11 abril, 2008

774 mil leitores diários

Recordo os meus bons tempos de leitor de jornais diários.

A saudade dos tempos em que só ao Domingo era dia de comprar o jornal.

Nas férias tinha o pr1vilégio de ler o jornal todos os dias. Havia até um folhetim que era lido por muita gente, religiosamente. Recortava-se a folha e guardava-se como se um livro fosse.

Eram dessa altura, o Diário de Notícias e o O Século, os matutinos aqui do Sul, para o Norte, creio que já existiam o 1º de Janeiro e o Jornal de Notícias.

Dos desportivos, recordo A Bola, o Record e o Mundo Desportivo

Pela tarde, lá estavam nas bancas, A Republica, A Capital e o Diário Popular. Cada título com leitores quase sempre fixos.

Havia ainda a assinatura. Os jornais chegavam pelo correio no dia seguinte, sempre a horas.

Os produzidos em Lisboa, quase todos no Bairro Alto, eram distribuidos por carrinhas até ao centro e sul do país. A passagem para a margem sul, fazia-se apenas de barco. Quantas vezes o barco esperava uns minutos para que os "fardos" com os jornais chegassem.

O futebol sempre levantou polémicas e pela segunda-feira de manhã, a venda dos jornais desportivos, aumentava sempre.
Ao tempo a volta a Portugal em bicicleta, alimentava a ansia de saber os resultados e as façanhas em que os ciclistas se tinham empenhado no dia anterior.

Eram os jornais que o lápis da censura de então deixava que existissem, alguns com alguma dificuldade.

Como tudo na vida se transforma, os então jornais generalistas, embora tendo um enorme peso na informação, passaram a especializar-se cada vez mais. Existem titulos para todos os gostos e actividades.

Os de "borla", lutam entre si e contra os outros, para apresentar os indicativos do que é mais lido.

Aqui fica a referência.

Este que tenho à minha frente é lido por, exactamente 774 mil leitores, nem mais um, nem menos um.

09 abril, 2008

Os professores

Que me perdoem os professores
Os familiares dos professores
Os pais dos professores
Os filhos dos professores
Os amigos dos professores
Os presidentes dos partidos onde alguns professores são filiados
Que me perdoem todos, toda a gente.
Após o que voltei a ver ontem, então não se está mesmo a ver que o que os professores querem, melhor não querem, é mesmo a avaliação.
Então, não se está mesmo a ver que aqueles trezentos e tantos que ainda vagueiam pelos sindicatos, recebendo os seus salários do bolso dos contribuintes, não tem feito tudo, mas mesmo tudo, para que afinal tudo fique na mesma ?
Senhores professores, já só faltam 60 dias de calendário para os senhores professores deixarem de "aturar" os alunos. Já repararam neste pequeno pormenor ?
Voltarão em Setembro, para lá do meio do mês, para novo ano lectivo.
Mas que falta de tempo, que falta de disponibilidade para se fazer a avaliação, não é ?
De meados de Junho, tirando alguns dias para dar as notas, vão passar todo o resto do tempo, a "estudar" os programas, sumário a sumário, para o próximo ano lectivo, não será ?
Assim, não.
Nem que a voz me doa, vou sempre batendo nesta tecla, não em defesa de ninguem, mas contra esta vergonhosa situação.
Os bons, os melhores, que cheguem à frente.
Não se deixem enganar pela mediocridade, pela cobardia, pela falta de autoridade moral e cívica que grassa por essas escolas

08 abril, 2008

Isaltino Morais e os €uros no estrangeiro

Será que o somatório de todos os vencimentos recebidos por Isaltino de Morais enquanto autarca perfazem as verbas que são hoje indicadas num matutino ?
Ou será que á data já lhe teria saído o €uromilhões ?

07 abril, 2008

Independencia para a Madeira. Já.

