Não era para acreditar, mas aconteceu.
Num destes dias a SIC seguiu as pisadas da CMTV e vai daí lançou e pos noar um programa sobre josé Sócrates.
Nada de novo terá apresentado ou melhor, talvez um pouco mais do que a CMTv tem oferecido aos seus habituais clientes televisivos.
Mas... seria mesmo necessário um programa deste tipo e com aquela dimensão?
23 janeiro, 2015
21 janeiro, 2015
Jose Socrates nas redes Sociais
José Sócrates foi a personalidade mais mencionada das redes sociais em Dezembro, ultrapassando Cristiano Ronaldo, dá conta a Marktest em comunicado enviado às redacções.
SNS - morrer na urgência é banal
Pois é isso mesmo que se depreende de todos os responsáveis políticos que tem vindo a público falar sobre o tema.
Pois é isso mesmo - morrer nas urgências é natural. Pior está a tornar-se banal.
Estes são os que se conhecem nas urgências e resta colocar em dúvida os que morrem nos "serviços" dos hospitais!
Alguém acredita que estes políticos estão a falar verdade e com honestidade?
Correio da Manhã - curiosidade!
Hoje não fala de Sócrates.
Será que a teta que fornecia as informações já secou com o "desabafo" de Camões do Jornal de Notícias que "entalou" com todas a letras o CM?
Vamos aguardar mais uns dias para saber o que a Sra da Procuradoria Geral da República adianta mais um inquériti.
E se não o fizer?
Será que a teta que fornecia as informações já secou com o "desabafo" de Camões do Jornal de Notícias que "entalou" com todas a letras o CM?
Vamos aguardar mais uns dias para saber o que a Sra da Procuradoria Geral da República adianta mais um inquériti.
E se não o fizer?
20 janeiro, 2015
Paulo Portas - o malabarista
Portas um malabarista das palavras - o TC é que obrigou o Governo a repor
O vice-primeiro ministro, Paulo Portas, disse hoje que “as pessoas vão perceber nos recibos” de salários e pensões os sinais de recuperação da economia, que está a ser feita “com os pés assentes na terra”.
O vice-primeiro ministro, Paulo Portas, disse hoje que “as pessoas vão perceber nos recibos” de salários e pensões os sinais de recuperação da economia, que está a ser feita “com os pés assentes na terra”.
Afonso Camões escreve o que lhe disseram
Com uma vénia aqui publicamos na integra o post de Estrela Serrano no Vai e Vem.
Sócrates e as “virgens púdicas” do jornalismo
Publicado em Janeiro 19, 2015 por estrelaserrano@gmail.com
O advogado de José Sócrates foi à SIC e voltou a dar “baile” ao entrevistador. O tema é o incontornável editorial de Afonso Camões no Jornal de Notícias desta segunda-feira. O caso conta-se em duas palavras:
Afonso Camões, actual director do Jornal de Notícias (JN) foi escutado a falar com Sócrates, de quem é amigo, em Maio de 2014, informando-o de que estava a ser investigado e na iminência de ser preso. A notícia é do Correio da Manhã (CM). As escutas (sempre elas, se não houvesse telefones os procuradores e o juiz de instrução só prendiam alguém em flagrante delito) dizem também que Sócrates influenciou a nomeação de Camões para director do JN e que se ofereceu para angariar apoios financeiros para o grupo Controlinveste, hoje dirigido por Proença de Carvalho (ex-advogado de Sócrates) que, por seu turno, teria pressionado o presidente da ERC, chamando-o ao seu escritório para que aprovasse as queixas que Sócrates moveu contra o Correio da Manhã por notícias sobre a sua vida privada em Paris.
Tanto bastou para que algumas virgens púdicas do jornalismo se mostrassem escandalizadas porque, no fundo, acham que ser amigo de Sócrates é crime. Elas, as “virgens púdicas”, nunca foram nem são amigas de políticos, de banqueiros, de empresários, de procuradores, de juízes. etc.. (como se vê todos os dias com as fugas para o CM, i e SOL e se viu no caso BES, em que o banqueiro dono disto tudo convidava os jornalistas amigos para ricos passeios). Aliás, já quando o novo director da TVI, Sérgio Figueiredo, escreveu um artigo dizendo que é amigo de Sócrates houve quem lhe caísse em cima e visse na sua nomeação para a TVI uma conspiração pró-Sócrates. As “virgens púdicas” do jornalismo não são amigas do poder, são amigas dos trabalhadores, não dos patrões. Almoçam, jantam e viajam com calceteiros, alfaiates, empregados do comércio, quiçá, sem abrigo. Só falta às “virgens púdicas do jornalismo” dizerem que não conhecem, nunca viram nem sabem quem é José Sócrates!
