18 abril, 2008

Jose Niza - Africa, 25 de Abril, sempre hoje e amanhã


Aqui fica uma pequena homenagem aquele que foi durante 2 anos, na Guerra de Africa, o médico do BCAÇ2877, companheiro de armas do editor deste Blog




Festa dia 21 de Abril, a partir das 18h30 com Tonicha e Paco Bandeira





Primeiro livro de José Niza apresentado em Santarém



O primeiro livro de José Niza é editado por O MIRANTE e distribuído gratuitamente com a edição da semana em que se comemora mais um aniversário do 25 de Abril.
No prefácio que escreveu para o livro Poemas de Guerra, de José Niza, o seu amigo, Francisco Pinto Balsemão desafia-o a escrever mais. “Devia consagrar muito mais do seu tempo à poesia, recuperando e dando versão definitiva ao que decerto já escreveu e guarda só para si. E, sobretudo, criando, escrevendo novos poemas. Podemos e devemos exigir a José Niza que não fique por aqui, que escreva e publique mais poesia.”
Para Francisco Pinto Balsemão o livro revela “um grande poeta português, na linha e na tradição de Pessoa e de O’Neil – do sarcasmo, da crítica, da tomada de posições políticas corajosas, mas também da ternura pelas crianças, da absorção contemplativa e participativa da natureza, de alguma sensualidade comedida.”
Apesar de José Niza ter centenas de poemas que são conhecidos do grande público através de canções, para além de inúmeros textos sobre cantores e artistas, Poemas da Guerra (Angola 1969 – 1971) é o seu primeiro livro.
Numa linguagem simples e directa o autor coloca os leitores num tempo e num lugar distantes. Através de uma inspirada ironia mostra como lhe foi possível resistir a uma guerra injusta e sem sentido, como foi a guerra colonial. “A forma como encarei a guerra e com ela me confrontei, teve algo de ingenuidade e de loucura lúcida”, diz José Niza. E acrescenta. “A minha confrontação com a guerra foi – no fundo – não a levar a sério. Melhor dito: não a levar a sério... mas não convinha que ela soubesse disso.”
O lançamento do livro está marcado para dia 21 de Abril, às 18h30, no largo do Seminário em Santarém.
Em caso de mau tempo a cerimónia decorrerá no salão nobre da câmara municipal.
Autor fala sobre a guerra colonial em entrevista



José Niza fala longamente sobre o que viveu em Angola entre 1969 e 1971, numa entrevista que concedeu a O MIRANTE e que será publicada na próxima edição.



O médico, escritor e político conta alguns episódios passados no aquartelamento ( Zau Évua) onde cumpriu uma comissão de serviço, que estava situado a dezenas de quilómetros de qualquer povoação.


Zau Évua ( Vista parcial)


O Carnaval em Zau Évua



Aqui o Carnaval é todo o ano
Desde o içar da bandeira
Ao cair do pano
Trezentos soldados
Mascarados
Suam bem suados
bagas de suor de um confetti
amarelo verde e encarnado
que não é daqui
um clarim toca
várias vezes ao dia
(o Pavlov descobriu
que os reflexos condicionados
também serviam para os soldados)
eu vou estando
e não esqueço
adeus
até ao meu regresso.




1 comentário:

Anónimo disse...

Uma bela merda, a pretensa poesia do seu amigo mentiroso. Não abusem da poesia para falsificar a história! Pena uma bala perdida não nos ter poupado aos salpicos desajeitados da pena do penoso José Niza.

Para ver a porcaria que este escreveu contra o herói da guerra colonial Fernando José Salgueiro Maia:

http://semanal.omirante.pt/index.asp?idEdicao=336&id=43100&idSeccao=4896&Action=noticia