Francisco Louça


Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades

19 outubro, 2009

Marcelo Rebelo de Sousa


Cautela oh meu, quem manda aqui, sou eu ! ! !

Magalhães

"O Magalhães foi uma pedrada no charco no mundo educativo. É inquestionável a mais-valia e o potencial desta ferramenta tecnológica. Depois do ano de lançamento nas escolas portuguesas, é tempo de aprofundar o conceito educativo que lhe está subjacente: modernizar o modelo de aprendizagem usando as novas tecnologias." (Oje)

Juizes

Juizes  - e agora ?
Quando os Juizes se chamam de mentirosos uns aos outros, algo está muito mal no Reino da Justiça
Chama-se mentiroso ao Presidente do Supremo Tribunal de Justiça e tudo fica na mesma?

""Lamento profundamente que o presidente do Conselho Superior da Magistratura (CSM) e do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) não tenha tido uma posição institucional condizente com a quarta figura do Estado que invoca e, pelo contrário, pareça ter uma postura de guerrilheiro ou de defensor de quem no associativismo dos juízes tem perdido as eleições”, declarou à agência Lusa o presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP).



António Martins reagia ao editorial do último boletim informativo do CSM em que Noronha do Nascimento entende que a problemática da responsabilização dos juízes por erro judiciário foi “exponenciada”, nomeadamente, pela ASJP, porque estavam à porta três eleições quase seguidas: legislativas, para a presidência do STJ e para o CSM.


O juiz conselheiro Noronha do Nascimento criticou também a ASJP por publicitar nas vésperas das legislativas um estudo que já tinha em seu poder há dois anos, acerca das más condições em que funcionavam vários tribunais.


Quanto à acusação feita à ASJP relacionada com as eleições, o juiz desembargador António Martins considerou que é “absolutamente injusta e falsa”.


“A prova disso é que o estudo dos tribunais que é invocado no editorial não foi divulgado uma semana antes (das legislativas). Nós divulgámos o estudo em Maio de 2007”, contrapôs.


António Martins disse, por um lado, não poder deixar de “estranhar todo este ataque à ASJP” e, por outro, a “inexistência de qualquer palavra em relação a quem tomou posições públicas contra a deliberação do CSM (sobre a suspensão da avaliação do juiz Rui Teixeira), que também são juízes”.


Em editorial, o presidente do CSM comentou a posição da ASJP sobre a suspensão da nota de avaliação do primeiro juiz do processo Casa Pia Rui Teixeira por estar pendente uma acção do ex-ministro socialista Paulo Pedroso contra o Estado por erro grosseiro na sua prisão preventiva.


Noronha do Nascimento refere que, em comunicado da ASJP, “pede-se contas ao CSM pela deliberação assumida invocando-se o compromisso ético dos juízes, pede-se aos juízes eleitos para o CSM que renunciem aos seus cargos, invoca-se a independência dos juízes como prova definitiva do erro na deliberação do Conselho e declara-se que os vogais não juízes do CSM não têm legitimidade para lá estar perante as suas fontes institucionais”.


O presidente do STJ e do CSM considera que a deliberação da ASJP é “assassina da credibilidade” dos juízes e refere que “o calvário do juiz Rui Teixeira não começou agora, começou quando lhe saiu na rifa o processo Casa Pia”.


No passado dia 30 de Setembro, a ASJP repudiou a suspensão da classificação do magistrado Rui Teixeira e alegou que “os juízes perderam a confiança” no CSM.


Numa decisão então tomada, a ASJP “apela a todos os que votaram a favor ou se abstiveram naquela deliberação que assumam as suas responsabilidades e retirem as devidas consequências, renunciando aos respectivos lugares”.


No dia 22 do mesmo mês, o CSM justificou o congelamento da nota de Rui Teixeira lembrando “ter sido proferida sentença judicial, que em primeira instância condenou o Estado ao pagamento de uma elevada indemnização na sequência de ‘erro grosseiro’ atribuído àquele magistrado, no exercício das suas funções”. "" - [Público]

Lisboa - Auto Palace



Auto Palace

1906 - Início da construção do edifício para uma garagem - Auto-Palace, Sociedade Portuguesa de Automóveis Lda. - propriedade de Manoel Joaquim Alves Diniz, conforme projecto de Veillard & Touzet, sendo o construtor Guilherme Francisco Baracho; 1924 - É feito um pedido para obras à CML, em nome de "The Lisbon Coal and Oil Fuel Ca."; 1930 - É proprietária do edifício a SETER - Societé d'Etudes Techiniques et Pepresentations Lda.; 1946 - No processo de obras aparece, nesta data, com a denominação "Sociedade Técnica Automobilista".

