29 setembro, 2009

PROFESSORES - Comentário
 
A oposição achou que o tal modelo de avaliação era mau, mas não sugeriu nenhum. Os 'tadinhos' dos professores acham que são todos bons e sugeriram um modelo de autoavaliação. Isso também eu queria, em vez de ser avaliada segundo critérios definidos pela empresa e revistos 2 vezes ao ano... Cá para mim, na avaliação dos professores devia haver uma parte em que as partes interessadas (no mundo real os chamados 'customers' = alunos e pais) fossem inquiridos acerca da qualidade do professor, facilidade de comunicação, clareza na explicação dos temas, capacidade de ajudar os alunos com dificuldades na aprendizagem, etc. O professor não tem que ser um 'gajo porreiro, pá!' mas profissionalismo não é só trinta e um de boca. De certeza que as coisas não mudaram assim tanto desde os meus tempos de escola. Dos muitos professores que passaram pelas salas de aula que eu frequentei, mais de metade não conseguia transmitir com clareza nem estava disponível para realmente ensinar. Se aprendes muito bem se não desenrasca-te porque o resto não está nas minhas funções.... [Público]

 

11 comentários:

Anónimo disse...

O «coitadinho» (ou «coitadinha»?) que escreveu este comentário no "Público", só pode ser inocente ou mentiroso/a quando afirma que os «professores se acham todos bons e sugeriam um modelo de auto-avaliação».
Só os desconhecedores da questão se atrevem a usar de tais besteiras.
Os cidadãos esclarecidos sabem que a política do M.E. teve apens a finalidade de:
1 - Enganar a opinião pública acerca da classe docente;
2 - Criar o pior dos ambientes entre os profissionais da educação;
3 - Fazer de conta que com tais políticas poupava dinheiro, como impunham as finanças portuguesas.
No 1º caso, é esclarecedora a infeliz frase da ministra da educação, onde deixa escapar a sua perversa intenção de, mesmo perdendo os professores, ganhar a opinião pública. Só por aqui se vê quem estava à frente do M.E., que em vez de se preocupar com resolver o que carecia de resolução, desfez o resto que ainda se aproveitava.
No 2º caso, ao contrário do que se ouve por aí, a grande maioria dos professores quer ser avaliada. Só que a avaliação imposta pelo M.E. não era nem é avaliação. Era e é uma forma de desestabilizar a escola pública, desacreditando-a e aos seus profissionais, aos quais retirou toda a autoridade e impôs o dever da não exigência para com os seus alunos.
(continua)

Avaliação, sim! mas por avaliadores competentes

Anónimo disse...

(CONTINUAÇÃO)
Avaliação sim! Mas feita por avaliadores competentes e isentos, que não colegas da mesma escola e da mesma ou, pior ainda, de outras áreas disciplinares. Tal processo peca, à partida, por duvidosa responsabilidade deontológica, e, portanto, provocador de um mal-estar permanente entre os docentes, em geral, que em nada favorece a estabilidade tão propalada pelo M.E.
Se eu fosse docente, preferia um inspector enviado pelo ministério do que um qualquer colega, por muito amigos que fôssemos. Assim como me recusaria a avaliar quem quer que fosse.
Ainda a propósito desta questão, sugere o/a comentador/a que «pais e alunos fossem inquiridos acerca da qualidade dos professores...» O/a comentador/a prova com isto que não sabe do que fala. Se os pais e alunos fossem capazes disso não haveria necessidade de escolas, pois elas seriam as suas próprias casas. Só uma escassíssima minoria terá capacidade para uma colaboração séria neste capítulo.
Quanto ao 3º ponto - a poupança -, se por um lado o governo a consegue, através de estratagemas indecorosos, não pagando, a dezenas de milhar de professores com dez ou mais anos de carreira, o justo salário, mantendo-os eternamente como contratados, preferindo atribuir-lhe implicita e explicitamente o estatudo de pobres, por outro lado gasta à vontadinha, com o aumento de 750 euros (acima do vencimento relativo ao escalão de professor) aos novéis directores executivos, e aumentando o vencimento dos respectivos assessores, em numero de seis, em 450 euros. Este novo corpo, que dantes também tinha de se ocupar com as problemáticas dos alunos a quem também dava aulas, agora têm tempo para se pavonear dentro e fora da escola, de onde sai quando lhe apetece.
É esta a poupança, que o governo desejava? Já nem falo dos "magalhães" que não passa de uma brincadeira, de uma criancice, para não dizer outra coisa.
Resumindo: É esta escola que o governo queria? É natural. Para quem se forma academicamente por correspondência e ao domingo, como se diz para aí, não seria de esperar outra coisa.
TENHO DITO

Anónimo disse...

