10 fevereiro, 2010

Os loucos pela política

Eles enlouquecem

""O problema é que a Oposição sabe que, por pior que seja Sócrates, não existe alternativa ao seu famigerado Governo.

Parece que o dr. Paulo Rangel vai denunciar no Parlamento Europeu a falta de liberdade de expressão que, segundo ele, existe em Portugal. Confesso que me custa a perceber qual é o alcance desta nobre iniciativa: promover uma comissão internacional para averiguar a saúde da nossa democracia? Não faço ideia. Mas este simples facto revela, por si só, a histeria que tomou conta do País, nos últimos dias.

O célebre artigo de Mário Crespo sobre uma conversa ouvida, num restaurante, entre o primeiro-ministro e um "executivo de televisão" já tinha dado um sinal disso mesmo. A indignação generalizada que acompanhou esta nova vítima da "asfixia democrática" só se compreende se deixarmos de compreender tudo o resto: a história é fidedigna? Mário Crespo, com base num mail que lhe foi enviado por alguém que estava numa mesa ao lado, afiança que sim; Nuno Santos, o tal "executivo de televisão" que serviu de interlocutor ao primeiro-ministro, garante que a conversa não decorreu da forma como foi descrita. Supondo que sim – o que é supor muito, diga-se de passagem – é difícil compreender como é que uma conversa privada sobre Mário Crespo se transforma num artigo público do mesmo Mário Crespo.

É evidente que há quem diga que o local era público – o que leva a crer que não pode haver conversas privadas em locais públicos. Curiosamente, os que dizem isso, agora, são os mesmos que, não há muito tempo, consideraram (e bem) que a publicação de um mail privado de um jornalista do 'Público', no 'Diário de Notícias', era, no mínimo, inaceitável. Uma curiosa evolução que mostra como a opinião, em Portugal, se deixou barricar entre os que são contra o eng. Sócrates (e usam tudo para o atacar) e os que o defendem a todo o custo (e usam tudo para o justificar).

É evidente, como dizem alguns, que sem Sócrates não havia Mários Crespos – basta ver, aliás, a quantidade de Mários Crespos que pululam, por aí, à conta de um primeiro-ministro que nunca soube lidar com a Comunicação Social. Mas se a liberdade de expressão está, de facto, em causa, não se percebe porque é que a Oposição, nomeadamente, o PSD do dr. Rangel, não tira daí as devidas consequências e apresenta uma moção de censura na Assembleia da República. Ou, melhor, percebe-se: porque a Oposição sabe que, por pior que seja o eng. Sócrates, não existe qualquer alternativa ao seu famigerado Governo. Daí que apelar ao Presidente da República para que demita o primeiro-ministro, na situação em que o País se encontra, seja um exercício fútil que dificilmente pode ser levado a sério. Ou seja mais um sinal da histeria que por aí abunda. "" – Contança Cunha e Sá no (Correio da Manhã)

Asfixia democrática

Ainda há por aí alguem que se recorda das antigas asfixias. Manuela Ferreira leite deve estar de férias...

"Dá-me vontade de rir quando ouço o pequeno Rangel armado em líder político no exílio dizer que em Portugal não há democracia. O rapaz anda há pouco tempo nestas lides, ainda andava a papa Maizena quando a 22 de Maio de 2004 Manuela Ferreira Leite respondia a um jornalista que a incomodava com perguntas sobre a sua situação fiscal:

«Você está aqui a fazer-me perguntas [sobre alegadas irregularidades fiscais] e se calhar tem lá um shampoo no meio dos descontos de medicamentos»

Pois é, a mesma Manuela Ferreira Leite que agora dá muita importância às insinuações do juiz de Aveiro, pouco se importando que na base do conhecimento dessas insinuações esteja a destruição dos alicerces do Estado de Direito, quando se sentiu incomodada porque um negócio fiscal familiar chegou aos jornais reagiu mandando o fisco identificar quem tinha acedido à sua informação fiscal. Teve azar, os incompetentes que tinha nomeado para o fisco foram incapazes de identificar o responsável pela incómoda fuga de informação.

