GNR - tantos oficiais?
As revoltas nas forças militares ou militarizadas dão direito a Conselho de Guerra.
Mas se a Lei foi publicada, só agora há reclamações?
Estavam à espera de mudança nas políticas do Governo após as eleições?
11 Generais, para tão pouca tropa e um território tão pequeno ( não esquecer que uma grande parte das arteas urbanas estão com a PSP). não será oficial general a mais?
"Os oficiais da GNR, formados na Academia Militar, têm habilitações para poderem um dia chegarem a comandante-geral desta força de segurança. É isso que está previsto na lei orgânica e, em condições normais, para atingir esse posto, podiam concorrer a oficiais generais dentro de cerca de 10 anos.
O problema é que para lá chegar têm que passar primeiro pelo nível de tenente-coronel e coronel, o qual está neste momento totalmente ocupado por quadros do Curso de Formação de Oficiais da própria GNR e esse é o posto máximo que podem alcançar. A consequência directa destes não poderem chegar a oficiais generais, é esse quadro - que abrange toda a cúpula da GNR - terá sempre de ser preenchido por quadros do Exército.
O novo estatuto apenas veio permitir o acesso ao posto de tenente-coronel por antiguidade, o que significa que os oficiais da Academia têm de esperar anos intermináveis pela abertura de vagas, nomeadamente quando os coronéis se reformarem.
Entretanto podem ver ultrapassá-los oficiais mais novos do Exército e virem mesmo a ser comandados por eles. As soluções que indicaram - e que não foram acatadas pelo Governo no novo estatuto - passavam, por exemplo, por o acesso a este posto superior também poder ser por escolha, o que lhes permitia chegar ao generalato, reunidas as condições académicas para tal.
Neste momento, existem 28 oficiais do Exército na estrutura de comando da GNR. Há 11 generais, quatro coronéis, quatro tenentes-coronéis, seis majores e dois capitães. Além dos generais, dirigentes máximos, existem oficiais em posições chave, como é o caso da Direcção de Informação, da Direcção de Comunicações e da Logística, todos nas mãos do Exército.
O porta-voz do comando-geral lembra que o estatuto foi aprovado no Parlamento e promulgado pelo Presidente da República. "
(DN)