04 julho, 2015

Durão Barroso mestre na falácia...

  Nicolau Santos explica o que Durão Barroso pretende.

 

“Durão Barroso regressou ontem à política portuguesa, aproveitando o lançamento do livro de Miguel Relvas e Paulo Júlio. Aproveitou para branquear a imagem da troika e a visão contabilística dos problemas europeus que predominam na Eurolândia e no FMI. Elogiou os homens dos aparelhos partidários, dando como exemplo Miguel Relvas. E finalmente pôs nos píncaros o primeiro-ministro: sem Passos Coelho, Portugal teria sido outra Grécia.

Não se pode dizer que Durão Barroso seja um mestre do disfarce. O que de repente descobriu é que esta crise grega não só pode levar a coligação PSD/CDS a ganhar as próximas eleições legislativas, como sobretudo ele próprio passou a ter de novo possibilidades de ser o candidato da maioria à Presidência da República. Para isso, precisa em primeiro lugar que Passos Coelho leve o PSD a apoiá-lo na corrida a Belém. E, se tal acontecer, precisa de alguém que domine o aparelho do PSD. E essa pessoa é Miguel Relvas. Daí a sua presença no lançamento do livro do ex-ministro, daí o rasgado elogio a Relvas.

O que isto prova é, em primeiro lugar, que Durão Barroso pensa que os portugueses não têm memória. E em segundo que, tendo alguma, conseguem ver o que se passou nos últimos quatro anos segundo a sua ótica.

Barroso ou vai para Belém ou ficará por aí a dar aulas e conferências, por cá e lá fora, não ascendendo a mais nenhum cargo político de relevo. O mundo é muito injusto

Será bom que Barroso seja o eleito de Passos para Belém. Isso permitirá fazer um balanço dos longos anos que Barroso esteve à frente da Comissão Europeia. Permitirá, por exemplo, constatar que foi com Durão Barroso que a Comissão Europeia perdeu o seu papel de fiel da balança na construção da União Europeia e entrou num claro declínio no quadro das suas instituições. Foi com ele que Bruxelas deixou de ser quem dava a mão aos países mais pequenos. Foi com ele que a Comissão Europeia passou a ser totalmente subserviente das teses alemãs. Foi com ele que Bruxelas assistiu impávida ao eclodir da crise grega, demorando muitíssimo tempo a reagir – e só o fazendo depois de Berlim ter decidido atuar. Foi com ele que se anunciou que a crise de 2008 não contaminaria a Europa. Quando isso aconteceu, foi com ele que se decidiu que os Estados deveriam meter dinheiro em força na economia, em Parcerias Público-Privadas e em investimentos de proximidade (recuperação de escolas, aposta nas energias renováveis). Foi com ele que, dois anos depois, as orientações de Bruxelas mudaram radicalmente, passando a redução do défice a ser o alfa e omega da cartilha de Bruxelas. E quando vários países disseram que tinham feito o que o presidente tinha dito e escrito, Durão Barroso veio candidamente dizer que meter dinheiro na economia era só para quem podia – o que é extraordinário, porque quem podia era quem menos precisava ou não precisava de todo… Foi Durão Barroso que não apoiou a criação de uma agência europeia de rating, para combater a ditadura das quatro grandes, que agravaram em muito a crise europeia, embora durante longos meses tivesse estado em cima da mesa um projeto da Roland Berger. Foi Durão Barroso (por decisão de Angela Merkel, claro) que deu o seu aval ao famoso PEC IV de José Sócrates – e ficou irritado quando Passos Coelho chumbou o documento na Assembleia da República e lançou o país em eleições, de onde saiu um novo ciclo político.

Muito mais factos haverá seguramente para recordar se Barroso vier a candidatar-se a Belém – o que se prepara para fazer, aliás, porque apesar de ter brilhado tanto à frente da Comissão Europeia, ninguém o convidou para mais nenhum cargo internacional.

Por isso, Barroso ou vai para Belém ou ficará por aí a dar aulas e conferências, por cá e lá fora, não ascendendo a mais nenhum cargo político de relevo. O mundo é muito injusto. Por isso, Barroso reentra na corrida a Belém a cavalo da Grécia. Mas sem a subtileza, o engenho e a arte do cavalo de Tróia.”

