10 setembro, 2009
09 setembro, 2009
BE e Louçã - debate perdido
O debate entre Sócrates e Louçã: o líder do BE perdeu ao ser desnudado o seu programa
Por Carlos Santos Terça-feira, 08 Setembro , 2009, 22:54
Não sei se outro político em Portugal teria a capacidade hoje demonstrada por José Sócrates. Numa semana complexa, em que foi alvo das maiores calúnias por parte das oposições e de alguns comentadores, tendo o debate mais complicado da sua carreira a menos de 3 semanas das eleições, José Sócrates venceu por KO técnico. Um adversário que habitualmente ganha dessa forma os debates em que entra.
Como o fez? Com uma aposta na mesma estratégia que Louçã usou para derrotar claramente Manuela Ferreira Leite. Estudou o programa do seu adversário. E foi capaz de o colocar à defesa, tal a surpresa de Francisco Louçã. Ele não esperava que o programa do Bloco que tantas vezes escrutinamos neste blogue, fosse exposto daquela forma ao país.
Porque perdeu Louçã? Porque a sua demagogia populista assente no uso de frases feitas e lugares comuns, nomeando "José Eduardo dos Santos", "Américo Amorim" e mais uns quantos, esbarrou na férrea confrontação com um programa eleitoral, o seu, que contém medidas que nunca contou aos seus novos eleitores.
O núcleo de votantes do BE não se terá assustado porque subscrevem a ideologia revolucionária. Mas o voto do protesto que o tem feito crescer nas sondagens, e que não ia para o PCP pela conotação do totalitarismo económico soviético e do PREC, tem agora um problema: tem memória do que os governos PSD-CDS lhe fizeram. Sabe o que foi Manuela Ferreira Leite como Ministra da Educação e Ministra das Finanças. Mas sofre agora o choque de ver que o PCP não se distingue assim tanto do BE, o seu refúgio esperado. Mais, percebe que o voto de protesto tem um preço: 1000 milhões de euros em perdas de deduções e benefícios fiscais que atingem o coração da classe média. A ausência de uma política de promoção de emprego. Um programa de nacionalizações muito mais extenso do que Louçã queria admitir.
O programa do BE significa o atraso e a paragem da economia portuguesa. Não significa uma visão do mercado com uma forte óptica social como o do PS. Antes se traduz no fim do mercado, e do direito à livre iniciativa e propriedade privada dos meios de produção.
A minha pergunta é se o protesto vale o retrocesso em que deixaria Portugal?
Esta dúvida era tudo o que Louçã queria evitar. E por isso, ele perdeu claramente o debate. E José Sócrates mostrou o que é um líder político de esquerda, moderno, moderado, com uma visão social e vontade de modernizar o país.
KO? Sem dúvida. Não foi só vencer. Foi vencer o mais temível dos adversários. A demagogia é sempre difícil de derrotar. Mas quando é derrotada, é a democracia que ganha.
Louçã que responda
“Sabemos pelas páginas 50 e 52 do programa eleitoral do BE que querem nacionalizar a banca, o sector energético e as seguradoras,
Contudo, na páginas 10 a 12 está insinuado que outros sectores deverão ser exclusivamente públicos como a educação, a saúde e os transportes.
A minha dúvida é se os colégios e universidades privadas, todos os hospitais, clínicas e laboratórios de análises, assim como as companhias de transporte, também seriam nacionalizadas se o BE fosse poder?
E já agora, quanto tempo é que demorariam a ilegalizar a propriedade privada?
Antecipadamente grato pela resposta.”
Professores
Professores
Plenários muito concorridos e em que as discussões tem sido muito vivas e interessantes, segundo as informações que obtivemos.
Ãpesar de tudo os sindicalistas reconhecem que muitos professores, por razões profissionais, embora estando dentro das instalações escolares não podem comparecer aos plenários devido aos imensos afazeres que estão a executar nestes últimos dias (de férias).
Denota-se assim da parte destes trabalhadores um imenso sentido de responsabilidade e brio profissional, pois não abdicam das suas obrigações profissionais, trocando-as com os plenários.
