10 abril, 2012
Marcelo, voltou a errar?
09 abril, 2012
Marcelo
Uma boa parte da nossa direita sabe que é de direita, não tem dúvidas de que é de direita, apoia todas as ideias de direita, mas tem um problema muito grave, não sabe o que pensar sendo de direita É por termos esta imensa direita de analfabrutos que também temos essa personagem absurda que é o mprofessor Marelo. O professor está para a nossa direita analfabruta como o Financial Times está para a direita inglesa, eles sabem inglês e lêem o Financial Times, os nossos são uns analfabrutos e todos os domingos ouvem o Marcelo. Digamos que o Marcelo é a metadona dos nossos idiotas, todos os domingos à noite os palermas fazem fila para receberem a sua dose de metadona intelectual.
O professor é uma originalidade nacional, como o é o escarrar para o chão, a miséria ou a iliteracia, faz parte da nossa realidade. Em Espanha nenhum par do Reino a comentar na televisão, em Paris nenhum dos conselheiros do Sarkozi tenta eliminar politricamente o líder da oposição, em Londres nenhum conselheiro da rainha foi visto a nadar no meio dos cagalhões do Tamisa. Mas nós temos o professor Marcelo, toma banho no Tejo, morde que nem um pitbull nas canelas dos líderes da oposição, até dá conselhos ao Presidente via televisão mais parecendo a astróloga Maia dando consulta de Tarot na SIC.
O absurdo desta personagem chegou a tal ponto que em tempos o professor notabilizou-se por dar notas a todos os políticos. O país parava para saber das positivas e das negas atribuídas ao professor Marcelo e o mais curioso é que toda a classe política ansiava ser avaliada pelo professor Marcelo, principalmente se a nota atribuída pelo mestre-escola fosse positiva. A moda acabou, talvez devido às sucessivas negativas que Marcelo apanhou na política, a começar pelo famoso mergulho nos cagalhões em que perdeu a câmara municipal da capital para Jorge Sampaio.
Aliás nesta coisa dos mergulhos parece que o professor até acertou e como adiantado mental que é imitou s mergulhos no c, o tal rio da barragem das três gargantas. Não que se pretenda dizer que o professor tem três gargantas ainda que seja evidente que o que mais tem é garganta, mas porque parecia estar a adivinhar que a empresa da barragem das três gargantas viria a ser a dona da EDP e patroa de uma boa parte dos alunos da sua turma.
O último político a tropeçar no professor Marcelo foi António José Seguro, lamentavelmente não percebeu que o professor é um falhado que está em decadência e que descobriu que a melhor forma de ter uma velhice tranquila é indo para o Palácio de Belém. Como Passos Coelho nunca foi propriamente um dos seus bons alunos resta ao professor decadente tentar destruir o líder da oposição na esperança de lhe pagarem o frete com uma candidatura ao centro de dia da terceira idade do Palácio de Belém"
Notícias, algumas, embora de hoje... são velhas
Cavaram o abismo
A sua resposta foi absolutamente clara: "Não defendo, nas actuais condições de acesso, o recurso ao FEEF em parceria com o FMI, porque as experiências da Grécia e da Irlanda correram muito mal". Atente-se, também, no testemunho do insuspeito Governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, citado no Público do passado Domingo, num trabalho da jornalista Cristina Ferreira. Disse o Governador: "Testemunhei que a Comissão Europeia e o BCE não queriam que Portugal fizesse um pedido de assistência financeira, igual ao grego e ao irlandês, e estavam empenhados na aprovação do PEC IV".
Estas declarações desmentem a versão adulterada da história que tenta vender a ideia de que, ainda antes do PEC IV, o pedido de ajuda externa teria sido teimosamente adiado, contra tudo e contra todos, por obstinação pessoal do primeiro-ministro de então. Em primeiro lugar, apesar da pressão dos mercados, não havia, antes da rejeição do PEC IV, nenhum "clamor nacional" em defesa da ajuda externa: a posição expressa pelo próprio porta-voz oficioso do PSD, no final de Fevereiro de 2011, era contra o pedido de ajuda externa. Por outro lado, é incontestável que a Comissão Europeia e o BCE acompanharam o primeiro-ministro português na sua rejeição do cenário de assistência financeira - e foi por isso que aceitaram declarar por escrito o seu empenhamento no apoio ao PEC IV.
A rejeição do PEC IV, no dia 23 de Março, alterou tudo: precipitou uma crise política; desperdiçou o apoio prometido pelo BCE e provocou a descida abrupta dos 'ratings', a subida exponencial dos juros e o fechamento definitivo dos mercados - acabando por forçar, muito rapidamente, o pedido de ajuda externa de Portugal, anunciado no dia 6 de Abril. Um dia antes ou um dia depois não teria feito qualquer diferença.
Diz-se que não há provas de que o PEC IV iria resultar. E é verdade: não há, nem pode haver. O que está provado é que um conjunto de forças partidárias optou por rejeitar uma alternativa à ajuda externa, apesar de apoiada formalmente pelas instituições europeias junto dos mercados. E quem toma uma decisão desta gravidade, quem decide arrastar o País para um programa de assistência financeira sem explorar todas as alternativas, assume, inevitavelmente, uma inversão do ónus da prova, porque se constitui na responsabilidade política de provar, com resultados, que o País ficou a ganhar com a troca - e com a 'troika'."
CRISE
Tudo aqui e bem explicado em meia duzia de palavras
"Sexta-feira, 6 de Abril de 2012
Decididamente
Entre 2005 e 2008 houve um bem sucedido programa de controlo das contas públicas e de redução do défice deixado pelo PSD. Depois houve a grave crise económica de 2008, a tentativa do governo do PS de minorar os seus custos sociais mediante o aumento da despesa pública, o desencadeamento da crise da dívida pública europeia, o governo minoritário do PS em 2009, o plano do PSD desde o Verão de 2010 para desgastar e derrubar o Governo apostando na degradação financeira do País, a intervenção externa na Grécia e na Irlanda, o equívoco orçamento para 2011 por falta de cooperação do PSD, a persistente resistência de Sócrates em recorrer à ajuda externa, o chumbo do PEC IV, que tinha o apoio europeu, pela coligação CDS+PSD+PCP+BE, a consequente queda do Governo e a degradação da situação política e financeira, a secagem do acesso dos bancos ao crédito externo e a sua chantagem sobre o Governo, por fim o inevitável recurso à ajuda externa para evitar um iminente mal maior. O PSD tinha conseguido o que desde há muito queria...
Não é somente uma questão de verdade histórica, mas também de defesa da honra e da responsabilidade política do Partido Socialista no governo do País."