 

Krugman explica os 6% mais pobre de Portugal

Vamos falar de algo completamente diferente da Grécia? Krugman escolhe Finlândia e... Portugal

 

E diz: “Será o "sucesso ao estilo europeu", sugere Krugman para referir, logo de seguida, o caso de Portugal. "O país implementou obedientemente a dura austeridade e está 6% mais pobre do que era antes".

 

03 julho, 2015

CGTP - não muda de cassete

 

 

 

O medo

Lutar contra o medo

 

Publicado em Julho 2, 2015 por estrelaserrano@gmail.com

 

 

Um dos maiores desafios que se coloca ao PS é lutar contra o medo que o governo e os seus porta-vozes com acesso aos órgãos de comunicação social estão a explorar, com base na situação da Grécia.

O discurso oficial em Bruxelas e em Lisboa, adoptado por jornalistas e comentadores, aponta para a inevitabilidade da austeridade nos moldes impostos pelo Eurogrupo e pelos líderes europeus, escondendo o fracasso das receitas baseadas precisamente na austeridade, como é o caso de Portugal.

A incapacidade dos jornalistas e comentadores para procederam à desconstrução do discurso oficial do governo português e dos líderes europeus, quando se referem a um alegado sucesso do resgate português e elogiam cinicamente o sacrifício dos portugueses, precisa de ser denunciada e desmontada de maneira séria e rigorosa.

É escandaloso para os portugueses que vivem na pobreza, para pensionistas, desempregados e jovens à procura de um futuro que não vislumbram, assistirem aos elogios indecorosos e oportunistas dos burocratas de Bruxelas aos “êxitos” do governo português na aplicação do programa de assistência, sem que a resposta adequada surja de quem a pode efectivamente dar, isto é, o PS.

É urgente que António Costa desmistifique este discurso do “sucesso português” e do medo que é atirado para cima dos portugueses, caso venham a escolher nas próximas eleições o caminho alternativo proposto pelo PS.

Esse trabalho de desconstrução do discurso do medo, que se está instalando nos meios de comunicação social, tem de mobilizar o PS através das vozes dos dirigentes mais preparados e com melhor domínio da comunicação para, juntamente com o secretário-geral, levarem a cabo essa urgente tarefa.

 

02 julho, 2015

FMI afinal como é?

O que diz a imprensa:

 

El Pais - El FMI avala la tesis griega de que la deuda es insostenible;

 

ABC - El Fondo considera la deuda helena «insostenible» y asegura que la situación ha empeorado desde la llegada al Gobierno heleno de Alexis Tsipras.

 

Afinal em que ficamos?

 

Augusto Santos Silva - carta de Francisco Seixas da Costa

Caro Augusto

 

Agora que o teu mano-a-mano com o Paulo Magalhães saiu de cena, quero deixar-te um abraço de gratidão. Ao longo de muito tempo, foste capaz de dar voz a uma visão das coisas que, estando muitas vezes bem longe de ir com "l'air du temps", era importante que fosse conhecida. Só aos patetas soava como uma visão partidária oficiosa. É de quem te não conhece! A tua palavra, serena, inteligente e acutilante, com a dignidade de quem pensa sempre pela sua cabeça e sabe, como poucos, exprimir organizadamente as ideias, vai fazer falta nas noites da TVI 24, e digo-o agora mesmo ao Sérgio Figueiredo. Alguns, claro!, estão a exultar já, pelo mundo das "redes sociais", com a tua saída de cena. Não imaginam que é o maior elogio que te podem fazer! 

 

Um solidário abraço do

 

Francisco

 

Partido Livre - Tempo de avançar

Começam bem com vigarices no seu próprio partido… e dizem que são sérios. São, são

“Suspeitas de manipulação dos votos que deram vitória a Daniel Mota no Porto levaram a uma recontagem. Ricardo Sá Fernandes passa agora de número 3 a cabeça de lista e Daniel Mota vai para o 11º lugar”

01 julho, 2015

Jorge Jesus - Limpinho, limpinho...

Limpinho, limpinho...


 

Grecia - Boletim de Voto grego.

