29 março, 2011

Irlanda - carta com amor

""A Irlanda já está nas mãos do FMI e Portugal para lá caminha. É o que acreditam alguns, mas é também uma ideia rejeitada por outros. Certo é que os irlandeses já começam a dar conselhos aos portugueses.

O jornal irlandês «Sunday Independent» escreveu um artigo de opinião dirigido a Portugal em forma de carta e onde a ironia impera.

«Querido Portugal, daqui quem te escreve é a Irlanda. Sei que não nos conhecemos muito bem e não me quero intrometer, mas li notícias sobre a situação portuguesa e sinto-me capaz de oferecer alguns conselhos» - assim começa a carta onde «ajuda» é a palavra central.

«Como o inglês é a vossa segunda língua podem pensar que a palavra ajuda significa que o país vai ser ajudado pelos nossos irmãos europeus. Permitem-me que vos avise. Essa ajuda não vai tirar o país de dificuldades. Vai prolongar os vossos problemas para as gerações futuras».

O artigo diz ainda que temos obrigação de nos sentirmos gratos por esta ajuda que, diz o «Sunday Independent», é mais uma hipoteca.

No fim, a carta de solidariedade irlandesa dá lugar a um sentimento maior. A saudação final diz: «Com amor, da Irlanda». E, afinal, cartas de amor, quem não as tem?""

TVI 24


TVI 24 abre o jornal das 20 horas com "Sócrates falou ao País" - "Mais do mesmo" no rodapé e a indicação de que PPC também vai falar ao país.


Sócrates – Escutas andam de mão em mão.

Nada de admiração. Vem aí outro processo eleitoral.

As escutas andam de mão em mão e, ninguem tem mão nesses juizes e procuradores que fazem o que querem e o que bem lhe apetecem.

Numa empresa privada, digna dese nome, se algum dos seus responsãveis desrespeitasse uma ordem interna e não só isso, que continuasse com o ilicito, o que lhe acontecia?

Processo disciplinar e despedimento.

Com os juizes, nada disso acontece, pois então.

"Escutas a Sócrates em Ovar

Processo foi distribuído a uma juíza que agora terá de decidir escutas de primeiro-ministro"

Crise agravada por PPC

Crise agravada com o chumbo do PEC.

E agora PSD, como vão explicar ao Zé Povinho...

O FMI é inevitável.

28 março, 2011

Dia a dia - as mentiras


Pedro Passos Coelho - mas que "boy"


Escrever por escrever

Seria bom que este cavalheiro, procurasse saber melhor o verdadeiro sentido e utilidade do Dec-Lei em causa.

Assim, está a enganar os seus leitores mais incautos, por desconhecimento, ou por má fé.

"Nada como uma medida simpática à despedida. Houve governos de gestão que abateram sobreiros; outros construíram centros comerciais em áreas sensíveis. O actual ainda nem está em gestão e já deu o seu contributo para o anedotário. Preocupado com a escassa margem de manobra quando alguém quer entregar uma obra, ou fazer uma encomenda, sem ter a maçada de promover um concurso público, o Ministério das Finanças fez um "simplex" nos ajustes directos: assim, um director geral pode agora gastar 750 mil euros sem dar cavaco a ninguém (até aqui 100 mil); um presidente de Câmara pode ir até aos 900 mil euros (em vez de míseros 150 mil); e um ministro pode gastar à vontade 5,6 milhões de euros (eram apenas 3,7 milhões). Retiro tudo o que escrevi antes. Chamem a chanceler."

Conselho de Estado

Anacoreta Correia, publicamente criticou a hipótese de eleições antecipadas e terá sido substituido por isso?

Contrariar Cavaco Silva dá mau resultado.

Capaucho tambem tem falado. E muito. Não será substituido.

"O antigo ministro António Bagão Félix irá integrar o Conselho de Estado, em substituição do também democrata-cristão Anacoreta Correia, de acordo uma nota da Presidência da República. "

PSD mente

Por Miguel Relvas, o PSD mente. Ou será que se esquecer que votou favoravelmente a autorização legislativa que dá cobertura ao Dec-Lei que defini os plafonds máximos de contratação para as diversas hierarquias do Estado.

Falam, falam, mas acertam pouco. A demagogia está a apoderar-se do PSD e dos seus mais devirsos interessados no "pote". Neste caso, Paula Teixeira da Cruz e Miguel Relvas

Vejamos então.

