Foi o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas que o disse. Meteu os papéis, em Dezembro, para a reforma e bateu com a porta. Para não ser roubado com a entrada do novo cálculo, explicou em declarações.
Sempre falei em roubo, palavra que incomoda o governo, agora estou mais confortada. Senhor general, e que dizer dos cortes nos salários, nas reformas e nas pensões já atribuídas? Vou subir de tom: pilhagem legalizada aos bolsos dos portugueses.
Não havia dinheiro, admito, mas para um consenso teria sido necessário bom senso. Não houve. Como nas pensões de sobrevivência ou nas subvenções vitalícias dos políticos. Ao começar nos 2 mil euros brutos viraram do avesso a vida das pessoas.
Conheço políticos que desde o 25 de Abril se dedicaram exclusivamente à causa pública. Não falo de Relvas ou outros, claro. Falaram tanto no 25 de Abril no congresso que poderiam ter tocado a Grândola quando ele foi eleito para presidir ao conselho nacional.
O bom senso falaria em 3 mil euros brutos, muito transitórios, e já era uma grande concessão. Em qualquer dos casos, não sou parte interessada.
Li que mais de 160 mil idosos já foram alvo de violência doméstica por parte de familiares que querem os seus bens ou magras pensões. Querem maior violência que esta, silenciosa e indefesa?
Durante anos escrevi sobre congressos do PSD (até fiz um livrito). Vi tudo e não escrevo nada. Estão em negação. Como o governo socialista com a fome em Setúbal (era o bispo vermelho, lembram-se?), o trabalho infantil ou o desemprego no Vale do Ave. Eu lembro-me.