29 novembro, 2009

Telenovelas com actores baratos

Da caça às bruxas, à caça aos políticos,  vai um passinho de criança.
Os orgãos de comunicação social, todos eles sem excepção, precisam de vender publicidade á custa de notícias que possam ter alguma duração e continuidade para além do imediato.
Um acidente, uma morte por faca ou a tiro, uma intempérie que produz estragos elevados a pessoas e as seus bens, funciona como um produto perecível, que quando se tira do frigorífico apodrece rápidamente.
Ora, produtos como o Freeport, Face Oculta ou o BPN, mas especialmente aqueles que envolvem alguem que está ou passou pelo Governo ou pela política ( ser forem do PS, muito melhor) são a garantia de continuidade diária de venda pelos jornais e noticiários das rádios e televisões.
Ocupam horas de programação, com comentadores, políticos e afins, atecerem as suas críticas, opiniões e os mais discutíveis e incriveis comentários sobre os temas.
Os meis de comunicação social, aproveitam-se não só da facilidade de chamar o interesse público para o tema, como ainda adquirim um produto sempre vendável a um elevado nivel de audiência, por preços reduzidos. Os autores das peças desses teatros e filmes, são de borla. Os meios de produção já os têm em casa, então é só por em marcha o processo de marketing de dar continuidade às novelas durante o maior espaço de tempo possível, "cozinhando" os epísódios conforme o gosto dos espectadores.
É claro que a produção do espectáculo ( a justiça) vai dando uma ajuda, deixando de vez em quando sair para a rua, antes de os episódios da novela, algumas notícias sobre eles, o que aguça o apetite dos devoradores desses espectaculos.

Sporting-Benfica


Operação Paella

Quem são os arguidos? Não se pode conhecer as suas identidades? Segredo de Justiça? Só para quem interessa?
Mas então, sabe-se quem é o sucateiro (Armando Vara está no meio ?) e não se conhece que é "marisqueiro"?
Há diferença entre sucata e marisco para o segredo de justiça e para os jornalistas?

"Operação Paella: Prisão domiciliária para um dos oito arguidos" .ionline

Caso Melo Antunes

Cavaco justifica, mas alguêm está a mentir


"O Presidente esclareceu ontem que quis estar presente na homenagem a Melo Antunes, mas a organização do evento falhou a audiência para acertar a sua presença." Correio da Manha

Freeport

Charles Smith - ilibado em Inglaterra
O Freeport tem andado arredado da imprensa portuguesa de tal modo que até esta notícia tem passado despercebida!!!

"As autoridades inglesas arquivaram o processo contra o cidadão escocês, Charles Smith, no âmbito do caso Freeport."  Correio da Manha

Oposição unida jamais será vencida

Luzerna - Suiça


Ponte de madeira

Cavaco Silva e a homenagem a Melo Antunes

Cavaco Silva iria estragar a fotografia

Cavaco Silva não esquece os amigos, mas tambem não esquece os inimigos.
Será que ele tem algo a ver com o 25 de Abril?

"Vasco Lourenço, presidente da Associação 25 de Abril, lamentou hoje que o Presidente da República, Cavaco Silva, tenha recusado presidir ao colóquio de homenagem ao capitão de Abril Ernesto Melo Antunes (1933-1999), que durante dois dias decorreu na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. Vasco Lourenço relacionou a recusa com o não apoio à candidatura de Melo Antunes à UNESCO, quando o actual Chefe de Estado era primeiro-ministro." (Público)

28 novembro, 2009

DUBAI - Portugal será assim?

Qualquer português, mesmo "burro" comprende que Portugal não é, nem poderá nunca ser o Dubai.
Convem não exagerar

"O que se passa no Dubai é um exemplo do que pode acontecer a uma economia como Portugal. Não é brincadeira. A dívida dos Emirados atingiu 103% da riqueza gerada e a economia, por lá, está sustentada nos serviços - valem 74% do PIB. É aí que estão os incríveis hotéis de sete estrelas, as ilhas em forma de palmeiras ou a pista de esqui em pleno deserto. É também por isso que o país declara agora precisar de mais tempo para pagar a sua dívida.

Portugal, como se sabe, tem uma dívida próxima dos 90%. A economia, conhece-se também, vive dos serviços: valem 70% do PIB. Tudo o que produz é, em geral, para consumo interno - de quem vive ou de quem vem de fora. Não há - já se disse - os chamados bens transaccionáveis (esses produtos apetecíveis noutros mercados). A indústria, por isso memo, é residual. "  (IONLINE)

António Barreto - A justiça

António Barreto - Sobre a justiça. - Qual a solução?