Depois de ter visto e ouvido os noticiários desta manhã, apetece-me dizer bem alto aquilo que já penso desde há muito .
Independência para Madeira.
Mesmo pondo em causa a redução das "águas territoriais" do Continente, independência já.
Aquilo que por lá se passou este fim de semana, transvaza o máximo que se possa pensar que poderia ter acontecido.
Não creio que este país para ir a algum lado com "políticos" daquele tipo.
Não falo só dos que falaram. Falo tambem dos que ouviram e que vão ficar calados ou por omissão quando confrontados, darão respostas por meias palavras.
O Prof Marcelo, sempre tão criterioso a criticar, quando alguem que não seja da sua cor ou seja do Governo, sobre uma virgula mal colocada num discurso, que irá dizer ?
Que vergonha.
Gostaria de saber o que a SEDES tem agora para dizer.
Será que terão tempo e oportunidade para reflectirem sobre o "jardim da Madeira e as respectivas "flores" e "arbustos" ?

04 abril, 2008

Só agora ?

Só agora ?
Ninguem sabia o que se estava a passar ?
Os professores não denunciam
As escolas ficam impávidas e serenas ?
O Ministério não sabe ou não lhe é dado conhecimento ?
Tudo isto é uma perfeita cobardia.
Afinal os Sindicatos só servem para a salvaguarda de manter tudo como está, até mesmo estas situações ?
Afinal, pelo salário no final do mês, as férias chorudas e as irresponsabilidades, tudo é esquecido e omitido ?
Que vergonha!!!
Notícia do Correio da manhã
04 Abril 2008 - 00.30h
Escolas:
Procurador-geral da República lança alerta

Alunos andam armados
O Procurador-geral da República (PGR), Pinto Monteiro, exortou os conselhos executivos das escolas e os professores a participarem os casos de violência escolar. Garantiu mesmo ter "elementos seguros de escolas em que os alunos vão armados com pistolas de 6,35 e 9 milímetros". O CM tentou obter esclarecimentos mais específicos sobre o assunto junto de Pinto Monteiro, mas não foi possível.
Após o encontro com o Presidente da República (que estava agendado para segunda-feira mas foi adiado devido à gripe de Cavaco Silva), Pinto Monteiro disse ser 'uma obrigação e um dever dos conselhos executivos participar ao Ministério Público todos os ilícitos criminais. Isto não é judicializar, é cumprir a lei, porque estes crimes são públicos, não pode existir um sentimento de impunidade'.
Pinto Monteiro acrescentou ter informações de que os alunos vão armados com armas de fogo para as escolas. 'Não me digam que isto é uma coisa que já acontecia antigamente, porque não é verdade', disse. O procurador-geral explicitou que os casos de que tem conhecimento envolvem crianças desde os seis anos e que são os pais que lhes entregam armas, para se defenderem na escola. Sobre o encontro com Cavaco Silva, Pinto Monteiro disse que o Presidente da República 'está muito preocupado e muito bem informado' sobre a violência escolar e que 'partilha das preocupações' que tem manifestado. Ao CM, a Presidência da República informou 'não poder pronunciar-se'.
Quem também não se reagiu às afirmações de Pinto Monteiro foi o gabinete da ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues. fonte oficial disse não haver comentários a fazer às declarações do procurador-geral da República. Pinto Monteiro, para além de denunciar a posse de armas de fogo por parte de alunos, o que é confirmado pelo relatório do Observatório da Segurança Escolar relativo a 2006/07, recordou nunca ter falado do Ministério. No entanto, 'neste momento, o Ministério da Educação deve estar melhor informado', rematou.

141 CASOS NO ANO DE 2006/07

O último relatório de segurança escolar divulgado pelo Governo respeita ao ano lectivo 2006/07. Segundo os dados do Observatório da Segurança em Meio Escolar, divulgados em Dezembro de 2007 pelo CM, registaram-se 7028 ocorrências nesse ano lectivo (3495 no exterior das escolas), quando no ano anterior tinham sido 10 964. Do total de ocorrências registadas pela PSP e GNR, dois por cento (141) respeitavam a situações de posse ou uso de arma. Foram ainda registados 1424 casos de agressão ou tentativa de agressão, das quais 1092 a alunos, 185 a professores e 147 a funcionários das escolas. Foram ainda registados actos de violência contra 55 viaturas.