Sabemos que foram propostas alterações para as horas e dias dos plenários. Um numeroso grupo de professores-trabalhadores (nas férias) sugeriu que os plenários deveriam ser feitos neste próximo fim de semana, ocupando o sábado e domingo, mesmo com o prejuizo dos dias de descanço e lazer junto dos seus familiares e amigos.
No momento em que escrevemos esta nota, este tema mantem-se em discussão.””
(A trovoada acordou-me no meio deste sonho)
Louçã, Manuel Alegre e o PS
Não há dúvidas, ontem Louçã disse-o, expressamente, à saida do debate. Quer esfrangalhar o PS com a ajuda de Manuel Alegre.
Vamos esperar para ver
“Vale a pena ler a entrevista de Louçã ao Público, animado pelas sondagens o líder do BE diz finalmente o que é a "esquerda moderna", o que pretende de Manuel Alegre e qual o modelo social que preconiza. Veremos se Manuela Alegre ou os meninos da classe média alta vão gostar deste Chavez à civil.
Depois desta entrevista quem vota BE não o faz para protestar ou porque Louçã é a alternativa, fá-lo porque defende que Portugal deve ser o único país comunista no mundo ocidental:
«PÚBLICO – A insistência do Bloco de Esquerda (BE) na necessidade de uma maioria de esquerda dão a ideia de que o Bloco quer tomar conta do PS, ou pelo menos de uma parte dele.
Francisco Louçã – Não, o que tenho dito, e que é o centro da estratégia do BE nestas eleições e que vai ser nos próximos anos, é utilizar como critério para definir a política a necessidade de resposta à crise social e em particular à recessão económica. E isso exige uma arrumação da política, das ideias, e das alternativas. Creio que o PS fracassou na gestão política da resposta à crise. Por razões que têm que ver com o absolutismo da sua maioria, a fractura social que a sua política acentuou (com o Código do Trabalho, a desregulação da vida social e com a facilitação da vida económica, com os grandes negócios a prejudicarem os interesses da economia do país, a prejudicarem o orçamento, as contas públicas) e por isso é que me parece indispensável dizer com toda a clareza que para uma esquerda que governe, para uma esquerda de maioria, é preciso formar essa maioria.
Como é que se forma essa maioria sem o PS?
Com uma recomposição que atravesse todo o espaço da política portuguesa.
Isso implica uma cisão do PS ou uma transformação do PS.
Implica uma reconfiguração, certamente com uma clarificação contra as políticas passadistas e conservadoras que têm vindo a acentuar a crise. Já existiram diálogos, como aconteceu com Manuel Alegre. É a partir desse trabalho de diálogo que se encontrarão pessoas que fazem parte de todas as cores da política e das alternativas políticas à esquerda.
Essa reconfiguração passa também pela mudança do líder do PS?
O PS fará o que quiser. A esquerda precisa sobretudo de ter uma força para ter maioria. Essa força não é o PS.
Mas tem necessariamente de ter uma parte do PS.
Tem de ter, seguramente. Tem de ter muitas pessoas que certamente hoje se reconhecem no PS ou são críticas do PS. E de muitas outras opiniões da esquerda.» [Público]” In O Jumento
FREEPORT
Será por estas e por outras que que o processo continua a arrastar-se?
«Os depósitos foram alegadamente feitos por Charles Smith, representante da Freeport em Portugal e sócio da consultora Smith & Pedro, contratada para licenciar a superfície comercial de Alcochete. Uma informação a que os procuradores do Ministério Público Paes Faria e Vítor Magalhães terão tido acesso quando há mais de quatro meses estiveram a trabalhar em Londres com a polícia daquele país. Contudo, segundo o "Correio da Manhã" não foram recolhidos movimentos suspeitos nem sobre José Sócrates nem sobre os seus familiares.» [Público]
Alberto João Jardim e Manauela Ferreira Leite
O idolo de Manuela Ferreira Leite diz assim:
«Farto das perguntas sobre o facto de Manuela Ferreira Leite ter usado um carro do Estado em campanha eleitoral na Madeira, Alberto João Jardim fez uso do inglês para insultar os críticos: "fuck them", disse o líder madeirense aos jornalistas.»
