30 julho, 2014

Biscates - Texto 5 Estrelas!

 

 

Por Carlos de Matos Gomes

Para que servem as primeiras páginas dos jornais e os grandes casos dos noticiários das TV?

Se pensarmos no que as primeiras páginas e as aberturas dos telejornais nos disseram enquanto decorriam as traficâncias que iriam dar origem aos casos do BPN, do BPP, dos submarinos, das PPP, dos SWAPS, da dívida, e agora do Espírito Santo, é fácil concluir que servem para nos tourear.

Desde 2008 que as primeiras páginas dos Correios das Manhas, os telejornais das Moura Guedes, os comentários dos Medinas Carreiras, dos Gomes Ferreiras, dos Camilos Lourenços, dos assessores do Presidente da República, dos assessores e boys dos gabinetes dos ministros, dos jornalistas de investigação nos andam a falar de tudo e mais alguma coisa, excepto das grandes vigarices, aquelas que, de facto, colocam em causa o governo das nossas vidas, da nossa sociedade, os nossos empregos, os nossos salários, as nossas pensões, o futuro dos nossos filhos, dos nossos netos. Que me lembre falaram do caso Freeport, do caso do exame de inglês de Sócrates, da casa da mãe do Sócrates, do tio do Sócrates, do primo do Sócrates que foi treinar artes marciais para a China, enfim que o Sócrates se estava a abotoar com umas massas que davam para passar um ano em Paris, mas nem uma página sobre os Espirito Santo! É claro que é importante saber se um primeiro ministro é merecedor de confiança, mas também é, julgo, importante saber se os Donos Disto Tudo o são. E, quanto a estes, nem uma palavra. O máximo que sei é que alguns passam férias na Comporta a brincar aos pobrezinhos. Eu, que sei tudo do Freeport, não sei nada da Rioforte! E esta minha informação, num caso, e falta dela, noutro, não pode ser fruto do acaso. Os directores de informação são responsáveis pela decisão de saber uma e desconhecer outra.

Os jornais, os jornalistas, andaram a tourear o público que compra jornais e que vê telejornais.

Em vez de directores de informação e jornalistas, temos novilheiros, bandarilheiros, apoderados, moços de estoques, em vez de notícias temos chicuelinas.

Não tenho nenhuma confiança no espírito de autocrítica dos jornalistas que dirigem e condicionam o meu acesso à informação: todos eles aparecerão com uma cara à José Alberto de Carvalho, à Rodrigues dos Santos, à Guedes de Carvalho, à Judite de Sousa (entre tantos outros) a dar as mesmas notícias sobre os gravíssimos casos da sucata, dos apelos ao consenso do venerando chefe de Estado, do desempenho das exportações, dos engarrafamentos do IC 19, das notas a matemática, do roubo das máquinas multibanco, da vinda de um rebenta canelas uzebeque para o ataque do Paiolense de Cima, dos enjoos de uma apresentadeira de TV, das tiradas filosóficas da Teresa Guilherme. Todos continuarão a acenar-me com um pano diante dos olhos para eu não ver o que se passa onde se decide tudo o que me diz respeito.

Tenho a máxima confiança no profissionalismo dos directores de informação, que eles continuarão a fazer o que melhor sabem: tourear-nos. Abanar-nos diante dos olhos uma falsa ameaça para nos fazerem investir contra ela enquanto alguém nos espeta umas farpas no cachaço e os empresários arrecadam o dinheiro do respeitável público.

Não temos comunicação social: temos quadrilhas de toureiros, uns a pé, outros a cavalo.

Uma primeira página de um jornal é, hoje em dia e após o silêncio sobre os Espírito Santo, um passe de peito.

Uma segunda página será uma sorte de bandarilhas.

Um editor é um embolador, um tipo que enfia umas peúgas de couro nos cornos do touro para a marrada não doer.

Um director de informação é um "inteligente" que dirige uma corrida.

Quando uma estação de televisão convida um Camilo Lourenço, um Proença de Carvalho, um Gomes Ferreira, um João Duque, um Gomes Ferreira, um Júdice, um Marcelo, um Miguel Sousa Tavares, um Ângelo Correia, devia anunciá-los como um grupo de forcados: Os Amadores do Espírito Santo, por exemplo. Eles pegam-nos sempre e imobilizam-nos. Caem-nos literalmente em cima.

As primeiras páginas do Correio da Manhã podiam começar por uma introdução diária: Para não falarmos de toiros mansos, os nossos queridos espectadores, nem de toureios manhosos, os nossos queridos comentadores, temos as habituais notícias de José Sócrates, do memorando da troika, da imperiosa necessidade de pagar as nossas dividas.

Todos os programas de comentário político nas TV deviam começar com a música de um passo doble. Ou com a premonitória "Tourada" do Ary dos Santos, cantada pelo Fernando Tordo.

O silêncio que os "negócios " da família dona disto tudo mereceu da comunicação social, tão exigente noutros casos, é um atestado de cumplicidade: uns os jornalistas venderam-se, outros queriam ser como os Espírito Santo. Em qualquer caso, as redacções dos jornais e das TV estão cheias de Espíritos Santos. Em termos tauromáquicos, na melhor das hipóteses não temos jornalistas, mas moços de estoques. Na pior, temos as redacções cheias de vacas a que se chamam na gíria as "chocas".

O que o silêncio cúmplice, deliberadamente cúmplice, feito sobre o caso Espirito Santo, o que a técnica do desvio de atenções, já usada por Goebels, o ministro da propaganda de Hitler, revelam é que temos uma comunicação social avacalhada, que não merece nenhuma confiança.