É por isso que quando vejo os ranjeis com falta de ar só me apetece mandá-los à....." ( O Jumento )

09 fevereiro, 2010

Associação Sindical do Juizes em foco

Uma grande parte da opinião publica, recebe com indignação tudo o que vem da justiça, esta é que é a verdade.
Nunca se ouve um juiz a condenar as fugas ao segredo de justiça, muito menos esta associação  sindical, representativa de um Orgão de Soberania.
Um pouco mais de recato no palavreado, para não cairem no ridiculo - será que a maioria dos portugueses acredita na Justiça e nos Juizes? Claro que não.

"Num editorial hoje divulgado, a ASJP refere que a opinião pública recebeu "com indignação e incompreensão" os últimos factos divulgados sobre as certidões do processo Face Oculta, extraídas para apurar se terá havido pressões sobre a comunicação social.
...

Os juízes consideram "indispensável que a confiança na independência dos tribunais não resulte minimamente comprometida aos olhos dos cidadãos". (Publico)

Paulo Rangel

Banca rota ?

Esta dos economistas!
Banca rota?
Atenção senhores da politiquice!!!

"O risco de Portugal falhar o pagamento das suas dívidas é quase zero", diz a agência de rating Fitch. No entanto, Portugal tem que fazer uma reforma alargada do seu enquadramento fiscal, diz o analista Brian Coulton, considerando que a pressão dos mercados exige uma forte disciplina fiscal dos governos português, espanhol e grego." (DN)

Sintra

Função Pública

Estão ricos e uns dias de greve, sempre alivia um pouco o déficit das contas do estado.
Em muitos locais não se vai sentir a falta de muita desta gente - pois estarem lá ou não, vira no mesmo.
Assim, não gastam energia, água, papel higiénico e não produzem desgaste de material ao roçarem o rabo pelas cadeiras.
Que me perdoem, muitos honestos trabalhadores do Estado, daqueles que ainda fazem alguma coisa.
O esquema está montado por aqueles que tem emprego garantido - funcionários do Estado, autarquias e similares.
Não só tem emprego garantido, como o salário no final do mês.
Na função de sindicalistas (profissionais) dos diversos Sindicatos da dita Função Pública, devem por lá andar, como andavam na area do Ensino, umas centenas de sindicalistas, pagos com o dinheirinho dos contribuintes.

Liberdade de opinião

Sem papas na língua, este comentário n  (O Jumento)

"Há poucos anos uma antiga ministra das finanças ameaçou ir fiscalizar todas as declarações de impostos dos jornalistas incómodos. Lembro-me da frase (cito de cor): " ...vejam lá os champôs e perfumes que compram nas farmácias e declaram como despesas de saúde...". Decerto muitos se lembrarão dessa fase extremamente democrática da história do país.

Lembro-me também da batalha travada por alguns puristas da ética democrática que perseguiram e exigiram a demissão de um político acusando-o de ter chamado "palermas" aos magnânimes deputados da nação.
No futuro vou lembrar-me de ter um representante português solicitado às altas instâncias europeias que ordenem aos governantes democráticamente eleitos para não beliscar (nem manifestar opiniões, nem sequer criticar) os pobres, honestos e desinteressados jornalistas, agrilhoados à busca desinteressada da verdade.
Eu realmente fico em brasa de cada vez que me querem tomar por parvo;
e não gosto que me estejam sempre a enterrar na lama (...e a calcar mais e mais!);
e desprezo quem quer ganhar na secretaria e por campanhas orquestradas o campeonato que perdeu no jogo jogado;
e abomino os sinais detectáveis de corporativismos abjectos.
Dão-me comichões quando o governo que ajudei a eleger se conforma em deslizar de cedência em cedência aos interesses instalados, mesmo que seja altura de torcer em ver de quebrar.
Começo a crer que em cima da mesa tão rapada vai tomando destaque a hipótese de exigir dos portugueses uma clarificação, um vislumbre do futuro. Um vai-ou-racha. Um "faça-se Portugal".
Às vezes fico tão drástico..."

Novo PREC

Assim mesmo, comentário no blog ( O Jumento).