"O decreto-lei em questão diz respeito a uma outra coisa completamente diferente, que é a definição das entidades competentes para a autorização da despesa. Fixam-se aí valores, é certo, mas esses valores não servem para determinar se o contrato pode ser celebrado por ajuste directo ou carece de um concurso público; esses valores servem, isso sim, para determinar quem é que é competente para autorizar a celebração do contrato. Assim, por exemplo, até um certo montante os directores-gerais têm competência e autonomia para celebrar contratos; mas a partir desse valor, porém, só os ministros podem autorizar a realização da despesa e a celebração do respectivo contrato; e a partir de um montante mais alto, a questão tem de ir ao Conselho de Ministros."

Passos Coelho – Troca tintas

Passos Coelho começou por andar aí a dizer o que ia fazer num dia para acabar por, no dia seguinte, dizer que afinal não ia fazer exactamente como tinha dito. Criticou os PEC's por aumentarem impostos e ainda o governo não está demitido já anuncio o aumento do IVA. Para quem tenha dúvidas, basta ler o livro "Mudar", que publicou em 2010 e onde defende:

"Os impostos indirectos tratam todos pela mesma medida, tanto pobres como ricos, razão porque são, nesse aspecto, mais injustos. É essa, aliás, a razão porque eu nunca concordei em taxar cada vez mais os impostos indirectos, nomeadamente o IVA. Ele vale 20% para quem tem muito como para quem tem pouco.

O PSD votou contra o PEC IV, apresentado pelo Governo , considerando que não ia "suficientemente longe" para resolver o problema da dívida pública. Afirmou este sábado em entrevista à agência Reuters. "Votámos contra o pacote de austeridade, não porque foi longe demais, mas porque não vai suficientemente longe para obter resultados na dívida pública", esclareceu.

Em Portugal já defende o que criticava ainda há uma semana atrás e no estrangeiro mostra-se mais papista que o papa anunciando que vai aumentar o IVA e retirar direitos sociais e rendimentos dos que pouco têm.

27 março, 2011

Justiça?


"Quem tramou a justiça?

Há precisamente dois meses, a propósito das declarações de Bibi, que ilibavam todos os arguidos do processo Casa Pia, escrevemos aqui: "Da leitura da sentença ficou a suspeita de que os juízes decidiram mais por convicção, do que com base em factos provados", acrescentando que as consequências da relativização da prova estavam apenas começar. Agora é Ilídio Marques, "uma das testemunhas-chave do processo", segundo o Expresso, a vir dizer "que não foi abusado pelos arguidos condenados no Campus da Justiça e só abre uma excepção para Bibi." A mediatização dos processos e a pressão que daí deriva sobre os respectivos juizes, em nada ajuda a justiça. Um dos jornalistas que se notabilizaram na mediatização deste processo foi Felícia Cabrita, a escolha de Passos Coelho para escrever a sua biografia, intitulada "Um Homem Invulgar". Invulgar? Crescerem bananeiras no alto do Marão é que seria invulgar...""

PSD no Parlamento


A facada, vista na blogosfera


Existia uma "avaliação" que de avaliação só tinha o nome. Passou-se para uma e depois para outra avaliação. Neste momento, a bagunça existe – não há avaliação para ninguém.


Uma maravilha com a cobertura da Oposição.


"…o PSD e os seus parceiros de manobra acordaram numa revogação à socapa, talvez esperando colher a satisfação dos professores e o alheamento dos restantes cidadãos. Não é isso que acontecerá, nem é isso que deve acontecer. Matar um modelo de avaliação e pedir hipocritamente ao Governo que negoceie com os sindicatos um substituto num prazo de seis meses é hipócrita, irresponsável e indecente. Como o gesto digno de José Pacheco Pereira teve o condão de revelar.'"

Professores


Blogosfera:


"…Os deputados da direita e da extrema direita uniram-se mais uma vez e armaram-se em gajos porreiros para porem fim à avaliação dos professores. Mas Mário Nogueira veio dizer que é pouco, agora ficamos a aguardar que o parlamento reduza os horários dos professores para uma hora por dia ficando as outras reservadas para preparar a aula diária. "

António Capucho, doente, mas…

Saiu da Câmara de Cascais, mas, vai mandando os seus recados.

Deve contar com o BE, o PSP e o PEV, será?

"António Capucho, conselheiro de Estado e um dos fundadores do PSD, defende que o presidente da República não dará posse a um governo minoritário e que o próximo executivo deve integrar, além do partido que vença as eleições, independentes e outras forças políticas com assento parlamentar."