Quando um jornal, uma TV deu uma notícia na primeira página sobre Sócrates (e falo dele porque a comunicação social montou sobre ele um operação de barragem pelo fogo, que na altura justificou com o direito a sabermos o que se passava com quem nos governava e se esqueceu de nos informar sobre quem se governava) ficamos agora a saber que esteve a fazer como o toureiro, a abanar-nos um trapo diante dos olhos para nos enganar com ele e a esconder as suas verdadeiras intenções: dar-nos uma estocada fatal!

Porque será que comentadores e seus patrões, tão lestos a opinar sobre pensões de reforma, TSU, competitividade, despedimentos, aumentos de impostos, gente tão distinta como Miguel Júdice, Proença de Carvalho, Ângelo Correia, Soares dos Santos, Ulrich, Maria João Avilez e esposo Vanzeller, não aparecem agora a dar a cara pelos amigos Espírito Santo?

Porque será que os jornais e as televisões não os chamam, agora que acabou o campeonato da bola?

Um grande Olé aos que estão agachados nas trincheiras, atrás dos burladeros!

 

Retirado de: http://aviagemdosargonautas.net/2014/07/15/biscates-cronica-tauromatica-por-carlos-de-matos-gomes/

 

 

 

28 julho, 2014

Justiça - MAUS LENÇOIS

Em maus lençóis

por PAULO BALDAIA – IN dn

A justiça está deitada na cama que fez para si própria nas últimas décadas. O povo já não se contenta com o facto de o dono disto tudo ter sido detido e interrogado por um juiz. Pelo contrário, desconfia de tanto aparato e já nem pede justiça, exige vingança.

Todos perguntam onde estava este poder (juízes, procuradores, jornalistas, políticos...) quando ele era de facto dono disto tudo? Por certo se sabe muito mais hoje do que há apenas dois meses, mas não estranhem que o povo estranhe tanta vontade de fazer justiça depois de tanto silêncio e cumplicidade.

Para ficar bem na fotografia, a justiça está "obrigada" a dar ordem de prisão a este banqueiro e o povo, de seguida, pedir-lhe-á mais prisões, de mais banqueiros, de mais gente importante e poderosa. Pressionada, a nossa justiça deixará que a violação do segredo de justiça, essa arma poderosa para condenar pessoas na praça pública, volte a funcionar. E já começaram as fugas selectivas de informação, querendo provar a culpa do arguido mesmo que para isso quem investiga tenha de fazer figura de parvo.

O Expresso Diário contou-nos a história de umas caixas, com papéis para destruir, encontradas pela investigação no escritório improvisado de Ricardo Salgado, e dava nota do que essa mesma investigação terá feito perante tão grande descoberta. Passo a citar: "A PJ fotografou, foi-se embora e cinco dias depois [...] entrou no hotel com um mandado de busca." Se não fosse trágico, dava para rir. O Ministério Público acreditou que Salgado queria destruir provas e achou por bem dar-lhe cinco dias para pensar no assunto. Não lhes passou pela cabeça que é na produção de prova e na sua justa avaliação, de acordo com a lei, que se faz boa justiça. Por aqui se vê que, infelizmente, não há uma única razão para acreditar que a justiça vai mudar em Portugal.

Para avaliar o estado da justiça pouco importa que isto termine com uma condenação ou uma declaração de inocência do mediático arguido. A democracia assenta na separação de poderes mas a maior parte do tempo parece que a justiça é um Estado à parte, com as suas próprias regras, sem ter de dar cavaco a ninguém

As instituições da justiça estão entre as mais desconsideradas pelos portugueses e vivem hoje, como viviam ontem, sob suspeita de tratar de modo diferente cidadãos que, à luz da lei, deveriam receber tratamento igual. Ainda não foi desta que provaram não temer os poderosos. Os titulares da justiça, a quem se exige maior responsabilidade, agem do mesmo modo que a generalidade dos cidadãos, com reverência face a quem tem poder e com desdém em relação a quem cai em desgraça. Para haver Justiça é preciso muito mais do que o circo que já começaram a montar.

 

 

BES - porquê só agora?

 

 

BES - porquê só agora?

 

I N T R O I T O

ACTIVOS DA FAMÍLIA ESPIRITO SANTO

Herdade da Comporta

 (onde, candidamente, iam brincar aos pobrezinhos) com uma área de 12,5 mil hectares (área cultivada de arroz, 1 100 hectares e produz também: vinho, milho, batata-doce e curgetes). A parte florestal tem uma área de 7 100 hectares de pinheiros e carvalhos. Existe um projecto imobiliário e turístico.

Industria hoteleira

Possui 14 unidades hoteleiras (Tivoli, Hotels & Resorts), todos de 4 e 5 estrelas. No Brasil 2 unidades ( S.Paulo e Praia do Forte em S.Salvador da Baía). Em Portugal 12 unidades (6 no Algarve, 3 em Lisboa, 2 em Sintra e um em Coimbra). Tem uma oferta total de 3000 quartos.

Operador Turístico

Tem mais de 50 balcões espalhados pelo País. A actividade alarga-se até Angola, Itália e Espanha. Opera com as marcas Top Atlântico, Carlson Wagonlit e BCD Travel. Detém a operadora online Netviagens.

