10 maio, 2011
O Jumento escreve assim:
Concordo com a ideia e até proponho que o museu tenha o nome de Dias Loureiro em homenagem ao homem cujo nome ficará na história de Portugal ao lado do de Alves dos Reis, o primeiro foi o maior burlão do século XX português, o segundo ficará associado à maior fraude do século XXI.
Quanto à localização sugiro o Centro Cultural de Belém, o mesmo onde nos tempos de primeiro-ministro Cavaco Silva fazia cerimónias de exibição das resmas de novos militantes do PSD, em geral gente que se tinha inscrito no partido a troco de uma chefia no Estado ou de outros favores. Além disso, porque o próprio centro foi construído num tempo de défices volumosos e, portanto, com dinheiro emprestado.
Desta vez acho que o governo não deve deixar Cavaco Silva de fora das inaugurações, ele que costumava dedicar os últimos meses de governo a fazer inaugurações, uma prática que Alberto João tão bem soube manter. Aliás, Alberto João deve ser um convidado de honra na inauguração pelo “pai do monstro”, como uma vez Miguel Cadilhe apelidou Cavaco Silva.
O próprio Cavaco Silva poderia oferecer o seu espólio ao museu, assim os portugueses poderiam ver as famosas acções na SNL cujos lucros vão ser pagos pelos portugueses ao FMI. O contributo do espólio de Cavaco para este museu seria tão grande que quase faz sombra à colecção de arte moderna do Joe Berardo, que ficaria ali ao lado. Teríamos os acordos de concertação conseguidos à custa de benesses nos regimes de reformas e aposentações, a decisão de autorizar os funcionários públicos a comprarem anos de serviço para efeitos de aposentação, os projectos da Expo, da ponte Vasco da Gama e muitos outros que acabaram por ser realizados nos governos de António Guterres e que também serão pagos ao FMI.
Entre os convidados, teremos o inevitável Alberto João que doará ao museu peças de grande valor como a dívida da Madeira, os prejuízos provocados às receitas do Estado pela zona franca e até pode ser que se lembre de oferecer um sifão como símbolo do enriquecimento rápido gerado pelo desenvolvimento da região ou um dos calhaus que destruíram a baixa do Funchal e que o levou a andar uns tempos da lamber os sapatinhos do José Sócrates a troco de mais uns milhões que também teremos de cobrar ao FMI.
Mas também ser convidada a dra. Manuela Ferreira Leite que não se esquecerá de oferecer para o museu o original da cópia do contrato de venda das dívidas fiscais a um juro muito superior cobrado pela dívida portuguesa no mercado secundário e que o governo de Sócrates pagou. Ao seu lado deverão estar personalidades relevantes como o Conselheiro de Estado Bagão Félix que aldrabou as contas do défice, autarcas como o de Vila Real de Santo António que andaram a mandar velhinhos a Cuba, o hiper-merceeiro, um dos que mais lucraram com o crédito ao consumo.
Para curador do museu a escolha de António Barreto é inevitável, depois de presidir a todas as comissões do cavaquismo presidencial é a personalidade que melhor assegura a presença permanente do pai de um monstro que agora tem a forma de Museu.
Proponho ainda que as receitas dos bilhetes de ingresso seja entregues à família AMI.
09 maio, 2011
Passos Coelho – recordar palavras suas
O homem, mente mesmo.
"Passos Coelho explicou na RTP porque omitira aos portugueses que se havia encontrado com o PM nas vésperas de o governo se apresentar ao ECOFIN para subscrever o PEC IV.
Porque essa fora a combinação com o PM, disse.
Mas tempos antes Passos Coelho sugerira aos portugueses que não voltaria a entrar em combinações com o PM sem testemunhas.
E afinal voltou.
E por isso passa a ideia de que omitiu o encontro para não deixar que se percebesse que, afinal, voltara atrás."
08 maio, 2011
Socrates
Não tendo competência ou argumentos para ganhar eleições, a direita vira-se a solução que está mais à mão: se não os consegues vencer, prende-os!
Começou com a tentativa de envolvimento de Ferro Rodrigues na Casa Pia, prosseguiu e aprofundou-se com Sócrates e com os casos Freeport ou Face Oculta. Agora voltam à carga com o sonho de ver o líder político que os afronta na cadeia: Catroga diz que “Governo de Sócrates devia ir a tribunal”. Estou certo que o caso Freeport ou outro qualquer ainda vai voltar à tona antes de 5 de Junho.