IGREJA DEFENDE PROFESSORES

No final da assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), os bispos manifestaram um claro apoio aos professores e repudiaram a 'atitude de falta de diálogo' do Ministério da Educação.
'Nós também nos podemos queixar de falta de interlocutor quando queremos falar com o MinisLtério', disse D. Carlos Azevedo, sublinhando que, 'no nosso país, o grande problema da Educação é, não termos dúvidas, o Estado'.
D. Jorge Ortiga, o reeleito presidente da CEP, esclareceu que todos os bispos se reviram nas palavras do Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, quando este disse que 'o futuro do País depende muito mais dos professores do que dos políticos'.
De resto, D. Carlos Azevedo salientou não ter 'dúvidas de que foi quebrada a confiança entre os professores e o Governo', assegurando que 'a Educação não melhora enquanto essa confiança não for restabelecida'.

GUERRA NA ESCOLA

TRÊS ACUSAÇÕES
No último mês e meio o Ministério Público deduziu três acusações e reabriu um inquérito em quatro casos de violência escolar no Distrito Judicial de Lisboa.

PAIS AGRESSORES
Segundo a Procuradoria-Geral da República, estes casos são 'maioritariamente' de encarregados de educação que agrediram professores ou funcionários da escola. As quatro ocorrências de violência escolar, objecto de participação criminal, registaram-se em Almada, Montijo e Lisboa (duas).

ALUNA TRANSFERIDA
Todas as preocupações das últimas semanas sobre a violência nas escolas surgiram após a divulgação de um vídeo de uma alegada agressão de uma aluna de 15 anos a uma professora na Escola Carolina Michaelis, Porto, por causa de um telemóvel.
A aluna acabou por ser transferida, tal como o colega que gravou a cena.

02 abril, 2008

Sado - Rio Azul


Meandro do Rio Sado, que não está nada azul, visto do Castelo de Alcácer do Sal

O sofrimento dos injustiçados


A experiência é a mãe de todas as coisas, foi dito há muitos anos.

Quem não passa por um sofrimentro atroz, por muita imaginação que possa colocar na sua mente, tendente a comparar com uma situação real, não fica com o mínimo de conhecimento do que representa a realidade que pretende comparar ou imaginar.

Pensemos em coisas simples como uma picadela de uma vespa ou de um lacrau.

Alguem pode imaginar, arranjar uma unidade qualquer para medir a intensidade e a duração da dor produzida ?

Quem não foi mãe, pode imaginar o que será uma dor de parto, à moda antiga ?

Certamente que não.

Sofrer com a injustiça, causa um outro tipo de dor.

Uma dor profunda, continuada.

Existe sempre a esperança de que a sua origem seja reparada. Muitas vezes o tempo de espera, não atenua o sofrimento, antes o aumenta.

O desespero da reparação da injustiça faz com que o sofrimento vá aumentando continuadamente, dia, semana, mês ou ano após ano.

Na maioria dos casos, a reparação da injustiça, para além de tardar, não é concebida para debelar a totalidade dos males que causou.

Poucos, são reparados totalmente, mas muitos, pelo espaço de tempo que estiveram a produzir os seus efeitos só são reparados parcialmente.

Aí reentra a dor produzida pelo sentimento da injustiça não reparada.

O sentimento de "dor", não produz os mesmos efeitos em cada um de nós.

Assim, resta a capacidade individual de cada individuo para tentar varrer do seu intimo os restos da dor pelo sofrimento das injustiças.

01 abril, 2008

Aldraba - Dia das mentiras



A língua portuguesa tem destas "brincadeiras"

Aldraba, peça que serva para bater à porta, para se fazer anunciar.

Aldraba, engana, mente, omite, não diz a verdade.

