14 setembro, 2009

Indepêndencia económica

Meu Deus, onde eu me fui meter.
Mais tarde ou mais cedo, se chegar ao Governo, vou ter que mandar construir o TGV ou o AVE, como lhe chamam os espanhóis. Vai sair muito mais caro. Será que na altura já ninguem se lembra disso?
Mas agora Senhor, esta " Nova Guerra da Indepêndencia", nem sei como isto vai acabar.
Se os "inimigos Espanhois nos declaram guerra, fecham as comportas que estão no seu território nos rios Minho, no Douro, no Tejo e no Guadiana e lá ficamos à mingua duma gota de água que o S. Pedro nos há-de mandar. Já não se podem fazer as viagens no Douro por falta de água, contruimos a ponte no Guadiana que nos custou os olhos da cara e já se poderá passar a vau, pois o rio fica seco como o Saara.
E então, o que fazer com as frutas e legumes que todos os dias camiões trazem de Espanha.
´São os pimentos, os tomates, o feijão verde, algum vem de Marrocos mas passa por Espanha, os saborosos morangos de Lepe, as diversas variedades de frutas de Aragão. Até os vinhos e os espumantes Codorniu da Catalunha.
Como só gosto de hanburgeres, logo me esqueci de por nos "Prós e Contras" o pescado fresco e congelado que vem da Galiza e da zona de Málaga e Valência. Bem, temos o bacalhau da Noruega que nos vai dar uma ajuda.
Será caso para dizer que em tempo de guerra não se limpam armas e mais de mil maneiras de cozinhar o fiel amigo.
Já pensei no problema das férias dos portugueses em Espanha. Benidorm, Salu e Ayamonte ou Isla Cristina. Não tem grande importância, pois trocam-se por Quarteira , pela Costa da Caparica, Fonte da Telha ou Aldeia do Meco.
Para as Baleares tambem já resolvi o problema: falei com o meu amigo Jardim e o Porto Santo será a solução.
O pior está para receber as mercadorias oriundas do resto da Europa e que chegam por comboio ou camião.
Aí a solução vai ter que passar pelo fretamento de barcos em Singapura ou Indonésia. Baratos e com tripulações que trabalham que nem escravos, ganhando muito abaixo do nosso ordenado minimo e sem Caixa de Previdência.
Por pouco não me esquecia dos caramelos de Badajoz. Vou mandar por em laboração a antiga fábrica dos Caramelos Vaquinha, pois assim já fabricamos em casa o que não se pode ir comprar ao estrangeiro.
E pronto, por hoje está salvaguardada a nossa "indepêndencia económica"
Afinal, para quê tanta preocupação - as lojas dos chineses vão resolver a situação. Vão passar a denominar-se Hipermercados e vender de tudo, desde que não seja espanhol.
Já me esquecia do problema do contrabando. Campo Maior. Ainda lá haverá alguns antigos contrabandistas dos bons velhos tempos que nos possam explicar como a coisa então se fazia. Só que agora será ao contrario - serão os portugueses a contrabandear mercadoria de Espanha para Portugal.
Está tudo resolvido.
Que grande politica e economista que eu sou

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