Quando se debruça especificamente sobre o mapa político e social o que o aflige mais é a justiça?

É. Há muito que falo disso e todos os anos com mais razão que no anterior. Não há alternativa para a justiça, como na saúde, em que se pode escolher o privado, ou na educação, onde se vai para outra escola. Na justiça não há alternativa e ainda bem, não deve haver. Mas a nossa justiça está hoje refém, capturada...
Por quem?
Pelos grandes grupos profissionais: o dos magistrados, dos procuradores e dos advogados, que são quem ordena e quem comanda a justiça, os operativos, os agentes. Não sei como lhes chame, mas qualquer nome é bom. Agora até já há sindicatos, que são uma espécie de infantaria avançada de cada um destes grupos. Há evidentemente centenas de juízes fantásticos. Sei que há, e é possível hoje fazer a diferença entre os 100 ou 200 tribunais que funcionam muitíssimo bem e os outros. Só que a sociedade portuguesa contemporânea está essencialmente nas grandes áreas metropolitanas, o resto é paisagem. Não é bem, mas conta muito menos. E o que se passa é que a sua vida privada, familiar, as sucessões, as heranças, os despejos, os contratos de trabalho, os requerimentos... tudo está hoje em causa porque não há justiça, não há recurso para nada nem para ninguém. Se quiser resolver um problema, recorre a quem? À justiça. Há 20 anos os magistrados vinham em primeiro lugar, era o grupo profissional que mais confiança merecia dos portugueses. Estão hoje em penúltimo lugar; abaixo só os deputados. É o grupo mais destituído da confiança dos portugueses. Os portugueses não confiam nos tribunais nem nos magistrados e isto é terrível, mina a alma, mina os sentimentos, mina o coração  (IONLINE)

Face Oculta - Armando Vara na lista de espera

Armando Vara
Armando Vara, está a ser tão espremido que se tivesse algum sumo, já estaria preso preventivamente ou já teria sofrido alguma medida de coação.
Ou muito nos enganamos ou há por Aveiro alguma dificuldade em sair do buraco criado com toda esta polémica. Este tipo de interrogatórios, pelo seu número, persistência e duração, mais fazem lembrar os velohs tempos da antiga DGS.
Apenas um preso em todo o processo, as medidadas de coação para a maior parte dos suspeitos, são caucionadas com verbas que, pelos seus montantes,  podem ser tiradas dum qualquer saco azul, indiciam que tudo isto não passa de uma enorme operação, mais uma, montada para servir interesses que um dia mais tarde se possam vir a saber quais.
Recordamos que no processo do BPN, onde muitos milhares de milhões foram ilegalmente e ilegitamente parar aos bolsos de umas dezenas ou centenas de "amigos" de uma certa casta de pessoas, apenas um deles está preso.
Por comparação, deduz-se o que se vai passar com este processo.
Armando Vara, à entrada e especialmente à saida da "fábrica" de Aveiro colocou um pouco a boca no trombone.  Não fala assim, quem tem muitas culpas no cartório, pensamos nós.  Por outro lado se a sua afectação ao processo fosse tão óbvia, seriam precisos tantos dias de interrogatório e mais uns dias para ser conhecida a pena de coação aplicada?

"O interrogatório de cerca de oito horas ao vice-presidente do BCP com funções auto-suspensas, Armando Vara, no âmbito do processo Face Oculta terminou à meia-noite, no Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Aveiro, sem que o arguido tivesse ficado a conhecer as medidas de coacção a que ficará sujeito. Algo que o juiz de instrução criminal deverá divulgar na próxima semana." (Público)

Pinto Monteiro e a Face Oculta



Pinto Monteiro merece uma medalha de papelão
Anda a reboque ou empurrado pelas notícias dos jornais e pelas organizações sindicais que lhe sopram ao ouvido atraves da comunicação social o que deve fazer.
Infelizmente, já começa a ser hábito este seu tipo de actuação. É grave.

"O procurador-geral da república anunciou hoje que vai reunir-se amanhã com os investigadores do processo Face Oculta para discutir a possibilidade de divulgar todos os seus despachos sobre o caso, "sem prejudicar a investigação nem o segredo de justiça"." (Publico)

Luzerna - Leão ferido


Monumento esculpido na rocha em homengem aos militares que defenderam heróicamente a cidade

Lisboa - Video vigilãncia reprovada



Annecy - cidade francesa
Por alguma razão na maioria dos países da Europa não se vê um polícia nas ruas.
(Talvez as liberdades e garantias dos cidadãos desses países tenham uma interpretação diferente. Mas a sua segurança também deverá ser diferente)

27 novembro, 2009

A Face Oculta, as escutas e a sua divulgação pública

 

Gente Gira.