O dia das mentiras, esse faz-se anunciar no início de cada novo ano.
Tem data fixa.

As mentiras, essas não.

São o pão nosso de cada dia.
Nem mesmo no dia das mentiras, aldrabar, compulsivamente, é "bonito"

31 março, 2008

A mentira

Sobre a mentira e quem mente
A mentira só dura enquanto a verdade não chega


Mentira

É uma declaração feita por alguém que acredita ou suspeita que ela seja falsa, na expectativa de que os ouvintes ou leitores possam acreditar nela. Portanto uma declaração verdadeira pode ser uma mentira se o falante acredita que ela seja falsa; e histórias de ficção, embora falsas, não são mentiras.
Dependendo das definições, uma mentira pode ser uma declaração falsa genuína ou uma verdade seletiva, uma mentira por omissão, ou mesmo a verdade se a intenção é enganar ou causar uma ação que não é do interesse do ouvinte.
“Mentir” é contar uma mentira.
Uma pessoa que conta uma mentira, em especial uma pessoa que conta mentiras com freqüência, é um “mentiroso”.

A mentira corrói, dilacera e destrói vidas…

Os mentirosos compulsivos já estão habituados a mentir que, eles próprios, acreditam no que dizem, como sendo verdade.



A Mentira

Porque é que, na maior parte das vezes, os homens na vida quotidiana dizem a verdade? Certamente, não porque um deus proibiu mentir. Mas sim, em primeiro lugar, porque é mais cómodo, pois a mentira exige invenção, dissimulação e memória. Por isso Swift diz: «Quem conta uma mentira raramente se apercebe do pesado fardo que toma sobre si; é que, para manter uma mentira, tem de inventar outras vinte». Em seguida, porque, em circunstâncias simples, é vantajoso dizer directamente: quero isto, fiz aquilo, e outras coisas parecidas; portanto, porque a via da obrigação e da autoridade é mais segura que a do ardil. Se uma criança, porém, tiver sido educada em circunstâncias domésticas complicadas, então maneja a mentira com a mesma naturalidade e diz, involuntariamente, sempre aquilo que corresponde ao seu interesse; um sentido da verdade, uma repugnância ante a mentira em si, são-lhe completamente estranhos e inacessíveis, e, portanto, ela mente com toda a inocência.

Friedrich Nietzsche, in 'Humano, Demasiado Humano'
A mentira pode ser uma dependência que, como qualquer vício, só é tratada quando o mentiroso assume que mente.
Longe das inocentes partidas que se pregam no Dia das Mentiras, 1 de Abril, pode isolar e causar sofrimento.
A mentira pode ter contornos de dependência tal como o álcool e a droga, quando é dita de forma compulsiva, ou seja quando a pessoa tem consciência de que está a mentir mas não consegue controlar esse impulso.
Nestes casos, provoca sofrimento no próprio mentiroso compulsivo e nas pessoas mais próximas dele, embora seja uma doença passível de ser tratada, tanto ao nível da psiquiatria como ao nível da psicologia clínica.
O primeiro passo para o tratamento é a pessoa assumir que tem um problema, que mente compulsivamente e que precisa de ajuda. Sem isso, qualquer forma de terapia é impossível. Jorge Gravanita, psicólogo e membro da Sociedade Portuguesa de Psicologia Clínica, explica que "o primeiro passo para o tratamento é a pessoa assumir que é dependente da mentira e querer libertar-se de algo que a tem vindo a prejudicar": "O tratamento é a busca do conhecimento de si próprio que permite que a pessoa se liberte desta bengala que é uma mentira." Também para o psiquiatra Pacheco Palha um mentiroso compulsivo "não tem perda de juízo, pode ter é perda de capacidade de controlo".
Por isso - defende -,
"o primeiro passo para se tratar é reconhecer que tem uma perturbação ao nível do controlo dos impulsos".
"A compulsividade revela-se em estruturas obsessivo-compulsivas e é um mecanismo patológico, como a cleptomania [vício de roubar]", diz o médico, acrescentando que a pessoa "até pode ter sofrimento ao reconhecer que não a domina".

