15 dezembro, 2009

Cascais


Praia do Peixe e arredores

Armando Vara

Correia de Campos, por ter sido da Saúde, põe o dedo na ferida.

Haverá certamente quem pense que Armando Vara é culpado. Por mim, estou convencido de que é inocente. O mesmo penso de José Penedos, embora seja de Vara que cuido hoje. Não se trata de convicção emocional. Cheguei à conclusão da inocência por vária vias.

Em primeiro lugar, o insólito do caso. Vara seria a cabeça de um polvo corruptor, teria recebido dinheiro vivo, organizaria encontros e abriria portas ao tráfico de influências. Teria reuniões frequentes com uma "máfia" de transmontanos (conheci várias, ao longo de quarenta anos de vida pública e delas retirei sempre amizade e boa mesa). Abriria todas as portas com a gazua da proximidade a Sócrates. Aduziam-se resultados fantásticos de tecnologias de espionagem importadas de Israel. Pior que tudo, vindo de baixo, banqueiro activo e considerado, gera a inveja essencial para uma completa ficção. Não pude deixar de estabelecer a analogia com a rede de pedofilia anunciada como a mantra do "caso Casa Pia". Uma rede tentacular que atingiria grandes figuras, bastando a opinião vaga de testemunhas incredíveis, mirando fotografias com elevada densidade de dirigentes do PS, para se ser nela inscrito, logo suspeito. Mentiras cirurgicamente destiladas nos media, ou mesmo a prisão, precederam a pronúncia. Tudo, no mais inviolável, mas cronicamente violado segredo de justiça.

Em segundo lugar, a convicção da defesa de Vara. Enfrenta a adversidade com fibra. Pediu suspensão de funções, falou frontalmente aos media, transborda de determinação e garra, de quem não está disposto a deixar os seus créditos arrastados na lama. Pediu ou vai pedir, na parte que lhe diz respeito, a publicação de todos os elementos que o indiciam. Veremos se lhe darão esse direito, ou se argumentam com o prejuízo da investigação, ou, o que seria o cúmulo do cinismo, com a protecção da sua defesa. Vara já afirmou não pretender regressar às funções no banco, antes de tudo se esclarecer.

Em terceiro e último lugar, parece estar a esboroar-se a acusação. Não há provas de ter recebido qualquer quantia, agora apenas teria praticado tráfico de influências. O montante da caução, um sexto do que teria pedido o Ministério Público, dá conta de uma deflação acusatória, que em nada confirmaria a teoria da rede tentacular. Jornais já admitem que a Justiça tenha uma vez mais errado.

Não sabemos o que está para vir ou acontecer. Mas já não surpreende mais um erro.

Ao vir a um programa de grande audiência, Vara defendeu-se no terreno em que o atacaram os violadores do segredo de justiça. Mas com as limitações de quem cumpre a lei, a qual, neste caso só prejudica o arguido. Sabendo que a manipulação do segredo é o seu pior adversário, não a Justiça. Diario Económico

Jardim – procura o diálogo

Pedir dinheiro de mansinho sempre dá jeito. O "diálogo" é para as ocasiões. Depois de servido, será novamente mal agradecido e mal educado. É só esparar para ver.

"O Governo Regional da Madeira já definiu os critérios de atribuição dos 79 milhões de euros (recurso ao aumento de endividamento) aprovados na Assembleia da República (AR), por projectos co-financiados pela União Europeia e pagamento de parte da dívida administrativa, começando pelos credores com maior tempo de espera.

(DN)

Submarinos ou a história do desperdício dos dinheiros públicos

Submarinos – sempre assim acontece. Depois do mal feito sempre surge alguem com responsabilidades na área a afinar o diapasão pelo mal dizer. Já é tarde. O dinheiro está a ser muito mal gasto.

Á data, será que alguem terá questionado os custos futuros para a formação do pessoal, os preços da manutenção e dos equipamentos a substituir ou a reparar?