Portucale

Proprietários da herdade Vargem Fresca (Ribatejo) com cerca de 510 hectares, alberga dois campos de golfe, Ribagolfe I e II. A Portucale esteve envolvida num escândalo em conjunto com o governo Santana Lopes/Durão Barroso/Paulo Portas, acerca de um abate ilegal de sobreiros, autorizado às pressas e após terem perdido as eleições para o PS. Conta-se, que na altura o CDS teria recebido um milhão de euros e justificado ter sido oferecido por diversos donativos de militantes, entre eles, o muito glosado MANUEL LEITE DO REGO.

Espirito Santo Saúde

O grupo tem cerca de 18 unidades clínicas, 1200 camas e cerca de 9000 funcionários. Os três principais hospitais são o da Luz, em Lisboa, o da Arrábida, em Vila Nova de Gaia e o Beatriz Ângelo, em Loures.

Fazendas no Brasil

O Grupo Espírito Santo tem duas grandes fazendas no interior do Brasil. Uma no Estado de S. Paulo com 12 mil hectares, mais propriamente em Botucatu, chamada Fazenda Morrinhos. Produz, laranjas, limões, eucalipto e cana de açúcar.

A outra é a Fazenda Pantanal de Cima, no estado de Tocatins, com uma área de 20 000 hectare, 3 mil dos quais asseguram produção de arroz no verão e de soja no inverno.

Herdade no Paraguai

É a maior herdade do Grupo, Estende-se por cerca de 135 mil hectares, no Paraguai. Este terreno  tem uma dimensão equivalente à do quinto maior concelho do País (Uma área onde caberiam 16 Lisboas) Alberga mais de 53 mil cabeças de gado e possui 75 mil hectares de pastagens, 12 mil hectares de floresta e 5 mil de cultivo agrícola,  nomeadamente de soja e algodão.

Atlantic Meals - Agroalimetar

Produz arroz, milho e alimento para crianças, como as farinhas sem glúten. Tem três unidades industriais em Portugal (Coruche, Biscainho e Alcácer do Sal) e uma outra em Sevilha. Opera com as marcas Ceifeira, Sorraia, Atlantic e Atlantic Le Chef. A Atlantic Meals é fornecedora das indústrias cervejeira e agroalimentar. Tem uma capacidade de secagem de  arroz e milho de 50 mil ton. ano.

Espirito Santo Property Brasil

É a empresa imobiliária do grupo no Brasil associada à OA (Oscar Americano), com vários projectos residenciais, de comércio, parques logísticos, escritórios e loteamento. As actividades principais são em S.Paulo, onde desenvolve projectos imobiliários emblemáticos, como o complexo Villa Lobos, com área comercial e residencial, ou a Alameda dos Pinheiros. Tem expandido a actividade a outros estados brasileiros, como é o caso da Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro e Baía. Já concretizou empreendimentos fora do Brasil, como é o caso do edifício Plaza Miami, no centro desta cidade norte americana, um prédio com uma área total de 120 mil metros quadrados com área residencial, escritórios e hotel.

Espirito Santo Property (Portugal)

É um dos maiores promotores imobiliários de Portugal. Vocacionado para o segmento alto, a empresa foi criada com o nome Espart, designação que acabou por ser alterada em Novembro do ano transacto. Um dos primeiros grandes trabalhos foi o desenvolvimento da Quinta do Patiño, no Estoril, transformando um antigo palácio e respectivos jardins numa das áreas mais exclusivas de Portugal. Conta além disso, no seu portfólio, com edifícios em Lisboa, com o nº. 15 da Rua Castilho e o 238 da Avª. da Liberdade, o Ivens 31, no Chiado e o Parque dos Príncipes, em Telheiras. E tem as residências do Palácio Estoril, a Quinta do Peru, em Azeitão, as Casas de São Francisco, em Santiago de Cacém, o Oeiras Golf & Residence, o Doro Atlantic Garden, em Gaia e as Quintas D'Al-Gariya, em Portimão, entre outros edifícios.

Companhia de Seguros Tranquilidade

Valor de activos sob gestão 800 (oitocentos) milhões de Euros.

Banco Espirito Santo

A GALINHA DOS OVOS DE OURO.

 

Não consta neste rol, as "poupanças estratégicas" eventualmente acantonadas em offshore´s (do BES/Angola, não se sabe onde param, cerca  5 mil milhões de $USA).

Sabe-se é que:

O BES/Portugal, emprestou 3 mil milhões de €. ao BES/Angola, os quais, dizem, estão perdidos.

O BES emprestou ao Grupo Espirito Santo 1 200 milhões de €. Com insolvência deste grupo, liquidação desta verba é um sonho.

A Caixa Geral de Depósitos, desembolsou 300 milhões de €, recebendo como garantia as acções do grupo, nesta altura do campeonato valem um grandíssimo ZERO. A C.G.D. (empresa pública), empresta 300 milhões de €? E quem será o responsável? Logicamente a ministra das finanças. Estão todos calados que nem ratos...

No cômputo geral,  a exposição de empresas portuguesas no Espírito Santos Financial Group (maior accionista do BES), é de cerca 5 000 milhões de € (cinco mil milhões de euros).

Ao  ser aceite o pedido de protecção de credores e ou em alternativa ser declarada a insolvência deste grupo, lá vem mais  um "tsunami" financeiro (Quando o mar bate na rocha quem se lixa, quem é?, quem é?: Obviamente o mexilhão).

