11 setembro, 2009
Judite Sousa
O papel de Judite Sousa no debate entre Paulo Portas e Manuela Ferreira Leite não foi o de entrevistadora, ao longo do debate comportou-se como uma assessora de imprensa da líder do PSD. Apercebendo-se do cansaço da líder do PSD Judite Sousa veio várias vezes em socorro de Manuela Ferreira Leite, interrompia-a com perguntas que serviam para a ajudar a organizar o discurso, sintetizava-lhe as conclusões quando lhe parecia que as ideias estavam baralhadas, completava-lhes as frase quando faltavam as palavras.
Chegou mesmo a dar a oportunidade a Manuela Ferreira Leite de corrigir a gafe das taxas do IRC cometida no debate com Jerónimo de Sousa.
Será pensar na Judite Sousa que Pacheco Pereira tanto critica o suposto controlo da RTP pelo Governo?
O DEBATE ENTRE PAULO PORTA E A TIA MANELA
Como coloco no título fiquei com a sensação de que em vez de um debate entre líderes partidários estava a assistir a um debate entre Portas e a Tia Manela, a ternura com que a líder do PSD tratava o líder do CDS e o ar de sobrinho maroto com que este estava.
Não resisto a um outro comentário sobre a forma como se apresentou Manuela Ferreira Leite que ao longo desta pré-campanha parece estar mais em busca do elixir da juventude do que de votos. Hoje até pintou os lábios de forma tão agressiva que parecia a Manuela Moura Guedes com menos vinte quilos.
Gostei de ver Judite de Sousa corrigir o erro que Manuela Ferreira Leite cometeu no debate com Jerónimo de Sousa ao confundir a taxa do IRC com a do IRS. Judite de Sousa até abanou a cabeça com ar de professora primária quando a líder do PSD procedeu à correcção com ar de quem não se tinha enganado. Aliás, Judite de Sousa comportou-se no debate como se fosse a secretária pessoal de Manuela Ferreira Leite, até chegou a sintetizar as intervenções e tirou conclusões, numa tentativa evidente de clarificar o discurso baralhado da líder do PSD, que se apresentou no debate com ar cansado.
Quanto ao balanço do debate parece-me ser evidente, Paulo Portas ganhou por grande margem “In O Jumento”
Ferreira Leite e a Verdade na Madeira
Não causa estranhesa a versão de Manuela Ferreira Leite sobre o ambiente democrático na Ilha da Madeira.
Por omissão, mente. Ela que se tem arvorado na paladina da "Verdade".
Ou então, durante todos estes anos, tudo o que viu e soube do que se tem passado na Madeira, não lhe causou transtorno. Comeu e calou, como está a fazer neste momento.
Não será isto o cumulo da hipocrisia politica?
Por falta de argumentos, foge, para a frente.
"Paulo Portas afirmou que «já disse muitas vezes que Sócrates tenta controlar a comunicação social, amedrontar, condicionar quem é discordante e tem uma obsessão pela maioria absoluta que torna num poder absoluto».
«Mas os candidatos já não estiveram de acordo quando a «asfixia democrática» se aplicava à Madeira.
«O doutor Alberto João Jardim foi eleito anos seguidos pelo povo da Madeira, por voto secreto e com maiorias cada vez maiores», disse Ferreira Leite, afirmando que não acredita que pudesse acontecer o mesmo com José Sócrates no continente.
Para Paulo Portas, «o regime de Jardim é caciquista».
«Se fosse na Madeira, não estaríamos a ter este debate», disse o líder do CDS, recordando que Jardim não vai ao Parlamento madeirense debater com os deputados.
Quando questionada sobre se o caso do cancelamento do Jornal de Sexta da TVI não era semelhante ao afastamento de Marcelo Rebelo de Sousa de comentador da TVI, quando o PSD e o CDS era Governo, Ferreira Leite lançou um repto a Judite de Sousa, «se acha que é igual, convide Manuela Moura Guedes para comentadora da RTP».
Manuela Ferreira Leite
Ferreira Leite promete "combate tenaz à despesa pública" para baixar impostos
A presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, prometeu hoje travar um "combate tenaz à despesa pública" com o objectivo de conseguir "margem para baixar os impostos", caso ganhe as eleições legislativas e forme Governo
Marcelo Rebelo de Sousa
Acidentes de viação
TAP - Greve de pilotos
Pilotos da aviação civil
Cada dia de greve dos pilotos deverá custar à TAP cerca de cinco milhões de euros, disse hoje à agência Lusa fonte oficial da companhia aérea.
