16 novembro, 2009

Crucifixos

Crucifixos.

Vai continuar a dar muita conversa.

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A Igreja católica passou séculos amancebada com o Estado, ditando reis, dinastias, territórios, usos e costumes, regimes, tribunais e condenações. Era a religião oficial do Estado. Esse tempo acabou há muito. Aliás, segundo o cónego João Seabra, num livro recentemente publicado, intitulado O Estado e a Igreja no início do século XX, foi a Igreja que, em Portugal, sugeriu a separação da Igreja do Estado, em 1910. Escreve o sacerdote que o arcebispo de Évora da altura, D. Augusto Eduardo Nunes, manifestou a Teófilo Braga e a Afonso Costa a abertura da Igreja para rever o estatuto de que gozava na Monarquia e «que não se podia manter». Seja com for, a publicação da Lei de Separação do Estado das Igrejas data de Abril de 1911. A existência de crucifixos nalgumas salas de aula é uma reminiscência do estatuto da Igreja católica até ao início do século XX (reminiscências que depois de 1933 voltaram a ser acarinhadas). Mas estas questões não devem ser tratadas como uma «guerra ideológico-religiosa», mas sim com bom senso e com tolerância. Nestas situações, a patetice – um dos mais sólidos substratos culturais do radicalismo – solta-se: uns dizem que Pol Pot é um menino de coro ao pé destes malandros que querem tirar os crucifixos das salas de aulas; outros, em resposta ao mesmo nível, querem transformar um facto irrelevante na vida das pessoas numa cruzada de «mata-padres». O melhor é deixá-los, a ambos os lados, sozinhos, a exercer o seu direito à patetice. ""  (veja o artigo aqui)





(Publicado aqui).

Professores - Avaliação

Professores - a Lei é para ser cumprida.  Até foi assinada pelo Presidente da República.
Pode faltar-se ao respeito ao Primeiro Ministro, mas ao Senhor Presidente da República, NÃO...
Agora peçam contas ao Ministro dos Professores - Mário Nogueira

"A ministra da Educação, Isabel Alçada, afirmou hoje que os professores que não entregaram os elementos de avaliação não serão avaliados, acrescentando que “não se trata de uma questão de penalização”, mas de cumprir a lei." (Publico)

15 novembro, 2009

Muro da Vergonha





Pasamos a data aniversário da queda do "Muro da Vergonha" fora deste rectangulo plantado aqui na parte mais ocidental da Europa.
Tivemos a oportunidade de visitar uma monumental exposição  ao livre, de fotografias dos diversos Muros da Vergonha" que ainda existem por muitos lugares deste Mundo, infelizmente.
Todavia, não pode em nada espantar as afirmações aqui reproduzidas a seguir.
Poderíamos dizer apenas, que as mentalidades, passados estes 20 anos, ainda continuam saudosistas da vergonha do Muro.
Como são inocentes estes apoiantes de alguns tipos de muros, quando são os mesmos que apoiam muitos outros Muros que por aqui ou alí continuam ainda sem ter sido derrubados.


«Não é inocente que passados 20 anos o capital se mostre tão agressivo e se lance numa intensa campanha sobre a «queda do muro». Particularmente a burguesia alemã que ao longo da História tem recorrido sistematicamente ao militarismo, ao assassínio de democratas e revolucionários, ao trabalho escravo, inventou a industrialização da morte e o extermínio em massa nas câmaras de gás, pretende agora apresentar os acontecimentos de 1989-1990 que conduziram ao fim do socialismo e da República Democrática Alemã como um processo «revolucionário» ou «libertador» e aproveitar a ocasião para representar a farsa do seu «amor à democracia». (…) Afinal o «Estado de Direito» dos banqueiros não pode existir sem o saque dos cofres do Estado e as baionetas da NATO. Se, hoje, as ditaduras torcionárias de Salazar, de Franco e dos coronéis gregos ainda existissem teriam certamente enviado os seus emissários a Berlim e num acesso de histeria reaccionária celebrado com Ângela Merkel e os restantes representantes do capital europeu a chamada «queda do muro».










Rui Paz, Avante, 12.11.09.

                                                                                                                       Sindicalistas?

Estes “meninos” dos sindicatos, o que têm a ver com essa situação?  Tambem está dentro do ãmbito da actividade sindical? Quando a lei esteve em estudo e foi promulgada que disseram?

São pagos pelos bolsos dos contribuintes, estes sindicalistas e não seri melhor em algumas situações estarem calados?  Os jornalistas que os interrogam, não lhes sabem ou não querem contrapor outras orgumentos?

 

O «excesso de formalismo» da actual lei penal ameaça arrastar no tempo uma decisão final para o processo «Face Oculta», alerta Carlos Anjos, presidente da Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal da PJ.  (IOL)

 

Procuradoria, para onde vais?

