01 setembro, 2009
Vila Fria - Avda 25 de Abril
PS - PSD as grande diferenças para a escolha
“”De facto, um programa contrário ao investimento público como medida de combate à crise, que se propõe fomentar a poupança quando é o consumo privado que está a dar algumas indicações positivas sobre a economia, e que contempla de forma clara a privatização da Segurança Social, permitindo a entrada dos fundos de pensões na casa dos portugueses e sujeitando-os, ainda que não queiram, a colocar as suas reformas no carrossel da volatilidade dos mercados financeiros, tem de ser considerado um programa economicamente liberal. E o programa do PS, que defende o emprego, a justiça social, a correcção de desigualdades pela via redistributiva, o Serviço Nacional de Saúde Público, etc. tem que ser considerado um programa proveniente do socialismo democrático. O PS não abdica do Estado Social, que em lugar de asfixiante é antes uma garantia de igualdade de oportunidades de partida, permitindo aos mais pobres e desfavorecidos, trajectórias de mobilidade social ascendente. E é bom constatar que o PSD assume o seu neoliberalismo e repudia esse Estado social.””
Por Carlos Santos | Terça-feira, 01 Setembro , 2009, 05:37
O novo Código Contributivo da Segurança Social, aprovado com os votos do maioria PS, e ontem promulgado por Cavaco Silva, veio, em simultâneo, desnudar as debilidades do discurso do PCP e do seu braço sindical, arruinar um dos poucos emblemas de campanha do PSD, e resolver um dos riscos a que estavam expostas dezenas de milhares de trabalhadores, na eventualidade de invalidez ou desemprego. Os objectivos do projecto e as falácias da contra-argumentação de alguma oposição são facilmente explicáveis:
1. O projecto prevê a adequação da taxa social única ao tipo de contrato trabalho, passando a contribuição da entidade empregadora de 23,75% para 22,75% nos contratos a tempo indeterminado, e 26,75% nos contratos a termo certo. A lógica de incentivos é clara: o trabalho a termo certo é por natureza precário, causando incerteza às famílias e uma vasta gama de dificuldades na vida quotidiana. Só não as conhece quem nunca teve, por exemplo, de pedir um empréstimo bancário para compra de habitação. Um dos primeiros documentos que os bancos solicitam prende-se com a prova de vínculo com a entidade patronal. O trabalho a prazo torna difícil a aquisição de habitação própria, pelos requisitos bancários, e traduz-se, em regra, porque é percebido como um agravamento de risco, num aumento dos spreads suportados pelas famílias, se conseguirem obter o crédito.
Em suma, a proposta aprovada pela bancada do PS desonera os empregadores que apostam na segurança profissional dos seus trabalhadores e penaliza os que procuram subsistir à custa da precariedade do trabalho. Esta é uma típica demonstração inteligente de como uma medida - a descida da taxa social única - deve ser diversificada de forma a atingir o duplo objectivo de reduzir os custos das PME e, em simultâneo, reduzir a precariedade do trabalho.
2. Contraste-se esta medida com a proposta eleitoral do PSD de reduzir em dois pontos a TSU. Fica-se desde logo com a dúvida se os dois pontos percentuais de descida partiam do valor de 23,75% ou do valor de 22,75%. A segunda hipótese é irresponsável do ponto de vista de uma das conquistas consensuais desta legislatura: a sustentabilidade da segurança social.
Em todo o caso, a questão tem contornos mais finos. O PSD defende uma descida indiscriminada da TSU, não distinguindo o trabalho precário. Dessa forma, tanto as empresas que abusam do trabalho precário como as que assumem a sua responsabilidade social são beneficiadas. O que reduz o incentivo implícito à responsabilidade social. Quando os militantes do PSD se gabam da sua proposta para a TSU ser "uma medida transversal que aproveita a todos", estão, na prática, a admitir que não os incomoda beneficiar também o infractor.””
31 agosto, 2009
TGV
O que o PSD não quer é que o governo dê a conhecer o TGV, nada mais.
