11 novembro, 2009

Professores - Carreira docente

Docentes

Alguem de bom senso pode aceitar ( a não ser os professores) que todos eles atinjam o topo da carreira em igualdade de circunstãncias?
Será que um negociador, por mais "burro" que seja, não argumenta que até os gémios irmãos, são diferentes em caracter, em capacidades, em inteligência, etc. etc.
Alguem de bom senso pode aceitar que um sindicalista, desses que foram uns milhares e que ainda hoje são umas centenas, possam chegar ao topo da carreira, não exercendo a sua função profissional durante 10, 20 ou 30 anos consecutivos?
Será que não há professores "burros" e professores "interligentes" ?  Quantos exemplos desses por nós passaram e continuam a passar?  Não só nos professores, mas em todas as profissões?
Isso não seria fazer um nivelamento pela bitola dos incompetentes?  Eo outros como ficavam?

FENPROF já tem plano e agenda


A Federação Nacional dos Professores (FENPROF) espera reunir já na próxima(esta) semana com a ministra da Educação, Isabel Alçada, e que neste período se inicie um processo de revisão do estatuto da carreira docente.

3 comentários:

Anónimo disse...

Não confundir professores com sindicalistas, embora eu tenha de louvar o trabalho destes.
Concerteza que há profissionais que não merecem atingir os patamares mais elevados, em termos de vencimentos (não falemos em "topo de carreira", porque aí todos chegarão se não se aposentarem antes do tempo).
Concerteza que os professores aceitam, como sempre aceitaram, ser avaliados.
NÃO CONCORDAM É COM OS MÉTODOS QUE O GOVERNO SOCRATES LHES QUIS IMPOR PARA O EFEITO.
Eu não me importo nada de ser avaliada, até gosto, para que vejam e reconheçam o meu trabalho.
Mas também não aceito, não posso concordar, não admito que quem nos governa ande a brincar connosco, enganando a opinião pública ao impor-lhe a sua própria opinião de onde só a retórica sobressai.
EU QUERO SER AVALIADA, MAS NÃO POR UM COLEGA. COMO NÃO ACEITO AVALIAR QUEM QUER QUE SEJA PARA ALEM DOS MEUS ALUNOS.
AVALIACAO SIM, MAS ASSENTE EM BASES CREDIVEIS E NAO NUMA ESPECIE DE JOGO ELIMINATORIO CUJO OBJECTIVO SE LIMITA A POUPANCA DE DINHEIROS PUBLICOS, PARA QUE ESTES SOBREM PARA QUEM NADA FAZ NESTE PAIS.
Professora do Segundo Ciclo.

Anónimo disse...

Um dos mais graves problemas que os professores hoje sentem, tem que ver com a avaliação. Nunca foram avaliados. Isso é um drama, é um atentado contra a sua integridade intelectual, pois presumem que tudo o que fazem é o melhor, o mais bem feito e não carece de qualquer tipo de censura, de avaliação, de demosntração de que precisam de ser actualizados qaunto aos seus métodos e meios de ensino. Então, todos os argumento são válidos para esconder essa frustação de serem obrigados a ser avalaidos.
Os dias de hoje não se compadecem com o imobilismo profissional. A todo o momento as empresas estão a sofrer alterações nos seus sisyemas de produção, de comercialização e de gestão.
Todos os vectores que são mais valias para a rentabilidade das empresas são confrontados com objectivos semestrais ou anuias de diversa ordem. A avaliação da concretização desses objectivos, origina naturalmente a sã concorrencia entre os diversos intervenientes.
Nas escolas tambem tem que ser assim. O laxismo não pode ser a bitola pela qual se gere o ensino.
Os professores tem que concorrer entre si, na formação, educação e instrução dos seus alunos. Os professores não são o fim da cadeia da educação, são um dos meios que a escola utiliza para formar o futuro doi país - os alunos.
Socrates, fez ou tentou fazer uma mudança no ensino e nos seus protagonistas. Mexeu em direitos adquiridos no sistema medieval implantado pelo PCP e suportado e impliados pelos diversos governos anteriores. Dai originou uma casta de professores, cuja profissão nunca passou pelas salas de aula, antes, pelos Sindicatos. Foram milhares deles, que nunca dando uma aula, fazendo o que queriam nas dezenas de sindicatos existentes, promoveram guerras sucessivas contra os governos e não deixando que algo se transformasse no ensino. Quando lhes tocaram nesses previlégios e uns milhares foram soltos do regabofe dos sindicatos, transformaram-se em autenticos agitadores sindicalistas profissionais, agora em parte-time.
Então, avaliação para esses que há 10 ou 20 anos fora das escolas, o que seria de avaliação?
Ser professor, não é ter garantia de ter "emprego garantido", mesmo para quem seja incompetente. E, todos sabemos que há muita incompetência na classe de professores.

Anónimo disse...

O seu comentário não deixa de ter um fundo de verdade, mas peca pela generalização em que o envolve e por algumas outras coisas que diz.
Não pretendo chamar-lhe mentiroso, mas o seu comentário também mente e confunde situações, misturando empresas com a Escola.
Bastaria este último ponto para dissertar em seu desfavor, mas chamo-lhe somente a atenção para o facto de que um conceito não pode confundir-se com o outro. É a tentativa de fazer com que isso aconteça que está a destruir os valores humanísticos da Instituição Educativa.
Passando adiante, vou precisamente ao início do seu comentário para lhe dizer que está errado quando afirma que «um dos mais graves problemas que os professores hoje sentem, tem que ver com a avaliação», acrescentando que «nunca foram avaliados». Não leu o meu comentário? Não leu o comentário de uma professora aposentada de há uma semana atrás? Ou não os soube ler?
Não é capaz de perceber que não é a avaliação que aflige os professores, mas sim os moldes em que o governo a quer impor?
A certa altura afirma que «ser professor não é ter garantia de emprego garantido». Vê-se que não sabe o que diz, pois só é professor quem já está colocado como tal, ou seja, empregado. E só um processo disciplinar ou judicial o afastará desse emprego. Não é professor quem sai das faculdades pronto a dar aulas. É professor quem, por concurso público, for colocado para desempenhar efectivamente tais funções.
Fala também na «frustração de serem obrigados a ser avaliados».
Eu não me sinto nem nunca me senti frustrada por ser avaliada ao longo do tempo. Sinto é pena de quem nos governa sem saber o que faz, e sinto pena de quem faz comentários sem saber do que fala.
«Laxismo» nas escolas, como sugere no seu comentário? Mas por onde tenho passado (ao longo da minha carreira já foram bastantes escolas) nunca me dei conta dele. Será que tenho estado a dormir?
Quanto a Sócrates, já que a ele o caro comentador se refere, oferece-me dizer-lhe que ele tentou fazer o que não sabe, o que não é capaz. E os direitos dos professores em que ele mexeu são mais que legítimos. Como alguém disse aí para trás, Sócrates só desfez o pouco que ainda se aproveitava.
Leia de novo o meu comentário.
E já agora, pegando nas palavras com que comecei, parecendo dar ao caro comentador alguma razão, devo acrescentar que mesmo os incompetentes, que os há na minha classe profissional, trabalham, e trabalham muito, geralmente bem mais do que qualquer outro profissional de similar estatuto nos serviços públicos e mesmo privados. Não sabia? E esses são sempre muito bons...
Já me esquecia: não confunda professores com sindicatos.

Professora do 2º Ciclo.