30 março, 2008

A doença da Justiça

Mesmo que se não queira atribuir directamente a alguma entidade ou a alguem em especial, num caso concreto, entregue "à justiça" para a sua resolução, convenhamos que qualquer cidadão comum se recorda da morosidade na resolução de um conflito a ser derimido em Tribunal.
Como cada caso é um caso, não se pode aplicar uma terapeutica genérica a cada uma dessas situações, atendendo até ao facto de que, para cada situação em concreto existirá diagonóstico.
No pressuposto de que, a grande maioria das situações de conflito que passam pelos tribunais, sofrem todos da mesma enfermidade - demasiado tempo na sua resolução, convenhamos que será necessário encontrar no "mercado" dos medicamentos, e há por aí, tantos "laboratórios" que fabricam ou estão em condições de "fabricar" a "poção mágica" para sarar a extensa "ferida" provocada por "doença tão prolongada".
Tem-se posto a questão do "custo" do tratamento e dos "medicamentos", as "doses" a aplicar para os diversos "estádios da doença", fica ainda em aberto a questão de ser necessário o "tratamento ambulatório" ou se será, para casos de mais extrema gravidade, "o internamento obrigatório ou compulsivo"
Fala-se por aí, num esquema em que serão monotorizados, construidos ou feitas obras de reconstrução ou reparação em muitos desses locais, mas, como sempre, tal qual na idade média, uns arautos, ora da desgraça, ora defensores incondicionais das suas "cartas de alforria", passam de imediato a gritar após o soar das trombetas, dizendo que assim, "a peste" ainda se vai propagar com maior celeridade. Pior, em alguns locais onde a "doença" ainda se encontrava só em fase de "incubação", passaria de imediato à fase de "contágio".
Sabendo-se que o velho ditado diz que em casa onde não há pão, todos ralham e ninguem tem razão, talvez fosse bom que, de uma vez por todas, o mal fosse irradicado de vez.
Continuamos numa fase em que muitos dos medicamentos, as curas, as terapias são apresentadas por cada uma das correntes "médicas" que querem irradicar a "doença", como tendo contra-indicações, não seria melhor, aplicar tambem aquele outro ditado que diz: "tudo o que doi cura"
A sabedoria popular sabe muito bem que há por aí muito honrada gente que sabe muito bem viver no "meio de tanta enfermidade", melhor, sem tanta "doença", não haveria tantos "Clínicos, enfermeiros, terapeutas e se calhar até bruxas e adivinhos"
Os médicos, os verdadeiros, sabem bem que para salvar da morte um enfermo ou acidentado, é preferível amputar um membro ou ablação dum orgão, mantendo e recuperando para a vida o paciente.
Que se faça assim, à "doença da Justiça"