Tipologia
Arquitectura civil de equipamento, ecléctica. Garagem do princípio do século, em que toda a atenção do projectista foi concentrada na fachada principal. Observa-se a permanência dos esquemas oitocentistas no uso de uma gramática decorativa de cariz neo-clássica, notando-se, no entanto, a introdução de um novo formulário decorativo na presença bastante marcada do ferro associado ao vidro, bem como o azulejo com decoração tipo Arte Nova. O próprio grafismo da palavra "AUTO-PALACE" é Arte Nova, bem como os vitrais do 2º piso.

Características Particulares
Os vitrais do 2º piso têm como temática o automóvel, enquadrado por um emaranhado de motivos florais (talvez de inspiração escocesa), sendo o conjunto nitidamente Arte Nova. Este edifício ocupa uma superfície de cerca de 910,76 m2, e por um esqueleto de ferro laminado com uma altura de 17 m.Cronologia



18 outubro, 2009

Prós e Contras

Porque esta crónica merece ser lida até à útima sílaba, aqui vai ela:

No Prós-e-Contras, excelente programa de Fátima Campos Ferreira, pouco faltou para que os jornalistas participantes se engalfinhassem. Foi na segunda-feira. Quem apaziguou os ânimos e tentou inverter o sentido da zaragata para aspectos mais positivos, foi Paquete de Oliveira, provedor do leitor da RTP, que qualificou a triste chicana de "lavar de roupa suja." Paquete é um homem sério, sábio e sensato. Dois dos jornalistas presentes (neste caso são dois, mas há muitos outros) não me merecem a mínima consideração nem o mais escasso respeito. Não há memória de qualquer deles ter escrito uma grande reportagem, um artigo assinalável pela pedagogia e pelo estilo, uma crónica definitiva, uma entrevista para figurar no armorial do ofício. São dois zelosos burocratas medíocres, que os acasos do descaso fizeram trepar a postos importantes em dois jornais.

O jornalismo desportivo, durante o fascismo, salvou a honra de uma Imprensa amordaçada. Como a Censura era muito mais branda, os redactores serviram-se, inúmeras vezes, dos relatos que faziam para, através de metáforas e de analogias, criticar o regime. E, como viajavam por todo o mundo, à margem do trabalho de agenda escreviam brilhantes peças jornalísticas sobre as características sociais e políticas, os povos e os hábitos dos países visitados.
Quero, também, assinalar que fui um dos doze jornalistas que assinaram um documento, exigindo a sindicalização dos camaradas desportivos. Esta exigência de ordem profissional e moral era tenazmente contrariada por gente dos "diários", a maioria deles sem a grandeza daqueles que desdenhavam. Ouvi, na segunda-feira, com surpresa e nojo, designarem-se, uns e outros, por "colegas." Quando entrei nos jornais ensinaram-se o seguinte: "Jornalistas são camaradas e tratam-se sempre por tu. Colegas são as putas." Ficou-me para sempre. [JornalNegóciosOnLine]