08 setembro, 2009
Partidos –empresas comerciais
Os partidos políticos tornaram-se empresas comerciais com especial aptência para a comercialização dos seus deputados ao núcleo dos seus clientes eleitores.
A filosofia e a prática política segue a orientação dos seus mentores de marketing no sentido de ao melhor preço, colocar a mercadoria fora das prateleiras dos seus supermercados.
A gama variada de produtos que cada partido comercializa está a condizer com as diversas categorias etárias e sociais dos compradores, estando o
lucro na razão directa dos empregos que conseguem angariar ao fim de cada safra de eleições.
Empregos chorudos e bem remunerados com direitos e regalias que não se encontram em qualquer outra das grandes areas que fornecem empregos.
Alêm de mais existe a possibilidade de ao fim de bem poucos anos de ofício regatear o direito a uma ou mais reformas que enchem de inveja muitos dos que lhes compraram os produtos.
Em época de crise ou fora dela, o apetite redobra-se e passa a sentir a enorme pressão dos vendedores pois serão remunerados em função do que conseguem vender.
No final da época e por um período de cerce de 4 anos, ainda terão a oportunidade de receber um volumoso bónus, em função do número de empregos que conseguiram colocar nessa maravilhosa empresa estatal, paga com os impostos de todos, mas beneficiando uma minoria, que se chama Parlamento.
Com esse e com outros bónus, conseguem gerar ainda mais uns empregos que servirão, normalmente, de apoio aos da area comercial.
Louçã – um bom vendedor
Um bom vendedor dum produto que não existe no mercado
«Eu não aceito que Portugal tenha esta tragédia de ficar nas mãos de um PS e de um PSD que estão desinteressados da resposta à crise económica. O primeiro-ministro anuncia que acabou a recessão técnica», mas «o próprio governador do Banco Portugal ainda nos diz que vai haver mais 200 mil desempregados neste ano e no próximo: isso é que é recessão, isso é que é crise!».
Paulo Portas – Boca de Trapos
Vai aos mercados mas não compra nada.
Só empata.
Quem vende e quem compra.
Depois, diz umas larachas para a TV passar à hora do telejornal das 20h.
Paulo Portas não é da mesma opinião de Manuela Ferreira Leite, no que diz respeito à «asfixia democrática». O líder do CDS-PP concorda que José Sócrates é «controleiro», mas coloca Alberto João Jardim no mesmo saco.
«Este Governo, Sócrates, é controleiro, interfere nos negócios, na comunicação social e tenta amedrontar quem é descontente. Na Madeira também há caciquismo e é bom que isso se diga com clareza», disse, depois de visitar o mercado de Évora.
Daniel Proença de Carvalho, escreve assim:
«Voltou em força ao debate eleitoral a questão da liberdade de expressão em especial no campo da Comunicação Social.
Claro que a liberdade de expressão é um valor inerente à Democracia, está inscrito na nossa Constituição como um dos direitos fundamentais e cabe à entidade independente ERC zelar pelo seu escrupuloso respeito. Compreendo que as oposições estejam atentas à preservação desse valor. Convém no entanto não esquecer que a liberdade de expressão tem como limite outros direitos fundamentais de todos os cidadãos, de igual dignidade constitucional: o direito "à integridade moral", o direito "ao bom nome e reputação", o direito "à reserva da intimidade da vida privada e familiar", o direito à presunção de inocência. Se quisermos com objectividade avaliar o grau de respeito pelos dois valores constitucionais em causa, a conclusão parece óbvia: em Portugal, os meios de Comunicação Social pura e simplesmente ignoram e desrespeitam diariamente os direitos de personalidade. Sob o pretexto da liberdade de expressão e de crítica, são espezinhados os direitos ao bom nome e à reputação; e quanto à presunção de inocência, foi substituída pela presunção de culpa, quando se trata de cidadãos com notoriedade e em particular dos políticos. Sou dos que pensam que não há verdadeira e saudável democracia sem o respeito tanto pela liberdade de expressão como pelos direitos que sustentam a dignidade das pessoas.
