OH !!! Governo, expliquem
por onde vão “roubar” mais estas verbas?
“”O
Conselho das Finanças Públicas alerta que o Governo tem inscritos 421 milhões
de euros de medidas permanentes, cerca de 40% do total, na proposta de
Orçamento do Estado para 2015 que não estão especificadas, a que acrescem pelo
menos os 100 milhões de euros das poupanças previstas com pensões sociais que o
Governo ainda não explicou como vai fazer. No parecer à proposta de Orçamento
para 2015, a instituição liderada por Teodora Cardoso alerta para a dificuldade
de avaliação destas medidas, da sua exequibilidade e do seu impacto, com a
falta de especificação na proposta destes 421 milhões.”
FMI: Défice deve
derrapar para 3,4% em 2015
“O
FMI não só não acredita nas previsões do Governo, como é ainda mais pessimista
que a Comissão Europeia. Economia deve crescer apenas 1,2% e o défice pode
chegar aos 3,4% do PIB.”
FMI: a grande
confusão está instalada
“O
Fundo Monetário Internacional (FMI) diz que o ímpeto reformista de Portugal
“parece ter estagnado desde o final do programa” de resgate e que o atual
programa de reformas parece estar orientado para cumprir o mínimo, em vez de
estar orientado para ganhos de competitividade. Washington duvida que o atual
ritmo de crescimento do emprego se mantenha. Portugal já não negoceia com o
FMI, como disse a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, mas o Fundo é
credor de Portugal e recordou este estatuto num duro comunicado de cinco
páginas que fecha a primeira revisão após o final do programa de ajustamento.
O
primeiro alerta é que o crescimento da economia portuguesa esperado para o
médio prazo é fraco e que a retoma tem sido fraca até para os padrões
historicamente baixos da economia portuguesa. Este fraco crescimento, diz o
Fundo, “é insuficiente” para reduzir os grandes problemas do mercado de
trabalho português. O FMI considera que Portugal tem um problema estrutural em
relação ao crescimento económico, que tem de ser resolvido atacando os dois
principais constrangimentos: a baixa competitividade da economia face ao
exterior e o elevado endividamento das empresas privadas.
Reconhecendo
a grande dificuldade que é aumentar a competitividade face ao exterior, o FMI
insiste que Portugal tem como único caminho a realização de reformas
estruturais para melhorar a capacidade do setor transacionável, em especial
reduzir a tendência antiga de alocar recursos aos setores não produtivos da
economia, oferecendo-lhes “rendas” excessivamente altas e tendo eles pouca
concorrência.
Fundo
considera que o programa de transformação estrutural está, na verdade, mais
focado em cumprir o mínimo e que devia antes estar orientado para conseguir
resultados mensuráveis.
Para
conseguir superar o baixo crescimento potencial da economia no médio prazo,
Portugal tem de atacar estes constrangimentos “com mais energia e propósito”,
diz o FMI, que diz que o ímpeto reformista do Governo português em áreas
cruciais para a melhoria da competitividade face ao exterior tem estagnado
desde que o programa terminou, lembrando o caso do aumento do salário mínimo
nacional.
Em
segundo lugar, o Fundo considera que o programa de transformação estrutural
está, na verdade, mais focado em cumprir o mínimo e que devia antes estar
orientado para conseguir resultados mensuráveis e ir ajustando o processo de
reformas à medida que estas forem evoluindo.
Acresce,
ainda, a necessidade de atacar o elevado endividamento do setor privado. Para o
FMI, este problema não tem sido combatido de forma apropriada e está a colocar
constrangimentos ao investimento das empresas, a prejudicar a sua produtividade
e a colocar recursos em empresas que não são viáveis que podiam ser alocados em
empresas viáveis. Uma das partes da resposta a este problema, diz o FMI, pode
passar por reestruturação da dívida das empresas, algo que reconhece ser
difícil porque vai implicar maiores perdas para os bancos.”
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