Luis Filipe Menezes - Arriba España


Um dos maiores problemas dos nossos politicos é conhecerem mal "o estrangeiro".
Qunado ouvi falar Menezes, veio-me à ideia de uma conhecida figura pública, infelizmente já falecida, que dizia a um familiar meu: "Vou dezenas de vezes a Paris e você, que só lá foi duas vezes, está-me a falar de imensas coisas que desconheço"
A grande verdade está aí.
Os politicos passam a vida a andar de avião, de carro de lado para lado e de hotal para hotel.
Não descem à rua, não fazem milhares de quilómetros de comboio ou de carro, conhecendo as pessoas e as realidades que as rodeiam.
Para falar de Espanha e dos espanhóis, será preciso conhecer bem essa realidade.
Na sua grande maioria o seu povo nada tem a ver com o nosso, a sua vida no dia a dia é muito diferente do nosso, a sua cultura, a sua instrução, a defesa dos seus valores históricos e patrimoniais, a defesa de tudo o que "é espanhol" tem um imenso significado para um qualquer espanhol, mesmo que de "nacionalidades" diferentes.
Um pormenor importante, está no seu avanço tecnológico, a todos os níveis.
A rentabilidade e a rendibilidade dos seus investimentos, a maneira de actuar do tecido empresarial dos "nuestros hermanos" nada tem a ver connosco.
Aliás, pode comprovar-se com as aquisições das propriedades no Alentejo e os investimentos que aí estão a ser feitos aproveitando as potencialidades do Alqueva. Os portugueses continuam calmamente a "fazer a siesta" enquanto eles trabalham. Apenas dizem que não tem financiamento . . ., o costume.
Não creio que Menezes saiba o que está a dizer, relativamente ao aproximar dos impostos.
A economia paralela espanhola, aquela que foge, que ainda consegue fugir aos impostos é enorme.
Mesmo assim, os espanhóis arrecadam em impostos muito mais do que gastam com os diversos serviços públicos. Vão utilizar agora parte dessas verbas em excesso, para relançar a quebra dos investimentos privados, com investimentos públicos.
Aqui, relativamente ao tecido empresarial português, o que tem feito ?
Sem a aposta dos empresários que faz subir a economia, para gerar receitas para fazer baixar impostos.
Os nossos empresários querem investir hoje 10 para amanhã arrecadarem 100 e receberem ainda algum subsídio do Estado e não pagarem 1 centimo de impostos.
Sr, Menezes visite Espanha, fale nas "calles" e nos "bares" com os espanhóis e saiba como eles trabalham,e investem e rentabilizam o seu capital.
Fale com os empresarios portugueses e por exemplo, pergunte-lhes porque razão não fabricamos uma "agulha de coser" ou um "clip" ?
Pergunte a um propriétario de um conhecido restaurante do Norte do nosso Portugal, porque razão as botoneiras para accionar o alarme de incêndio tem escrito "FUEGO" em vez de "FOGO"
Na sua região, no Norte, usa-se muito o termo "treta", pois então, deixe as "tretas" não esqueçendo que há muita coisa que se aprende fora dos aviões, quartos de hotel ou reuniões de partidos políticos.

28 março, 2008

O dia da Mãe

Como dizia o poeta: Na vida será tudo quando o Homem quizer
O dia da Mãe é todos os dias.
A dor de mãe pela perda de um filho, ficará marcada para sempre na sua memória.
O tempo, irá apagando uma parte das suas lembranças, mas, como folha de papel em que se desenha e apaga o risco errado, mesmo depois da borracha ter feito a limpeza, uma parte do traço por vezes quasi invisível, fica sempre como uma razura no pedaço do papel. Assim será para todas as mães que perderam uma parte, senão a principal, a mais importante da sua razão de ser ou existir - o fruto duma das principais razões da sua existência, a procriação.
O amor de mãe, não se pode medir ou comparar, especialmente em função de alguns sinais que exteriorizam esse sentimento.
A dor vái continuar surda e muda por toda a sua vida.
Aqui fica uma pequena homenagem a todas as mães que perderam os seus filhos, em especial aquela que aqui em Oeiras, está a passar por momentos muito difíceis pelo assassínio dum filho.
A descoberta e a punição exemplar de quem mata a sangre frio, sem razão ou motivo, não irá atenuar a sua dor, apenas lhe poderá trazer algum consolo no sentido de que algo de semelhante não possa acontecer aos filhos de outras mães.

26 março, 2008

Solidão ?




Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo..... isto é carência.

Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar..... isto é saudade.

Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos.....isto é equilíbrio.

Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente para que revejamos a nossa vida.....isto é um princípio da natureza.

Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado..... isto é circunstância.

Solidão é muito mais do que isto.Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma .....

25 março, 2008

Senhores Professores

Um sopro ao ouvido...
Em Espanha, as aulas já hoje terão começado.
Será verdade ?
Ou será que os nossos ilustres professores, estão já a rever as lições para o novo período que só terá inicio na segunda-feira próxima ?