Claro, como nas empresas privadas.
O avaliador pode vir da China ou da Guatemala?
Que está junto dos professores, sabe o que fazem e como fazem não pode avaliar?
Pf deixem a demagogia no lixo.
Não querem, não são a favor da avaliação, desta doutra, de nenhuma.
Todos, mas especialmente os professores sabem disso.
O Zé Povinho já abriu os olhos e não se vai deixar enganar mais.
Já não há mais cortina, por mais espessa que seja que não deixe ver o que os professores querem - o mesmo regabofe de sempre, o que não querem - ser avaliados.

Anónimo disse...

Que louca teoria a do Inspector.
Para 120000 (ditos professores) quantos inspectores e quantos anos, seriam precisos para que as avaliações fossem produzidas.
Isso seria o que os Prof queriam.
Trabalhem, bem.

Anónimo disse...

AOS DOIS ÚLTIMOS COMENTADORES
Leiam o que escrevi e pensem, se forem capazes, claro.
Quanto ao "Zé Povinho", ele não abriu os olhos, pelo contrário, como se viu pelo resultado das eleições. O governo socrático tenta, a todo o custo, cegá-lo de vez.
Sobre os professores, se eles fizessem o que eu faria, se professora fosse, talvez os comentadores da ignorância abrissem os olhos, mas a custas próprias.
Já agora vejamos: se eu fosse colega de trabalho dos Srs. comentadores e tivesse que os avaliar, que diriam vocês de mim se o resultado não fosse do vosso agrado?
E o contrário, isto é, um de vocês a avaliar-me, a mim e ao outro, ficaríamos nós, avaliandos, ambos satisfeitos? Satisfeitos com o avaliador, sendo todos nós colegas e amigos? E se o que fizéssemos nos deixasse todos de mal?
E perante tal hipótese, o ambiente gerado seria bom, saudável, proveitoso e produtivo?
Para termos a certeza de que continuávamos a estar de bem uns com os outros, que teríamos de fazer?
Pensem nisto.
TENHO DITO

Anónimo disse...

Já agora vejamos: se eu fosse colega de trabalho dos Srs. comentadores e tivesse que os avaliar, que diriam vocês de mim se o resultado não fosse do vosso agrado?

Exactamente - as avaliações não são para agradar. São para ser feitas.
(Cortar na "casaca" há sempre colegas que o fazem)
Normalmente são feitas por colegas das empresas ou por concurso.
Quem não concorda, reclama argumentando.
Mas há avaliação...........

















































E o contrário, isto é, um de vocês a avaliar-me, a mim e ao outro, ficaríamos nós, avaliandos, ambos satisfeitos? Satisfeitos com o avaliador, sendo todos nós colegas e amigos? E se o que fizéssemos nos deixasse todos de mal?
E perante tal hipótese, o ambiente gerado seria bom, saudável, proveitoso e produtivo?
Para termos a certeza de que continuávamos a estar de bem uns com os outros, que teríamos de fazer?
Pensem nisto.

Anónimo disse...

Não sei a que propósito este excerto do meu comentário veio parar aqui ao fundo.

E já agora lembro ao Sr. comentador que mexeu no meu texto, que as citações devem ser feitas entre aspas para não criar confusões.
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Mas vamos ao argumento do último comentador:
«Quem não concorda reclama, argumentando», sugere ele.