Não se pode colocar videovigilãncia na Baixa lisboeta porque é um atentado contra a liberdade individual de cada um e podem divulgar-se as escutas quando alguns arguidos ainda nem sequer sabem deque foram ouvidos, pois não tiveram acesso ao seu conteúdo.

Muito gosta esta gente de andar a escutar à porta dos vizinhos para saber o que lá se passa dentro de casa, não querendo dar a conhecer o que se passa na sua.

 

«Divulguem-se as escutas para conhecer as reais intenções do primeiro-ministro» (IOL)

"OPOSIÇÃO EM BLOCO CHUMMBA PROGRAMA DO GOVERNO"!

 

“MAIS PARA SE AFIRMAR,DO QUE PARA RESOLVER OS PROBLEMAS SOCIAIS,A OPOSIÇÃO EM BLOCO LIDERADA PELO CDS,CHUMBOU O CODIGO CONTIBUTIVO E MAIS UNS APENDICES,REFORÇANDO ASSIM A ANTEVISÃO DO QUE VIRÃO A SER AS DESCULPAS DE MAU-PAGDOR DOS MINISTROS DA ECONOMIA E FINAÇAS!
A PARTIR DE AGORA, USANDO DA VITIMIZAÇÃO QUE LHE É CARACETRISTICA,O GOVERENO INVOCARÁ A SEU FAVOR A OBSTRUÇÃO FEITA PELA OPOSIÇÃO PARA NÃO POR AS CONTAS EM ORDEM!
AO TRAVAR AS MEDIDAS QUE O GOVERNO ACHA IMPRESCINDIVEIS APLICAR, PARA SANEAR A ECONOMIAUMA, A OPOSIÇÃO CONSCIENTE E CREDIVEL,TERÁ QUE APRESENTAR A CURTO PRAZO,OUTRAS QUE AS SUBSISTUAM, E QUE NA CONJUNTURA ACTUAL PARECE NÃO SER FÁCEIS DE ENCONTRAR!!
SE UMA FACÇÃO MAIS RADICAL, QUE NUNCA CHEGARÁ A SER GOVERNO, ADEPTA DO QUANTO PIOR MELHOR, ESTÁ APOSTADA EM DEMOLIR,PARA SEMEAR O CAOS E COLHER POPULARDADE NAS RUAS;TAMBÉM EXISTE OUTRA FACÇÃO MODERADA QUE ASPIRA VIR A SER GOVERNO,E QUE TERÁ QUE ACAUTELAR O FUTURO!
SE O QUE ACONTECEU HOJE NA ASSEMBLEIA DA REPUBICA,É UM PRELUDIO DO QUE VIRÁ A ACONTECER EM CESSÕES FUTURAS A INGOVERNABILIDADE É INEVITÁVEL!
SERÁ QUE A OPOSIÇÃO ESTÁ A VIR AO ENCONTRO DAS PRETENSÕES DO GOVERNO QUE ESPERA O MOMENTO PROPICIO PARA PODER ALIJAR A CARGA?” (IOL)

Sindicato dos Magistrados do Ministério Público

Este senhor Palma fala pelos cotovelos

Para além de Sindicato esta agremiação, neste momento parece estar mais vocacionada para uma “Ordem dos Juizes e Magistrados”.

Já só falta dar isntruções ao Governo e à Ass da República para fazer as leis a seu contento.

 

“O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) propôs, esta sexta-feira, que o procurador-geral da República passe a ser indicado pela Assembleia da República, em vez de ser pelo Governo, para reforçar «a legitimidade democrática do poder judicial».”  (IOL)

Armando Vara

Curiosidade ou coincidência?

 

“Vara é o último arguido do processo ‘Face Oculta' a ser ouvido na fase de inquirições, depois de outros 17 terem prestado depoimento. O ex-ministro, que foi inquirido pela primeira vez no dia 18, deve ficar hoje a conhecer as medidas de coacção.” (Correio da Manhã)