20 março, 2008

Dia do Pai


O Dia do Pai constitui uma homenagem aos pais de todo o mundo.
Em Portugal o Dia do Pai celebra-se a 19 de Março, o Dia dedicado a São José, pai de Jesus. A criação de um dia de homenagem aos pais terá acontecido nos Estados Unidos quando Sonora Luise pretendia um dia especial para homenagear o seu pai, William Smart, um vetereno da Guerra Civil que ficou viúvo quando sua esposa deu à luz ao seu sexto filho.
Hoje o dia do Pai, serve para todas essas homenagens, mas serve também, para dar a conhecer, as grandes desgraças e misérias que continuam a subsistir, apesar da propagação do grande desenvolvimento das tecnologias e da propaganda da globalização.
Sempre existiram e hão-de continuar a existir os bons e os maus progenitores.
Todos eles, vão sendo bons ou maus, independentemente dos dias do Pai ou da Mãe.
Quem é bom ou mau progenitor, não o é diferentemente só no seu dia.
O arrastamento pelo tribunais de situações de contencioso sobre poder paternal, pensão de alimentos ou os acertos em contencioso semelhante, de outros tipos de prestações , contribuintes directas do bem estar dos filhos ou em ultima, o próprio divórcio, pela sua morosidade, contribuem directamente para que em muitos casos os dias do “pai”,ainda sejam um factor de desagregação e desunião de uma família já de si partida, e sempre em prejuízo dos descendentes do casal desavindo.
O próprio sistema judicial, que todos sabemos que não funciona bem, trabalha lento, moroso e de duma insipiência digna de um registo especial.
Os diversos truques e artimanhas utilizados por cada uma das partes, para dar cobertura a interesses de cada uma das partes, serve para arrastar pela infinidade do tempo, uma resolução que na grande maioria das situações, um espaço de tempo muto reduzido seria suficiente para converter a eternidade no momento de um relâmpago.
Os grandes prejudicados, são sempre os” interventores menores” nestas situações.
Raras são as vezes, mesmo quando acontecem após muitos anos de convivência marital, que o anterior par amoroso continua de boas relações pessoais.
Entre eles, persistem e acumulam-se, as dúvidas e as invejas, a mentira passa a fazer parte do imaginário de todos eles.
Neste tabuleiro dum xadrez em que quase sempre não passe dum jogo imaginário, está sempre proposta em causa a jogada do adversário, como se por de trás de um simples gesto de mudar um peão, uma torre ou um bispo, houvesse um rol de mentiras e más intenções.
Em muitos casos, as relações passam a ficar tão tensas que o simples facto de uma saída para um almoço ou um jantar num deste dias especiais, precisa da intervenção policial, para que uma das partes reconheça que o descendente, alegando óbvias razões e justificando perante o autoridade policial denuncia de viva voz aquilo que em tempo já tinha sido transmitido por conversa entre os seus progenitores, que não queria abandonar uma das partes para ir jantar ou almoçar com a outra.
A vergonha passada por uma das partes, a que foi renegada, por um dos seus próprios filhos, deverá ser aproveitada pelas autoridades judiciais, no sentido de, não só abreviar os respectivos processos pendentes, como localizar e enfatizar a razão de tal procedimento dos menores naquela situação.
Um filho, já com idade de poder perfeitamente, distinguir o bem do mal, o que é bom ou que para ele não presta, onde se sente bem ou mal, com quem se sente bem ou com quem mantem uma desconfiança que o leva a, no próprio dia não pretender sair com o seu próprio “Pai”, é de extrema gravidade.
O trauma causado por situações deste tipo, em crianças e adolescentes, deveria ser objecto das autoridades competentes no sentido da sua prevenção e um estímulo para que o andamento de processos de conflito entre os pais, não fossem da actual morosidade extrema e fossem resolvidos em espaço de tempo previamente determinado.
Esta situação ocorreu, e está a acontecer recorrentemente . . .