As “virgens púdicas” do jornalismo que chegam a cargos importantes dentro ou fora de jornais, rádios e televisões, acham que os mereceram só pelo seu valor facial, nunca porque alguém deu “uma palavrinha” e os recomendou a quem os podia nomear. E nunca telefonaram a um político seja primeiro-ministro, ministro ou presidente da república, para lhe darem uma informação (que não publicaram, mas sabiam). E acham que um grupo privado não pode nomear quem quer para director de um órgão de comunicação social do seu grupo, nem pode receber um conselho ou uma recomendação de um amigo que foi primeiro-ministro.
Esta conversa sobre os atentados-de-Sócrates-contra-o estado-de-direito e controle da comunicação social é boa para despistar o que é relatado no editorial de Afonso Camões no JN de hoje. Diz Camões que a informação que deu a Sócrates lhe foi dada por um jornalista do CM, que a recebera de um colega do mesmo jornal vinda da equipa do procurador e do juiz de instrução do processo Sócrates. Ora, essa notícia não foi na altura publicada pelo Correio da Manhã, o que é estranho tratando-se de uma “bomba”. Só pode concluir-se, confirmando o que é claro para todos, que o procurador Teixeira e o juiz Alexandre têm uma relação de cumplicidade e confiança com o Correio da Manhã, claramente violadora da independência da justiça.
Perante o editorial de Afonso Camões, a Procuradoria-Geral divulgou um comunicado onde ignora a afirmação de Camões sobre a origem da informação que deu a José Sócrates, de ele estar a ser investigado e ir ser detido .
Como diria o outro… esta história ainda agora começou…
Sócrates e as “virgens púdicas” do jornalismo
Publicado em Janeiro 19, 2015 por estrelaserrano@gmail.com
O advogado de José Sócrates foi à SIC e voltou a dar “baile” ao entrevistador. O tema é o incontornável editorial de Afonso Camões no Jornal de Notícias desta segunda-feira. O caso conta-se em duas palavras:
Afonso Camões, actual director do Jornal de Notícias (JN) foi escutado a falar com Sócrates, de quem é amigo, em Maio de 2014, informando-o de que estava a ser investigado e na iminência de ser preso. A notícia é do Correio da Manhã (CM). As escutas (sempre elas, se não houvesse telefones os procuradores e o juiz de instrução só prendiam alguém em flagrante delito) dizem também que Sócrates influenciou a nomeação de Camões para director do JN e que se ofereceu para angariar apoios financeiros para o grupo Controlinveste, hoje dirigido por Proença de Carvalho (ex-advogado de Sócrates) que, por seu turno, teria pressionado o presidente da ERC, chamando-o ao seu escritório para que aprovasse as queixas que Sócrates moveu contra o Correio da Manhã por notícias sobre a sua vida privada em Paris.
Tanto bastou para que algumas virgens púdicas do jornalismo se mostrassem escandalizadas porque, no fundo, acham que ser amigo de Sócrates é crime. Elas, as “virgens púdicas”, nunca foram nem são amigas de políticos, de banqueiros, de empresários, de procuradores, de juízes. etc.. (como se vê todos os dias com as fugas para o CM, i e SOL e se viu no caso BES, em que o banqueiro dono disto tudo convidava os jornalistas amigos para ricos passeios). Aliás, já quando o novo director da TVI, Sérgio Figueiredo, escreveu um artigo dizendo que é amigo de Sócrates houve quem lhe caísse em cima e visse na sua nomeação para a TVI uma conspiração pró-Sócrates. As “virgens púdicas” do jornalismo não são amigas do poder, são amigas dos trabalhadores, não dos patrões. Almoçam, jantam e viajam com calceteiros, alfaiates, empregados do comércio, quiçá, sem abrigo. Só falta às “virgens púdicas do jornalismo” dizerem que não conhecem, nunca viram nem sabem quem é José Sócrates!