Procurdores, juizes de cima a baixo...

Muito se fala, muito se escreve.
Nunca em anteriores situações, parecidas, semelhantes, diferentes,  algo aconteceu como agora acontece.
Mas atenção, o procurador, neste seu comunicado,  assume a existência de fugas ao segredo de justiça nada diz, nada faz?

Hoje, sabe-se de alguma coisa que se passa nos meandros dos gabinetes dos "justiceiros", mas o que seria há uns anos atrás?
Sócrates já foi atacado pela "peste Negra", pela "Febre Amarela",pela  " Asiática", pela "H1N1", só lhe falta apanhar uma camada de piolhos.

Uma peça dos melhores artefactos juridicos dos últimos tempos: leia-se com atenção - aqui.

Por favor, calem-se e apliquem a justiça.

PS. Porque razão Pinto da Costa foi para a Galiza nas alturas quentes do Apito Dourado e Fátima Felgueiras foi passar umas férias ao Brasil?

Flores regadas pela chuva





6,0 €

JUSTIÇA

Filomena Martins, escreveu:

«Duas notas finais Há cinco anos que o PSD trabalha para fazer cair este Governo, em vez de se apresentar como uma alternativa, com um rumo claro e opcional. A continuar assim não consegue nem um nem outro objectivo.


Num país com o tamanho e a economia do nosso, em que não há nenhum grande negócio que não tenha a bênção do Estado e do Governo em funções, para que são necessárias escutas para confirmar esta realidade?

A semana começou como acabou: com mais uma enorme trapalhada da justiça portuguesa. Além da crónica lentidão, da eterna burocracia e das guerrilhas inqualificáveis entre os sectores da investigação, há uma falta de objectividade e de transparência inadmissíveis, escondida quase sempre sob o manto infinito e assustador em que se transformou a lei do segredo de justiça. Se sábado o procurador-geral da República, Pinto Monteiro, tivesse confirmado com um simples "sim, foram enviadas certidões extraídas do processo 'Face Oculta' para o Supremo Tribunal de Justiça, órgão a quem compete verificar a legalidade das escutas de um dos envolvidos, o primeiro-ministro", em vez de um linguajar jurídico que nada dizia e levantava todas as leituras e suspeições possíveis, onde é que se quebrava a lei? Se Pinto Monteiro tivesse acrescentado que ainda não existiam decisões sobre as ditas certidões porque se aguardavam novos dados da investigação, em vez de entrar num jogo de pingue-pongue inacreditável com o presidente do Supremo, Noronha do Nascimento, onde é que se quebrava a lei? Se Noronha do Nascimento tivesse respondido que já tinha deliberado sobre as certidões e que o resultado tinha de ser divulgado pelo PGR, em vez de criticar os "bochechos" e as atitudes da Procuradoria, onde é que se quebrava lei? Assim vai a justiça nacional: desacreditada pelo que faz, pelo que não faz e também pelo diz e pelo que não diz. Triste espectáculo este. » [Diário de Notícias]

Jornalistas para quê?

Ficou a saber-se que:

Um empresário ficou a conhecer um acórdão ainda antes de este ser assinado pelos juízes e nada sucedeu.
Nenhum jornalista inquiriu, questionou, nada se investigou, nada se fez.

Daqui de adivinha que os magistrados fazem o que lhes dá na gana.
Que os jornalistas só lhes interessa  colocar notícias que não criem muitos problemas aso magistrados.

Velhas actualidades

Uns dia fora do Burgo, com disciplina rígida de não saber o que por cá se passava, e eis senão quando do regresso uma parte das notícias já não são grande surpresa, pois o folhetim continua:

* Primeiro Ministro escutado, legal ou ilegalmente durante meses. A baralhada entre o que escuta, o que manda escutar, o que autotiza a bisbilhotice, quem tem responsabilidade de autorizar, de destruir, etc, etc, não são já novidades a trapalhada instalada.  A Justiça, não está nada bem, mas os seus agentes, estão mesmo mal. Não estudam ou estudam mal a aplicação da legislação.  o Zé Povinho começa a perceber que a Justiça, afinal, tem vivido debaixo de uma capa de endeusamento que em nada corresponde à verdade. É assim, como a fruta com bom aspecto exterior, mas chei de bicho por dentro. Pelo que se apercebe, muitos dos agentes da Justiça necessitam de "internamento urgente" para tratamento. Duvida-se que alguns tenham mesmo qualquer hipotese de recuperação.
O velho ditado que diz, livre-nos Deus de cair nas mãos da Justiça, continua a ter em cada dia que passa, mais razão de ser.

