30 outubro, 2010

Educação e Política

Como dizia um dia destes um comentador político, professor universitário na RTP. Sou professor há 25 anos e na carreira de prof universitário há 5 escalões. Porque não o que acontece no ensino intermédio?

Uma das desgraças do défice, continuava dizendo, foram, a cedência aos com os professores e as transferência para a Madeira, tudo isto com os votos de toda a oposição na Ass da República.

Mas o PS também cedeu quando deixou cair Maria de Lurdes Rodrigues.

"Na semana em que Sócrates foi reeleito, perguntaram-me na SIC pelas medidas que ele devia tomar. Fiquei-me por uma só e, mesmo essa, óbvia. Era como aconselhar Álvaro Siza quando desenhou a pala da Expo: "Arquitecto, faça-a de maneira que ela não caia." Disse eu naquele debate da SIC: "Sócrates devia manter a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues." Grande espanto, no debate... Não sendo uma águia em análise política, uma coisa eu tinha por certa do primeiro mandato de Sócrates. Num sector prioritário, a Educação, tentou-se que os seus trabalhadores seguissem a mais elementar das normas profissionais: subir na carreira só por mérito. Maria de Lurdes Rodrigues (MLR) fora a cara dessa revolução (e aqui está uma definição de Portugal: revolução, por cá, é tentar que aconteça a um professor o mesmo que ao merceeiro que eu escolho para me fornecer e aos astronautas seleccionados pela NASA - ser examinado). Mas a ministra foi muito contestada e tinha de ser chutada no novo Governo. Daí o espanto pela minha proposta, no debate da SIC. E, de facto, MLR foi despedida. À custa da popularidade perdeu-se uma ministra com política certa. Hoje, as sondagens são desastrosas para o PS. Isso é o problema do PS. O problema de Portugal é que, com o receio de chegar mais cedo a essa impopularidade, o PS não nos garantiu como herança aquela política certa " (DN)

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