Este desequilíbrio vem envenenando o espaço público. A discussão dos nossos problemas políticos, económicos ou sociais, deu lugar a campanhas de pura difamação e calúnia, perante a indiferença geral. Os políticos babam-se de gozo quando os adversários são causticados com suspeições sem objectividade, insinuações pérfidas ou acusações sem fundamento. Assim se vai degradando o espaço político. Vai longe o tempo em que os fundadores da nossa Democracia e que se bateram pela sua institucionalização - Mário Soares, Sá Carneiro, Freitas do Amaral, Mota Pinto - compreenderam a absoluta necessidade de preservar esses valores ligados à dignidade das pessoas.
Quando Sá Carneiro foi cobardemente vilipendiado pelo jornal "Diário", do Partido Comunista, não me recordo de o Partido Socialista ou o CDS terem alinhado, por acção ou omissão, nessa campanha, nem vi alguém acusá-lo de por em causa a liberdade de imprensa quando perseguiu criminalmente nos tribunais os responsáveis pela calúnia. Quando Leonor Beleza foi vilmente perseguida com acusações absurdas, vi levantar-se a voz do socialista Mário Soares e do democrata cristão Freitas do Amaral contra essa perseguição. Quando Roberto Carneiro (que foi ministro pelo CDS) foi acusado pelo MP, sem ponta de fundamento, não só nenhum político do PS ou do PSD se aproveitou dessa injustiça, como os seus líderes se solidarizaram com a vítima do justicialismo que o acusou.
No actual momento, decretou-se um requiem pelos valores da pessoa no altar da liberdade de expressão. Perante a indiferença geral, cometem-se todos os dias crimes de violação do segredo de justiça para imolar cidadãos indefesos. Os responsáveis pela justiça não cumprem o seu dever de sancionar esses comportamentos ilícitos, sendo mesmo suspeitos de os praticarem. Cobardia de uns, aproveitamento de outros, pagaremos caro essa deriva.» [Diário Económico]
Sondagens
Legislativas. Aximage, 1-4 Setembro, N=750, Tel.
Resultados tal como apresentados aqui:
PS: 34,5%
PSD: 28,9%
BE: 10,4%
CDS-PP: 8,1%
CDU: 7,8%
"Indecisos": 6%
A soma destes valores corresponde a 95,7%. Os 4,3% que faltam devem corresponder a outros partidos, brancos e nulos. A notícia é omissa sobre qual a percentagem entre os 750 que afirmou que não iria votar. Mas é possível, e tem sido hábito, que a edição em papel do CM traga informação mais completa.
Redistribuindo proporcionalmente os indecisos pelas diferentes opções, ficamos com:
PS: 36,7%
PSD: 30,7%
BE: 11,1%
CDS-PP: 8,6%
CDU: 8,3%
OBN:4,6%
Professores – Escolas - Educação
“Chega ao final mais uma experiência de reforma no sector da educação, que poucas vezes terá suscitado tão acirradas discussões e tais reacções sociais.
Cada qual terá a sua apreciação desta gerência e da situação em que nos encontramos. Mas, sobre a ministra Maria de Lurdes Rodrigues - figura central deste processo - só por manifesta cegueira se não lhe reconhecerão três patentes qualidades: inteligência global e aplicada, coragem, autocontrolo pessoal. Outra virtude instrumental, no palco impiedoso onde a política se faz: ter assegurado uma coesão sem falhas na direcção política do seu ministério. Em contrapartida, terá ficado "nas mãos" do PS para assegurar o preenchimento dos postos mais importantes da sua burocracia central e regional - o que é sempre uma má coisa, embora seja vício antigo da nossa democracia. E, logicamente, submeteu-se às conveniências ditadas pelo primeiro-ministro na gestão global da governação.
