uem percebe este Passos Coelho?
28 junho, 2012
27 junho, 2012
GNR - exagero
Lamento mas tenho que o dizer: durante a guerra de África um Ten Coronel comandava um Batalhão que era composto no mínimo por uma Companhia de Serviços e três companhias operacionas e em algumas circunstâncias mais uma ou duas companhias independentes operacionais ou de serviços.
Agora, para comandar "meia dúzia" de soldados da GNR numa area restrita, um Ten Coronel?
É muito para o Orçamento de Estado.
Por alguma razão ainda há bem pouco tempo havia na GNR 12 (doze )Generais.
25 junho, 2012
Arnaut versus Vara
Só recordar o que se disse por aí sobre Armando Vara que foi empregado da CGD.
E este cavalheiro não é um dos muitos boys afilhados do PSD?
Tudo ao pote e à gamela.
A verdade é que ao PSD e ao CDS a pouca vergonha não lhes falta.
PCP - não mudam...
Avozinho, os trabalhadores e pensionistas que dizes tanto defender, devem lembrar-se que foste tu de braço dado com o Louçã, acompanhados por aqueles que agora criticas, que derrubaram o anterior governo.
Por estas e por muitas outros que eu sou um "apaixonado" pelo PCP. Percebes?
Por estas e por muitas outros que eu sou um "apaixonado" pelo PCP. Percebes?
CAVACO SILVA, ora toma lá
Senhor Presidente,
Há muito, muito tempo, nos dias depois que Abril floriu e a Europa se abriu de par em par, foi V.Exa por mandato popular encarregue de nos fazer fruir dessa Europa do Mercado Comum, clube dos ricos a que iludidos aderimos, fiados no dinheiro fácil do FEDER, do FEOGA, das ajudas de coesão (FUNDO DE COESÃO) e demais liberalidades que, pouco acostumados, aceitámos de olhar reluzente, estranhando como fácil e rápido era passar de rincão estagnado e órfão do Império para a mesa dos poderosos que, qual varinha mágica, nos multiplicariam as estradas, aumentariam os direitos, facilitariam o crédito e conduziriam ao Olimpo até aí inatingível do mundo desenvolvido.
Havia pequenos senãos, arrancar vinhas, abater barcos, não empatar quem produzisse tomate em Itália ou conservas em Marrocos, coisa pouca e necessária por via da previdente PAC, mas, estando o cheque passado e com cobertura, de inauguração em inauguração, o país antes incrédulo, crescia, dava formação a jovens, animava a construção civil, os resorts de Punta Cana e os veículos topo de gama do momento.
Do alto do púlpito que fora do velho Botas, V.Exa passaria à História como o Modernizador, campeão do empreendedorismo, símbolo da devoção à causa pública, estóico servidor do povo a partir da marquise esconsa da casa da Rua do Possôlo. Era o aplicado aluno de Bruxelas, o exemplo a seguir no Mediterrâneo, o desbravador do progresso, com o mapa de estradas do ACP permanentemente desactualizado.
O tecido empresarial crescia, com pés de barro e frágeis sapatas, mas que interessava, havia pão e circo, CCB e Expo, pontes e viadutos, Fundo Social Europeu e tudo o que mais se quisesse imaginar, à sombra de bafejados oásis de leite e mel, Continentes e Amoreiras, e mais catedrais escancaradas com um simples cartão Visa.
Ao fim de dez anos, um pouco mais que o Criador ao fim de sete, vendo a Obra pronta, V.Exa descansou, e retirou-se. Tentou Belém, mas ingrato, o povo condenou-o a anos no deserto, enquanto aprendizes prosseguiam a sanha fontista e inebriante erguida atrás dos cantos de sereia, apelando ao esbanjamento e luxúria.
No início do novo século, preocupantes sinais do Purgatório indicaram fragilidades na Obra, mas jorrando fundos e verbas, coisa de temerários do Restelo se lhe chamou. À porta estava o novo bezerro de ouro, o euro, a moeda dos fortes, e fortes agora com ela seguiríamos, poderosos, iguais.