Se fosse há 40 anos, tudo seria mais simples: Sócrates estaria a esturricar no Tarrafal e assunto encerrado."
PCP - gente gira
Comentário à notícia do Expresso
"Contem contigo e com o teu partido para uma política de esquerda?
Já sei! Podemos contar contigo e com os sindicatos que te estão afectos para fazerem greves em empresas falidas, do Estado. Podemos contar contigo para virar trabalhadores contra patrões e defender quem nunca gostou de trabalhar. Podemos também contar contigo e com o teu partido para aprovar mordomias na A. R. conjuntamente com todos os outros partidos.
A mim não me enganas tu... a panela ao lume e o arroz está cru. Já me enganaste....mas, long time ago..."
Maria João Avilez
Continua, sempre que pode, e pode muitas vezes, a dizer mal de Sócrates e do PS.
Vai continuar a sua triste sina, ainda por muito mais tempo. Será?
Portas
"Eu sei que há muita gente que está indecisa. Há muita gente que sabe que não é possível votar no PS, porque nos trouxe ao ponto a que nós chegámos, e há também muita gente que sabe que o PSD não é convincente e que não merece o prémio de um voto",
Pedro Pasos Coelho - promessas
Provas de aferição
motivos sindicais, apenas por razões políticas.
Claro que sendo um instrumento para se aferir das fraquezas nas aprendizagens, pode por em causa a competencia dos professores e estes não querem que tal aconteça.
Os sindicatos dão a habitual ajuda, dar cobertura aos incompetentes.
"As provas de aferição não contam para a nota final do aluno, mas são um instrumento para as escolas identificarem fraquezas nas aprendizagens. Segundo a Associação de Professores de Português (APP), tanto a prova do 4.º ano como a do 6.º foram "muito claras e objectivas", o que irá permitir alcançar o que se pretende com testes deste tipo, ou seja, "aferir a situação dos alunos". O conteúdo de ambas as provas está "dentro do programa" e estas "estão adequadas ao nível etário dos alunos" que as realizaram, frisou a presidente interina da APP, Edviges Ferreira: são provas que permitem aos alunos "mostrar o que valem". "
Louçã
7 Maravilhas gastronómicas
"Os portugueses podem, a partir de hoje, votar nas 7 Maravilhas da Gastronomia, que incluem pratos como coelho à caçador, chanfana, pastel de Belém, alheira de Mirandela, amêijoas à Bulhão Pato, bacalhau à Gomes de Sá ou açorda à alentejana."
Passos Coelho lança a escada ao CDS
Desta vez está a lançar a escada ao CDS. Neste dia a bússula apontou para o CDS.
"Durante uma visita à feira agropecuária Ovibeja, acompanhado por uma vasta comitiva, o líder do PSD disse também que conta «com o CDS» para esse governo «mais alargado», se «essa for a vontade» do partido liderado por Paulo Portas. "
07 maio, 2011
António Barreto no seu melhor
Para ler com atenção este respostade António Barreto.
Está a considerar o Continente como a Madeira, Sócrates como Jardim?
Que se passa na cabeça deste homem?
" Mas as sondagens apontam para uma aproximação entre o PS e o PSD.
O que lhe estou a dar é a minha opinião. É possível que um partido que desempenhou funções de governo durante tantos anos - apesar dos disparates, da demagogia e dos erros - tenha uma parte da população que lhe seja afecta, porque são os seus empregos, são os seus interesses, são as suas colocações... "
Cavaco e o discurso paralítico
Não passa do mesmo.
Parece que está a ler uma das antigas redacções que se faziam na escola primária ou carta que se escrevia à familia, em que o começo, o meio e o fim, são sempre os mesmos.
Cavaco Silva, enquanto duraram as negociações, ficou calado. Depois de tudo acabado, tal padre de aldeia, no seu pulpito, dita o seu ssermão.
Muito mal para ser verdade
O PS vai ganhar a novas eleições
«Durante dias a fio, políticos, jornalistas e comentadores, pintaram a situação do país o mais negro possível, que vinha aí o dilúvio, que iam cortar salários, acabar com as pensões, despedir em massa.
