08 maio, 2015
Passos Coelho - porque mentes tanto?
Não foram criados, foram destruidos, centenas de milhares de postos de trabalho.
Ora tomem nota:
“Quando o Governo PSD/CDS chegou, no 2º trimestre de 2011, o número total de pessoas com emprego era de 4,893 milhões. Esse número baixou agora, no 1º trimestre de 2015, para 4,477 milhões”, indicou.
“A conclusão é clara e não admite duas interpretações: desde que a direita chegou ao poder, há menos de quatro anos, houve uma destruição líquida de 416 mil postos de trabalho. Um completo desastre”,
Professores
Quem não sabe, não pode ensinar.
Se está mal no ensino superior que se corrija, mas... entretanto que se escolham os melhores.
O Sindicato quer o trigo e o joio no mesmo saco?
“Vem confirmar o que temos dito sempre, ou seja, que o ME não quer esta prova para tomar medidas, para resolver o problema de formação nas instituições, mas sim para massacrar e denegrir este grupo profissional", declarou à agência Lusa Mário Nogueira.
Português (nível 2) e física-química foram as disciplinas com mais reprovações na componente específica da prova de avaliação de conhecimentos dos professores contratados, realizada em março, segundo divulgou na quinta-feira o Instituto de Avaliação Educativa (IAVE).
Em declarações hoje à Lusa, o secretário-geral da Fenprof salientou que, se o ME corrigisse os problemas da formação, "deixava de haver razões para fazer a prova".”
Vasco Pulido Valente
A maçonaria, o Narciso e as presidenciais
7 de maio de 2015 por as minhas leituras deixe um comentário
Há assuntos que são como atirar sal para uma fogueira. Basta enunciá-los e começam traques e estalidos. É assim com Sócrates, com a reestruturação da dívida, com a descolonização, com Mário Soares, com os árbitros do Benfica, com o PREC, entre tantos outros e com a maçonaria. Acima de tudo com a maçonaria. Temas que os bons chefes de família, os que gostam de palmadinhas nas costas, devem evitar referir ou, caso seja impossível escapar-lhes, fazê-lo com a devida reserva. Compreendo estes comportamentos e entendo a conveniência de a maioria das pessoas ser assim, mas eu não sou: Se fossem todos como eu até eu mudava de pele. Já agora, não sou maçon.
Consciente das consequências, vou falar da maçonaria e de contrapropaganda a propósito do Portugal que se opõe a Sampaio da Nóvoa, o primeiro dos que podemos considerar grandes candidatos a apresentar-se aos eleitores. O essencial está num artigo de Vasco Pulido Valente, no dia primeiro de maio, no Público.
Vasco Pulido Valente, no seu amargo e decadente refúgio reaccionário, dirigiu instintivamente para a maçonaria as zarabatanas dos venenos desse Portugal. O alvo certo. Quem sabe nunca esquece e Vasco Pulido Valente sabe que, para o imaginário popular mais profundo, rural e beato, para uma sociedade como a portuguesa, ideológica e culturalmente herdeira do fundamentalismo da Inquisição, do absolutismo dos soberanos, do poder mesquinho dos caciques e dos curas locais, que chegou no estado de ditadura do salazarismo até três quartos do século vinte e no estado catatónico de Cavaco Silva ao século vinte e um, a maçonaria é ainda o judaísmo, é o liberalismo, é a revolução francesa, é a República. Vasco Pulido Valente sabe que existe um vasto público pronto a aplaudir quem puxar o rabo à maçonaria. É o seu actual público. Mas o recurso a este pechisbeque argumentativo é sinal dos apuros em que estão metidos os técnicos de contrapropaganda para denegrirem Sampaio da Nóvoa sem se assumirem como forças do passado. Contam com o constrangimento dos maçons que ainda têm acesso à comunicação social em falarem da organização e dos não maçons em serem tomados como tal.
Ao escrever que viu nas imagens da sua TV, presumo que de alta definição, toda a maçonaria reunida à volta de Sampaio da Nóvoa e ao cair na vulgaridade – que ele tanto detestava – de deitar mão ao espantalho mais utilizado na luta do ultramontanismo nacional contra a modernidade, Vasco Pulido Valente ressuscitou a velha associação de ideias que ainda serviram durante quarenta anos a Salazar e a Cerejeira para justificarem a ditadura do Estado Novo: a maçonaria é o Diabo, e o Diabo está contra Deus e a Pátria, o primeiro entendido como o deus da Igreja Católica de Cerejeira e a segunda como uma propriedade de um monarca absoluto, Salazar. Logo,se a maçonaria está com Sampaio da Nóvoa, este é contra Deus e contra a Pátria e vai levar os bons portugueses para o Inferno, onde todos arderemos.