Do retiro tranquilo, à sombra da modesta reforma de servidor do Estado, livros e loas emulando as virtudes do novo filão foram por V.Exa endossados , qual pitonisa dos futuros que cantam, sob o euro sem nódoa, moeda de fortes e milagreiro caminho para o glorioso domínio da Europa.
Migalha a migalha, bitaite a bitaite, foi V.Exa pacientemente cozendo o seu novelo, até que, uma bela manhã de nevoeiro, do púlpito do CCB, filho da dilecta obra, anunciou aos atarantados povos estar de volta, pronto a servir.
Não que as gentes o merecessem, mas o país reclamava seriedade, contenção, morgados do Algarve em vez de ostras socialistas.
Seria o supremo trono agora, com os guisados da Maria e o apoio de esforçados amigos que, fruto de muito suor e trabalho, haviam vingado no exigente mundo dos negócios, em prol do progresso e do desenvolvimento do país.
Salivando o povo à passagem do Mestre, regressado dos mortos, sem escolhos o conduziram a Belém, onde petiscando umas pataniscas e bolo-rei sem fava, presidiria, qual reitor, às traquinices dos pupilos, por veladas e paternais palavras ameaçando reguadas ou castigos contra a parede.
E não contentes, o repetiram segunda vez, e V. Exa, com pungente sacrifício lá continuou aquilíneo cônsul da república, perorando homilias nos dias da pátria e avisando ameaçador contra os perigos e tormentas que os irrequietos alunos não logravam conter.
Que preciso era voltar à terra e ao arado, à faina e à vindima, vaticinou V.Exa, coveiro das hortas e traineiras; que chegava de obras faraónicas, alertou, qual faraó de Boliqueime e campeão do betão; que chegava de sacrifícios, estando uns ao leme, para logo aconselhar conformismo e paciência mal mudou o piloto.
Eremita das fragas, paroquial chefe de família, personagem de Camilo e Agustina, desprezando os políticos profissionais mas esquecendo que por junto é o profissional da política há mais anos no poder, preside hoje V.Exa ao país ingrato que, em vinte anos, qual bruxedo ou mau olhado, lhe destruiu a obra feita, como vil criatura que desperta do covil se virou contra o criador, hoje apenas pálida esfinge, arrastando-se entre a solidão de Belém e prosaicas cerimónias com bombeiros e ranchos.
Trinta anos, leva em cena a peça de V.Exa no palco da política, com grandes enchentes no início e grupos arregimentados e idosos na actualidade.
Mas, chegando ao fim o terceiro acto, longe da epopeia em que o Bem vence o Mal e todos ficam felizes para sempre, tema V.Exa pelo juízo da História, que, caridosa, talvez em duas linhas de rodapé recorde um fugaz Aníbal, amante de bolo-rei e desconhecedor dos Lusíadas, que durante uns anos pairou como Midas multiplicador e hoje mais não é que um aflito Hamlet nas muralhas de Elsinore, transformado que foi o ouro do bezerro em serradura e sobrevivendo pusilâmine como cinzento Chefe do estado a que isto chegou, não obstante a convicção, que acredito tenha, de ter feito o seu melhor.
Há muito, muito tempo, nos dias depois que Abril floriu e a Europa se abriu de par em par, foi V.Exa por mandato popular encarregue de nos fazer fruir dessa Europa do Mercado Comum, clube dos ricos a que iludidos aderimos, fiados no dinheiro fácil do FEDER, do FEOGA, das ajudas de coesão (FUNDO DE COESÃO) e demais liberalidades que, pouco acostumados, aceitámos de olhar reluzente, estranhando como fácil e rápido era passar de rincão estagnado e órfão do Império para a mesa dos poderosos que, qual varinha mágica, nos multiplicariam as estradas, aumentariam os direitos, facilitariam o crédito e conduziriam ao Olimpo até aí inatingível do mundo desenvolvido.
Havia pequenos senãos, arrancar vinhas, abater barcos, não empatar quem produzisse tomate em Itália ou conservas em Marrocos, coisa pouca e necessária por via da previdente PAC, mas, estando o cheque passado e com cobertura, de inauguração em inauguração, o país antes incrédulo, crescia, dava formação a jovens, animava a construção civil, os resorts de Punta Cana e os veículos topo de gama do momento.