Sócrates vence com mais votos

Uma lição para os seus muitos detractores.

O homem está aí para as curvas…

"José Sócrates obteve uma vitória clara nas eleições directas para o cargo de secretário-geral do PS, conseguindo mais votos expressos e mais delegados do que em 2009, anunciou a Comissão Organizadora do XVII Congresso Nacional do partido."

Recauchutagem

Por Moita Flores

"Respira-se um clima de angústia e medo, de revolta e insulto, de desorientação tal que potencia a demagogia, o populismo, a promessa fácil, a vitimização, o grito histérico, a manipulação e o golpismo.

Gostaria de pensar que esta campanha eleitoral seria muito diferente da baixeza sórdida que marcou a anterior para as presidenciais, mas temo que seja ainda pior. Porque ela se vai centrar em dois protagonistas, Sócrates e Passos Coelho, e porque as outras forças políticas, particularmente os comunistas e os bloquistas, têm a estratégia de sempre: quanto pior melhor, o parlamento é um mero pretexto e é na rua, com a revolução popular, que a vida do País se resolve, destruindo o Estado, com greves e mais greves, acenando com os amanhãs que cantam quando se sabe que seriam feitos de lágrimas e mais sofrimento.

Sócrates, goste-se ou não dele, é das figuras mais determinadas que alguma vez foi primeiro-ministro. Só lhe encontro paralelo com Sá Carneiro e Cavaco Silva. E como se vê, pelas eleições para o congresso do PS, é a vitória ou a morte política. Jamais o abandono, seguindo as pisadas de Guterres. Mesmo que venha propor um PS recauchutado, pouco pode andar longe do discurso e da proposta política por onde enveredou: lutar contra a entrada do FMI, coisa que lhe parece uma invasão de guerra, liderada por talibãs e dispostos a matar o País.

Passos Coelho surge como o novo rosto que pode ser uma nova esperança. Até pode conseguir uma larga maioria absoluta arrancada do descontentamento geral como, por outro lado, pode tropeçar no campo armadilhado
pelo seu próprio partido e pelo cinismo comentarista, confortavelmente instalado, que critica mas não faz. Precisa de pôr cá fora, com urgência, o seu programa de governo. Precisa de mostrar que tem a coragem para acabar com a desbunda que reina no aparelho de Estado.

Que tem força e energia para pôr na rua o exército de parasitas, preguiçosos, pessoalzinho medíocre que se alimenta dos favores partidários. Que tem força e energia para ser justo, acabando com os privilégios injustos, com o oportunismo e o compadrio. Que tem força e energia para impor o mérito. Logo na construção das listas para deputados do seu próprio partido para não acontecer a miséria a que assistimos nas últimas eleições. Porque neste momento tem Portugal à sua espera. E está sobre um tapete que rapidamente lhe pode fugir debaixo dos pés. "

26 março, 2011

NUN – Nova União Nacional

«José Sócrates imaginou que se podia fazer política em Portugal com um mínimo de decência e sentido da responsabilidade. Foi um erro. Não pode. E não pode porque a classe política se degradou nestes últimos anos muito mais do que a situação económica do país. A bancarrota da política partidária teve lugar há muito. E nenhum FMI lhe pode valer.

O extremismo é hoje prevalecente. À esquerda, Partido Comunista e Bloco, dois eunucos que não param de discutir o Kamasutra, não têm qualquer projeto de sociedade viável e assim confinam-se a uma resistência agressiva e sectária contra tudo e qualquer coisa. Em consequência e como ficou cristalinamente demonstrado servem sobretudo de trampolim para a direita. O CDS, esse, tornou-se num partido unipessoal e tem como singular e único objetivo arranjar um ministério qualquer para Paulo Portas. Já o PSD quer mesmo ir ao pote, e para esse declarado propósito vale tudo. O extremismo das respetivas posições não é portanto, em nenhum dos casos, sequer ideológico. É simplesmente o sintoma de uma decadência brutal da política partidária. Não são os jovens, mas a política portuguesa que se tornou mesmo muito rasca.

Acresce que temos um Presidente da República que no momento mais crítico da vida nacional decidiu ficar a tratar dos cortinados do Palácio de Belém.