No meu mail de cinco do corrente, aconselhava a quem tivesse muita fé, a pôr uma velinha aos pés da N.S.de Fátima e que rezassem muito e com toda a veemência, a fim de não ser outra vez o "mexilhão" a pagar estes desmandos. Hoje, não peço que ponham uma velinha mas sim uma palete delas e não rezem, acampem na igreja e se possível,  peçam acompanhamento pelo Duarte Lima.  

A desgraça deste país é o sistema bancário e tudo o que rodeia. Não foi esta oligarquia, com o conforto do sr. governador do Banco de Portugal e do residente de Belém os incentivadores da chamada do FMI? com que objectivo? O objectivo era a salvação das suas casas bancárias, as maiores causadores da dívida soberana, hoje sobejamente sabido, ser ela mais privada do que pública em detrimento do povo português, vilmente sacrificado, para satisfação da ambição destes malandros.

Enoja, ver, ler e ouvir os mais diversos gurus do regime, tentar minimizar  os desmandos desta "troupe". No entanto o excremento é tanto, que a carpete da "sopeira",  já não tem capacidade para acolher tanto lixo e este, já incontrolavelmente, é exposto à saciedade.

Onde estarão as críticas do Marcelo Rebelo de Sousa (cardeal Richelieu) e de Sousa Tavares? O primeiro tem como companheira, à longuíssimos anos,  Rita Berta Cabral, administradora não executiva do BES e um dos três membros da Comissão de Vencimentos do BES, entre 2008/2012. Assíduo acompanhante de Ricardo Salgado nas férias no Mediterrâneo. Os netos do segundo, são os mesmos netos do sr. Ricardo Salgado.

Em súmula, que tem o sr. Cavaco Silva e o Governo a comentar sobre estas turbulências? Terão o moral suficiente para tomar decisões adequadas e criticar o seu aliado mais forte no derrube do governo anterior? Já começa a ser trágico (para o povo português) o constante envolvimento destas entidades com esta pirataria bancária. E o que é constrange mais, desde o mais brilhante quadro até ao mais humilde servente? O saber-se que esta gente vai usufruir de chorudas pensões de reforma e passam incólumes perante esta (in)justiça portuguesa. 

Por fim, descobriu-se um novo super-homem, Vítor Bento. Este sr. foi convidado para presidir à administração do BES (antes tinha sido convidado para ministro das finanças. Declinou (sempre é melhor banqueiro que ministro) e assim avançou outro super-homem Vítor Gaspar (...afinal  havia outro..."vítor" ... como diz uma famosa canção), o que me leva a acreditar que o Vítor (Gaspar), não era tão super como os "gurus do regime" nos quiseram vender e este (Bento) será?

Desconfio  e muito. Para já, o sr. Vítor Bento não tem qualquer experiência bancária. Teremos que acreditar na sua perspicácia e inteligência e apesar de lhe conceder o benefício da dúvida nestes requisitos, não acredito nele. E porquê? Quando este individuo afirma e reafirma que a actual situação económica/financeira tem por culpado primário o POVO PORTUGUÊS, por ter VIVIDO ACIMA DAS SUAS POSSIBILIDADES, vai agora presidir a uma entidade, testemunho vivo, contrário à sua  pseudo-teoria.

Por fim, constata-se o aumento da dívida em 40%, desde a chegada da troika. A intervenção do Estado em 3 bancos (BCP, BANIF e BPI) BPN E BPP são casos de polícia e agora o estrondo do BES a somar às chorudas reformas dos ex-presidentes bancários, autores, no mínimo, de gestão danosa, com direito a prisão. E os "gurus do regime" não comentam nada? Ou será que comem todos na mesma gamela doirada?

O povo no alto da sua sabedoria:

"ROUBAS UM PÃO ÉS UM LADRÃO, ROUBAS UM MILHÃO ÉS UM BARÃO"

(frederico lopes)


Grupo Espírito Santo: "too big to fail" ou "too holy to jail?" 

Por Ana Gomes

Eu proponho voltarmos a 6 de Abril de 2011 e revisitarmos o filme do Primeiro Ministro José Sócrates, qual animal feroz encostado as tábuas, forçado a pedir o resgate financeiro. Há um matador principal nesse filme da banca a tourear o poder político, a democracia, o Estado: Ricardo Salgado, CEO do BES e do Grupo que o detém e controla, o GES - Grupo Espírito Santo. O mesmo banqueiro que, em Maio de 2011, elogiava a vinda da Troika como oportunidade para reformar Portugal, mas recusava a necessidade de o seu Banco recorrer ao financiamento que a Troika destinava à salvação da banca portuguesa.

A maioria dos comentaristas que se arvoram em especialistas económicos passou o tempo, desde então, a ajudar a propalar a mentira de que a banca portuguesa - ao contrário da de outros países - não tinha problemas, estava saudável (BPN e BPP eram apenas casos de polícia ou quando muito falha da regulação, BCP era vítima de guerra intestina: enfim, excepções que confirmavam a regra!). Mas revelações recentes sobre o maior dos grupos bancários portugueses, o Grupo Espírito Santo, confirmam que fraude e criminalidade financeira  não eram excepção: eram - e são - regra do sistema, da economia de casino em que continuamos a viver.