«O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), general Valença Pinto, lançou este fim-de-semana novas dúvidas sobre a utilidade do programa dos submarinos, onde Portugal investe mais de 1000 milhões de euros." "DN"

Paço de Arcos - Praia Velha


14 dezembro, 2009

Eleições Autárquicas 2009


Marginal

Lisboa passa por aqui

Um amanhecer aveludado com um sol branco e forte como só Lisboa sabe oferecer, logo perturbado por esta 'cena' de trapos sociais, de uma manta psíquica que cada dia se vai desfazendo em algumas cabeças mais fracas... (Nadadenovonafrenteocidental)

Ódio na política


Por: José Niza

 
1. Respondendo a uma jornalista, o ministro Vieira da Silva declarou que Sócrates e o PS estão a ser vítimas de "espionagem política". Eu vou mais longe. E acuso: o que nos últimos anos se tem passado em relação a Sócrates e ao PS é muito mais do que espionagem política, é uma série ininterrupta de tentativas de assassinato político. Sócrates não só sobreviveu a todos os atentados como, pelo caminho, ganhou duas eleições legislativas. Que pior podia acontecer àqueles que pretendem destruí-lo?
2. As investigações criminais competem aos juízes, aos magistrados do Ministério Público e aos polícias da Judiciária. São eles quem recolhe as informações, os documentos, as provas. São eles que fazem as escutas. São eles os responsáveis pelo sigilo das investigações. Mas, depois, é a sistemática violação do segredo de justiça e as fugas de informações (verdadeiras, falsas ou manipuladas) para certos jornais, certos jornalistas, certas televisões. Como é que as informações saltam das investigações criminais para os jornalistas é coisa que nunca até hoje se conseguiu descobrir. Em contrapartida, o que se constata é que os dirigentes dos sindicatos dos juízes, magistrados e polícias nunca reconhecem a sua responsabilidade nas fugas e nos atentados ao segredo de justiça. Há dias, no "Prós e Contras"– e "apertado" pela jornalista Fátima Campos Ferreira – um conceituado juiz desembargador, meio engasgado, acabou por responsabilizar as mulheres da limpeza pelas fugas de informação dos tribunais! Numa sondagem do Expresso da passada semana, 67,9 % dos inquiridos criticam o funcionamento da Justiça. E magistrados e juízes surgem no fundo, abaixo dos órgãos de soberania e de todos os líderes partidários.
3. Com as informações nos bolsos os tais jornalistas do costume iniciam a ofensiva mediática das acusações, das insinuações, das difamações, das calúnias, dos julgamentos na praça pública e nos telejornais. Mas, cobardemente, recusam-se a revelar as origens das fugas e a identidade das fontes.
4. A terceira fase é a da conversão manipulada das mentiras em "verdades" e a sua utilização política contra os inimigos a abater. Das três, esta é a etapa mais nojenta. A tal "espionagem" é apenas um dos passos em todo este cortejo de indignidades: tudo nasce na justiça, continua nos media e termina nos matadouros da política suja.
5. Falemos, então, de política. Mais concretamente, do PSD.
Em 2005 – ano de eleições – o chefe de gabinete de Santana Lopes, então Primeiro Ministro e presidente do PSD, conjuntamente com um inspector da Judiciária, um dirigente do CDS e dois jornalistas de escândalos, forjou uma carta "anónima" para despoletar a investigação do caso Freeport e incriminar Sócrates num caso de corrupção. A campanha contra o então Secretário-Geral do PS explodiu nos jornais e nas televisões. O que não impediu que os Portugueses lhe dessem a maioria absoluta.
Nos anos seguintes tudo serviu de pretexto para atacar Sócrates.
Sobre todos os casos nunca Sócrates foi ouvido, indiciado ou acusado pelos tribunais do que quer que fosse.
Em 2009 – mesmo em cima das eleições – Sócrates foi de novo colocado perante os pelotões de fuzilamento político: a compra da TVI pela PT, o cancelamento do programa de Manuela Moura Guedes, a inventona das escutas à Presidência da República (que um assessor de Cavaco Silva colocou no Público e que em boa hora o Diário de Notícias denunciou, fazendo o feitiço virar-se contra o feiticeiro).
Mais uma vez Sócrates conseguiu sobreviver a todos os ataques e voltou a ganhar as eleições. Manuela Ferreira Leite perdeu-as. Ressabiada pela derrota eleitoral -  e contra decisões dos próprios  tribunais – acusa Sócrates de estar "sob suspeita". Nunca, em Portugal, um líder partidário foi tão longe num ataque a um Primeiro Ministro.
Depois de uma sucessão de lideranças desastrosas, MFL chegou ao PSD como a grande salvadora do partido. Pacheco Pereira – seu ideólogo, estratega e "chevalier servant" – incensou-lhe a genialidade. Mas, afinal, era só mau génio…Para além de incompetente, a senhora é mal-formada, falsa moralista, ultra-conservadora, mesquinha e vingativa. Em poucos meses conseguiu fazer do PSD um partido sem rumo, sem votos e sem credibilidade. Um partido em "suicídio lento", como disse há dias Pinto Balsemão.
Se ainda fosse vivo, Freud diagnosticaria que a politicopatia de que a senhora sofre é um mecanismo de defesa do Eu chamado "projecção": a senhora exorcisa os seus defeitos e projecta-os, vingativamente, em Sócrates
(O Ribatejo)