Claro, é um direito que a todos assiste. Só que no caso dos professores as coisas não são tão simples.
Vejamos: Um professor em faro, por hipótese menos competente do que um outro, em Bragança, ou vice versa, obtém "nota" superior à do seu colega. E depois? Como é que um sabe do resultado (justo ou injusto) do outro? Como é que as condições e legitimidade para reclamação se detectam?
É só um exemplo, simplista, porque as "coisas" são muito mais complicadas.
A realidade no âmbito da docência não é comparável à de uma empresa de 100, 200 ou 500 trabalhadores com diferenciações em função dos lugares que ocupam e das respectivas responsabilidades, e em que todos se conhecem e sabem o que cada um faz.
O fenómeno é distinto, porque são muitas dezenas de milhar de profissionais, a maioria desconhecendo-se entre si, mas todos fazendo a mesma coisa.

De uma vez por todos que fique assente. Não é a avaliação dos professores que está em causa. Mas sim o método e os critérios impostos pelo M.E. É aí que os problemas se levantam pelas injustiças constantes que geram.
Eu entendo que os professores devam ser avaliados. Mas assim, NÃO! Assim não, porque me considero pessoa honesta, e não quero para o outros o que não desejo para mim.
TENHO DITO

Anónimo disse...

Parabéns Senhor comentador TENHO DITO. Assim é que se fala. E para reforçar o que diz aqui vai esta informação que recebi esta tarde. Não cito nomes porque estou a falar disto sem autorização da "queixosa".

Uma professora de Biologia, com licenciatura e mestrado na respectiva área, competente e vocacionada para ensinar, pediu para ser avaliada, na perspectiva de "somar pontos" - expressão é minha - com vista a futura progressão na carreira.
Pois bem, o seu pedido foi aceite. Porém, e aqui fiquei espantada, teve pela frente uma professora primária, repito, professora primária! Foi avaliada por uma professora primária.
Dispemso-me de mais palavras. Quem quiser ou poder que tire conclusões.
Senhor Comentador TENHO DITO. Não fique por aí. Diga mais. Diga tudo o que é necessário que se diga para desmascarar essa cambada de governantes analfabetos que nos governam.
ANÓNIMA

Anónimo disse...

A "doença" das elites continua nos ditos "professores".
Pois bem, há muitos professores primários licenciados e até "mestres"..
Pela ordem de ideias destes iluminados defensores da não avaliação, um qualquer "catedrático" não pode ser avaliado?
Continuo a pensar que uma qualquer licenciatura não sublinha nunca um qualquer grau de superioridade de um quaqluer par na mesma profissão.
Há médicos, engenheiros, juizes, advogados, que tendo as mesmas habilitações académicas não tem, nem de perto nem de longe as mesmas aptidões profissionias.
Ser mestre não significa que no desempenho de uma profissão, seja melhor que m seu par.

BG disse...

Coitadinho daquele que escreveu coitadinho

Anónimo disse...

Sou a comentadora que se assinou ANÓNIMA.
Respondendo rapidamente ao comentário que se segue ao meu, começo por lamentar que se fale em «"doença" das elites», pois isso só prova a pequenez de quem utiliza tais termos ou expressões.
Se há elites é porque os que são contra elas querem que elas existam. As elites não surgem por si só. As não elites é que permitem que elas existam, não as acompanhando, por preguiça ou incapacidade. Serão as elites culpadas por isso?
Não seja mentiroso. Eu sei que os professores não estão contra a avaliação. O que eles querem é uma avaliação verdadeira. A que o ministério impôs ou quer impor não é nenhuma avaliação.
Concordo com o facto de uma licenciatura por si só não conferir superioridade de alguém sobre alguém, na perspectiva ontológica. Mas confere superioridade em questões de conhecimento, pelo menos na área específica a que respeita. Disso não restam dúvidas.
No caso da professora mestre avaliada por uma professora do ensino primário, ou do 1º ciclo como agora se diz, a que me referi, a avaliadora não era licenciada. Mas mesmo que fosse teria de ser do mesmo ramo científico, para que pudesse acompanhar com consciência e conhecimento a sua avalianda.

Pasando adiante, também me apetece dizer COITADINHO de quem se serviu da mesma palavra para tentar dizer mal de quem anteriormente a aplicara com inteira razão de ser.
ANÓNIMA