Jose Niza


Com uma vénia ao antigo camarada da Guerra de África

Por: José Niza

O que em Portugal se está a passar com a Justiça é insuportável e intolerável.
Insuportável, pela lentidão com que a Justiça se arrasta, seja para investigar e levar a julgamento um simples caso do quotidiano, seja para dar resposta a processos complexos ou com implicações sociais, económicas ou políticas.
Insuportável – sobretudo – pelas sistemáticas violações do segredo de justiça e pelas fugas de informação para os jornais. Nunca se sabe como. Mas, em muitos casos, sabe-se porquê.
Intolerável, porque quando ao fim de anos, os cidadãos – culpados ou inocentes – são finalmente levados a tribunal, já foram previamente julgados e condenados pelos jornais, pelas televisões e pela opinião pública.
Insuportável, porque quaisquer que sejam as sentenças, os réus já ficaram marcados pelo ferrete dos julgamentos mediáticos, populares ou populistas. Se houver absolvições, já não serão notícia, já ninguém lhes devolverá o bom nome, já ninguém lhes pedirá desculpas.
Intolerável porque, acontecendo tudo isto, não acontece nada.
Ouvimos – perplexos – o Procurador Geral da República a afirmar que é impossível acabar com as violações do segredo de justiça e com as fugas de informação. Traduzindo estas afirmações para português corrente, o que o Senhor Procurador nos disse foi esta coisa simples e terrível: não é possível evitar que juízes, magistrados, polícias, investigadores, advogados – pelas formas mais diversas e pelas razões mais obscuras – quebrem o dever sagrado do segredo profissional e o sigilo das investigações, para tudo entregarem aos jornalistas. A troco de quê? A que preço? Esta cumplicidade suja entre agentes da justiça e jornalistas sem escrúpulos, reproduz hoje, na nossa democracia, a forma como os informadores e a PIDE trocavam os seus serviços. Não há almoços grátis.
Assistimos todos – cada vez mais acomodados e cada vez menos indignados – às inexplicáveis paralisações das investigações em casos do maior relevo.
O caso Freeport – é bom recordá-lo – nasceu de uma denúncia falsa congeminada pelo chefe de gabinete de Santana Lopes (então Primeiro Ministro) e por um inspector da Judiciária, com o indesmentível objectivo de destruir a imagem eleitoral de Sócrates, e ainda se arrasta ao fim de cinco anos. Sócrates ganhou entretanto duas eleições. Mas não consegue libertar-se da perseguição dos media e de alguns políticos ressabiados. Em Inglaterra o caso já foi arquivado. Em Portugal parece estar em hibernação. Para, provavelmente, ressurgir na Primavera.
O processo Casa Pia arrasta-se penosamente há meia dúzia e anos. Os suspeitos de pedofilia já foram mil vezes acusados e condenados ao massacre público. Como é possível ter fugido para as mãos dos jornalistas tanta informação, tanta acusação, tanta condenação, tanta calúnia? E como é tolerável que ao fim de tanto tempo não haja ainda um veredicto do tribunal?
O processo dos sobreiros de Benavente envolveu três ministros do governo de Santana Lopes. A autorização para o abate de milhares de árvores protegidas teve três assinaturas: Nobre Guedes e Telmo Correia (CDS) e Costa Neves (PSD). Dois deles são hoje deputados. Alguns anos passados, ainda está para se saber se o Grupo Espírito Santo pagou luvas a alguém para se edificarem vivendas onde havia sobreiros. Algum dia se saberá?
O caso dos submarinos comprados por Paulo Portas, enquanto ministro da Defesa, continua submerso. Há anos veio a público que a empresa alemã que vendeu os submarinos a Portugal tinha depositado um milhão de euros numa conta bancária que o CDS teria em Londres. Será que a investigação se afundou juntamente com os submarinos e com o dinheiro?
E a “Operação Furacão”, que já dura há anos e onde estão registados muitos ilustres nomes da finança portuguesa? E o caso BPN, onde estão envolvidos antigos ministros de Cavaco Silva? E o escândalo do BPP? E, agora, o polvo da “Face Oculta”?
Diziam os “Gato Fedorento” que “eles falam, falam, mas não os vemos fazer nada…” Não há Juiz do Supremo, nem Procurador da República, nem magistrado do Ministério Público, nem juiz de comarca, nem advogado, nem sindicalista judiciário, nem oficial de diligências, que ao ver uma câmara de TV, ou um microfone, não seja atraído como uma borboleta para a luz. Dizem o que lhes vem à cabeça, respondem a sério a perguntas estúpidas, respondem com alguma estupidez a perguntas sérias, atacam o Governo, desculpam-se uns com os outros, prometem coisas e prazos que não cumprem…
Para os criminosos, o crime compensa. Para os inocentes, a justiça tarda. Mas que raio de Justiça é esta?
(O Ribatejo)

Vila Fria - Local de Culto Católico


Vila Fria - Capela