Ericeira


Professores


Mario Crespo


Esta escorrêngia do caciquismo e do mofo, do agrado de algunsl tem os seus leitores e apaniguados próprios que são fruto duma letargia mental imprópria dos dias de hoje. A alteração da actual realidade e a sua transformação não se produz com este tipo de mentalidade apalhaçada dos tempos das troups da cabrinha e do macaco e do som esfarrapado do trompete amolgado e da luz produzida com os velhos candeiros de carboreto malcheirosos.

"A escolha

é simples. Ou se torna

O palhaço compra empresas de alta tecnologia em Puerto Rico por milhões, vende-as em Marrocos por uma caixa de robalos e fica com o troco. E diz que não fez nada. O palhaço compra acções não cotadas e num ano consegue que rendam 147,5 por cento. E acha bem. O palhaço escuta as conversas dos outros e diz que está a ser escutado. O palhaço é um mentiroso. O palhaço quer sempre maiorias. Absolutas. O palhaço é absoluto. O palhaço é quem nos faz abster. Ou votar em branco. Ou escrever no boletim de voto que não gostamos de palhaços. O palhaço coloca notícias nos jornais. O palhaço torna-nos descrentes. Um palhaço é igual a outro palhaço. E a outro. E são iguais entre si. O palhaço mete medo. Porque está em todo o lado. E ataca sempre que pode. E ataca sempre que o mandam. Sempre às escondidas. Seja a dar pontapés nas costas de agricultores de milho transgénico seja a desviar as atenções para os ruídos de fundo. Seja a instaurar processos. Seja a arquivar processos. Porque o palhaço é só ruído de fundo. Pagam-lhe para ser isso com fundos públicos. E ele vende-se por isso. Por qualquer preço. O palhaço é cobarde. É um cobarde impiedoso. É sempre desalmado quando espuma ofensas ou quando tapa a cara e ataca agricultores. Depois diz que não fez nada. Ou pede desculpa. O palhaço não tem vergonha. O palhaço está em comissões que tiram conclusões. Depois diz que não concluiu. E esconde-se atrás dos outros vociferando insultos. O palhaço porta-se como um labrego no Parlamento, como um boçal nos conselhos de administração e é grosseiro nas entrevistas. O palhaço está nas escolas a ensinar palhaçadas. E nos tribunais. Também. O palhaço não tem género. Por isso, para ele, o género não conta. Tem o género que o mandam ter. Ou que lhe convém. Por isso pode casar com qualquer género. E fingir que tem género. Ou que não o tem. O palhaço faz mal orçamentos. E depois rectifica-os. E diz que não dá dinheiro para desvarios. E depois dá. Porque o mandaram dar. E o palhaço cumpre. E o palhaço nacionaliza bancos e fica com o dinheiro dos depositantes. Mas deixa depositantes na rua. Sem dinheiro. A fazerem figura de palhaços pobres. O palhaço rouba. Dinheiro público. E quando se vê que roubou, quer que se diga que não roubou. Quer que se finja que não se viu nada.

Depois diz que quem viu o insulta. Porque viu o que não devia ver.

O palhaço é ruído de fundo que há-de acabar como todo o mal. Mas antes ainda vai viabilizar orçamentos e centros comerciais em cima de reservas da natureza, ocupar bancos e construir comboios que ninguém quer. Vai destruir estádios que construiu e que afinal ninguém queria. E vai fazer muito barulho com as suas pandeiretas digitais saracoteando-se em palhaçadas por comissões parlamentares, comarcas, ordens, jornais, gabinetes e presidências, conselhos e igrejas, escolas e asilos, roubando e violando porque acha que o pode fazer. Porque acha que é regimental e normal agredir violar e roubar.

E com isto o palhaço tem vindo a crescer e a ocupar espaço e a perder cada vez mais vergonha. O palhaço é inimputável. Porque não lhe tem acontecido nada desde que conseguiu uma passagem administrativa ou aprendeu o inglês dos técnicos e se tornou político. Este é o país do palhaço. Nós é que estamos a mais. E continuaremos a mais enquanto o deixarmos cá estar. A escolha é simples.

Ou nós, ou o palhaço"

SEF – descobre fraude e corrupção (?)

Será que o Ministério da Educação não se manifesta sobre este tema?

Os testes aos ndidatos são efectuados nas escolas portuguesas.