Essas revelações confirmam também o que toda a gente sabia - que o banqueiro Salgado não queria financiamento do resgate  para não ter que abrir as contas do Banco e do Grupo que o controla à supervisão pelo Estado - esse Estado na mão de governantes tão atreitos a recorrer ao GES/BES para contratos ruinosos contra o próprio Estado, das PPPs aos swaps, das herdades sem sobreiros a submarinos e outros contratos de defesa corruptos, à subconcessao dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo. À conta de tudo isso e de mecenato eficiente para capturar políticos - por exemplo, a sabática em Washington paga ao Dr. Durão Barroso - Ricardo Salgado grangeou na banca o cognome do DDT, o Dono De Tudo isto, e conseguiu paralisar tentativas de investigação judicial - sobre os casos dos Submarinos, Furacão e Monte Branco, etc.. e até recorrer sistematicamente a amnistias fiscais oferecidas pelos governos para regularizar capitais que esquecera ter parqueado na Suíça, continuando tranquilamente CEO do BES, sem que Banco de Portugal e CMVM pestanejassem sequer...

Mas a mudança de regras dos rácios bancários e da respectiva supervisão - determinados por pressão e co-decisão do Parlamento Europeu - obrigaram o Banco de Portugal a ter mesmo de ir preventivamente analisar as contas do BES/GES. A contragosto, claro, e com muito jeitinho - basta ver que, para o efeito, o Banco de Portugal, apesar de enxameado de crânios pagos a peso de ouro,  foi contratar (cabe saber quanto mais pagamos nós, contribuintes) uma consultora de auditoria, a KPMG - por acaso, uma empresa farta de ser condenada e multada nos EUA, no Reino Unido e noutros países por violações dos deveres de auditoria e outros crimes financeiros e, por acaso, uma empresa contratada pelo próprio BES desde 2004 para lhe fazer auditoria...

Mas a borrasca era tão grossa, que nem mesmo a KPMG podia dar-se ao luxo de encobrir: primeiro vieram notícias da fraude monstruosa do GES/BES/ESCOM no BESA de Angola, o "BPN tropical", que o Governo angolano cobre e encobre porque os mais de 6 mil milhões de dólares desaparecidos estão certamente a rechear contas offshore de altos figurões e o povo angolano, esse, está habituado a pagar, calar e a ...não comer... Aí, Ricardo Salgado accionou a narrativa de que "o BES está de boa saúde e recomenda-se", no GES é que houve um descontrolo: um buracão de mais de mil e duzentos milhões, mas a culpa é... não, não é do mordomo: é do contabilista! 

Só que, como revelou o "Expresso" há dias, o contabilista explicou que as contas eram manipuladas pelo menos desde 2008, precisamente para evitar controles pela CMVM e pelo Banco de Portugal, com conhecimento e por ordens do banqueiro Salgado e de outros administradores do GES/BES. E a fraude, falsificação de documentos e outros crimes financeiros envolvidos já estão a ser investigados no Luxemburgo, onde a estrutura tipo boneca russa do GES sedia a "holding" e algumas das sociedades para melhor driblar o fisco em Portugal.

Eu compreendo o esforço de tantos, incluindo os comentadores sabichões em economia, em tentar isolar e salvar deste lamaçal o BES, o maior e um dos mais antigos bancos privados portugueses, que emprega muita gente e que obviamente ninguém quer ver falir, nem nacionalizar. Mas a verdade é que o GES está para o BES, como a SLN para o BPN: o banco foi - e é - instrumento da actividade criminosa do Grupo. E se o BES será, à nossa escala, "too big to fail" (demasiado grande para falir), ninguém, chame-se Salgado ou Espírito Santo, pode ser "too holy to jail" ( demasiado santo para ir preso).

Isto significa que nem os empregados do BES, nem as D. Inércias, nem os Cristianos Ronaldos se safam se o Banco de Portugal, a CMVM, a  PGR e o Governo continuarem a meter a cabeça na areia, não agindo contra o banqueiro Ricardo Salgado e seus acólitos, continuando a garantir impunidade à grande criminalidade financeira - e não só - à solta no Grupo Espírito Santo.

 

  

 

 

Mais um banco que vai rebentar...( Notícia de última hora)

 NOTICIA DE ÚLTIMA HORA :

Mais um banco que vai rebentar...


  
 

 


 

 

 

27 julho, 2014

banqueiros e políticos

Banqueiros e políticos: veja as diferenças

Publicado em por estrelaserrano@gmail.com

Tomemos apenas dois casos: Ricardo Salgado e José Sócrates.

O primeiro caíu definitivamente em desgraça. Já não lhe bastavam os escândalos do BES/GES, hoje caíu-lhe em cima o caso Monte Branco, a maior rede de branqueamento de capitais, que se arrasta desde 2005, segundo dizem as notícias.

Salgado, hoje constituído arguido e sujeito a uma caução de 3 milhões de euros, é agora suspeito de práticas fraudulentas e de crimes graves. Já tinha sido ouvido como testemunha e o Ministério Público chegou a declarar que não era suspeito no caso Monte Branco. Coincidência ou não, arredado do BES e perdido o poder que detinha, a justiça foi hoje buscá-lo a casa e nem lhe permitiu que fosse ele a apresentar-se de livre vontade.

E sobre o caso GES/BES ficámos também hoje a saber pela boca do presidente da CMVM, no Parlamento, que havia indícios de actividade ilícita que foram entregues às autoridades. Em causa estavam, entre outros, eventuais crimes de abuso de informação privilegiada e abuso de confiança. Salgado andava afinal a ser vigiado e o regulador diz agora que ele tudo fazia para o enganar. Soube-se também que a CMVM sofreu pressões fortíssimas de responsáveis do grupo para que nada se soubesse porque um banqueiro não pode ser suspeito.