Na ânsia de dizer o pior possível do primeiro-ministro nem se deram conta de que estavam afinal a criar as condições para ajudar Sócrates a recuperar folgo. Aquilo que parecia uma impossibilidade há algumas semanas é agora o mais provável. O PS vai ganhar as próximas eleições.
Isto deve-se, antes de tudo, ao amadorismo político do atual PSD. O afogadilho de chegar ao poder tem levado este partido a cometer erros atrás de erros. O PSD esteve mal ao deitar abaixo o governo abrindo uma crise política irresponsável. Esteve mal, muito mal, durante o período de negociação com a troika em que tudo fez para prejudicar a posição portuguesa. Mal na escolha dos candidatos; pior ainda ao prometer lugares e benesses antes das eleições; péssimo porque não consegue apresentar uma única ideia coerente.
Como se isto não bastasse, a promoção do inenarrável Dr. Catroga a número dois do partido e aspirante a ministro das Finanças, tem-se revelado desastrosa. Já ouvi um comentário dizer que Catroga faz lembrar aqueles idosos que entram em contramão na autoestrada. De facto, o homem não parece viver no mundo real. O discurso é titubeante, desregrado, repleto de dislates. Talvez por isso escreva tantas cartas. Mas estas não são menos incoerentes. Passou os dias a dizer mal do país, a mandar recados indignos para a troika, a exigir mais austeridade, para no fim afirmar que foi ele (como? quando? onde?) que conseguiu um acordo que está longe da hecatombe anunciada. Na verdade o acordo é essencialmente o que estava definido no PEC IV que era tão mau e agora já é bom.
Em resumo. Os portugueses não esquecerão que este PSD tudo fez para lesar os interesses de Portugal. E isso não se desculpa.
Mas esta história tem outros protagonistas. O nosso jornalismo não pára de perder credibilidade. Num ambiente que funciona em circuito fechado, em que só valem as más notícias, em que as pessoas têm medo de dizer bem do governo, e, sobretudo, em que se perdeu independência e objetividade, já ninguém acredita no que lê, ouve ou vê. O nível de censura é preocupante. Ainda há dias criticou-se o diretor da TSF porque num programa em canal aberto a maioria dos ouvintes exprimiam opiniões favoráveis ao governo. Como se fosse um crime. Mas pior. Para além da parolice de andarem atrás dos senhores da troika, os nossos media reproduziram nas últimas semanas uma quantidade impressionante de notícias falsas; publicaram inúmeras análises totalmente erradas; veicularam insinuações sem o mínimo de fundamento. O que só demonstra o estado pantanoso a que chegou o nosso jornalismo. Sorte que a troika não teve tempo para ler jornais e concentrou-se nos factos.
A este propósito convém não esquecer a absoluta vergonha que foi pôr em causa as contas públicas, certificadas por várias instâncias independentes, diga-se, com o objetivo claro e pérfido de minar a capacidade negocial do governo.
É certo que a campanha não vai parar. Já está aliás de novo em marcha. Basta ver os títulos de alguns jornais, ouvir os mesmos de sempre. Aqueles que anunciaram a catástrofe, vão agora esmiuçar o acordo à procura das vírgulas mais desfavoráveis. Mas o jogo é perigoso. Os que defenderam a vinda da troika como muito bom, não podem agora dizer que o resultado é muito mau. Afinal trata-se de entidades independentes do delírio local.
Aliás, vai ficando evidente que o matraquear constante nas televisões e jornais por esse pequeno núcleo de comentadores, ubíquos e venais, não tem o efeito esperado junto da opinião pública. A maioria dos portugueses agarra-se ao concreto. E, por muito que insistam no tremendismo, a sensação de alívio é generalizada.
O PSD perde as eleições por erros próprios. Pelo incrível amadorismo. Por prejudicar o país. Por não ter uma ideia. E também, já agora, por assustar as pessoas. Agora não digam que a culpa é mais uma vez de Sócrates. » Leonel Moura
06 maio, 2011
Magistrados Públicos
Nunca ouvi, talvez seja surdo, esta gente pedir formação.
Mas de política geral e dos políticos é um ver se te avias.
"O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) classificou hoje as medidas da "troika" para a reforma da justiça como "ambiciosas, incompletas e economicistas"."