Do alto do púlpito que fora do velho Botas, V.Exa passaria à História como o Modernizador, campeão do empreendedorismo, símbolo da devoção à causa pública, estóico servidor do povo a partir da marquise esconsa da casa da Rua do Possôlo. Era o aplicado aluno de Bruxelas, o exemplo a seguir no Mediterrâneo, o desbravador do progresso, com o mapa de estradas do ACP permanentemente desactualizado.
O tecido empresarial crescia, com pés de barro e frágeis sapatas, mas que interessava, havia pão e circo, CCB e Expo, pontes e viadutos, Fundo Social Europeu e tudo o que mais se quisesse imaginar, à sombra de bafejados oásis de leite e mel, Continentes e Amoreiras, e mais catedrais escancaradas com um simples cartão Visa.
Ao fim de dez anos, um pouco mais que o Criador ao fim de sete, vendo a Obra pronta, V.Exa descansou, e retirou-se. Tentou Belém, mas ingrato, o povo condenou-o a anos no deserto, enquanto aprendizes prosseguiam a sanha fontista e inebriante erguida atrás dos cantos de sereia, apelando ao esbanjamento e luxúria.
No início do novo século, preocupantes sinais do Purgatório indicaram fragilidades na Obra, mas jorrando fundos e verbas, coisa de temerários do Restelo se lhe chamou. À porta estava o novo bezerro de ouro, o euro, a moeda dos fortes, e fortes agora com ela seguiríamos, poderosos, iguais.
Do retiro tranquilo, à sombra da modesta reforma de servidor do Estado, livros e loas emulando as virtudes do novo filão foram por V.Exa endossados , qual pitonisa dos futuros que cantam, sob o euro sem nódoa, moeda de fortes e milagreiro caminho para o glorioso domínio da Europa.
Migalha a migalha, bitaite a bitaite, foi V.Exa pacientemente cozendo o seu novelo, até que, uma bela manhã de nevoeiro, do púlpito do CCB, filho da dilecta obra, anunciou aos atarantados povos estar de volta, pronto a servir.
Não que as gentes o merecessem, mas o país reclamava seriedade, contenção, morgados do Algarve em vez de ostras socialistas.
Seria o supremo trono agora, com os guisados da Maria e o apoio de esforçados amigos que, fruto de muito suor e trabalho, haviam vingado no exigente mundo dos negócios, em prol do progresso e do desenvolvimento do país.
Salivando o povo à passagem do Mestre, regressado dos mortos, sem escolhos o conduziram a Belém, onde petiscando umas pataniscas e bolo-rei sem fava, presidiria, qual reitor, às traquinices dos pupilos, por veladas e paternais palavras ameaçando reguadas ou castigos contra a parede.
E não contentes, o repetiram segunda vez, e V. Exa, com pungente sacrifício lá continuou aquilíneo cônsul da república, perorando homilias nos dias da pátria e avisando ameaçador contra os perigos e tormentas que os irrequietos alunos não logravam conter.
Que preciso era voltar à terra e ao arado, à faina e à vindima, vaticinou V.Exa, coveiro das hortas e traineiras; que chegava de obras faraónicas, alertou, qual faraó de Boliqueime e campeão do betão; que chegava de sacrifícios, estando uns ao leme, para logo aconselhar conformismo e paciência mal mudou o piloto.
Eremita das fragas, paroquial chefe de família, personagem de Camilo e Agustina, desprezando os políticos profissionais mas esquecendo que por junto é o profissional da política há mais anos no poder, preside hoje V.Exa ao país ingrato que, em vinte anos, qual bruxedo ou mau olhado, lhe destruiu a obra feita, como vil criatura que desperta do covil se virou contra o criador, hoje apenas pálida esfinge, arrastando-se entre a solidão de Belém e prosaicas cerimónias com bombeiros e ranchos.
Trinta anos, leva em cena a peça de V.Exa no palco da política, com grandes enchentes no início e grupos arregimentados e idosos na actualidade.
