08 outubro, 2012
O Governo está a morrer
07 outubro, 2012
Parlamento - E a vergonha, aonde ficou???
06 outubro, 2012
Paulo Portas - afinal como é?
Treze anos passados, o CDS - que à época era PP - entra para a história como cúmplice do maior assalto fiscal de que há memória na história recente de Portugal. E, Paulo Portas, queira ou não, será recordado como um dos principais rostos do "esbulho"e do "bombardeamento fiscal" praticados pelo atual Governo.
O mesmo Paulo Portas que, bruscamente no verão passado, escreveu uma carta aos militantes do seu partido garantindo que não autorizaria mais aumentos de impostos porque o País atingiu "o limite" em matéria fiscal. O mesmo Paulo Portas que, na última campanha eleitoral, se assumia como uma espécie de provedor do contribuinte que recusaria qualquer agravamento fiscal.
Em suma, o mesmo Paulo Portas que jurara a pés juntos que só iria para o Governo caso tivesse força. Ora o que o novo pacote de austeridade, melhor dito, brutalidade, veio demonstrar foi a inutilidade deste CDS. A sua incapacidade e falta de força para influenciar ou condicionar a governação.
Dito isto, aqueles que pensavam que as notícias do fim da coligação PSD-CDS eram manifestamente exageradas, enganaram--se. O casamento de conveniên- cia chegou ao fim e os dois partidos, como disse Miguel Sousa Tavares, limitam-se agora a dormir em quartos separados até que o divórcio seja consumado.
Quinta-feira, na Assembleia da República, findo o debate das moções de censura, Paulo Portas voltou a vestir o fato de líder da oposição ao Governo de que faz parte, e demarcou-se do "enorme" aumento de impostos anunciado na véspera por Vítor Gaspar. E, ficou a saber-se no dia seguinte, o CDS prepara uma "bateria de alterações" ao Orçamento do Estado - como se, estando no Governo, não fosse corresponsável pela elaboração do documento original - e equaciona mesmo a possibilidade de abandonar o barco.
Como se percebe, continuamos em ambiente de crise política. E Cavaco Silva, ao fazer questão de recordar os poderes presidenciais como "moderador em caso de conflitos" institucionais, mostrou estar consciente de que a rutura está iminente. O mesmo Presidente da República que, no discurso do 5 de Outubro, fez questão de ignorar o "melhor povo do mundo" que desespera por uma palavra de esperança. O mesmo Presidente da República que, por muito menos do que isto - por ventura terá mudado de opinião -, denunciou que "há limites para os sacrifícios que se podem pedir ao comum dos cidadãos". Enfim, o mesmo Presidente da República que hasteou a bandeira nacional de pernas para o ar, na metáfora perfeita de um País em sobressalto que não vislumbra o limite para os sacrifícios que podem ser-lhe pedidos, por uma coligação que agoniza ligada ao ventilador, e com políticos que fogem e se escondem do povo.
É evidente que a consolidação orçamental tem de ser feita. As nossas dívidas têm de ser pagas. Os nossos compromissos têm de ser honrados. Por ventura, a austeridade é inevitável. Mas por que carga de água não nos disseram tudo? Porque diabo nos prometeram, há pouco mais de um ano, que as medidas que estavam em execução eram suficientes? Por que que raio não nos contaram que o objetivo era empobrecer, matar a classe média e liquidar a economia? Por que razão nos querem agora sacar seis vezes mais do que é oficialmente necessário, alcandorando os remediados à categoria de ricos? Porquê?
Como diz o povo, seguramente o melhor do mundo, pela boca morre o peixe. "
05 outubro, 2012
Republica, que viva!!!
04 outubro, 2012
Que viva a Republica
03 outubro, 2012
Moita Flores
O presidente da Câmara de Santarém, Francisco Moita Flores (PSD), disse à agência Lusa que, no quadro de “terrível crise” que se vive, deixa Santarém não como uma “ilha de felicidade” mas também não como uma “ilha de desgraça”.
“O balanço para Santarém não é o mais desgraçado, embora seja tão aflitivo como outros”, disse o autarca, que se encontra com o mandato suspenso desde o início de Julho.
Reconhecendo que o investimento “retraiu” e que o desemprego subiu, mesmo assim abaixo dos 15,9 por cento do país, Moita Flores frisou que o concelho não consegue escapar aos indicadores nacionais e que a “falta de dinheiro” por parte do Governo também aqui “inibiu alguns projectos”.
Como exemplo apontou os investimentos que resultariam das contrapartidas resultantes da decisão de não construir o novo aeroporto na Ota, entretanto suspensos.
Contudo, lamentou o “desprezo” dado ao que considera a “coroa de glória” do seu mandato, a passagem de uma cobertura de saneamento básico de 62 para 93 por cento, o que classificou de “marca histórica” conseguida graças aos fundos comunitários mas também à gestão da empresa municipal Águas de Santarém.
“Está classificada como a nona melhor empresa municipal a nível nacional, de tal maneira que foi convidada a participar na organização do Congresso Mundial da Água que se realiza no próximo ano em Lisboa”, afirmou.
Moita Flores referiu ainda a “salvação” de fundos comunitários, redireccionados para o projecto da Rota das Catedrais, que permitiu iniciar obras de recuperação na Sé de Santarém, ou a recuperação, com recurso a mecenato, do Convento de São Francisco.
O autarca admite a “grande mágoa” de não ter avançado com a melhoria da ligação ao Norte do concelho, sublinhando não existirem condições financeiras para avançar com um projecto que “está feito” mas que custa perto de 3 milhões de euros.
Quanto à dívida do município, Moita Flores disse à Lusa que, “por mais que explique, não vale a pena” porque os que criticam “não sabem fazer contas”.
“A cidade está mais rica” com o património adicionado e, retirados os 16 milhões de euros da EPC, a dívida está “aos níveis do que recebemos”, assegurou.
Moita Flores recupera o lema de devolução da capitalidade a Santarém, garantindo que a auto-estima foi devolvida aos escalabitanos.
Um retrato que o actual presidente em exercício, Ricardo Gonçalves, corrobora, sublinhando que nos anos de gestão PSD “muito se conseguiu e hoje existe outra cidade e outra auto-estima”.