28 maio, 2007

Sobre os “portugueses” de antanho, recordo-me de ter lido algures e há já muito tempo e dito pelos Romanos, algo parecido com isto: “ São um povo que não se governa nem se deixa governar”.
Quando oiço muitas das criticas aos nossos dirigentes governativos, recordo-me do que atrás escrevi.

Quando se pretende fazer algo neste país, logo chega em eloquente peregrinação a velharia do Restelo.

Não foram feitos estudos, não se ouviu o periquito da vizinha do 5º Esdº, afinal, havia um monumento que o Inst. de Não Sei Quê, estava estudar, falta ainda o estudo nº 124, etc. etc.

Na maioria das situações, justificativos para quem não fez nem quer que se faça.

(Recordo aqui entre este parêntesis, o que se está a passar na Câmara Municipal de Lisboa. Pois então, agora que está a ser gerida por uma Comissão Administrativa, é que um Sindicato se lembrou que havia perigo eminente dos trabalhadores contratados a prazo, não verem os seus contratos serem revalidados.
Será que o senhor sindicalista, só agora teve conhecimento que a situação de falência estava mais que anunciada ?
Este, também não será um daqueles, como os dos milhares dos sindicatos dos Professores, que fizeram toda a sua carreira profissional como professores sem nunca terem posto os pés numa escola a dar, ao menos uma aulinha ? Pior, a serem pagos pelas verbas do Ministério da Educação, ou seja , com custos suportados por todos nós. )

Com base nestas teorias, que nos dias de hoje já deviam estar banidas do léxico corrente da maioria dos responsáveis deste país, continuamos na cauda da “Nova” Europa.

Um critica o Ministro X porque, etc, etc, e com o rufar dos tambores da comunicação social, o poleiro da Assembleia da Republica, vai servindo no dia a dia para os maiores atropelos a paciência do comum cidadão, pagante dos impostos deste “nosso” Portugal.

O líder parlamentar do PSD Marques Guedes, exigiu hoje na Assembleia da Republica «O ministro tem de vir à Assembleia da República pedir desculpas aos portugueses, especialmente aos portugueses da margem sul pelos disparates de ontem [quarta-feira]», reforçando que o ministro «já não parece estar no seu perfeito juízo.


A oposição foi unânime, ao exigir explicações de Mário Lino. Nuno Melo, deputado do CDS-PP interveio «Deste membro do Governo (.) veio agora a constatação de que Setúbal, Seixal, Barreiro ou Alcochete, não têm hospitais, escolas, pessoas, são um deserto. E no dia seguinte continua ministro do Governo de Portugal».

«Fazer um aeroporto na margem Sul seria um projecto megalómano e faraónico, porque, além das questões ambientais, não há gente, não há hospitais, não há escolas, não há hotéis, não há comércio, pelo que seria preciso levar para lá milhões de pessoas», afirmou ontem o ministro.


Não se recorda que alguma vez, algum destes distintíssimos deputados, tenha pedido a demissão, por exemplo de Alberto João Jardim, que afinal até parece que está, parafraseando Marques Guedes, “ em perfeito juízo “

Que grande “lata”, que funil, afinal, utilizam estes deputados para os dislates verbais que usam e abusam, a coberto dessa magnânima impunidade que o estatuto de deputado lhe confere. ? Deixam albergar, por debaixo dessa capa a desonestidade intelectual, vendendo a sua verborreia politiqueira na praça publica do Parlamento, a preço de pataco, face aos “majestosos” vencimentos que auferem, pagos com base nas contribuições e impostos de todos.
Já começa a haver pouca paciência para aturar esta “vilanagem” ! ! !

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