Quanto às orientações tomadas, julgamos que elas terão sido, no essencial, as necessárias e adequadas para responder aos principais défices do sistema de ensino instalado, possivelmente com excepção, ou dúvida persistente, no que toca aos níveis de exigência apontados para a obtenção do "sucesso escolar" (graus de dificuldade dos exames, modos de progressão, "programa novas oportunidades", etc.), o que é uma questão difícil e certamente não apenas do foro da escola. E houve também a "abstenção" de mexer nos conteúdos curriculares e na organização das disciplinas, que é sempre a tentação de cada novo ministro ou o sentido da pressão que sobre ele exercem as várias "confrarias" académicas, apesar de ser também matéria decisiva.
Como é óbvio, algumas dessas medidas não terão sido as melhores, ou terão mesmo errado o fim a que se propunham, mas, globalmente, era preciso mexer na organização dos tempos escolares e na forma de gestão das escolas, enquadrar os professores num regime mais rigoroso de carreira profissional e de controlo da sua actividade (essencialmente inter pares), concentrar e equipar melhor o parque escolar, alargar a escolaridade "para baixo" (pré-primário) e "para cima" (secundário profissionalizante) - e em cada um destes grandes objectivos foram dados passos concretos e decisivos, embora naturalmente agora sujeitos a correcções de pormenor ou de aplicação.
Num plano, contudo, a gerência de Maria de Lurdes Rodrigues acabou por falhar estrondosamente: no terreno do combate político, onde foi vencida pela coligação dos sindicatos de professores e minorias activas neste meio profissional, partidos de oposição ao Governo, alguns meios de comunicação social e, finalmente, pelo sucesso da estratégia de vitimização dos docentes que aqueles primeiros actores conseguiram empreender com grande eficácia, acabando por criar no seio das comunidades professorais um sentimento de injustiça, orfandade ou mal-estar, próprio para que aderissem em bloco às directivas das suas lideranças sócio-políticas.
É evidente que, num ambiente democrático, uma profunda reforma da instituição escolar não pode ter sucesso sem a participação activa do corpo docente. É também verdade que as escolas viviam sobretudo da competência e empenhamento de um bom número dos seus docentes (alguns deles agora desencorajados), mas não é menos certo que os seus resultados educativos, globalmente insuficientes, derivam, em grande medida, da qualidade do professorado, onde a filtragem da admissão era quase inexistente, a progressão profissional irrestrita, a atomização dos desempenhos a regra, existindo ainda uma excessiva complacência para com uma minoria de profissionais incompetentes e desajustados â função. De certa maneira, o confronto desenvolvido entre a política avançada pelo ministério e a frente sindical dos professores tinha subjacente o conceito de uma profissão procurando estruturar-se, hierárquica e funcionalmente, no espaço do ensino e da organização escolar versus o modelo de uma ocupação massificada, em parte segura do seu emprego e estipêndio (porque há sempre "precários" disponíveis para atender às flutuações conjunturais), essencialmente regulada pelas regras burocráticas da antiguidade e dos concursos documentais nacionais para a atribuição dos postos de trabalho mais apetecidos.
Um governo presidido pela dra. Manuela Ferreira Leite que acumulasse também a pasta da Educação, devido à sua experiência do lugar e pela importância que tem para o futuro do país, ou a sua ocupação pela dra. Ana Benavente, o dr. Santana Castilho ou o professor Mário Nogueira - apenas para citar alguns dos mais encarniçados críticos públicos desta reforma -, separadamente ou em conjunto, que diferente e melhor política educativa poderia propor e realizar, a não ser a co-gestão do imobilismo que marcou a actuação de sucessivos ministros?! Ou alguém terá a coragem de pôr em causa o sistema público unificado de ensino?
No momento presente, uma questão importante parece ser a de como, face à maré eleitoralista e populista, serão conservados ou desaproveitados os esforços dos últimos anos para melhorar o desempenho da educação e a qualificação, humana, cidadã e profissional, da população.» [Público]