As “virgens púdicas” do jornalismo que chegam a cargos importantes dentro ou fora de jornais, rádios e televisões, acham que os mereceram só pelo seu valor facial, nunca porque alguém deu “uma palavrinha” e os recomendou a quem os podia nomear. E nunca telefonaram a um político seja primeiro-ministro, ministro ou presidente da república, para lhe darem uma informação (que não publicaram, mas sabiam). E acham que um grupo privado não pode nomear quem quer para director de um órgão de comunicação social do seu grupo, nem pode receber um conselho ou uma recomendação de um amigo que foi primeiro-ministro.
Esta conversa sobre os atentados-de-Sócrates-contra-o estado-de-direito e controle da comunicação social é boa para despistar o que é relatado no editorial de Afonso Camões no JN de hoje. Diz Camões que a informação que deu a Sócrates lhe foi dada por um jornalista do CM, que a recebera de um colega do mesmo jornal vinda da equipa do procurador e do juiz de instrução do processo Sócrates. Ora, essa notícia não foi na altura publicada pelo Correio da Manhã, o que é estranho tratando-se de uma “bomba”. Só pode concluir-se, confirmando o que é claro para todos, que o procurador Teixeira e o juiz Alexandre têm uma relação de cumplicidade e confiança com o Correio da Manhã, claramente violadora da independência da justiça.
Perante o editorial de Afonso Camões, a Procuradoria-Geral divulgou um comunicado onde ignora a afirmação de Camões sobre a origem da informação que deu a José Sócrates, de ele estar a ser investigado e ir ser detido .
Como diria o outro… esta história ainda agora começou…
Jornais e pasquins
Foi desmentida a notícia, por um advogado de um visado, colocada num jornal.
A ser verdade que a notícia não era verdadeira, que vai acontecer ao dito Jornal?
Nada?
Mas, um qualquer jornal, pode colocar uma notícia mentirosa atentatório contra o bom nome e a reputação de quem quer que seja, sem ser penalizado ou pelo menos, sem ser chamado à atenção?
Em Portugal pode.
Viagem de Sócrates a Camões e ao CM
Ontem o advogado de José Sócrates deu uma entrevista à SIC - até agora, só vimos uma pequena passagem, mas deu para perceber que as palavras do advogado e ditas por quem é, são muito graves para a nossa Justiça.
Pensamos nós.
Ficou-se a saber que os "bufos" para os jornais, não devem ser o porteiro ou a senhora da limpeza daqueles departamentos da Justiça.
Será que vai haver mais um inquérito, mais alguém chamado à Justiça para declarar o que sabe, como soube e por quem?
Não acreditamos que tal aconteça, porque na verdade o que está a acontecer é tão grave que deve merecer o agravo de todos os que pensavam que "ainda" acreditavam na Justiça.
Neste país há quintas cujos "donos" as cercam com muros e vedações tão altas que nem com drones se consegue saber o que por lá por dentro se passa.
A Justiça é um bem do Estado e o estado é pertença da Nação, de todos. Em Portugal deveria ser pertença de todos os portugueses, mas parece não ser.
A Justiça tem que demonstrar que isso não é verdade e não o tem feito, antes pelo contrário.
19 janeiro, 2015
Poder e compra em baixo
Contas
Trabalha no privado?
Perdeu 11%.
Se for no Estado, perdeu o dobro
Como pode a economia crescer com estes valores e a situação em que se encontram os desempregados?
Generais. a mais
Sempre temos defendido que não justifica que este pequeno país, tenha agora os generais que tem.
Supostamente mais que quando da Guerra de África.
Supostamente mais que quando da Guerra de África.
"O número de generais ao serviço das Forças Armadas vai ser substancialmente reduzido, de acordo com legislação publicada, que visa concentrar recursos, extinguir serviços e dar conteúdo mais racional à cadeia de comando, segundo fontes militares ouvidas pelo JN. O número de tenentes-generais no ativo, o topo da hierarquia, com exceção dos chefes militares, é reduzido dos atuais 21 para 12, passando o Exército de oito para quatro, a Marinha de sete para quatro e a Força Aérea de seis para quatro."
Joana Marques Vidal com Camões
Joana Marques Vidal aconselhou-o a arranjar advogado
O ataque à minha reputação, mas sobretudo à independência e à credibilidade do nosso Jornal de Notícias, levaram-me a pedir uma audiência à Senhora Procuradora-Geral da República. Joana Marques Vidal recebeu-me quinta-feira à tarde, dia 15, na presença do meu diretor-executivo e do diretor do Departamento Central de Investigação e Ação Penal, Amadeu Guerra, que tutela a investigação ao caso Sócrates, liderada pelo procurador Rosário Teixeira e pelo juiz Carlos Alexandre.