A análise de Vasco Pulido Valente deixa subentendido que os bons portugueses se devem unir contra tal candidatura, não através de acções razoáveis e positivas, mas sim promovendo esconjuros e exorcismos. A proposta de Vasco Pulido Valente, como a dos opinadores do situacionismo oitocentista, os talassas, os reaccionários em geral, pode ser resumida a um grito: Vade retro satanás!
Vasco Pulido Valente podia ter ficado por aqui, mas o anúncio da candidatura de Sampaio da Nóvoa mexeu com as suas frustrações, as frustrações de alguém que se esvaiu como intelectual em O Poder e o Povo e como político em patético secretário de Estado da Cultura. Teve o efeito de revelar, além do exorcista que escreve no Público, o Narciso que ele vê todos os dias reflectido no espelho da sua cristaleira, quando se afirma contra «uma não-pessoa, um saco vazio que faz declarações sem propósito ou consequência»! Vasco Pulido Valente não resistiu a falar de si!
Carlos de Matos Gomes
Governo queimou dinheiro
Há três anos a queimar dinheiro
28 de janeiro de 2014 por as minhas leituras 2 comentários
Num dos derradeiros artigos que escreveu no Jornal de Negócios, pouco tempo antes de nos abandonar, o economista João Pinto e Castro resumia com precisão a obra política de Vítor Gaspar: “queimar dinheiro na praça pública”.
Em 2012 e 2013, o Governo português retirou da economia 15 mil milhões de euros, através da combinação de um brutal aumento de impostos com cortes na despesa. Os resultados são os que conhecemos: um corte desta ordem de grandeza traduziu-se numa diminuição efetiva do défice de 3 mil milhões de euros. Pelo caminho queimaram-se 12 mil milhões de euros. Talvez esta seja a forma mais clara de revelar o carácter autodestrutivo de doses massivas e descontroladas de austeridade. A receita cai, a despesa com proteção social cresce, a economia colapsa e a dívida e o desemprego não param de subir.
Podemos, sem dificuldade, atualizar o projeto de queima de dinheiro na praça pública iniciado em 2011. Os mais de 5 mil milhões de austeridade de 2013 (que diminuíram para perto de 4 mil milhões por força da decisão economicamente positiva do Tribunal Constitucional) traduziram-se numa consolidação residual. A austeridade de 2013 foi toda perdida para a recessão e o défice que transita para 2014 é, imagine-se, o mesmo que transitou de 2012. Continuou a queimar-se dinheiro a um ritmo assinalável com as consequências económicas e sociais que conhecemos.
Muitos leitores conhecerão um sério aviso epistemológico deixado por Albert Einstein: “não há nada que seja maior evidência de insanidade do que fazer a mesma coisa dia após dia e esperar resultados diferentes”. É esse, no essencial, o objectivo do Orçamento do Estado para 2014. Depois do que aconteceu em 2012 e 2013, o Governo prepara-se para fazer a mesma coisa em 2014 mas espera obter resultados diferentes. Partindo de um défice de 5,8%, o Governo estima reduzir o desequilíbrio orçamental em 2 pontos percentuais, para 4%, com 4 mil milhões de austeridade. Como e porquê? Ninguém sabe. A loucura prossegue, enquanto assistimos ao espantoso exercício que é queimar dinheiro na praça pública para satisfazer os desejos sado-masoquistas dos credores.
O mais provável é estarmos perante uma enorme farsa política. A troika não aceitou rever as metas do défice, como ambicionava a parte irrevogável do Governo, mas o Governo age como se isso tivesse acontecido. A meta do défice será superior à acordada (4%) e, mesmo num cenário otimista, acima da que o próprio Governo quis que fosse a meta revista (4,5%).
Não sei se é a troika que gosta de ser enganada ou se é o Governo que pensa que alguém acredita nesta farsa. Em todo o caso, talvez não fosse má ideia que se ensaiasse uma explicação para justificar este desvario. Até prova em contrário, estamos apenas perante um pretexto – que aliás surgiu no decorrer da 5ª avaliação do memorando – para cortar 5 mil milhões de euros no Estado Social. No fundo, um Governo incompetente mas eficaz naquilo que é o seu verdadeiro propósito.
O melhor e mais barato restaurante de Lisboa
O melhor e mais barato restaurante de Lisboa!