Temos, pois, que muitos sabiam muitas coisas sobre Ricardo Salgado mas não o disseram. Não houve sobre o banqueiro fugas de informação nem transcrições de escutas nos jornais. Nenhum agente da justiça ajudou os jornalistas a publicarem as patranhas do banqueiro. É que um banqueiro não pode ser suspeito. Hoje foram buscá-lo a casa porque já não é banqueiro no activo nem Dono Disto Tudo. Já pode ser suspeito, arguido e detido. Antes não!

Comparemos então o tratamento dado ao banqueiro no activo com o tratamento dado a um primeiro-ministro, o último, José Sócrates, enquanto esteve no activo: fustigado pelos jornais e televisões, durante os últimos anos do seu governo, acusado e suspeito de corrupção – no Freeport, diziam que tinha recebido luvas; no Face Oculta, queria derrubar o estado de direito e correr com a Moura Guedes da TVI; no SOL queria que o Vara cortasse a publicidade do BCP ao jornal do arquitecto. Sem nunca ter sido ouvido pela justiça nem constituído arguido, este primeiro-ministro foi meses e anos crucificado na TVI e no SOL, escutado a falar com meio mundo com as escutas escarrapachadas nos jornais, a sua vida privada espiolhada até à medula, Sócrates, primeiro-ministro, foi isco em tudo quanto era caso de justiça.

Enquanto esteve em funções, este primeiro-ministro foi sempre “suspeito” para jornais, televisões, procuradores e polícias. Ninguém se interrogou (ao contrário do que fizeram com o banqueiro Salgado) se um primeiro-ministro podia ser suspeito. Quando deixou o cargo, calaram-se e nada se provou contra ele.

Moral da história: um banqueiro no activo não pode ser suspeito. Um primeiro ministro em funções pode sê-lo. Quando saem de funções é ao contrário: o banqueiro tem de pagar pelos crimes; o primeiro-ministro não tem crimes mas entretanto foi corrido em eleições. Esse era o objectivo.

 

 

 

26 julho, 2014

Ricardo Salgado - que informação

 

Pasmo de respeito e medo pela actuação da nossa informação.

Devo recordar com toda a atenção o comportamento de muito e conhecidos políticos da nossa proeminente praça politica, dos assalariados jornalistas deste  pais e em especial daqueles que no dia a dia, às mais diversas horas e circuntãncia comentam o dia a dia dos factos político mais proeminentes.

 

A diferença de tratamento mediático entre o caso Ricardo Salgado, Monte Branco ou Furacão, nada tem a ver com o caso Freport.

O peso do “dinheiro” faz , ainda hoje e agora, pender a balança da critica e da informação, apenas num único sentido.

A combinação que terá sido feita com Ricardo Salgado, no dia anterior à sua detenção e o seu pedido para não ser levado pela própria polícia deve e tem que ser mencionado.

 

Temos, desde há muito, questionado o facto de não mais terem surgido na comunicação social notícias relacionadas com tantos casos mediáticos, tanto ou mais que o Freeport, não terem sido alvo daqueles jornalistas de investigação, masculinos e femininos.

 

Reformaram-se?

 

Vamos aguardar

 

 

25 julho, 2014

Paulo Portas os submarinos

sábado, 19 de Julho de 2014

Paulo Portas na AR sobre submarinos

Publicado por AG

Pano para mangas na audição #AR a Paulo Portas s/ #submarinos e outros contratos Defesa. Deixo umas questões telegráficas. Só pra preparos...

 

1. Paulo Portas assumiu que decidiu entregar o contrato a alemães. E que se articulou com PM Barroso sobre LPM (Lei de Programação Militar 2003) inerente. Porque o negou Barroso?

 

2. Portas decidiu dar contrato a alemães, renegoceia 2 em vez de 3 submarinos, mas não contrapartidas que diz já virem mal do PS. E não corrigiu porquê?

 

3. Contrapartidas foram um desastre, admite Portas, dizendo já as ter herdado. Mas não tentou renegociá-las. Por "compromisso permanente"?

 

4. PS foi quem aceitou arbitragem em vez de tribunal estadual, diz Portas. Não mudou porque "era compreensível que Estado quisesse agilizar..."?

 

5. Porque Portas iludiu perguntas sobre falta condições da CPC (Comissão Permanente das Contrapartidas) para fiscalizar a execução das contrapartidas e sobre a extinção da CPC por este Governo?

 

6. Portas, grande cavaleiro dos ENVC - a quem deu 52% das contrapartidas - larga a dama por Hotel Alfamar e cobre a renegociação por este Governo?

 

7. Portas não branqueia Aguiar: trabalhou para dar trabalho a ENVC, não comenta Governo desistir de contratos da Armada. Diz "concessão é privatização"...

 

8. Portas conta que alemães eram malandros, queriam Lisnave nas contrapartidas como investimento. Ele não deixou. Então porque deixou  o resto?

 

9. Portas invoca ter feito um leilão bancário que não era obrigatório para escolher consórcio financeiro  com BES. Mas não aparecem documentos.  Procurou nas 60.000 fotocópias que levou para casa do MDN?

 

10. Portas: "consórcio bancário só era 25% de BES, dominava  o Crédit Suisse"- esse poço de probidade que não acaba de ser condenado nos  EUA, nem nada...

 

11. Portas gaba-se de incluir custos de manutenção nos contratos que negociou. Mas então porque nada há no contrato e Estado está a pagar 5 milhões/ano/submarino em manutenção?

 

12. "O que é que eu tenho a ver com isso?" - perguntou Portas sobre minudência de MDN ter contratado consórcio bancário com BES/GES, sabendo que ESCOM (GES) desde sempre servia os vendedores alemães...