E os sindicatos dos professores não dizem nada?


 

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) deteve ontem 14 pessoas, candidatas à aquisição da nacionalidade por naturalização, por fraude na realização do teste de diagnóstico da língua portuguesa, anunciou hoje o SEF numa nota à comunicação social. (Publico)

Paul Samuelson (1915-2009)

Faleceu o Dogma da Economia

Samuelson foi uma figura dominante no panorama económico dos Estados Unidos, desde o final dos anos 30 e ao longo da década de 60, e a sua influência no ensino da Economia foi enorme. O seu livro Economia introduziu gerações e gerações de estudantes no estudo desta ciência, enquanto o Fundamentos da Análise Económica fê-la evoluir de um mero exercício literário para a disciplina científica e matemática que hoje é. ( DN )

13 dezembro, 2009

Pato con"gelado"


Apito Dourado

Será que os procuradores e os juizes não precisam duma reciclagem urgente?

Pinto Monterio e Maria José Morgado, apressaram-se a "tomar em mãos" o "Apito Dourado" e agora passa a saber-se que algumas e não são poucas acusações e vereditos do tribunais estão a ir por agua abaixo.

Não são apuradas responsabilidades pelo tempo gasto, pelos milhares ou milhões de euros gastos com os processos?

Or arguidos e os processados não irão reagir quando em insatância superior as sentenças são anuladas?

Os sindicatos da "justiça" agora, não ditam palavra?

BCP-CTT

Para tomar nota.

Note-se que este tipo de valores não se manifesta apenas na política, compare-se a forma como o nome de Armando Vara e o de Horta e Costa foram tratados pela comunicação social e pela própria justiça, de um dizem coisas que não provaram e foi o que se viu, ao outro que participou num negócio de milhões quase lhe pediram desculpa por o terem acusado. Há uma grande diferença entre nascer numa aldeia transmontana ou em Cascais, uns são gatunos, com os outros deve haver engano, um é condenado muito antes de haver provas e acusação, o outro vai a tribunal para ter a oportunidade de esclarecer tudo. O Jumento

12 dezembro, 2009

CTT - Corrupçõao?


Operação Correios
Com tantos arguidos, nem com "Correio Azul" se verá rápidamente o fim do processo

Aminatou Haidar


Aminatou Haidar está em greve de fome, no aeroporto de Lanzarote, desde 14 de Novembro, quando foi para ali expulsa pelas autoridades marroquinas ao regressar ao Sahara Ocidental, vinda de uma viagem aos Estados Unidos onde recebeu um prémio de Coragem Civil, atribuído pela Fundação Train.

Foi detida porque se recusou a assumir a nacionalidade marroquina num formulário de aeroporto. O passaporte foi-lhe então confiscado pelas autoridades marroquinas, mas a falta de passaporte, singularmente, não impediu que um avião comercial aceitasse transportá-la.
O estado de saúde da mais proeminente activista saharaui, agravado por uma úlcera no estômago,  é preocupante a cada hora que passa.
Morrerá, só, sem bombas, não matando ninguem à sua volta.
Será uma mártir da sua causa.

Vagabundo - Manuel da Fonseca

Olha o vagabundo que nada tem


e leva o Sol na algibeira!

Quando a noite vem

pendura o Sol na beira dum valado

e dorme toda a noite à soalheira...

Pela manhã acorda tonto de luz.

Vai ao povoado

e grita:

- Quem me roubou o Sol que vai tão alto?

E uns senhores muito sérios rosnam:

- Que grande bebedeira!

E só à noite se cala o pobre.

Atira-se para o lado,

dorme, dorme...
(Manuel da Fonseca)

11 dezembro, 2009

BPN - assim vai a justiça

Assim em banho Maria vai o processo

"BPN: há arguidos que ainda não foram notificados da acusação
O pedido de abertura de instrução do caso BPN pelos arguidos só deverá ser formulado no início de 2010, já que alguns dos 24 arguidos ainda não foram notificados da acusação do Ministério Público, disse esta sexta-feira à Lusa fonte ligada à defesa.

Segundo a mesma fonte, apesar de o Ministério Público (MP) ter deduzido acusação a 21 de Novembro último e a lei prever um prazo de 20 dias para que seja requerida a abertura de instrução, este só começa a contar após a notificação de todos os arguidos, o que ainda não sucedeu.
A fonte não adiantou à agência Lusa quais os motivos que justificam que passadas três semanas sobre a dedução da acusação pelo MP ainda existam arguidos que não foram notificados da decisão." (IOL)