Mas, chegando ao fim o terceiro acto, longe da epopeia em que o Bem vence o Mal e todos ficam felizes para sempre, tema V.Exa pelo juízo da História, que, caridosa, talvez em duas linhas de rodapé recorde um fugaz Aníbal, amante de bolo-rei e desconhecedor dos Lusíadas, que durante uns anos pairou como Midas multiplicador e hoje mais não é que um aflito Hamlet nas muralhas de Elsinore, transformado que foi o ouro do bezerro em serradura e sobrevivendo pusilâmine como cinzento Chefe do estado a que isto chegou, não obstante a convicção, que acredito tenha, de ter feito o seu melhor.
Respeitoso e Suburbano, devidamente
autorizado pela Sacrossanta Troika,
António Maria dos Santos
Sobrevivente (ainda) do Cataclismo de 2011
António Maria dos Santos
Sobrevivente (ainda) do Cataclismo de 2011
CONVITE
Que se faça uma resenha, com fotos, vídeos, declarações, discursos e com todos os meios disponíveis das verdade e mentiras que foram ditas pelos interventores políticos que apoiam este Governo e que tanto criticaram o anterior.
Será uma boa oportunidade para mostrar a todo o povo, mas em pormenor, tudo aquilo que foi criticado, todas as verdades, mas essencialmente, a mentiras que continuadamente esta gente tem escrito e dito.
Esta gente é uma vergonha, é mesmo uma vergonha
Governo, mas que governo?
Não passam de banais artistas de teatro que nem o texto decoraram.
Em cada dia mudam o texto da peça que representam na esperança de levarem mais "publico" até junto da boca de cena e sempre com medo de uma enorme pateada que não levará muito tempo a acontecer.
In "O Jumento"
Semanada
Em Janeiro o país era um caso de sucesso, em Fevereiro nem se queria pensar em derrapagens orçamentais e mesmo sem estas o mais do que provável segundo resgate era negado, em Março afirma-se que Portugal não precisava nem de mais dinheiro nem de mais tempo para se desenrascar, em Abril as receitas orçamentais estavam em linha com as previsões, em Maio descobriu-se um erro que fazia disparar a queda das receitas mas podíamos ficar descansados porque isso não efectava o défice, em Junho o incompetente do Gaspar chegou à brilhante conclusão de que estamos com a corda ao pescoço outras vez. Mas não foi por causa do excesso de austeridade, pelo aumento exagerado do IVA nalguns produtos e sectores, não, foi tudo culpa das adversidades mundiais e de um estranho comportamento do IRC. Gaspar é um Deus e o país reza a este Deus que vive do dogma da competência.
O país ficou descansado, não vai perder um dos mais belos, inteligentes e brilhantes políticos da nova geração que chegou ao poder, Miguel Relvas foi declarada inocente. O ministro não fez qualquer chantagem sobre a jornalista e se o fez foi impossível provar o que vai dar na mesma. Temos um político inocente que estava a ser vítima de uma jornalista mal intencionada e mentirosa.
Cavaco Silva, o administrador do condomínio desta quinta da Coelha em que vivemos andou em busca de indícios de inconstitucionalidade na legislação laboral e não os encontrou, pelo que promulgou a legislação resultante de um acordo estranho em que ele próprio se envolveu na magistratura de influência, a que alguns poderão chamar magistratura da pressão. Só é pena que noutros casos o administrador do condomínio não tenha procurado pelos tais indícios de inconstitucionalidade. Temos um presidente que umas vezes procura indícios e outras ignora inconstitucionalidades mais do que evidentes.
Havia qualquer coisa de errado na privatização da REN, parecia que ao contrário do que sucedeu na EDP a venda de capital ao Partido Comunista Chinês não dava lugar à contratação de mais uns guardas laranjas, o equivalente luso dos guardas vermelhos chineses. Mas podemos estar descansados, a REN reencontrou a normalidade e a privatização foi devidamente oficializada com a entrada de José Luís Arnaut, um conhecido gestor da praça, para a administração. ( O Jumento)
Governo em desgovernação
Estamos a se geridos por gente desta.
Não acertam uma. Por não saber ou por querer.
Erro? Mentira? Ambas?
Que futuro nos espera?
Eles, bem. eles tem o futuro garantido
24 junho, 2012
Pastéis de nata na Polónia
Álvaro e a promoção dos pastéis de nata... na Polónia
"Além da seleção, há outros portugueses a marcar golos em Poznan, cidade polaca que alberga o Euro 2012. Os nossos tradicionais pastéis de nata estão à venda em vários cafés da cidade e são um sucesso. Tudo graças a dois portugueses empreendedores."