Narrei à procuradora parte dos factos aqui descritos. Mostrei-lhe séria preocupação pela intentona em curso, lesiva e violadora dos meus direitos, liberdades e garantias, e, sobretudo, o gravíssimo atentado à credibilidade deste JN centenário, que atravessou regimes e revoluções, mas que não é nem nunca poderá ser utilizado como instrumento de uma qualquer guerra empresarial, na disputa pelo controlo dos média portugueses.
Falei a Joana Marques Vidal das escutas de que estaria a ser alvo, da violação do segredo de justiça, da tentativa de condicionamento da minha liberdade enquanto diretor de jornal e jornalista, e da necessidade de a procuradora-geral, como guardiã dos direitos dos cidadãos, atuar para impedir esta violência e a continuação destes crimes. Disse-nos nada poder fazer e, candidamente, aconselhou-nos a consultar um advogado...
Carlos Alexandre e Rosário Teixeira falam com os jornalistas
Sim eles falam com os jornalistas
"E dizem que o avisei que ia ser detido. E que terá sido em maio, quando eu integrava a comitiva do presidente da República à China e a Macau. Ora, se o avisei, e se foi em maio, eu era administrador e presidente da Agência Lusa. Logo, não estava jornalista, muito menos diretor do nosso Jornal de Notícias. E, pelos vistos, nem sequer havia processo.
É verdade: disse-me um jornalista do grupo empresarial da Coisa que a prisão de Sócrates estava iminente. Esse mensageiro cometeu um erro: quando se tem uma informação relevante, o primeiro dever de cidadão de um jornalista livre, pesados os seus direitos e responsabilidades, é para com os seus leitores.
Ele deveria ter publicado a informação, que lhe veio, disse-me depois, por um seu camarada, diretamente da investigação, liderada pelo juiz Carlos Alexandre e pelo procurador Rosário Teixeira. Erro maior, criminoso, é ser verdade essa possibilidade: que a fuga de informação veio dos agentes da justiça, ou seja, de onde menos podemos admitir que se cometam crimes de violação do segredo de justiça.
Sim, eles falam com jornalistas"
Afonso Camões - jornalista explica defendendo-se do pasquim
Estado não cumpre e assobia para o lado
AFONSO19.01.2015 CAMÕES
O Estado português deixa que se violem sistematicamente o segredo de justiça e o direito de reserva da vida privada, e assobia para o lado. Posso testemunhá-lo. Disse isso mesmo à Senhora Procuradora-Geral da República, de quem se espera que seja a guardiã dos direitos de cidadania. E que faça o que lhe compete.
Explico-me.
Primeiro, o romance de cordel.
Desconheço a dimensão da matilha, mas sei que, ainda que pouco inteligente, obedece ao dono que a mandou ir "chatear o camões". Só percebeu a terminação, mas veio. Literalmente.
Razões sanitárias inibem-me de dizer o nome da Coisa publicada que nas últimas horas, e provavelmente nas próximas, mente com todas as letras, procurando atingir o meu nome, Afonso Camões, e, por esta via, tentar minar os laços de confiança e de credibilidade na relação com os leitores que fazem do Jornal de Notícias um grande jornal nacional, sustentável, vencedor e orgulhoso da sua pronúncia do Norte.
A Coisa publicada - que lidera em Portugal o triste campeonato das condenações e dos crimes por difamação, abuso de liberdade de imprensa, de violação do direito de reserva da vida privada e outras malfeitorias escritas que tais - mente e manipula, sabe que o está a fazer, mas vai ter que responder por isso, mais uma vez. Associa-nos a um fantasioso plano conspirativo para a tomada do poder na comunicação social, a mando do antigo primeiro-ministro José Sócrates. Esse mesmo, aperreado há 59 dias sem culpa formada, detido preventivamente por suspeitas de corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal.
A "novidade" que trazem, de mau "jornalismo", é velha de mais de 40 anos, tantos quantos os da relação de amizade que mantenho, com gosto e desde a minha juventude, com Sócrates.
E dizem que o avisei que ia ser detido. E que terá sido em maio, quando eu integrava a comitiva do presidente da República à China e a Macau. Ora, se o avisei, e se foi em maio, eu era administrador e presidente da Agência Lusa. Logo, não estava jornalista, muito menos diretor do nosso Jornal de Notícias. E, pelos vistos, nem sequer havia processo.