Querem que a ignorância continue a ser um direto, uma obrigação da grande maioria do Povo anónimo e contribuinte.
Em conferência de imprensa, na sede nacional social-democrata, em Lisboa, o secretário-geral do PSD, Luís Marques Guedes, defendeu que a publicação do folheto constituiu uma «clara violação do dever de isenção e neutralidade das entidades públicas durante o período eleitoral».
BE e Louçã
Esta equipa de “Meninos Bem”, Betinhos de Esquerda, que armaram a “birra” de dizer mal de Sócrates, de tudo e de todos.
Pouco ou nada lhe interessa o que pode acontecer ao Povo, que dizem defender, se a direita ganhar. E eles tanto têm contribuido para isso.
O Bloco de Esquerda considerou esta segunda-feira que as posições «conservadoras» de Manuela Ferreira Leite sobre a família são «uma dádiva dos céus» para José Sócrates.
Em termos de metas eleitorais, o líder do Bloco de Esquerda disse pretender «ganhar em todos os terrenos: no interior do país, nas grandes cidades, onde houve mais votos do PS e onde conseguiu a maioria absoluta nas últimas eleições».
CAVACO SILVA e as Leis que é “obrigado” a promulgar.
Já agora, era o que mais faltava, só promulgava o que gostava?
O Zé que está representado no Parlamento não conta para nada?
“Importa recordar que o acto de promulgação de um diploma legal não significa necessariamente a adesão do Presidente da República às opções políticas a ele subjacentes, nem implica o seu comprometimento institucional com todas as soluções normativas nele inscritas.”
Pina Moura:
“Isso não é bom. Reduz o papel dos agentes essenciais do desenvolvimento de qualquer economia, que são os empreendedores e os empresários. (…) Menos Estado na economia, apesar de estarmos a viver meses ou porventura um ano em que por razões de quebra global da economia caberá à economia pública um papel e uma presença - a título excepcional - para relançar os mecanismo da economia de mercado”.
Para o antigo ministro da Economia e Finanças, Portugal foi “longe demais” no alargamento da rede de estradas e auto-estradas. “É evidente que há hoje magníficas vias de circulação para pessoas e mercadorias numa rede de auto-estradas muito completa, que cria dinâmicas favoráveis no relacionamento intra-fronteiriço com Espanha, mas cujo calor acrescentado e sustentabilidade precisa de ser submetido a um escrutínio muito rigoroso”.
O socialista diz que é preciso apurar com rigor a proporção entre custo e benefício das novas concessões e defende, apesar de tudo, o TGV. “Acho que Portugal, por uma questão de estratégia de país, não pode ficar afastado da rede europeia de alta velocidade. Esse corte, poderá assumir formas diferentes das actuais, mas não deverá ser feito”.
Eduardo Catroga
Eduardo Catroga diz que a banca, a pedido do executivo, desvia financiamento para os grandes projectos que faria falta nas empresas. “O Governo quando está a dar garantidas directas ou indirectas à rentabilidade de projectos que em si não são rentáveis, nas chamadas parcerias públicas-privadas está a incentivar a banca a aplicar recursos que são necessários para investir no sector empresarial e é aí que se joga a competitividade externa do país”.
O economista não defende uma redução drástica do défice público na actual conjuntura, mas sim a tomada de medidas estruturais e corajosas no sentido de aumentar a taxa de potencial de crescimento económico. “É preciso uma nova política económica” – diz – “Não basta dizer que é preciso dará a prioridade ao sector dos bens transaccionados. Os recursos das banca não são ilimitados”.
Abel Mateus
Abel Mateus considera que não se faz planeamento a sério em matéria de grandes projectos. “Infelizmente hoje já não se fazem contas. Havia antes uma direcção-geral de Planeamento em Portugal – onde eu trabalhei – que fazia planos de fomento onde se faziam cálculos e quais eram as implicações para a economia. Hoje não se faz nada. Confia-se que o sector bancário há-de arranjar dinheiro”.
Na sua opinião se não integrássemos a Zona Euro e tivéssemos uma moeda própria, “já tinha estalado uma crise externa de todo o tamanho”.