Acontece contudo que o mundo é mais complexo do que parece. Os cálculos lineares da Nova União Nacional (NUN), essa amálgama que junta esquerdistas, direitistas, comentadores e muitos ingénuos, podem sair furados. Desde logo porque, servindo para destruir, o NUN não serve para construir nada. O NUN, como a sigla indica, é uma coligação negativa, uma espécie de mula que não consegue procriar. Depois porque a partir desta semana toda a desgraça que se abater sobre Portugal tem responsáveis bem conhecidos. Quando os funcionários públicos deixarem de receber salários bem podem ir pedir contas a Jerónimo de Sousa e Francisco Louçã; quando as empresas começarem a falir, às catadupas, os empresários terão de exigir satisfações a Passos Coelho e Paulo Portas. Quando a miséria e a violência associada aumentar os portugueses sabem perfeitamente quem foram os instigadores. E, bem vistas as coisas, a realidade dos "especialistas" que todos os dias brilham nos telejornais, tanta vez em regime de omnipresença, não é a realidade do país. As eleições não estão ganhas à partida para ninguém. É aliás muito improvável que delas possa emergir uma solução maioritária e estável.

Mas de tudo isto que é evidente duas outras coisas merecem reflexão. O debate no parlamento mostrou o quanto as oposições estão dissociadas da realidade europeia. A maioria dos discursos retomou a malfadada lógica do orgulhosamente sós, como se o país estivesse isolado e não integrado no espaço europeu, com tudo o que isso implica de responsabilidade alargada e cooperativa. Que isso suceda com os que odeiam a Europa, PC, Bloco e CDS, não espanta ninguém. Mas que afete igualmente o PSD, que em tempos foi um dos pilares da nossa adesão à comunidade europeia, isso sim é de facto extraordinário. Passos Coelho, para além de um texto para inglês ver, tem iludido sistematicamente a questão central da atividade política/partidária no contexto em que nos encontramos. Ou seja, a política já não é meramente nacional mas, em toda sua extensão e consequência, uma política na Europa e para a Europa. O ato deplorável a que assistimos nestes últimos dias não se reflete só na vida dos portugueses, mas afeta toda a Europa como projeto político avançado num mundo globalizado. E, desde logo, representa mais uma machadada no Euro, moeda fundamental para uma coesão europeia e para a criação de uma verdadeira cidadania europeia.

Um segundo aspeto não pode também ser descurado. O dos governos minoritários. Não é aceitável que em Portugal os partidos se recusem a desenvolver entendimentos que permitam gerar alguma estabilidade governativa. Por toda a Europa os países têm governos de coligação, com dois, três e, por vezes, mais partidos. Por cá isso é de momento uma impossibilidade prática. E agora, depois do golpe do NUN, infelizmente ainda o é mais. Com esta gente e com estes políticos, o Tsunami social está pois a aproximar-se cada vez mais e com força redobrada da nossa costa. Aguentem-se. » [Jornal de Negócios]

25 março, 2011

Notas à margem

Burro sou eu…

"Sugerir, como o PSD e o CDS têm feito, que existe alternativa à dureza deste PEC IV via "emagrecimento do Estado" é pura demagogia, assassina da credibilidade (75% dos gastos públicos são com despesa social e função pública). Sugerir uma eventual subida do IVA para evitar o corte nas pensões é um erro tremendo, quer do ponto de vista da eficácia e da justiça (o IVA é um imposto regressivo e os pensionistas têm sido relativamente poupados), quer do ponto vista eleitoral (a subida do IVA é a medida que a esmagadora maioria dos eleitores julga mais penosa para o seu bolso, mostra uma sondagem da Católica)."

Professores

Mais uma facada na democracia.

Ainda não estão a governar, mas pela amostra, pode sentir-se o que vao ser o futuro nas rédeas deste PSD, gerido pela traquinice de um Presidente que em cada posição que toma, mais parece um catavento.

Os professores faziam o que queriam e o que bem lhes apetecia. Os bons e os maus recebiam o mesmo salário, o emprego garantido e as progressões na carreira garantida.

O PSD acordou e deixou que a avaliação seguisse em frente.

Hoje, numa mera caça ao voto, volta a misturar o tigo com o joio.

Podemos acreditar que a avaliação pode não ser a perfeita, mas existe. Obriga os profissionais do ensino a serem-no. A rebaldaria dos velhos tempos estava a findar.

Hoje irá tudo voltar ao antigamente.

Deita-se a baixo uma casa, que podendo não estar bem contruida, existe. Em troca, apenas a promessa de uma nova casa. Para quando e como, nada se sabe.

O PSD é assim e não vai mudar, como diz o Povo, está-lhe na massa do sangue.