Cavaco Silva vaiado em Guimarães
Daqui até ao fim do mandato, Cavaco Silva vai saber o que lhe custa ter tomado as posuições que tomou.
Nenhum dos anteriores presidentes teve um "final de mandato tão infeliz"
Relvas e Passos Coelho, está-lhes na massa do sangue
"Em poucas palavras, a actual vereadora da Câmara de Lisboa contou que Relvas - quando era secretário de Estado da Administração Local do Governo de Durão Barroso - a chamou e lhe propôs um acordo entre a Secretaria de Estado e a Ordem dos Arquitectos, com vista à formação de arquitectos das câmaras municipais. A ideia era aproveitar os fundos europeus do Foral (Programa de Formação para as Autarquias Locais) e promover acções específicas viradas para aqueles profissionais. A ex-presidente da Ordem lembra que mostrou o maior interesse, mas diz que, nessa altura, Relvas pôs uma condição: A formação tinha de ser feita pela empresa do dr. Passos Coelho. "Fiquei passada e disse: "Desculpe lá, senhor secretário de Estado, mas nessas condições não há acordo nenhum". E não houve!"
Ao PÚBLICO, a arquitecta repetiu ontem o que então aconteceu, frisando: "Isto passou-se comigo!" Na sua memória, adiantou, foi tudo o que ficou registado, nada mais se recordando, nomeadamente se Relvas tinha referido o nome da empresa em questão. Em todo o caso, do episódio não retirou nenhuma conclusão sobre Passos Coelho, admitindo mesmo que ele desconhecesse a iniciativa do secretário de Estado.
Mas então por que razão só agora é que revela o caso? "Sim, podia tê-lo feito na altura, mas não valorizei o caso. Há tantas histórias que se passam que não fazíamos mais nada [se as fôssemos contar]. Foi um gesto com que não concordei, que registei na minha memória e que comuniquei às outras pessoas da Ordem. Agora resolvi contá-lo porque estávamos a falar do caso da ERC e achei que as pessoas têm de saber quem é este homem", respondeu.
Para a antiga presidente da Ordem esse homem é "uma pessoa muito trabalhadora, muito acelerada, mas que não distingue o que pode fazer do que não pode fazer".
O programa Foral foi lançado em 2000 pelo Governo de António Guterres e desenrolou-se ao longo de vários anos com a participação de numerosas entidades públicas e empresas da área da formação profissional. A sua tutela, entre 2002 e 2004, período em que foi secretário de Estado dos ministros Isaltino Morais e Amílcar Theias, coube a Miguel Relvas.
Nessa época, Passos Coelho tinha fortes ligações ao mundo da formação profissional, que vivia ainda o seu apogeu com os milhões do Fundo Social Europeu. Na empresa Tecnoforma exercia funções de director financeiro, enquanto que na organização não governamental Urbe era um dos responsáveis pelo seu Departamento de Formação. Já na empresa LDN Consultores, que também se dedica a essa actividade, trabalhava como consultor.
Manuel Castro, administrador da Tecnoforma, confirmou ontem que a sua empresa, "tal como muitas outras", participou no programa Foral como entidade formadora, mas garantiu que nunca este envolvida, "nem teve conhecimento", da preparação de qualquer projecto que pudesse envolver a Secretaria de Estado e a Ordem dos Arquitectos.
O mesmo disse Rogério Gomes, um urbanista que dirigiu a Urbe durante muitos anos. "Fizemos acções com o Foral na região Norte e Centro, mas não participámos em nada que pudesse envolver a Ordem dos Arquitectos, o Foral e a Secretaria de Estado". Em tom irónico acrescentou: "Infelizmente não fomos convidados." Rogério Gomes acrescentou que a Urbe fez muito trabalho de formação com a Ordem dos Arquitectos, mas que nunca foi discutida qualquer colaboração ligada ao Foral.
O PÚBLICO não conseguiu contactar a LDN. O gabinete de Miguel Relvas não fez qualquer comentário sobre o assunto e os assessores de Passos Coelho não atenderam o telefone durante a tarde de ontem."
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