É verdade: disse-me um jornalista do grupo empresarial da Coisa que a prisão de Sócrates estava iminente. Esse mensageiro cometeu um erro: quando se tem uma informação relevante, o primeiro dever de cidadão de um jornalista livre, pesados os seus direitos e responsabilidades, é para com os seus leitores.
Ele deveria ter publicado a informação, que lhe veio, disse-me depois, por um seu camarada, diretamente da investigação, liderada pelo juiz Carlos Alexandre e pelo procurador Rosário Teixeira. Erro maior, criminoso, é ser verdade essa possibilidade: que a fuga de informação veio dos agentes da justiça, ou seja, de onde menos podemos admitir que se cometam crimes de violação do segredo de justiça.
Sim, eles falam com jornalistas!
Durante meses, o caso parecia ter ficado por ali.
Mas basta uma pequena ponta de verdade para sobre ela fazer cair a sombra de uma grande mentira. Depois da detenção de José Sócrates, a 21 de novembro, mas comentada há meses nos meios políticos e jornalísticos, começou a circular nos corredores da intriga que eu teria avisado o antigo primeiro-ministro da sua iminente detenção. Mas, agora, já como diretor do JN, o que configuraria uma grave violação do Código Deontológico. A mentira chegou, plantada, a vários jornais, mas teve sempre perna curta.
O ataque à minha reputação, mas sobretudo à independência e à credibilidade do nosso Jornal de Notícias, levaram-me a pedir uma audiência à Senhora Procuradora-Geral da República. Joana Marques Vidal recebeu-me quinta-feira à tarde, dia 15, na presença do meu diretor-executivo e do diretor do Departamento Central de Investigação e Ação Penal, Amadeu Guerra, que tutela a investigação ao caso Sócrates, liderada pelo procurador Rosário Teixeira e pelo juiz Carlos Alexandre.
Narrei à procuradora parte dos factos aqui descritos. Mostrei-lhe séria preocupação pela intentona em curso, lesiva e violadora dos meus direitos, liberdades e garantias, e, sobretudo, o gravíssimo atentado à credibilidade deste JN centenário, que atravessou regimes e revoluções, mas que não é nem nunca poderá ser utilizado como instrumento de uma qualquer guerra empresarial, na disputa pelo controlo dos média portugueses.
Falei a Joana Marques Vidal das escutas de que estaria a ser alvo, da violação do segredo de justiça, da tentativa de condicionamento da minha liberdade enquanto diretor de jornal e jornalista, e da necessidade de a procuradora-geral, como guardiã dos direitos dos cidadãos, atuar para impedir esta violência e a continuação destes crimes. Disse-nos nada poder fazer e, candidamente, aconselhou-nos a consultar um advogado...
Diz a Coisa publicada que foi Sócrates que me fez diretor do Jornal de Notícias.
Sou honrosamente diretor deste grande jornal, com o voto unânime do seu Conselho de Redação, depois de ter aceitado o convite dos meus administradores, com o apoio do Conselho de Administração deste grupo empresarial. É perante eles que respondo. E é aos nossos leitores que dou a cara, cada dia.
Aqueles que se cruzaram comigo ao longo de 35 anos de carreira, que me orgulha a mim, aos meus filhos e amigos, sabem a massa de que sou feito.
Trabalhei com zelo e lealdade sob Freitas Cruz, Feytor Pinto, Marcelo Rebelo de Sousa, José Miguel Júdice, Francisco Balsemão, Cunha Rego, Vasco Rocha Vieira. Nos últimos anos, enquanto administrador da Lusa, trabalhei sob sete ministros, ao longo de três governos de diferentes famílias.
Não sou de deixar ninguém para trás. E guardo em casa, entre outras honrarias, a medalha de mérito da minha terra e a Medalha de Mérito Profissional que me foi atribuída em nome do Estado português.
Mas voltemos à audiência na Procuradoria-Geral da República. O diretor do DCIAP, Amadeu Guerra, considera que "não há política neste caso" e, sem que eu o tivesse questionado, sublinhou a confiança dos seus "homens no terreno" (estou a citá-lo), negando, primeiro, ter ouvido as escutas, mas, depois, confirmando ter ouvido mas não tudo.
No dia seguinte, a 16, a Coisa publicada bradava o primeiro folhetim da fantasia conspirativa, pretendendo atingir o presidente do Conselho de Administração da Global Media, Daniel Proença de Carvalho, e os seus administradores.
Quem é essa gente, que atira a pedra escondendo a mão?!
