Da caça às bruxas, à caça aos políticos, vai um passinho de criança.
Os orgãos de comunicação social, todos eles sem excepção, precisam de vender publicidade á custa de notícias que possam ter alguma duração e continuidade para além do imediato.
Um acidente, uma morte por faca ou a tiro, uma intempérie que produz estragos elevados a pessoas e as seus bens, funciona como um produto perecível, que quando se tira do frigorífico apodrece rápidamente.
Ora, produtos como o Freeport, Face Oculta ou o BPN, mas especialmente aqueles que envolvem alguem que está ou passou pelo Governo ou pela política ( ser forem do PS, muito melhor) são a garantia de continuidade diária de venda pelos jornais e noticiários das rádios e televisões.
Ocupam horas de programação, com comentadores, políticos e afins, atecerem as suas críticas, opiniões e os mais discutíveis e incriveis comentários sobre os temas.
Os meis de comunicação social, aproveitam-se não só da facilidade de chamar o interesse público para o tema, como ainda adquirim um produto sempre vendável a um elevado nivel de audiência, por preços reduzidos. Os autores das peças desses teatros e filmes, são de borla. Os meios de produção já os têm em casa, então é só por em marcha o processo de marketing de dar continuidade às novelas durante o maior espaço de tempo possível, "cozinhando" os epísódios conforme o gosto dos espectadores.
É claro que a produção do espectáculo ( a justiça) vai dando uma ajuda, deixando de vez em quando sair para a rua, antes de os episódios da novela, algumas notícias sobre eles, o que aguça o apetite dos devoradores desses espectaculos.