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07 maio, 2015
CDS - ao seu estilo
Eurodeputado Melo leva taxa turística de Costa à Comissão Europeia
06 maio, 2015
Sócrates - o melhor Primeiro Ministro
Passos Coelho - um sem vergonha
"Estas declarações de Passos Coelho só aconteceram porque isto está mesmo tudo ligado: só o sentimento de impunidade reinante é que imbui um Primeiro Ministro de uma tal desfaçatez, de uma tal sem vergonha".
VERGONHA ??????? Túnel do Marquês tavez...
UMA VERGONHA!
Recebido por email
Vejam no fim a foto dos inquilinos do Túnel do Marquês!
INDECOROSO
Acerca da sustentabilidade das reformas...
VERGONHA é comparar a Reforma de um Deputado com a de uma Viúva.
VERGONHA é um Cidadão ter que descontar 35 anos para receber Reforma e aos Deputados bastarem somente 3 ou 6 anos conforme o caso e que aos membros do Governo para cobrar a Pensão Máxima só precisam do Juramento de Posse.
VERGONHA é que os Deputados sejam os únicos Trabalhadores (?) deste País que estão Isentos de 1/3 do seu salário em IRS.
VERGONHA é pôr na Administração milhares de Assessores (leia-se Amigalhaços) com Salários que desejariam os Técnicos Mais Qualificados.
VERGONHA é a enorme quantidade de Dinheiro destinado a apoiar os Partidos, aprovados pelos mesmos Políticos que vivem deles.
VERGONHA é que a um Político não se exija a mínima prova de Capacidade para exercer o Cargo (e não falamos em Intelectual ou Cultural).
VERGONHA é o custo que representa para os Contribuintes a sua Comida, Carros Oficiais, Motoristas, Viagens (sempre em 1ª Classe), Cartões de Crédito.
VERGONHA é que s. Exas. tenham quase 5 meses de Férias ao Ano (48 dias no Natal, uns 17 na Semana Santa mesmo que muitos se declarem não religiosos, e uns 82 dias no Verão).
VERGONHA é s. Exas. quando cessam um Cargo manterem 80% do Salário durante 18 meses.
VERGONHA é que ex-Ministros, ex-Secretários de Estado e Altos Cargos da Política quando cessam são os únicos Cidadãos deste País que podem legalmente acumular 2 Salários do Erário Público.
VERGONHA é que se utilizem os Meios de Comunicação Social para transmitir à Socied ade que os Funcionários só representam encargos para os Bolsos dos Contribuintes.
VERGONHA é ter Residência em Sintra e Cobrar Ajudas de Custo pela deslocação à Capital porque dizem viver em outra Cidade.
VERGONHA é os privilegiados, de que se fala, não pensarem na existência dos inquilinos do Túnel do Marquês!
Esta deveria ser uma dessas correntes que não deveriam romper-se, pois só nós podemos erradicar TUDO ISTO.
05 maio, 2015
Carlos Santos Silva - Prisão - Factos eloquentes
O texto «A Vida de Carlos Santos Silva na Prisão» do jornalista Plácido Júnior, e inserido na «Visão» desta semana, é bastante elucidativo quanto à falta de escrúpulos dos responsáveis judiciais pela prisão dos supostos arguidos da «Operação Marquês».
Não é difícil concluir que a estratégia empreendida por rosário teixeira, carlos alexandre, e quem com eles se agita na sombra, para conseguir o assassinato político de José Sócrates está a falhar em toda a linha. E só lhes resta prolongar o mais possível a farsa até que o castelo de cartas em que assentaram a acusação acabe por ruir confrontando-os com a indignidade dos seus comportamentos.
O texto em causa alinha alguns episódios lapidares das estratégias do ministério público e do juiz de instrução, que deveriam seriamente preocupar o Conselho Superior da Magistratura pela má imagem dada à Justiça por quem deveria estar na primeira linha a defender-lhe a irrepreensibilidade.
Sintetizemos, pois, os casos revelados no artigo:
- em 27 de janeiro era enviado de Genebra um envelope com documentos importantes endereçados à advogada de Carlos Santos Silva e que, chegado a Lisboa a 2 de fevereiro, seria desviado pela Autoridade Tributária, que tem uma equipa a trabalhar com rosário teixeira;
- a 6 de fevereiro, decerto querendo demonstrar a impunidade com que está a tratar deste caso, quem procedeu a esse desvio possibilitou a entrega do envelope, ostensivamente rasgado e dentro de um invólucro de plástico hermeticamente fechado, à advogada Paula Lourenço;
- os documentos que constavam desse envelope, relativos ao movimento de contas bancárias de Carlos Santos Silva na Union des Banques Suisses até final de 2009, já eram do conhecimento de rosário teixeira desde novembro de 2013, pois recebera-os por email e os entregara a carlos alexandre. Só assim e explica que os interrogatórios ao empresário e ao antigo primeiro-ministro tivessem tais dados como principais fundamentos. Quer o procurador, quer o juiz, demonstraram bem a sua falta de carácter ao contrariarem o dever de «verdade e lealdade» para com as partes.