"Sabe-se de fonte fidedigna que no último Conselho de Ministros o manda chuva José Sócrates deu instruções para a compra da Sonae com o intuito de calar o Público. Também deu indicações ao Teixeira dos Santos para lançar uma OPA hostil à Impresa para assim controlar o Expresso, a Sic, a Visão, o Exame e outros afins. No seguimento, o governo deu indicações ao nosso embaixador em Espanha para fazer pressão junto de Zapatero para que este convencesse a Prisa a vender a sua quota na TVI ao governo português. Foram dadas as mesmas instruções ao nosso embaixador em Angola para "comprar" José Eduardo dos Santos ( o que não é dificil ) de modo a que este informe quais são os seus compatriotas que largaram cacau para o Sol afim de o governo de Portugal lhes confiscar a sua parte no negócio desse semanário. De Lisboa já saiu uma das carruagens do museu dos coches em direcção ao Vaticano onde com o ouro e as últimas pedras preciosas que ainda tinham sobrado do Brasil serão entregues ao Papa a troco da Rádio Renascença.

Com o fim do estado de direito no qual era suposto vivermos antes do novo PREC, acabados que foram os direitos dos cidadãos à privacidade e ao bom nome e aos julgamentos por juizes imparciais e competentes auxiliados por zelosos funcionários e polícias, foi decretado pelo governo do ditador Sócrates que às Felícias, Crespos, Saraivas e outros ditos "jornalistas" da nossa praça seja dada uma nova oprtunidade e para tal irão frequentar um curso de jornalismo sério que sirva para informar os cidadãos deste país, em vez de andarem apenas a vender papel ou imagem, desde que garantam que deixam de andar a brincar ao fim da democracia.

O governo sabe que estas medidas não irão agradar à coligação BE/PCP/PSD/CDS, pois as mesmas irão provocar nesta coligação a perda da grande arma que têm utilizado para derrubar governos democráticamente eleitos.

Por último, também no mesmo Concelho de Ministros, foram tomadas medidas para a reciclagem de todos os "politólogos" e "comentadores políticos" que têm vindo a arredondar os salários enquanto advogados, professores, juristas (independentes, claro ) e outras profissões de menor importância. Assim, ser-lhes-á concedida uma carteira que lhes permita cantar fados nas esquinas de Portugal inteiro. Madeira incluída."

O Buraco, a fechadura e a chave

Liberdade por onde andas?

Quando se quer colocar uma camara de videovigilância em qualquer lado, logo se dizem cobras e lagartos sobre os atropelos à liberdade individual de cada qual e de cada um. Chamam-se as diversas entidades que legislam sobre a matéria para opinarem sobre o tema.
Uma conversa privada, num restaurante ou num electrico Estrela-S Bento,  entre alguns intervenientes da política ou não, colocados ao sabor de todo o jornal e televisão, não é atentado à liberdade individual?
Talvez fosse se houvesse uma camara de video no restaurante, não era?

Maria Flor Pedroso

Apenas um pormenor.
A entrevistadora do Professor Marcelo,  passou como pivot num programa com alguns jornalistas numa TV.
A maneira e modo como se encontrava vestida e maquilhada, em nada teve a ver em comparação como se apresenta nas noites de Domingo - muito cinzenta no trato, pouco maquilhada e muito escura de vestimenta ao contrário de como se apresentou nesse programa.
Será para não ofosvcar o Professor?

Paula Rangel fez figura de menino parvo de colégio religioso

Mais explicações para quê.
Já não basta o mal que os outros dizem de nós.
Será que com este "sentido de Estado" ( ele próprio tanto apregoa) algum dia poderá voltar a desempenhar lugar de destaque nbalgum governo deste país de que diz tanto mal?

""O eurodeputado Paulo Rangel usou esta segunda-feira o palco de Estraburgo para denunciar o alegado plano de controle dos media por parte do Governo. Numa versão muito dura sobre a situação interna do País, o Parlamento Europeu ouviu o deputado português a defender que "Portugal já não é um Estado de Direito (...) é um Estado de direito formal".""  (Correio da Manhã)

O Publico informa mal e mente?

A pouca vergonha está instalada no nosso jornalismo.
A troco de quê? E agora, quem desmente com a mesma capacidade de comunicação com os leitores, esta capa de jornal?
Senão vejamos o que escreve OJumento em "JORNALISMO RASCA, DESONESTO E OPORTUNISTA"



"O director que aprovou esta primeira página do Público e o jornalista que fez o trabalho inútil de contabilizar nomeações não só praticam jornalismo rasca como são pouco honestos para com os leitores do jornal. Comparar as nomeações do governo de um Durão Barroso que fugiu a meio do mandato, de um Santana Lopes que esteve um par de meses com um governo que já vai na segunda legislatura para passar a ideia de que Sócrates nomeou mais boys do que os antecessores é não saber fazer contas.