Há mais de 400 anos, Filipe II de Castela, aquele que residiu em Lisboa, topou-lhes o caráter nos avoengos, em carta enviada à mãe para Madrid: gente rasteirinha, daqueles que "sofrem mais com a ventura alheia do que com a dor própria". Dói-lhes de inveja que sejamos sãos, a crescer e melhores do que eles. E estão outra vez enganados: aqui, na casa, cumprem-se regras herdadas de gerações de grandes jornalistas, ao longo de 127 anos, e gostamos de roçar a nossa na língua portuguesa. Mas antes mortos do que na imundície em que esgravatam.
Mais luz sobre este lance põe a descoberto, também, o mais sujo e antigo dos truques das guerras comerciais que todos conhecemos: atirar lama sobre os produtos e as empresas da concorrência, para ganhar vantagem no mercado. É nessas práticas que se revelam os carateres.
Não disputaremos tal terreno.
A liberdade de imprensa não pode ser utilizada em nome do lucro ou de agendas empresariais. Nada é mais importante do que a liberdade. E são ignóbeis quaisquer tentativas de submeter a liberdade a agendas pessoais - sejam elas privadas, ou mesmo públicas.
Não podemos permitir que, a coberto de um caso mediático, empresas nossas concorrentes utilizem a mentira para tentarem ganhar vantagem.
A meses de duas eleições que convocam os portugueses para importantes escolhas, a quem aproveita a tentativa de condicionamento do JN?
Este jornal tem critérios e depende exclusivamente deles. São os da ética e do rigor profissional. Não tem ambições políticas e é indiferente a quem as tiver. Não deve obediências a partidos, autarquias, clubes, empresas ou qualquer sacristia. Mas não é nem será neutral na defesa das grandes causas, pela liberdade e dignidade do homem como medida de todas as coisas.
Contra o centralismo, a miséria, a ignorância, a inveja e a tirania, não gostamos do jornalismo mole, narcótico ou redondinho. Ao contrário, apreciamos e procuraremos acolher e cultivar a prosa culta, comprometida, por vezes revoltada - e sempre, sempre inconformada. Um jornal são milhões de palavras. E quem as escreve escreve-se a si também, no seu registo histórico.
O JN é um exercício de memória contra o esquecimento. Na batalha contra as desigualdades e na afirmação da solidariedade inclusiva, em primeiro lugar na relação de vizinhança, aí esteve e aí estará sempre o Jornal de Notícias.
Como eu compreendo o Papa Francisco quando, há poucos dias, disse que se alguém lhe ofendesse a mãe "deveria estar preparado para levar um soco". Por mim, hesito em ir às fuças cobardes de quem me quer ofender, porque resisto à ideia de meter as mãos na enxovia.
Até lá, o Senhor lhes perdoe, que eu não posso
JN não perdoa ao CM
Comunicado do Conselho de Redação do "Jornal de Notícias"
No dia 17 de janeiro de 2015, o jornal "Correio de Manhã" publicou um trabalho de quatro páginas em que o "Jornal de Notícias" e o seu diretor, Afonso Camões, são diretamente visados. O JN é envolvido num alegado plano de controlo da Comunicação Social por parte do antigo primeiro-ministro José Sócrates destinado a "calar e travar jornalistas incómodos".
O Conselho de Redação não pode deixar sem resposta tal ataque à reputação e credibilidade do Jornal de Notícias e do seu diretor.
Reunido, no dia 18 de janeiro, o Conselho de Redação do Jornal de Notícias, de forma unânime, afirma:
1 - A credibilidade do JN, conquistada ao longo de 127 anos, está plasmada no trabalho que diariamente chega aos leitores. Não pode ser colocada em causa por demandas estratégicas que violam as mais elementares regras éticas e deontológicas.
2 - A guerra de audiências e a disputa do mercado da comunicação não pode acobertar tudo. Não pode ser feita à custa de ataques pessoais, mentiras, meias verdades e manipulações que visam única e exclusivamente minar a credibilidade da concorrência. E, acima de tudo, não pode ser feita usando o bem maior que é a informação, servindo-a contaminada, distorcida e apresentada como factual, quando na realidade apenas serve objetivos empresariais. O jornalismo sério não é isso.
3 - A Redação confia no projeto que está em curso no Jornal de Notícias e continuará a trabalhar de forma isenta, ética e responsável.
Porto e Jornal de Notícias, 18 de janeiro de 2015
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