Será que os nossos deputados não querem ir de TGV para Bruxelas?
“Acredita que o TGV possa ser suspenso?
A alta velocidade portuguesa integra a rede europeia e Bruxelas atribuiu mesmo interesse prioritário ao eixo Lisboa-Madrid. Do lado espanhol, a linha já está em concurso e os projectos estão em curso nos outros países. Não vejo que este programa possa estar em causa. Se o PSD entender que tem de reavaliar o projecto e redefinir prioridades, terá de ser célere e credível.
Porquê?
Porque não pode, nunca, pôr em causa compromissos previamente assumidos nem desperdiçar fundos públicos. Qualquer país, para crescer economicamente e para se desenvolver, tem de apostar na construção. Veja o caso alemão.
O TGV é um projecto fundamental para o sector?
O TGV e o aeroporto tornaram-se, face à crise económica, projectos muito polémicos e o país praticamente parou, em termos de obras, para os discutir. O problema é que não houve obras de outra dimensão a suprimir esta falta, nada que permitisse às empresas saber que iam continuar a assegurar o emprego. No caso do TGV, os dados estão lançados, é fundamental criar confiança aos agentes aos parceiros europeus. É determinante para que não se crie um ciclo depressivo de perda de empresas e emprego.”
TGV - Manuela Ferreira Leite que se cuide
Se os espanhois se lembram de retaliar cortando o caudal ao Tejo , ao Douro e ao Guadina, morremos todos de sede
“Presidente da Junta da Extremadura defende alta velocidade ferroviária entre Lisboa e Madrid. Ao DN, Guillermo Vara diz não acreditar que futuro governo português vá desrespeitar compromissos internacionais.”
LUIS FILIPE MENEZES, escreve assim:
«Com a vitória de Junho, parecia ter-se instalado a dinâmica mínima necessária para conduzir o PSD à liderança do Governo. Infelizmente, muito do que tem acontecido desde então voltou a trazer incerteza ao resultado final. Nomeadamente, o processo de escolha de candidatos a deputados e as suas sequelas (por exemplo o affaire Moita Flores), as declarações estratégicas avulso e desconexas de muitos dirigentes e, menos, o conteúdo do programa eleitoral ontem apresentado.
As listas de candidatos foram escolhidas unilateralmente pela líder e seus colaboradores. Legalmente, cumprindo os estatutos, legitimamente, porque nunca prometeu - ao contrário de mim próprio - inverter as regras e dar poder ao país e às bases. Não enganou ninguém. Todavia, levou longe de mais esse exercício. A exclusão de Passos Coelho, Miguel Relvas, Rui Gomes da Silva, foi um disparate político; a inclusão de António Preto uma opção errada; a imposição de alguns cabeças de lista sem nexo aparente com os ciclos eleitorais um exercício sem sentido. Até o facto de existirem muitos filhos de políticos nas listas - talvez em excesso - só ganhou relevância dado o clima de fractura escusadamente criado. Esta questão parasitará, negativamente, todo o processo em curso.» [Público assinantes]
Banco de Portugal e o PSD
No próprio governo de Santana Lopes, estava um Ministro que foi alto quadro do BP - Bagão Felix.
O próprio Cavaco Silva, recebe reforma do BP.
Então agora, Vitor Constâncio é o responsável por as contas deixadas por Manuela Ferreira Leite estarem "gatadas"?
Que não professe a ética em relação aos filiados do seu próprio partido, ainda de admite, mas relativamente aos quadros do BP, chamar-lhes de "vendidos" ou "incompetentes" é de mais.
Será que o mais comum dos cidadão acredita que de entre as dezenas de quadros que auditaram as contas, se houvess por lá algo que fosse para beneficiar o PS nesse contexto, não dava uma de "furar o segredo de justiça" ?
Mas afinal onde está a tão apregoada verdade ?
Professores - regresso de férias
Pina Moura
Há que começar a compreender-se o novo percurso político do antigo militante do PCP e antigo ministro do governo de Guterres, e como ele se aproxima da direita.