- Paula Lourenço já deparara, entretanto, com as manobras dilatórias do ministério público português junto da UBS e das autoridades suíças, quer ao criarem-lhe dificuldades em aceitarem a procuração do seu cliente - obrigando-a a duas viagens a Genebra -, quer pelo pedido de rosário teixeira ao seu colega suíço para que atrasasse durante mais de um ano o envio da documentação recebida por email (e por isso mesmo ainda apenas oficiosa) para conseguir sustentar o pedido de prisão preventiva;
- a 13 de fevereiro, rosário teixeira contacta Paula Lourenço para marcar novo interrogatório ao seu cliente para dia 19, mas ela não compareceu no escritório nesse dia por estar adoentada só tomando conhecimento dessa convocatória no dia 16, altura em que , sem êxito, procura mudar a data proposta por já ter a agenda preenchida;
- a 15 de fevereiro e sem adivinharem esse desconhecimento de Paula Lourenço quanto à nova inquirição ao seu cliente, alguém do ministério público incumbe o controverso António Morais, (conhecido por ter sido o professor que passara Sócrates em cinco cadeiras da Universidade Independente) de convidar um gestor de uma das empresas de Carlos Santos Silva para um encontro num centro comercial lisboeta, onde o insta a convencer este último a prescindir dos serviços da advogada e a inculpar Sócrates quando fosse ouvido no dia 19. Seria interessante conhecer de António Morais a forma como tomara conhecimento dessa nova audição e que contrapartidas lhe teriam sido oferecidas…
- Nesse mesmo domingo, dia 15, o mesmo António Morais convence um primo de Carlos Santos Silva a vir da Covilhã a Lisboa para um encontro na pastelaria Mexicana. Nesse encontro o familiar do empresário depara com um interlocutor desconhecido - e ainda por identificar - que se mostra agressivo a chantagear Carlos Santos Silva com a prisão da esposa se na audição do dia 19 não inculpar Sócrates. Segundo terá dito a filha do casal Santos Silva, ainda com 13 anos, veria os dois progenitores na prisão se não cumprissem com o que se lhes exigiria.
- Saindo para a rua ainda perturbado com a experiência, o primo de Santos Silva seria abordado por António Morais, aparentemente a chegar ali nessa altura e a repetir-lhe as condições da chantagem;
- Posteriormente, quando a defesa de Carlos Santos Silva procurou aceder às câmaras de vigilância da pastelaria para identificar o indivíduo, deparou-se com avaria das mesmas em singular coincidência;
O pasquim da Cofina e outros media da sua igualha trataram de enfatizar o silêncio de Carlos Santos Silva na audiência do dia 19 de fevereiro como se tal postura indiciasse culpabilidade, mas de facto, ela mais não representou do que um veemente protesto pelas tortuosas práticas da Acusação.
Estamos, assim, a caminho de seis meses de infame humilhação a Sócrates e ao seu amigo, sem que rosário teixeira e carlos alexandre consigam apresentar uma única prova da absurda tese, que construíram e fizeram passar para os jornais. Pior ainda, quando apostariam em que a já longa prisão enfraquecesse o ânimo dos dois amigos, deparam-se com a força de carácter de quem se sabe inocente e está disposto a bater-se pela sua demonstração.
Em desespero de causa andam agora a disparar tiros em todas as direções a ver se algum consegue acertar num alvo minimamente utilizável para fundamentarem o que carece de qualquer fundamento. No íntimo já se adivinham futuros réus de um caso destinado a ficar como uma indelével mancha na Justiça portuguesa.
Aproximando-se o fim de um ciclo político em que muito do que aconteceu na sociedade portuguesa nos fez regressar aos tiques vigentes a 24 de abril, será imprescindível que o novo ciclo volte a reabrir as portas que a Revolução de 1974 tinha escancarado e, entretanto fechadas … nomeadamente neste tortuoso caso do ministério público. Com punição exemplar a quem se comprovar merecê-la!
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Publicada por Blogger às Ventos Semeados a 5/04/2015 01:49:00 da manhã