A verdade é que numa mesma legislatura o PSD fez 2296 nomeações contra 1361 de Sócrates em muito mais tempo e com dois governos. Mas a escolha do momento em que é feita a capa revela má fé, o director do Público sabe muito bem que com o fim da legislatura cessa o mandato de todos os directores-gerais e subdirectores-gerais, isso significa que muitas das nomeações podem ser contadas em duplicado.
Além disso o facto de ser feita uma nomeação não significa que seja um boy, por exemplo, no fisco que é a área que melhor conheço a maioria dos subdirectores-gerais conotados com o PSD foram mantidos, apenas foram substituídos três mas mais por incompetência do que por filiação política. Ainda com este governo foram reconduzidos pela segunda vez seis subdirectores-gerais da DGCI e da DGAIEC nomeados e conotados pelo PSD, alguns deles homens de mão desse partido.


Sejamos honestos ou pelo menos respeite-se a inteligência de quem ainda tem paciência para ler o blogue pago do Belmiro de Azevedo."

08 fevereiro, 2010

Porto Salvo – a vendedora era de Porto Salvo

Ora toma.

Coitada da vendero, como se fosse ela a responsável pelo stock dos livros.

""A Mónica Marques não quer saber de gráficos de vendas, e quando lhe tocam na literatura…

«Resolvi que voltava ao Rio no dia em que entrei na Fnac do Vasco da Gama perguntei por um livro da Agustina Bessa Luís e me disseram que todos, TODOS os livros dela tinham sido devolvidos à editora. Tinha acabado de beber uma daquelas àguas de sabores que agora há aí em Lisboa e que são extremamente viciantes, sentia-me bem e segura, mas gosto sempre de ler para roubar ideias. Leio muito os bons, porque é assim que se aprende.

A vendedora da Fnac devia ter uns vinte anos e era feia e tinha borbulhas e vivia em Porto Salvo e estava cagando para a Agustina portanto também cagou de alto para o meu espanto questionador  snob, Mas então quer dizer que vocês não têm livros da Agustina?

Sim, deviam estar aqui há muito tempo sem vender e por isso foram devolvidos. 

Não tenho dúvida, isso é um país entregue aos bichos.» "( hoje há conquilhas, amanhã não sabemos)

Face Oculta -

Será que vai acontecer o mesmo a Penedos que aconteceu a Armando Vara?

Divulgar as escutas, nada.

Será muito melhor a sua divulgação controlada a conta gotas por alguns jornais ou televisões?

E depois querem que acreditemos na justiça!!!

""Paulo Penedos, assessor da PT e arguido no processo Face Oculta, vai autorizar o tribunal a divulgar integralmente as escutas feitas no âmbito daquela investigação que o envolvem, afirmou hoje o seu advogado."" ( Diario de Notícias )

Freeport – lembram-se?

""Lembram-se?

Lembram-se do caso Freeport? Também saiu ás prestações no SOL da Felícia e na TVI da família Moniz, havia um DVD que deu para encenar uma telenovela, Sócrates até fez tudo para que a família Moniz divulgasse toda a verdade numa sexta-feira, Cavaco também andou preocupado. Lembram-se? O Presidente andou tão preocupado que chamou um sindicalista dos magistrados do Ministério Público a Belém porque se dizia que Sócrates tinha feito pressões sobre os investigadores, reuniu com Pinto Monteiro sabe-se lá para quê, o Cluny exigiu meios para investigar como deve ser, Jerónimo de Sousa exigiu uma investigação até às últimas consequências.

O que é feito do caso Freeport? Agora é que dava jeito chegar ao fim do processo para entalar o Sócrates, não acham? Mas não, Cavaco já deixou de andar preocupado, o Cluny já cedeu o lugar e os magistrados que entalaram o colega já não andam preocupados com pressões. Os ingleses já arquivaram o processo, os primos de Sócrates já regressaram da China e dos outros cantos do mundo, o Ministério Público já fez todas as peritagens, imagino que até fizeram um exame aos ditos do Cavalo de D. José no Terreiro do Paço para se certificar que o bicho não tem cancro na próstata. Se assim é porque razão não fazem o relatório final dizendo toda a verdade que andaram a dizer às prestações com fugas ao segredo de justiça.