Boletim de Voto grego


 

 

 

 

 

 

 

 

Socrates está vivo... e eles com medo

Tem mais medo de José Socrates que do Diabo!  Com razão, com Sócrates à fente do PS a “coisa” ficava mais feia para eles
 

Carlos Carreiras 
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01/07/2015 08:00

 

O socratismo está vivo

Entre salvar o país e defender José Sócrates, Costa e a maioria dos socialistas optaram pelo segundo.

 

Fátima Lopes, falida.

Fátima Lopes 'cai' apesar de apoio de Joe BerardoEmpresa da estilista viu plano de recuperação ser rejeitado.

Acordo era quase total, mas intransigência de um único credor acabou por ser fatal.

 

 

 

Como é possível uma empresa deste tipo ter uma divida destas? 1.7 milhões de euros-

A estilista detinha metade do capital da empresa, com os outros 50% a serem controlados por Joe Berardo.

O empresário e a designer estavam dispostos a abdicar de cerca de 900 mil euros de dívidas da empresa, que faziam parte do total de 1,7 milhões em atraso perante os credores

Socrates em Lisboa...

Cartaz de apoio a Sócrates 'passeia' por LisboaIniciativa parte do Movimento Cívico José Sócrates Sempre

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Socrates mete medo!

Sócrates: porque lhe pedem para falar se não querem ouvi-lo?

 

Publicado em Junho 30, 2015 por estrelaserrano@gmail.com

 

São curiosas as reacções dos jornalistas  às intervenções públicas de José Sócrates, feitas a partir da prisão. Por um lado, enviam-lhe pedidos de entrevistas e  perguntas e esperam dias, semanas e meses até conseguirem que ele aceite. Depois, quando as conseguem, dão-lhe o maior destaque, o que é natural, dado que Sócrates continua a impor-se à agenda pública.

Porém, os meios de comunicação social que  conseguem falar com Sócrates sentem depois necessidade de se demarcarem, como que desculpando-se por lhe terem dado a palavra, esclarecendo que não puderam fazer o contraditório, assim menorizando a informação que eles próprios se esforçaram por conseguir.

Mais ainda, as palavras de Sócrates são depressa convertidas através de interpretações sofisticadas num ataque implícito ao PS, mesmo que ele diga o contrário. António Costa surge então como vítima de Sócrates e Sócrates é acusado de prejudicar o PS cada vez que fala.

Fica assim criada uma inibição velada, de modo que  ninguém com responsabilidades no PS se atreve  a falar em Sócrates para não ser acusado de estar a prejudicar Costa e o PS e a misturar a política com a justiça.

E, como se não bastasse, se o assunto é discutido pelo público que telefona para os programas de rádio e alguém tem o desplante de apoiar as palavras de Sócrates e criticar o Ministério Público ou o Juiz de instrução com palavras mais duras ou inconvenientes, logo o moderador pede respeitinho pela Justiça, como se a Justiça estivesse acima da crítica e mesmo de alguma incontinência verbal, tão habitual nesses programas.

Dir-se-ia que Sócrates é para os jornalistas uma espécie de isca para atrair mas logo a seguir é repelido por quem tentou atraí-lo. O que ele diz é depois “servido” contra ele.

Ora, se os jornalistas o criticam por falar porque lhe pedem entrevistas?

Já se percebeu que me refiro à entrevista de Sócrates à TSF e ao DN  publicada hoje por ambos os meios. E embora eu não tenha referido nomes, devo ressalvar que os autores da entrevista  – Nuno Saraiva e Paulo Tavares – tiveram a atitude correcta. Deram-lhe o destaque merecido e não se desculparam com análises auto-castigadoras. E as perguntas que fizeram dão matéria para reflexão.

É pena que muitos socialistas se sintam intimidados e  não tenham questões a colocar sobre o funcionamento da justiça.

 

Os Gregos e os sorridentes

Enquanto uns sofrem outros, que estão muito bem na vida , são só sorrisos!

Augusto Santos Silva afastado da TVI

 

Só falta mandar embora a Constança Cunha e Sá

 

Privatições

Foi assim com as privatizações concretizadas por este governo, com o aplauso de Cavaco Silva, contabilizaram  em negócios de milhões para alguns  à custa de  prejuízos irreparáveis para Portugal e para a generalidade dos portugueses.