16 novembro, 2009

Professores - Avaliação

Professores - a Lei é para ser cumprida.  Até foi assinada pelo Presidente da República.
Pode faltar-se ao respeito ao Primeiro Ministro, mas ao Senhor Presidente da República, NÃO...
Agora peçam contas ao Ministro dos Professores - Mário Nogueira

"A ministra da Educação, Isabel Alçada, afirmou hoje que os professores que não entregaram os elementos de avaliação não serão avaliados, acrescentando que “não se trata de uma questão de penalização”, mas de cumprir a lei." (Publico)

1 comentário:

Anónimo disse...

Parece que a simpática Ministra da Educação ainda não está por dentro dos assuntos que levaram os professores a contestar a imposição da "lei docente" de Sócrates.
Diz Isabel Alçada que não se trata de penalizar, mas de não avaliar. Ora, não avaliar não é penalizar?
Paradoxalmente os não avaliados é que estão do lado da razão, mas, a não ser radicalmente alterada a lei, quem tem razão é que sai prejudicado.
O que ainda está estabelecido não tem ponta por onde se lhe pegue. As medidas Socristas e Lurdescas que desestabilizaram todo o sistema não assentam em chão limpo, pelo que logo à partida se consporcaram.
O que fora estabelecido quanto ao Estatuto da Carreira Docente e à Avaliação dos Professores é fruto de três verdades: da ignorância relativamente à realidade na área do Ensino; de um propósito muito habitual na classe política governante, que é tentar fazer alguma coisa, muitas vezes desfazendo o que antes fuincionava melhor e tinha mais razão de ser; aproveitar a situação para baixar os orçamentos destinados ao sector em causa. Isto é incontestável!
Quanto ao Estatuto da Carreira Docente, a alteração tem de ser total. Não faz sentido haver professores titulares e professores não titulares, sobretudo por se saber que há docentes não titulares com mais experiência prática e pedagógia do que colegas na situação de titulares.
Por outro lado, é uma aberração haver professores avaliados por colegas de outras áreas curriculares que não entendem nada da disciplina de quem é avaliado.

Quanto *à afirmação de Isabel Alçada de que «não se trata de uma questão de penalização, mas de cumprimento da lei», pergunta-se:
Se quem entregou os elementos de avaliação, à semelhança do que vinha acontecendo há muitos anos, aliás, não tem problemas, quem os entregou sem anexar os tão propalados "objectivos individuais" tem? Pelos vistos parece que sim, consideranto o parecer das DREs, o que não faz sentido, pois estes objectivos devem ser entregues no início de cada ano lectivo, em função do diagnóstico feito por cada docente às suas turmas. E se desta vez não foram, isso se deveu ao contencioso entre os sindicatos e os responsáveis do Ministério e consequentes expectativas criadas entre a classe docente, e entregá-los intempestivamente não fazia nem faz sentido.
Acrescente-se, entretanto, que esta questão de penalização (não avaliação) não se coloca em todas as escolas do país, facto que depende dos diversos pontos de vista das diferentes directorias, pelo que seria infame a obdiência a critérios diferentes para uma mesma solução.
É necessáriuo que a nova Ministra da Educação entenda o problema para não prejudicar quem agiu de boa fé, no caso da não entrega dos objectivos, e consiga devolver à classe docente a motivação e o prazer de ensinar, confiante de que o sonho que um dia tiveram não se transforme definitivamente em pesadelo.
TENHO DITO