Jose Niza, escreve
1. Daqui a um mês teremos eleições. Nunca, como hoje, houve uma campanha eleitoral em simultâneo com a negociação de um empréstimo – indispensável e inadiável – com o FMI, o Banco Central Europeu e a Comissão Europeia.
A actual crise política podia e devia ter sido evitada se o PSD não tivesse derrubado o Governo em 11 de Março sem sequer ter – como agora é evidente – uma alternativa para o substituir. Foi um acto politicamente irresponsável. E só não foi gratuito porque prejudicou Portugal em biliões de euros, desacreditou o nosso país no estrangeiro e ninguém lá fora o compreendeu. Aliás, só é entendível pela pressa do PSD em chegar ao poder, pressionado por clientelas partidárias em lista de espera.
Se a situação já era complicada, com a demissão do Governo tornou-se crítica. Os especuladores financeiros viram em Portugal uma presa frágil e fácil e, num ápice, os juros da dívida dispararam de 7% para mais de 12%. Insustentável! Caso as negociações em curso não cheguem rapidamente a um acordo que viabilize o empréstimo, em Junho próximo não haverá dinheiro para pagar coisa nenhuma. E só então os Portugueses sentirão verdadeiramente na carne a real situação a que chegámos.
Estamos assim soterrados na conjuntura mais difícil que Portugal conheceu desde 1974 e da qual só conseguiremos sair com a garantia de uma estabilidade política sólida e consubstanciada em acordos inter-partidários sobre as questões essenciais, e da aprovação de reformas inadiáveis como, por exemplo, a da Justiça.
2. Levar à cena uma tragédia de Shakespeare mal ensaiada e com maus actores, é uma dupla tragédia.
Na sua crónica da semana passada no Expresso, Miguel Sousa Tavares – sem poupar o PS – pôs o dedo na ferida: “O PSD de Passos Coelho não tem, como já se percebeu,nada para oferecer a não ser mais do mesmo, com actores diferentes e, se calhar até, piores ainda…” “Passos Coelho não tem nem ideias, nem programa, nem equipa para governar Portugal” …
E aqui é que bate o ponto.
3. Passos Coelho e Miguel Relvas foram ambos meus contemporâneos na Assembleia da República. Relvas até já leva 24 anos de deputado!
Ambos pertenceram àquele grupo de deputados tipo “soldados desconhecidos” dos quais nada constará na história parlamentar: é difícil, em tantos anos, fazer-se tão pouco. (E, quem duvidar do que afirmo, faça o favor de consultar os arquivos da Assembleia da República).
Apesar de tudo, isto, só por si, não seria muito grave. Porque, com 230 deputados, o Parlamento até se pode dar ao luxo de só precisar dos melhores. Mas, para quem pretende governar um país, é muito curto, demasiado curto. Também agora se percebe porque saíu daquelas duas cabeças a absurda ideia de que Fernando Nobre poderia ser Presidente da Assembleia da República.
Para mim o mais grave da questão não é se o PSD ganha as eleições. O mais grave da questão é Portugal correr o risco de ter um Primeiro Ministro e um Ministro Adjunto sem um mínimo de experiência e de competência políticas: é que, governar o barco numa tormenta destas, não é para qualquer um. Os tempos não estão para amadorismos e, muito menos, para experimentalismos.
4. Em 25 de Abril quatro Presidentes da República Portuguesa fizeram apelo à responsabilidade, ao bom senso, à tolerância e ao sentido patriótico dos partidos políticos. Não foram ouvidos. Dois deles sairam de imediato pela esquerda baixa, negando-se a negociar o que quer que fosse. Ambos clamam por um governo “patriótico e de esquerda”, mas recusam-se a um entendimento com o PS, sem o qual – como é óbvio – não haverá nunca à esquerda nenhum governo. Dos outros três, o CDS tem conseguido, inteligentemente, passar entre os pingos da chuva sem se molhar; o PS faz das tripas coração para aguentar o barco; e o PSD, pela boca do seu ex-ministro Catroga – que eu vejo mais como um “controleiro” de Cavaco em missão nesse partido – exige que o governo de Sócrates seja levado a tribunal! É este homem que está a fazer o programa eleitoral do PSD. Programa esse que, por este andar, se arrisca a só ser conhecido … depois das eleições.