18 março, 2008

Hospitais Militares


Este nosso país teima em manter situações aberrantes.
Há já algum tempo, falou-se que a GNR tinha no seu efectivo 11, digo ONZE Generais.
Pois, isso mesmo.
Quem andou pelas guerras de África recorda com facilidade que na altura, com tropas operacionais às dezenas de milhar, não existiria esse número de Oficiais Generais por cada uma das frentes da guerra.
Então e agora por cá, guerra acabada há tanto tempo, ainda são precisos tantos generais para uma dezena de milhar de GNR’S?
Algo não estará bem.
Sobre os Hospitais Militares, apenas este Governo, pensou em reduzir o seu número e confinar a sua localização e extinções ao mínimo indispensável.
Pois, mas então, lá se levantaram as vozes dizendo que as prestações na área da saúde que os militares estão a receber são más, etc. etc.
Cada um dos hospitais militares, para conservar o seu estatuto de sobrevivência, mantendo no seu efectivo centena de funcionários, civil e militares, que custam milhões e milhões aos contribuintes, arranjaram formas de ter este ou aquele serviço, com uma “maquinaria” própria e única no país, que podem vender ou alugar aos privados ou aos outros serviços do estado.
Palavras não eram ditas e até o professor Hermano saraiva veio fazer a apologia da “câmara de não sabemos o quê”, existente e única, no Hospital da Marinha.
Muito bem, mas será que essa maquinaria, esses serviços e esse pessoal especializado, não pode mudar de poiso?
Está na hora de considerar as constipações, as hérnias ou as fracturas de um qualquer membro de um militar, principalmente dos que já não estão no activo, iguais às do comum cidadão civil.
Ou não será verdade que, existindo os mesmos hospitais militares de há trinta anos, como na altura da guerra de África, hoje, em número, já não tem sentido?

17 março, 2008

Mario Nogueira

Publicado no "Correio da Manhã"

PERFIL

Mário Nogueira nasceu em Tomar em 1958.
Casado, com um filho médico, Vasco, vive em Coimbra, fez o Magistério do Ensino Primário em 1978 e licenciou-se em Educação pela Escola Superior de Educação de Coimbra em 2001.
É professor da EB1 de Santa Apolónia, em Coimbra.
É dirigente sindical há 18 anos e começou esta actividade no Sindicato dos Professores da Região Centro, de que foi presidente durante largos anos.
Militante do Partido Comunista Português e adepto ferrenho do Sporting, foi eleito secretário-geral da Federação Nacional dos Professores em 2007 e continua a ser o coordenador do Sindicato de Professores da Região Centro.
Nas próximas eleições deste sindicato vai de novo concorrer ao cargo de coordenador

Não será que desde há 18 anos, os contribuintes portuigueses é que pagam o salário e este senhor professor de profissão "sindicalista".

Não será este senhor professor, um dos mil e tresentos, que o Estado foi pagando os salário para ocuparem a tempo inteiro a profissão de sindicalista ?

Todos nós pagamos os seus salários.
Quem gere os dinheiros dos contribuintes e lhes paga os salários, tem o direito e a obrigação de lhes impor alguns deveres. A avaliação é o primeiro dever e obrigação para fazer a escolha entre o trigo e o joio

Será que este senhor professor, sem dar uma aula há 18 anos, não tem progredido na carreira, como docente ?

Assim, o PCP, tem funcionários bem pagos a tempo inteiro, defendendo os seus interesses mais imediatos, sem lhes pagar um unico tostão.

Senhores Professores

Consta que os Senhores Professores, a grande dificuldade que tem em prenecher as fichas de avaliação é a falta de tempo e a complexidade das mesmas.
Para a complexidade, a dificuldade é grande, pois estão habituados, ano após ano a darem sempre a mesma matéria que o seu intelecto não suporta alteração ao hábito enraizado.
Para a disponibilidade de tempo, a dificuldade está em arranjar mais um ou dois períodos de férias durante o ano, para então, calmamente, preencherem as fichas de avaliação.