Durante a desagradável refrega, um dos preopinantes, para apoucar um terceiro, bolçou, depreciativo e grotescamente impante, que este último procedia do jornalismo desportivo.
Afirmação lacrada por atroz ignorância. Vou tentar ser didáctico. Do jornalismo desportivo foram alguns dos maiores nomes da Imprensa portuguesa de sempre. Lembremos o exemplo clássico de "A Bola", semanário (hoje diário) fundado por Cândido de Oliveira, um dos vértices do "triângulo de oiro" constituído por Tavares da Silva e por Ricardo Ornellas. Três homens de grande cultura, de aparo afiado e de vocabulário riquíssimo. Tavares da Silva foi o fabuloso criador de algumas das grandes metáforas do jornalismo. Ornellas, com quem trabalhei, no "Diário Popular", discreteava, com supremo à-vontade, tanto sobre Camilo, Vieira, Eça, Fialho, como acerca dos problemas delicados do futebol. Os três escreviam num idioma de lei.
N'"A Bola" foram redactores pessoas da estirpe de Carlos Pinhão, Vítor Santos, Aurélio Márcio, Carlos Miranda, Homero Serpa, Alfredo Farinha. Qualquer um de estes publicou textos magníficos. E qualquer um de os preopinantes aludidos não chega aos calcanhares daqueles que um deles depreciou. Ainda hoje, o grande diário mantém a tradição, com redactores como Santos Neves, Vítor Serpa, Cruz dos Santos, outros de igual gabarito.
Conheci, pessoalmente, a maior parte destes grandes jornalistas, agora, por decorrência de raciocínio, minimizados por um pobre tipo. E, a talhe de foice, lembro que o primeiro chefe de Redacção de "A Bola" foi Augusto Valdez, um homem a quem os homens de bem se sentiam orgulhosos em apertar a mão. Valdez, tal como Cândido de Oliveira, estivera preso no Tarrafal.
Valdez, comunista, e Cândido, antifascista activo, estabeleceram naquele campo de concentração, uma amizade que se prolongou pela vida fora. Sem emprego, Valdez foi convidado por Cândido para chefiar a Redacção do novo semanário. Pouco ou nada sabia da profissão. Isso, porém, era secundário, e Cândido ministrou-lhe os ensinamentos primordiais.
Foi, também, n'"A Bola", que Cândido de Oliveira criou uma secção… de literaturas, artes e afins. Era um roda-pé, na última página, intitulado "Cartas a um Jovem Desportista que se Interessa pela Cultura" e levava a prestigiada assinatura do maior crítico e ensaísta literário do século XX: João Gaspar Simões. Muitos anos depois, e por insistente sugestão de Carlos Pinhão, conhecidos escritores e jornalistas colaboraram no prestigiadíssimo jornal.
Mas outros grandes jornalistas houve, no desportivo. Nomeio Raul de Oliveira, Frederico Cunha, Alves Teixeira, Couto Santos. Sem nunca esquecer o grande Neves de Sousa. Um parágrafo de qualquer destes vale, ainda hoje, mais, do que as escorrências que os dois aludidos preopinantes têm feito publicar. Notoriamente, ambos ignoravam estas etapas da Imprensa portuguesa.

Escolas - Professores - Alunos

O problema das escolas apenas e só tem a ver com a avaliação e as carreiras dos professores.  Não será?
Onde param as opiniões dos sindicatos?

O Ranking das escolas



""A divulgação do ranking das escolas do ensino secundário foi divulgado esta semana mas mal foi notícia, os jornais limitaram-se a tratá-lo como se fosse o final de um campeonato da terceira divisão, viram quem ganhou, quem desceu e identificaram as primeiras escolas públicas. É uma pena, o ranking das escolas poderia servir para uma reflexão séria sobre a situação do ensino em Portugal.
Não entendo a razão porque se presta tanta atenção ao topo da classificação, onde o ensino público está quase ausente e ninguém se incomoda em analisar as escolas pior classificadas. Serão em locais de grane pobreza? Terão quadros de professores pouco estáveis? Enfim, poder-se-iam colocar muitas interrogações.

Por exemplo, seria interessante comparar os modelos de gestão das escolas bem classificadas com as do final da lista. Um estudo sério sobre as aptidões e projectos promovidos pelas diversas escolas poderia ajudar a compreender as diferenças. Afinal, quando se avaliam as escolas não se está a avaliar apenas os alunos cujos resultados nos exames servem para a classificação das escolas, está-se também a avaliar os gestores e os professores das escolas.

"Seria muito interessante comparar a qualificação dos professores das escolas privadas que lideram o ranking com os das escolas públicas. Ajudaria a perceber melhor a realidade do nosso ensino se fossem comparados os vencimentos auferidos pelos professores das escolas privadas com os das escolas públicas.
Porque não comparar as taxas de absentismo entre escolas públicas e escolas privadas e entre as escolas no topo do ranking com as do fim da lista?
E como há muita gente a tentar justificar as misérias das escolas com a miséria social seria interessante proceder a um estudo sociológico das escolas públicas e das escolas privadas. Não tenho grandes dúvidas de que, em regra, as diferenças poderão ser grandes, mas serão assim tão grandes entre as escolas privadas de Lisboa e liceus da capital como o Liceu Camões e o Liceu Pedro Nunes.
O ranking das escolas suscita muitas dúvidas, mas parece que ninguém está interessado em esclarecê-las, começando pelos sindicatos dos professores que normalmente não perdem uma oportunidade para ocupar a comunicação social mas que desta vez optaram pelo silêncio. Compreende-se, há coisas em que não convém mexer porque cheiram mal"" [ O Jumento]

O Presente e o Futuro


Quando se tem demasiada curiosidaded acerca das coisas que se faziam nos séculos passados, fica-se quase sempre na grande ignorância das que ocorrem no presente - Descartes - 1596-1650