02 julho, 2007

O Apito Dourado - O "Polvo" no desporto

Dizem os entendidos em matéria de Direito que o crime de corrupção é um dos mais dificeis de provar. Da razão simples porque os coniventes, interessados no "sistema" tem motivações convergentes, muito para além de um receber e outro pagar.
Falamos a propósito de nos últimos dias se ter voltado a falar com assiduidade sobre o tema do Apito Dourado e agora, mais recentemente, sobre mais uma tramóia relativa ao tema da "dádiva" da nacionalidade portuguesa, a um qualquer chutador domingueiro na bolinha de futebol.
Esta coisa de colocarem nas seleções nacionais de Portugal, um estrangeiro nacionalizado " à pressa", sem saber ler o escrever a lingua de Camões, já começa a passar as estribeiras dos menos "nacionalistas" do nosso burgo.
Vejamos o que se passa no Andebol, por exemplo. Estrangeirados por todo o lado, na esperança que seja criada uma maisd valia ao nível das prestações da "nossa" selecção.
No futebol, a selecção, para mal dos nossos pecados, tem um "português" que nem "brasileiro" fala. Utilizou o artificio da naturalização, para se fazer exportar para a vizinha Espanha, como "produto" comunitário, ganhando à conta disso, rios de dinheiro que de outra forma seria dificil de ganhar.
Agora, com a mesma origem, no mesmo clube do Norte, caso semelhante. Os jornais da especialidade, foram dizendo que esse "brasileiro" não poderia fazer cumprir o contrato milionário da sua transferência para Inglaterra, porque não era cidadão comunitário.
Bom, não era, mas pelos vistos, a troco de umas entradas e umas camisolas do dito Clube, a coisa lá se arranjou.
O contrato será cumprido e o dito Clube lá recebe mais uns milhões, assim como o novo "português", que de imediato se transformou num novo "emigrante".
Por aquelas bandas, desde o apito ao emigrante, tudo é acompanhado com uma "salada de polvo"

2 comentários:

Anónimo disse...

No Correio da Manhã:
O Tribunal da Relação deu como provado que o município do Porto foi lesado em 25 milhões de euros, na negociação feita com o FC Porto no âmbito do Plano de Pormenor das Antas. A conclusão consta da fundamentação de um acórdão do Supremo Tribunal de Justiça, onde o actual presidente da Câmara e o seu antecessor se degladiam. Nuno Cardoso diz que Rio o difamou e Rio acusa-o do mesmo.

Anónimo disse...

No Correio da Manhã:
"Valentim Loureiro"

A decisão foi tomada depois de acusações proferidas contra Mourão, o que desencadeou o primeiro inquérito interno na Liga de Clubes aos factos apurados no âmbito do ‘Apito Dourado’. “Quando participei o caso ao Conselho de Justiça, fi-lo porque entendi que a impunidade tinha de acabar. Era insustentável que se pudesse fazer as mais variadas acusações e insinuações e não acontecesse nada”, disse o magistrado (ex-presidente da Comissão Disciplinar da Liga de Clubes) ao CM.

Mourão diz ainda esperar que a punição aplicada ao major sirva de exemplo. “Se fosse um só dia de suspensão eu já ficava satisfeito. O que está em causa é acabar com comportamentos inadmissíveis que existiam no futebol. É preciso que as pessoas deixem de ter medo.”

Reagindo à notícia de que teria sido suspenso (a decisão é datada da semana passada mas, ao contrário de outras, não foi publicitada pela Federação Portuguesa de Futebol), Valentim Loureiro disse ontem na SIC que vai recorrer. “Reafirmo tudo o que disse. O Conselho de Justiça não funcionava e só o presidente é que tomava decisões. Vou recorrer e mostrar que as coisas estavam mal”, afirmou Valentim Loureiro.

O processo teve ainda como queixoso Frederico Cebola, também magistrado e antigo elemento do Conselho de Justiça. Foi em declarações à SIC no ano passado, depois dos desentendimentos no CJ devido ao caso Gil Vicente, que Valentim criticou os dois magistrados. Deixou no ar a ideia de que a abertura dos processos disciplinares tinha acontecido por pressão do Benfica. A guerra de nervos prolongou-se até à queda do CJ.

VEREADOR VOTA CONTRA

António José da Rocha Gonçalves Pereira, vice-presidente do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol, votou contra a suspensão de Valentim Loureiro. Gonçalves Pereira, que é também vereador sem pelouro na Câmara de Gondomar, na qual Valentim Loureiro exerce as funções de presidente, opôs-se à sanção. No entanto, a punição foi aprovada, com dois votos a favor e um contra, o mínimo necessário para que o órgão tenha quórum. Valentim Loureiro pode agora recorrer para o Pleno do Conselho de Justiça, também da Federação, sendo que até lá a punição não é aplicada. Valentim é actualmente o presidente da Assembleia Geral da Liga de Clubes.