Coutos - Serra de Madrid


11 novembro, 2009

Professores - Carreira docente

Docentes

Alguem de bom senso pode aceitar ( a não ser os professores) que todos eles atinjam o topo da carreira em igualdade de circunstãncias?
Será que um negociador, por mais "burro" que seja, não argumenta que até os gémios irmãos, são diferentes em caracter, em capacidades, em inteligência, etc. etc.
Alguem de bom senso pode aceitar que um sindicalista, desses que foram uns milhares e que ainda hoje são umas centenas, possam chegar ao topo da carreira, não exercendo a sua função profissional durante 10, 20 ou 30 anos consecutivos?
Será que não há professores "burros" e professores "interligentes" ?  Quantos exemplos desses por nós passaram e continuam a passar?  Não só nos professores, mas em todas as profissões?
Isso não seria fazer um nivelamento pela bitola dos incompetentes?  Eo outros como ficavam?

FENPROF já tem plano e agenda


A Federação Nacional dos Professores (FENPROF) espera reunir já na próxima(esta) semana com a ministra da Educação, Isabel Alçada, e que neste período se inicie um processo de revisão do estatuto da carreira docente.

São Martinho

Tradição secular ainda é o que era ?



Lume, castanhas e vinho

À medida em que se percorre o país, as comemorações do São Martinho vão sofrendo alterações, embora a receita base seja sempre a mesma: castanhas e vinho. Só mudam os hábitos. Sinónimo de festa muito popular e de grandes tradições, São Martinho é festejado, a 11 de Novembro, com castanhas assadas e água pé. De acordo com a sabedoria popular, «No São Martinho abre o teu pipinho, mata o teu porquinho, bebe-lhe um copinho e come-lhe um bocadinho.» Lume, castanhas e vinho são os ingredientes indispensáveis para os tão desejados magustos. E porque amanhã, é dia de São Martinho, o NG decidiu pesquisar sobre os usos e costumes da população portuguesa, abordando essencialmente uma tradição secular que chega ao ano 2000.


Em Portugal, e sobretudo no norte e centro do País, o dia 11 de Novembro é de um modo geral festejado com «magustos» de vinho e castanhas em todas as partes onde estes ocorrem no dia de Todos os Santos, tomando assim o aspecto de um prolongamento especial dessas celebrações, a ponto de se falar em «Magustos dos Santos» e «Magustos de S. Martinho».
Os «magustos» aparecem sob esta forma em todo o Minho, em casa ou nos campos, em Trás-os-Montes, nas Beiras e no Douro, em terras de Arouca, e na região e na própria cidade do Porto. Por exemplo em Vila do Conde, as castanhas comem-se com roscas de pão de trigo e nozes. Em Fafe, eles começam à tarde e duram até à noite, as castanhas assam-se em fogueiras que se acendem no meio da rua, e o vinho circula em cântaro. Nessa noite, geralmente, joga-se ao pau. No sul o costume não apresenta este carácter de generalidade, mas assinala-se em várias partes.


Em muitas regiões rurais do país, nomeadamente no noroeste, a festa anda associada à matança do porco, e é influenciada, sob certos aspectos, pela euforia e pelo sentido de plenitude que decorre desse acontecimento que possui a natureza de uma verdadeira festa doméstica, muitas vezes mesmo a mais importante do calendário privado. No Minho, por exemplo, o dia situa-se na época das primeiras matanças e nas provas do vinho novo. Segundo a tradição popular, «No dia de S. Martinho / Mata o teu porco / E prova o teu vinho». "Paraquedista"

09 novembro, 2009

Pacheco Pereira

Pacheco Pereira  Sócrates e a  Quadratura do Circulo

José Sócrates não foi menos brando na resposta e apontou que Pacheco Pereira «ainda não sabe quem perdeu as eleições». «Falar de humildade ao senhor deputado talvez seja um pouco excessivo. Uma vez revolucionário, revolucionário toda a vida. De defensor da classe operária, passou a defensor da classe política», atacou.

Brincando com o programa em que o social-democrata é comentador, Sócrates avisou que «isto não é a Quadratura do Círculo» para trazer «para aqui suspeições que costuma debitar na televisão».
«O Governo agirá de acordo com os princípios de Estado de direito para combater e prevenir a corrupção. Essa será a nossa prioridade na nossa conduta, sem lançar suspeições para tudo e para todos. Rejeito essa sua forma doentia de ver as coisas», concluiu.
Pacheco Pereira gesticulou, pediu novamente a palavra, discutiu com Jaime Gama e conseguiu o que queria, depois de ter sido apelidade de revolucionário: «Acha que me intimida chamando-me revolucionário? Talvez seja bom olhar para a sua bancada, o mesmo qualificativo pode servir para designar vários ministros e deputados.»  ( IOL)

Aljustrel