10 setembro, 2009
Dividas ao fisco trocadas por automóveis
O regabofe alterou-se. Aqueles que pensavam ser os xicos-espertos, de vez em quando são apanhados.
A Direcção-Geral de Contribuições e Impostos (DGCI) quer vender até ao final do ano 75 mil automóveis penhorados em execução fiscal.
A garantia partiu do director da Gestão dos Créditos Tributários da DGCI/Ministério das Finanças.
«Neste momento, temos 75 mil veículos penhorados. Até ao final do ano, devemos ter os automóveis todos vendidos», disse o director da Gestão dos Créditos Tributários, José Maria Pires, na conferência «A Utilização das Novas Tecnologias na Justiça Tributária», na EGP-UPBS, no Porto, escreve a Lusa.
Aliás, de acordo com José Maria Pires, «os bens mais penhorados [por incumprimento fiscal] são automóveis, imóveis e contas bancárias».
Juizes
A diferença está, para os juizes no seguinte: por exemplo, será fácil face a um inquérito a um juiz, saber quando e quantas vezes acedeu a um processo. Nada a ver com a possibilidade de não credenciados ou habilitados a fazê-lo.
É isto que eles não querem. Todos sabemos que há processos que estão cobertos de pó por não serem abertos há ... imenso tempo, meses e meses. Muitos preguiçosos, faltosos e incompetentes, face a uma auditoria, podem ser desmascarados
A Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP) exigiu, esta quarta-feira, um certificado de qualidade de uma entidade externa ao Ministério da Justiça para o programa informático CITIUS, que tem gerado críticas no que respeita à segurança, informa a Lusa.
Justiça
Passa a ser possível, num único site, por exemplo:
a) Utilizar o CITIUS e o SITAF para interagir com o tribunal por via electrónica, através do envio electrónico de peças processuais e documentos e da consulta do estado do processo pelos advogados e solicitadores, evitando deslocações e duplicados.
b) Aceder a informação pública sobre os processos como, por exemplo, informação sobre a distribuição das acções enviadas, as audiências e diligências marcadas na agenda dos tribunais, às citações editais electrónicas e aos anúncios electrónicos de venda de bens.
c) Colocar questões ao serviço “VERA” (a operadora virtual, dotada de inteligência artificial) sobre os meios de resolução alternativa de litígios (centros de arbitragem, julgados de paz, mediação familiar, laboral e penal, etc.), quais os conflitos que eles podem resolver e como utilizá-los.
d) Utilizar o novo instrumento “Justiça no Mapa” para ver, com a tecnologia “Google Maps” qual a localização física dos tribunais, julgados de paz, conservatórias, estabelecimentos prisionais, etc..
e) Aceder a bases de dados de Legislação e Jurisprudência portuguesa, europeia e internacional.
f) Obter informações sobre como utilizar as ferramentas electrónicas nomeadamente através de vídeos demonstrativos.
Justiça
Reformas do Ministério da Justiça elogiadas pelo Banco Mundial
Portugal é "Top Reformer" no "Registo de Propriedade" e tem cobrança judicial de dívidas mais eficiente.
Louçâ - Demagogia e Aldrabice
Louçã - Aldrabão
Demagogia e Auto-Censura na Velha Esquerda Revolucionária do BE
Por Carlos Santos Quarta-feira, 09 Setembro , 2009, 17:25
Facto 1: No debate televisivo de ontem, Francisco Louçã acusou José Sócrates de ter favorecido a Mota-Engil na adjudicação das Auto-Estradas do Centro, por alegadamente o preço de concessão ser mais do dobro do preço de adjudicação. José Sócrates respondeu-lhe que estava enganado, porque a adjudicação ainda não tinha sido feita. Louçã não acreditou. Estava enganado. Como se comprova em notícia de hoje do Diário Económico, a Estradas de Portugal enviou há mais de um mês uma carta à Mota-Engil e à Edifer, consórcios concorrentes, advogando a não adjudicação precisamente com base na diferença entre preço inicial e preço final.
Facto 2: Depois do debate com José Sócrates, Francisco Louçã foi a um comício, em Almada, em que, ciente já do erro que cometera decide produzir mais uma declaração demagógica:
"Esta noite já ganhamos 500 milhões de euros, porque já não vai ser possível o senhor primeiro-ministro manter o negócio com Jorge Coelho.", afirmou tentando capitalizar com a reversão do seu próprio erro. Recorde-se que a carta com a decisão tinha um mês e que por isso Louçã se estava a reivindicar de méritos que não tinha.
