Pode ser que sim, mas ... quem foge à "justiça", mesmo dum polícia, sujeita-se. Foi o que aconteceu.
A esse meliante, já não vão os contribuintes pagar a " cama, roupa e comida" com os seus impostos, enquanto estivesse na cadeia e pelos vistos, pois já teria andado a contas com a justiça, mais situações de risco para quem voltasse a atacar e roubar.
Se houver outra vida... talvez se possa regenerar.
"Ontem, iam três tipos a assaltar gente. Pela hora, sete da manhã, e o local, o comboio de Sintra, as vítimas deviam ser gente modesta - o que me comove mais, haver polícias a proteger desapossados de tanta coisa, até de segurança. Esperei que os polícias tivessem sido enérgicos e eficientes. E eles foram, apanharam dois dos assaltantes. Olhem um facto simples: profissionais que fizeram o que deviam. O terceiro assaltante, fugindo pela estação de Campolide, foi baleado por um polícia e morreu. Este já não é um facto simples. Isto é, parte de uma verdade simples: ninguém pode ser morto por ninguém, nem mesmo um assaltante. E que ainda é mais verdade para um polícia, a quem damos o privilégio de andar com uma arma. Ponto final sobre o assunto, culpa do polícia? Não, porque pode haver justificações para o tiro. É que a realidade atrapalha a verdade simples: o polícia podia estar em perigo de vida, o polícia podia ter caído e disparado sem querer... Há que tirar o facto a limpo. Mas, ontem, as caixas de comentários dos jornais encheram-se de certezas incivilizadas, aplaudindo o tiro. Eu digo o que é civilização, também vinha ontem nos jornais. Em Gao, Mali, os islamistas que ocuparam a cidade anunciaram o corte da mão de um ladrão. A população ocupou a praça e impediu a execução: "Eles não vão cortar a mão à nossa frente." Se pode haver gente civilizada numa cidade ocupada, como há tantos incivilizados nas nossas cidades?" (
dn )