Eu poderia recordar-me doutros processos, como o caso BPN ou a grandiosa Operação Furacão, até poderia recordar os milhares de mails que me diziam que Sócrates era bicha, panasca, paneleiro, gay, maricon e muitas outras coisas. Ou então as investigações ridículas do Ministério Público ao diploma, as investigações às obras na Covilhã. Mas nada disso interessa, o que rende agora é o caso Face Oculta.

Cavaco está outra vez preocupado, os líderes da oposição estão indignados, armados em putas virgens. Mas não estão preocupados com a violação das meias elementares regras de um Estado de Direito, não estão preocupados com a suspeita de que há gente a quem cabe defender a democracia que está a usar os poderes excepcionais que têm para promover um golpe de Estado. Não, a nossa oposição está preocupada com escutas feitas abusivamente, que supostamente deveriam ter sido destruídas e que o Supremo considerou não serem fundamento para um processo. Os nossos políticos parece confiarem mais em magistrados anónimos que violam a lei do que no Presidente da República, enfim, confiam em quem mais lhes interessa.

Como é que vai acabar o caso Face Oculta?

Com outro processo, a esta hora já os golpistas estão a seleccionar qual a carta anónima a investigar, quais os amigos de Sócrates a escutar, qual a comarca com um juiz de instrução mais camarada e investigadores mais revoltados com a perda das férias judiciais. Tal como o caso Freeport o Face Oculta não chegará ao fim, morrerá quando mão amiga fizer chegar à Felícia mais umas escutas ou uns documentos apreendidos. É só esperar algum tempo.""
(O Jumento)

Estoril

Jardim fronteiro à praia e ao casino

07 fevereiro, 2010

Não sei se muitos já se aperceberam disso, mas estamos a criar um país perigoso.

É perigoso:

- Um país em que se banalizam as escutas telefónicas como meio de prova e, pior, mesmo que inválidas, publicam-nas impunemente na internet e meios de comunicação social;

- Um país em que qualquer pessoa já pensa duas vezes antes de falar ao telefone;

- Um país em que se faz política com base em escutas telefónicas judiciais declaradas nulas;

- Um país em que um Juiz de um Tribunal de 1.ª Instância, impunemente, não cumpre despachos do Presidente do Supremo Tribunal de Justiça;

- Um país em que a maior parte dos casos mediáticos e importantes vão parar às mãos de um único Juiz de Instrução (como acontece no DCIAP);

- Um país em que um jornalista (à noite) e opinion maker (de manhã) pretende noticiar e opinar com base em alegadas escutas de um amigo de supostas conversas de café de terceiros;

- Um país em que um grupo de deputados do partido do governo propõe a publicação na internet dos rendimentos dos cidadãos como forma de combate à fraude e corrupção.

Isto não é o país das maravilhas… Temos muitos problemas. Mas talvez seja melhor ter alguns corruptos, do que viver num país de bufos, invejosos e vouyeurs. Espanta-me ver tanta gente a apoiar determinadas causas e a achar que os fins justificam todos e quaisquer meios. Repito: isso é perigoso, muito mesmo

da armada

06 fevereiro, 2010

Liberdade de expressão?


Liberdade de expressão vista por um funil.
" Não sei quando é que se cunhou a ideia de que se "se vivem tempos maus pa- ra a liberdade de expressão". Não me lembro por exemplo de ter ouvido tal coisa quando o jornalista João Carreira Bom foi dispensado do Expresso por ter escrito uma crónica a chamar rei do tele-lixo a Balsemão - crónica que o então director do Expresso (agora no Sol) disse só ter sido publicada por não a ter lido antes. Ou quando Joaquim Vieira saiu do mesmo jornal por, segundo ele, divergências com o director em relação à redacção de uma notícia sobre Joe Berardo, anunciado accionista da SIC. Ou quando em 2008 Dóris Graça Dias denunciou a não publicação de um seu texto sobre um romance de Miguel Sousa Tavares, cronista do jornal.
Os três casos, mais aquele que ocorreu no DN quando em Agosto de 2004 a direcção de Fernando Lima decidiu não publicar uma crónica minha por ser "política", podem ser qualificados como clássicos atentados à liberdade de expressão. Foram até denunciados como "censura". No entanto, não só não foram pretexto para caracterização de "um clima" como parecem, inexplicavelmente, ter-se varrido da memória dos que, caso do director actual do Expresso, declaram nunca ter visto ou feito algo de parecido. (DN)(DN)