 

13. Semedo inquiriu sobre estranhas contas do CDS em 2004. Portas defendeu honra dos seus "modestos funcionários". Inclui depositante "Jacinto Leite Capelo Rego"?

 

14. "Maçador" Cônsul honorário de Portugal em Munique escreveu a Ferrostaal "difamando" Portas. Apesar de acusado na Alemanha, o Cônsul não é processado em Portugal, onde continua a residir. O ex-MDN/MNE e actual Vice-Primeiro-Ministro passa?

 

15. Na Alemanha há condenados por subornos em Portugal. Mas isso que importa ao ex-MDN/MNE  e hoje Vice-Primeiro-Ministro de Portugal?

 

16. "Compromisso permanente" entre partidos do arco europeu/atlantista não exclui "mãos limpas", frizou José Magalhaes. Porque é que Portas tanto invocou o tal "compromisso"? (que eu não sei o que é).

 

 

 

Ricardo Salgado já sabia...

A Justiça é igual para todos mas mais para uns que para outros

 

“Salgado já sabia de mandado de detenção desde ontem

Banqueiro ofereceu-se para se deslocar pelos próprios meios ao tribunal. O pedido foi negado. O escritório improvisado que Ricardo Salgado montou no Hotel Palácio foi alvo de buscas.


Ricardo Salgado foi ouvido ontem no Ministério Público por Rosário Teixeira, no âmbito do processo Monte Branco.

O ex-presidente do BES já sabia que esta quinta-feira ia ser presente ao juiz Carlos Alexandre e ofereceu-se para se deslocar pelos próprios meios ao tribunal. O pedido foi-lhe negado. O Ministério Público (MP) fez questão de o ir buscar à sua residência em Cascais. Foi tudo combinado com Ricardo Salgado, que ontem, depois de ser ouvido, foi jantar a casa.

Esta não foi a primeira vez que Ricardo Salgado prestou declarações no âmbito do processo Monte Branco e das investigações da Akoya. Mas na quarta-feira ficou a saber que era arguido, que iria ser presente a tribunal esta manhã e que sobre ele pendia um mandado de detenção.”



Ler mais: http://expresso.sapo.pt/salgado-ja-sabia-de-mandado-de-detencao-desde-ontem=f882914#ixzz38T45rjKu



 

 

CPLP - A nova CP LP

 

A nova CPLP - Comunidade de Países com Ligação ao Petróleo

António José Teixeira |

18:00 Quinta, 24 de Julho de 2014

Já muito se escreveu em Portugal sobre a velha Comunidade de Países de Língua Portuguesa.

 Escreveu-se menos sobre a nova Comunidade de Países com Ligação ao Petróleo.

 Ambas respondem por CPLP. 

Uma morreu ontem, depois de 18 anos de retórica. 

A outra está aí, prometendo muitos anos de mais-valias.

 Faz toda a diferença. 

A transição fez-se com algum embaraço.

 Mas tudo não passou, como esclareceram Cavaco Silva e  Pedro Passos Coelho, de um incidente protocolar. 

E os nossos dignitários não quiseram acrescentar outro incidente para não causar nenhum problema à condução dos trabalhos. 

Foi isto que disseram. 

Também para não causar problemas não houve votação.

 Afinal, havia consenso.

 Evitou-se assim a maçada de termos de votar a favor ou,  quem sabe, de nos abstermos. 

Até o imprevisto de se chamar para a mesa quem ainda parecia não ter sido admitido foi bem pensado. 

Foi a prova provada de que não é preciso admitir quem já está admitido,  não é preciso votar a admissão de quem já entrou em casa.

Organização sofisticada, rápida e prática. 

 
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/a-nova-cplp-comunidade-de-paises-com-ligacao-ao-petroleo=f882970#ixzz38Q3MBi9l

24 julho, 2014

Monte Branco ficou salgado com o Furacão?

Os depositantes do BES tinham o dinheiro em “boas mãos”

 

Compilado das notícias online

 

“”O antigo presidente executivo do BES, Ricardo Salgado, foi detido esta manhã na casa onde reside, no Estoril, na sequência de uma operação desencadeada pelo Ministério Público, avança o jornal Correio da Manhã.

Processo Monte Branco permitiu lavagem de quase 100 milhões

Depois de hoje Ricardo Salgado ter sido detido e numa altura em que o antigo líder do BES está já a ser presente em Tribunal, o Expresso republica esta quinta-feira uma peça onde lembra alguns dos principais implicados neste caso de branqueamento de capitais. Entre os nomes mais conhecidos, surge à cabeça Duarte Lima, responsável pela lavagem de três dos 99,7 milhões que estarão ‘implicados’ neste processo.

Monte Branco Salgado detido por risco de destruição de documentos

A detenção de Ricardo Salgado terá sido precipitada por existir o risco de destruição de documentos, avança o Diário Económico. O antigo presidente executivo do BES chegou ao Tribunal Central de Instrução Criminal cerca das 10h30 para ser ouvido na qualidade de arguido pelo juiz Carlos Alexandre, no âmbito da operação Monte Branco, que investiga a maior rede de branqueamento de capitais em Portugal.””

 

Cavaco e Companhia - os hipócritas

Sentaram-se ao lado  dum ditador, estiveram na mesma reunião de quem aceita e promove a pena de morte.

Foram confrontados com a decisão já tomada de aceitar um país que nada tem de lusófono, entrasse para a  uma organização apenas pelo peso do “seu petróleo”

Todos as palavras de circunstância que a seguir vomitaram, não são mais que isso mesmo.

