Para se mexer em algo onde os militares possam interferir, é sempre um problema.
Quem conheceu a problemática da Guerra de África, sabe bem da
necessidade que então havia em ter unidades hospitalares bem equipadas
e com camas suficientes p+ara suprir as necessidades de então.
Infelizmente muitos militares tiveram que ser tratados no estrangeiro
por falta de meios adequados nos nossos hospitais, mesmo civis.
Alcoitão, pertença da Santa Casa da Misericordia de Lisboa, foi um
desses exemplos de unidade privada que dava assistência especializada
aos militares.
Tantos anos passados em nada se justificava a exitencia de tantos
hospitais que serviam os militares das forças armadas e muitos dos
familiares, aquilo a que chamam de familia militar. Infelizmente só
para alguns familiares de alguns militares, assim é.
è ridícula a exist~encia de hospitaisotais da Marinha, do Exército e
da Força Aérea, como que as doenças e os acidentes fossem assim tão
distintos em cada ramo da Forças Armadas que justificassem hospitais
por cada ramo.
Os desperdícios em gastos de pessoal e de material, há muito que
justificavam a tomada de posição iniciada no anterior Governo e
concluída neste.
Os Hospitais Militares sofreram amputação no seu número. Espera-se
agora que aconteça o mesmo a muitas instalações e unidades militares
que mais não servem para acantonar um sem numero de oficiais,
sargentos e praças sem que daí se possa rentabilizar os seus serviços
e instalações.
""O Governo aprovou esta quinta-feira, em Conselho de Ministros, a
criação do pólo de Lisboa do Hospital das Forças Armadas (HFA), soube
o DN.
A decisão, há muito esperada, vai permitir que o ministro da Defesa dê
posse à comissão instaladora do HFA, que vai ser presidida pelo
major-general Silva Graça (Exército), conforme o DN noticiou em
janeiro, e depois ao restante pacote da reforma da Saúde Militar,
disse fonte oficial.
Segundo as fontes do DN, essa comissão - que funcionará como a
primeira direção do HFA - vai integrar também o major-general Eduardo
Santana (Força Aérea), o capitão-de-mar-e-guerra Jesus Silva (Marinha)
e o tenente-coronel José Vieira (em representação do Estado-Maior
General das Forças Armadas), além de um representante do ministério
ainda por indicar.
A sua posse ocorrerá depois de o ministro José Pedro Aguiar-Branco
regressar das visitas aos EUA (onde participa este fim-de-semana na
cimeira da NATO) e ao Brasil (logo a seguir).
O HFA, a instalar no espaço agora ocupado pelo hospital da Força Aérea
no Lumiar, decorre da fusão entre os hospitais dos três ramos das
Forças Armadas e já tinha sido aprovado pelo Governo anterior - a qual
estará concluída 18 meses após a entrada em vigor do diploma agora
aprovado.
O atual Executivo aprovou a instalação do HFA no Lumiar, tendo como
missão prestar cuidados de saúde diferenciados aos militares das
Forças Armadas e à família militar, assim como aos deficientes
militares."