Não bastasse aprendermos (?) que o líder do BE mente e faz demagogia, a noite foi ainda elucidativa quando nos apercebemos que o BE se censura a si mesmo. No video que colocou no Youtube omitiu a parte em que Louçã profere a declaração acima.
A censura da esquerda revolucionária no seu melhor. Grita Louçã no fim do vídeo propaganda "Vamos Assustá-los!". O que ele não percebeu é que no debate de ontem já fez isso a muita gente.”” In Simplex””
Louçã: de demagogo a aldrabão
O negócio do auto-estrada com que tentou rasteirar Sócrates, não era verdade. Disse até que no dia seguinte iria confirmar a informação.
Mas, saiu do debate e foi para um comício em Almada afirmar que tinha acabado de poupar 500 milhões aos contribuintes:
««Estou certo que hoje à noite, aperceberam-se disso, mas muito mais gente se apercebeu também como nós, já ganhámos 500 milhões de euros, porque depois de hoje à noite já não vai ser possível manter o negócio com Jorge Coelho para uma auto-estrada», afirmou o líder do Bloco de Esquerda no final de um comício do seu partido na Incrível Almadense, enquanto aludia ao frente-a-frente com o secretário-geral do PS, onde acusou os socialistas de estarem prestes a realizar um negócio com a Mota-Engil que custaria dinheiro a mais ao Estado. » [Sol]
09 setembro, 2009
BE e Louçã - debate perdido
O debate entre Sócrates e Louçã: o líder do BE perdeu ao ser desnudado o seu programa
Por Carlos Santos Terça-feira, 08 Setembro , 2009, 22:54
Não sei se outro político em Portugal teria a capacidade hoje demonstrada por José Sócrates. Numa semana complexa, em que foi alvo das maiores calúnias por parte das oposições e de alguns comentadores, tendo o debate mais complicado da sua carreira a menos de 3 semanas das eleições, José Sócrates venceu por KO técnico. Um adversário que habitualmente ganha dessa forma os debates em que entra.
Como o fez? Com uma aposta na mesma estratégia que Louçã usou para derrotar claramente Manuela Ferreira Leite. Estudou o programa do seu adversário. E foi capaz de o colocar à defesa, tal a surpresa de Francisco Louçã. Ele não esperava que o programa do Bloco que tantas vezes escrutinamos neste blogue, fosse exposto daquela forma ao país.
Porque perdeu Louçã? Porque a sua demagogia populista assente no uso de frases feitas e lugares comuns, nomeando "José Eduardo dos Santos", "Américo Amorim" e mais uns quantos, esbarrou na férrea confrontação com um programa eleitoral, o seu, que contém medidas que nunca contou aos seus novos eleitores.
O núcleo de votantes do BE não se terá assustado porque subscrevem a ideologia revolucionária. Mas o voto do protesto que o tem feito crescer nas sondagens, e que não ia para o PCP pela conotação do totalitarismo económico soviético e do PREC, tem agora um problema: tem memória do que os governos PSD-CDS lhe fizeram. Sabe o que foi Manuela Ferreira Leite como Ministra da Educação e Ministra das Finanças. Mas sofre agora o choque de ver que o PCP não se distingue assim tanto do BE, o seu refúgio esperado. Mais, percebe que o voto de protesto tem um preço: 1000 milhões de euros em perdas de deduções e benefícios fiscais que atingem o coração da classe média. A ausência de uma política de promoção de emprego. Um programa de nacionalizações muito mais extenso do que Louçã queria admitir.
O programa do BE significa o atraso e a paragem da economia portuguesa. Não significa uma visão do mercado com uma forte óptica social como o do PS. Antes se traduz no fim do mercado, e do direito à livre iniciativa e propriedade privada dos meios de produção.
A minha pergunta é se o protesto vale o retrocesso em que deixaria Portugal?
Esta dúvida era tudo o que Louçã queria evitar. E por isso, ele perdeu claramente o debate. E José Sócrates mostrou o que é um líder político de esquerda, moderno, moderado, com uma visão social e vontade de modernizar o país.
KO? Sem dúvida. Não foi só vencer. Foi vencer o mais temível dos adversários. A demagogia é sempre difícil de derrotar. Mas quando é derrotada, é a democracia que ganha.