Os trés portugueses – Cavaco, Coelho e Machete não tem mesmo vergonha na cara, mancharam e muito a honra de muitos milhoes de portugueses.

 

 

18 julho, 2014

BES - será que acabou o reinado?

 

Ana Sá Lopes esceve assim:

 

Existe uma espécie de omertá entre os poderosos do país - que, todos juntos, não enchem uma casa da Quinta da Marinha -, que permitiu que o escândalo BES fosse abafado quase até ao momento do estertor final. Foi a mesma omertá que fez com que o BPN se aguentasse tanto tempo de pé, com o patrocínio de muitos poderosos do país, e muito depois de as irregularidades no banco de Dias Loureiro terem vindo a público.

As elites portuguesas não primam pela "ética republicana" e habituaram-se a conviver com uma fórmula que o Exército dos Estados Unidos usava para lidar com os homossexuais: "Don't ask, don't tell." Irregularidades? Negócios suspeitos? Favorecimento de amigos? Tráfico de influências? Não perguntem, não contem. Esta maneira de viver tem consolado todos os comensais e permitido a cada um recolher, à vez, as respectivas fatias do bolo disponível- irmãmente, como se dizia dantes.

Foi este regime apodrecido que permitiu que o devotamente chamado "único banqueiro" do país - e hoje tratado como cão pelos que o incensavam - chegasse onde chegou, com o risco enorme de arrastar meio país consigo. O BPN não era um banco sistémico, o BES, pertença do Grupo Espírito Santo, é um banco sistémico. Dito de outra maneira: é como se fosse o nosso Lehman Brothers. E neste momento não se sabe o fim da história.

A ideia de que o Banco de Portugal teve um comportamento exemplar - ao contrário do que se tinha passado com o anterior governador, Vítor Constâncio, relativamente ao BPN - é uma teoria que resiste tão bem aos testes de stresse como resistiu o BES durante estes anos de avaliações europeias. Em Fevereiro de 2013 - há quase ano e meio -, depois de o i noticiar o esquecimento de 8,5 milhões na declaração de impostos de Ricardo Salgado, o Banco de Portugal trata de produzir um raro comunicado em que declara toda a sua confiança em Ricardo Salgado. Sim, o Banco de Portugal tinha pedido "explicações", mas depois disso ficou muito satisfeito. Naquela peça não tão antiga assim, o governador afiança que "as informações recolhidas pelo banco não fundamentam as suspeitas lançadas pela comunicação social". Enquanto o poder de Ricardo Salgado parecia imutável, o Banco de Portugal preferiu lançar as culpas para o mensageiro. Não foi o único: este é o modo de actuar da elite portuguesa, que só se distancia dos seus quando estão mortos. O BES é o regime, a crise do BES é a crise do regime.» [i]
   

Autor: Ana Sá Lopes.

 

 

 

14 julho, 2014

A Rainha Santa

“Em nome da população de Coimbra, um padre, António Jesus Ramos, saudou a padroeira de Coimbra – Santa Isabel, a Rainha Santa, assim: Um desabafo que traduz a amargura de um povo a passar por momentos de dificuldade, com homens e mulheres vergados ao peso da opressão de alguns que se julgam donos do mundo” e  continuou, lamentando que muitos do que hoje estão à frente dos destinos da nação não tenham competência, preparação e qualidade, ainda que outros, com desonestidade flagrante, foram engordando os seus cabedais, não tendo pejo em declarar como exclusivamente seu aquilo que a todos pertence. Traduz a amargura que invade o coração do povo, que vê na rainha Santa a esperança de dias melhores, os roubos descarados, assaltos ao tesouro público, s corrupções aos mais diversos níveis e hoje em dia os autores dessas más acções até tenham perdido o pudor de verem oas seus nomes publicados na praça pública.

Não podemos silenciar os atropelos que, a coberto dos mais sofisticados meios, alguns dels  tornados legais de que modo e  com que intenções, que se vão fazendo, já não no recanto do segredo obrigatório dos grupos organizados para destruírem a verdadeira identidade da pátria, mas em plena luz do dia” In “Diário de Coimbra”

 

 

02 julho, 2014

O país está melhor?

Que pena estes deputados não pagarem um imposto suplementar pela mentira que no dia a dia trazem nas suas palavras

“PSD "País está melhor, maioria está firme e oposição frágil"

O líder parlamentar do PSD afirmou hoje que "o país está melhor", que a maioria e a coligação governativa estão coesas e estáveis, contrapondo que a oposição está "muito frágil nas ideias" nas alternativas e na estabilidade.”

 

 

 

Segurança Social - dividas de 11 mil milhões

Muito deste dinheiro está a gora a ser roubado aos pensionistas

Os “empregadores” não pagam as dels e ainda ficam com as dos seus empregados – quantas vezes

“A dívida bruta à Segurança Social voltou a subir no último ano, atingindo os 11.187 milhões de euros, revela o Diário Económico. O valor representa um aumento de 1.408 milhões face a 2012, ou seja 14,4%.

A dívida total abrange contribuintes, clientes e prestações sociais a repor, sendo que só os contribuintes devem 8.982 milhões de euros à Segurança Social.

Uma parte significativa da dívida, 43,8%, encontra-se provisionada, "denotando o risco de cobrança e a elevada antiguidade de alguns desses créditos, nomeadamente aqueles que são detidos sobre os contribuintes da Segurança Social", refere o Económico”