Correia de Campos foi embora, para gáudio de muitos politicos da nossa praça e o que aconteceu?
Só quizeram queimar o Ministro.
Será que nunca mais houve partos em ambulãncias, horas de espera às portas dos Centros de Saúde, bichas nas urgências dos Hospitais, televisões a entrevistar toda a gente por causa de uma constipaçãp mal curada, problemas com a gripe A?
Como é possível com a troca de Minsitro, tudo voltar à normalidade?
«E, todavia, António Barreto saudou o SNS, nos seus trinta anos, como a jóia da coroa da democracia portuguesa. Com toda a razão, se olharmos à saúde da mãe e da criança, à redução dos acidentes de trânsito e de trabalho, à redução das taxas de letalidade no enfarto e nos acidentes vasculares e até ao prolongamento da vida dos doentes com cancro. O estudo que Villaverde Cabral apresentou, há dias, sobre a percepção dos cidadãos acerca do SNS não só confirmou a melhoria de opinião dos frequentadores do SNS sobre os serviços e a sua qualidade, muito diversa nos que não o utilizam, como trouxe a agradável surpresa de cada vez maior consciência sobre a saúde e a necessidade de a defender e promover, apesar da menor tolerância ao desconforto da espera em cirurgia e especialidades. Aqueles que descriam das reformas dos últimos quatro anos, apodando-as de neoliberais, verem a contenção em 11% do número de seguros de saúde, o aumento do número de utilizadores do serviço público de 85 para 90% e a redução em sete pontos percentuais do número de cidadãos sem médico de família, não deixará de ser uma surpresa feita de preconceitos contra reformas necessárias e realizadas. Por exemplo, nos cuidados primários, incluindo a luta anti-tabágica e a boa execução da lei da IVG reduzindo o aborto clandestino, nos cuidados continuados, no cheque-dentista, na cirurgia do ambulatório, na redução de listas de espera, na criação de verdadeiras urgências, na gestão eficiente e rigorosa dos hospitais, na acessibilidade ao medicamento, em preço e local.» [Diário Económico]